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No Dia Dia Rural desta quarta-feira (03), o jornalista Otávio Céschi Júnior entrevista no Assunto de Primeira o pesquisador da Embrapa meio norte, Kaesel Damasceno.

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Transcrição
00:00Bem, converso agora com o pesquisador da Embrapa Meio Norte, o Kessel Damasceno,
00:08para a gente falar um pouquinho sobre uma tendência na Ásia que também está crescendo no mercado global do feijão,
00:14que é o feijão mungo preto.
00:18Olá, Kessel, tudo bem?
00:22Tudo bem, boa tarde, tá? Tudo bem?
00:24Tudo bem, boa tarde.
00:25Quem é esse feijão mungo preto aqui?
00:29Porque, se eu não me engano, o Silmar fez um comentário.
00:33O Brasil está se tornando um grande exportador de feijão também.
00:37E, se eu não estou enganado, um dia o Silmar estava comentando aqui
00:41que esse feijão mungo preto é o produto de exportação brasileiro
00:46e é o produto mais desejado no mundo hoje.
00:48Quem é esse feijão mungo preto?
00:52Então, boa tarde a todos os telespectadores.
00:54A verdade é que o Brasil já exporta feijões há alguns anos.
01:02Em 2007, o feijão calpi abriu as portas para a exportação dos feijões,
01:09que é o feijão vigna mungular.
01:12E, com isso, outros feijões tiveram oportunidades.
01:15Há exemplos do feijão do gênero vigna.
01:18Ali nós podemos citar os feijões do gênero, da espécie vigna radiato,
01:24que foi o que ganhou mercado na sequência.
01:30E depois veio o feijão vigna mungo, que é exatamente o feijão preto.
01:36O que aconteceu em termos de exportação?
01:42A Índia é o principal comprador do feijão mungo preto brasileiro.
01:49E o mungo preto brasileiro ganhou espaço a partir do momento em que Mianmar,
01:55que era o principal exportador, à época, de feijão mungo preto para a Índia,
02:02passou a negociar diretamente com a China.
02:05Então, a China apresentou uma grande demanda.
02:08E, devido à existência de um acordo bilateral entre aqueles países,
02:12no caso, Mianmar e China,
02:14ele passou a vender mais para a China e deixou de vender para a Índia.
02:18E, com isso, o mercado brasileiro, que já exportava feijões do gênero vigna,
02:25exemplo do feijão calpí e do feijão mungo verde,
02:28passou também a exportar o feijão mungo preto.
02:33E aí, nos últimos dois anos, ele passou a ser, de fato,
02:38a principal pauta de exportação dos feijões brasileiros, feijão mungo preto.
02:43Quando eu estava vendo a pauta aqui da nossa entrevista,
02:46analisando, a minha memória retrocedeu um pouquinho
02:49e eu lembrei que a gente tinha conversado sobre isso aqui
02:52e o Silmar citou esse feijão.
02:54Agora, esse preto dele é por quê?
02:57Ele é um feijão preto mesmo?
02:58Ele é um tipo de feijão preto?
03:00E, se ele é um tipo de feijão preto,
03:03quais são as características que ele tem
03:05e que o diferem de outros tipos de feijões pretos?
03:11Na verdade, nós temos o...
03:13Aqui no Brasil, nós temos o feijão preto,
03:15que pertence ao gênero fazelos,
03:18que é da mesma espécie do feijão carioca,
03:22que é o tradicional feijão preto que nós conhecemos das nossas feijoadas.
03:25Temos o feijão preto, que é Vigna ungiculata,
03:29que é uma cultivada da espécie de feijões calpí
03:33e tem esse feijão mungo preto.
03:35Na verdade, ele é bem diferente dos nossos feijões tradicionais.
03:40É um feijão de tamanho bem pequenininho, na verdade.
03:44Você tem peneiras bem menores.
03:47Eu não sei, talvez algumas pessoas conheçam aqui o feijão mungo verde,
03:51que é o que é tradicionalmente conhecido como moyache.
03:55É um feijão, diria aqui, que é menor do que o moyache.
03:58É isso que eu ia te perguntar.
03:59Ele é aquele menorzinho, então, que nem o verde.
04:02É o pequenininho.
04:02O pequenininho tem o mesmo gênero, o verdinho e o preto.
04:09Então, ele é bem pequenininho mesmo, um feijão preto,
04:12que não é tradicionalmente consumido no nosso país,
04:15mas porque está sendo produzido aqui devido à grande demanda
04:19para o mercado de exportação.
04:21Então, o que acontece?
04:22Nós temos um feijão aí que ele produz rapidamente,
04:26e por produzir rapidamente,
04:28atraiu as oportunidades que há, especialmente nessas áreas de cerrado,
04:34onde existe uma demanda muito grande por produtos de safrinha,
04:38para que a safra, vamos dizer, seja mais cheia ao longo dos anos,
04:43e você tenha mais produtos.
04:44Então, ele oportuniza,
04:46assim como algumas outras culturas alternativas,
04:48a produção nessa época,
04:51que seria mais para o final das chuvas.
04:53Então, o exemplo de quando se colhe a cultura do milho,
04:59que colhe-se a cultura da soja,
05:01e pode-se estar cultivando um produto que tem boa escalada comercial,
05:06a exemplo do feijão mungo preto.
05:08Eu posso dizer seguramente,
05:12se fizer o levantamento aí no Ministério das Relações Exteriores,
05:17nessa safra de 2025,
05:22no total de feijões do gênero radiata,
05:25que é o verde,
05:27e o mungo,
05:28foram colhidas, exportadas, na verdade,
05:32algo surpreendente em torno de 235 mil toneladas.
05:36Então, foi algo muito surpreendente,
05:39e que foi duas vezes e meia o exportado no ano anterior de 2024,
05:47e com preços atraentes, tá?
05:50Preços atraentes.
05:51E eu gosto de pilotar fogão também,
05:54e mexer nas palmas.
05:54Agora, eu me lembrei desse feijão.
05:56Ele é um feijão pequenininho,
05:58que as empresas que comercializam
06:00tanto os feijões mais comuns,
06:02quanto os feijões especiais,
06:04vendem eles em lotes menores,
06:05como um tipo de feijão especial.
06:08Ele é bem miudinho, bem pequenininho,
06:09e eu já cozinhei dele.
06:11Ele é muito saboroso, por sinal,
06:12e ele não fica tão grandão e tão enxadão
06:15que nem a versão preta do carioca que nós temos,
06:20que é a mais comum e utilizada na feijoada.
06:23Ele vira um produto gourmet, diferente.
06:26E por que o mercado chinês se interessou...
06:28Isso eu estou falando por experiência própria,
06:30porque normalmente você só encontra em restaurantes
06:34e em alguns pratos especiais,
06:36porque ele custa, inclusive, um pouquinho mais caro
06:39que o outro comum.
06:40E por que os asiáticos se interessaram tanto por esse feijão?
06:44Faz parte da culinária deles,
06:46dos hábitos culturais e alimentação deles?
06:49Está inserido em alguns pratos?
06:52Isso, exatamente.
06:54Esse feijão já faz parte da culinária asiática,
06:56que são feijões originários daqueles países,
06:59daquele continente.
07:01Então, até por isso, já faz parte da tradição.
07:05Inclusive, para a nossa cultura,
07:08a nossa cultura da nossa culinária,
07:10é um pouco mais difícil dele se encaixar
07:14no âmbito geral.
07:16Mas, como você bem colocou,
07:18para hábitos gourmet, isso é bem tranquilo
07:22e tem sido bem comercializado,
07:25até porque ele tem boas propriedades nutricionais.
07:31Então, também é um feijão bem rico em proteínas
07:33e outros minerais importantes para a saúde humana.
07:38Legal.
07:38Ele mantém, então, características de qualidade
07:42como alimento, como grão,
07:45como você citou, com proteínas e outras vitaminas
07:48que os outros tipos de feijões também têm.
07:51Alguns têm mais uma coisa, o outro menos outra,
07:53mas ele está dentro da mesma categoria.
07:56Rapaz, sabe o que você me deu vontade
07:58de passar no supermercado agora,
08:00na saída daqui, e comprar um mungo preto
08:02e cozinhar um mungo preto
08:04com um pouquinho de bacon
08:06e um pouquinho de costelinha?
08:08Não vai ser uma feijoada,
08:10mas vai ficar bom, hein?
08:15Logicamente, as pesquisas no nosso país
08:20estão avançando ainda com esse feijão.
08:23Nós estudamos o feijão mungo verde já mais a fundo
08:27e detectamos algumas características nutricionais
08:31até superiores, diríamos assim,
08:34do que os nossos feijões tradicionais aqui no nosso país.
08:38Uma das formas de consumo desses feijões, por exemplo,
08:41é como broto.
08:43E nós verificamos que, por exemplo,
08:45a proteína de um broto desse,
08:47de um feijão como esse,
08:49ela sai de algo em torno de entre 22% a 24%
08:52para 32%,
08:54a título de exemplo, né?
08:57Já verificamos no mungo verde também,
08:59e acreditamos que o preto também tem um potencial
09:02muito bom para isso,
09:03de redução do TO de colesterol
09:07nos organismos, né?
09:08de animais.
09:10Enfim,
09:12são produtos que estão sendo produzidos
09:16na agricultura brasileira,
09:19que tem dado divisas,
09:21oferecido divisas econômicas, né?
09:23Por estar sendo exportado.
09:26Nós temos algo aí,
09:28nesse ano de 2025,
09:30algo em torno de 200 milhões
09:32de dólares, né?
09:36Em termos de comercialização,
09:37pensando só na pauta de exportação.
09:42Então, é um cultivo muito potencial
09:45para a agricultura brasileira,
09:47tendo que se adaptar muito bem
09:48nas nossas regiões de Serrata.
09:50Agora, há de se mencionar,
09:52é necessário,
09:54que, diante de toda essa promessa
09:56que esses cultivos alternativos apresentam,
09:59há de se mencionar a questão
10:01das dependências de mercado, né?
10:03Então, hoje, sim,
10:04o mercado que mais tem adquirido
10:07esses feijões do nosso país
10:09é o mercado indiano.
10:11E nós dependemos, ano a ano,
10:13de uma autorização de exportação.
10:18Então, a título de exemplo,
10:20hoje, existe uma autorização de exportação
10:23pela Índia,
10:23válida até, salvo engano,
10:26até 31 de março de 2026.
10:30E existe uma expectativa
10:33do mercado e dos exportadores
10:35que essa autorização seja renovada
10:37ainda esse ano,
10:38para que a próxima safra,
10:40ela possa também ser comercializada.
10:43Então, deve-se sempre estar avaliando
10:45o potencial e o risco
10:48desse cultivo,
10:50para que nós não aumentemos
10:52tanto a produção sem ter a garantia
10:54do mercado,
10:55já que esse produto
10:57não é um produto
10:58da pauta alimentar brasileira
11:00tradicional.
11:02Pois é, achei muito legal
11:03isso que você falou,
11:04porque, na verdade,
11:05o processo de produção
11:06e o processo de comercialização,
11:08e, no caso,
11:09nós estamos falando
11:09de exportação
11:11desse feijão mungo preto,
11:13ele depende de várias normas
11:14e regulamentações
11:15que têm que ser revistas
11:16de tempos em tempos.
11:19Elas têm um prazo de validade.
11:20E aí, infelizmente,
11:24e a gente vive citando aqui
11:25porque a gente conhece muito bem,
11:26acaba acontecendo em vários setores
11:29por parte de autoridades governamentais
11:32que têm a função
11:33de manter a renovação
11:34dessas licenças,
11:36acaba havendo aí, sei lá,
11:37um descuido,
11:38um esquecimento,
11:39um sei lá o quê,
11:40não vou entrar em mais detalhes.
11:42E aí, na hora H,
11:43o cidadão trabalhou
11:45e produziu uma quantidade de x,
11:47porque ele estava acreditando
11:49que ia exportar tudo aquilo,
11:50aí caducou a licença
11:51e não foi antecipadamente revista
11:53para ser renovada
11:55e ele ficou com o mico na mão,
11:57com a brocha na mão,
11:58como diz aquele ditado.
11:59Vou fazer o quê com esse feijão agora?
12:01Vou ter que entregar no mercado
12:02a preço de banana,
12:03se bem que banana não custa barato,
12:05mas é o que diz a expressão,
12:07e aí o prejuízo vai ficar comigo.
12:09Então, é por isso que a gente sempre diz
12:11que essas políticas governamentais
12:13de exportação,
12:15de distribuição interna ou externa,
12:18elas têm que ser revistas
12:19e elas têm que estar dentro
12:20de uma planilha
12:21constantemente estudada.
12:23Coisa que antigamente
12:24alguém podia reclamar e dizer,
12:25ah, mas é muito papel,
12:27eu tenho que revisar,
12:28é coisa difícil e não sei o quê.
12:30Hoje não, meu amigo.
12:31Um laptopzinho,
12:32você tem tudo na sua mão
12:34e você sabe exatamente
12:35se você criar um tipo de alarme,
12:38o aviso que ele vai te dar
12:39de quanto tempo falta
12:40para você renovar
12:41esse tipo de licença
12:42para não deixar o coitado do produtor
12:44com o mico na mão.
12:46Muito boa a sua colocação
12:47e eu faço disso sempre aqui
12:50uma verdade,
12:51porque acho que esse descuido,
12:53às vezes desleixo,
12:54às vezes esquecimento,
12:55às vezes motivado por outros
12:56interesses escusos,
12:58acabam acontecendo.
12:59Está acontecendo recentemente,
13:01agora mesmo, com o peixe,
13:02com a tilápia,
13:03por conta desse tarifácio do Trump
13:05e a gente poderia estar mandando
13:07essa tilápia para a Europa,
13:08mas nós não tocamos para frente
13:10a validação de questões sanitárias
13:14com a União Europeia.
13:15E aí esse peixe
13:16que poderia estar indo
13:17para a União Europeia,
13:19como a carne que não foi
13:20durante um tempo
13:21para os Estados Unidos
13:21e ela mandou para outro lugar,
13:23não vai porque a burocracia
13:25não trabalhou corretamente
13:26no sentido de liberar as licenças.
13:29Muito boa a sua colocação.
13:32Então, uma questão importante ainda
13:34dentro dessa questão de mercado
13:37que nós estamos comentando agora,
13:38a questão das monções.
13:46Você está aí ainda?
13:48Estou, estou aqui.
13:49Então, a questão das monções na Índia,
13:52que são variações climáticas
13:53que ocorrem ali anualmente,
13:56e nesse ano de 2025,
13:58que a gente está por encerrar,
14:00as monções, as chuvas ocorreram
14:02muito intensamente.
14:04Então, houve um excesso de umidade
14:05muito grande, logicamente,
14:07provocando uma renda
14:11produtividade das culturas,
14:13inclusive o feijão mungo preto
14:15e os demais produtos
14:16produzidos naquele país.
14:18Então, pode ser
14:19que haja uma boa oportunidade
14:21de mercado
14:22nesse próximo ano
14:24dos nossos feijões.
14:25Temos aí uma boa janela de mercado,
14:28como a gente costuma dizer na economia,
14:29você conhece muito bem.
14:30Olha, muito obrigado pelas informações.
14:32Está aí o feijão mungo preto,
14:34então, tradicional na culinária asiática,
14:37produzido no Brasil,
14:38altamente rentável,
14:41produzido num sistema de rodízio
14:43com outros feijões,
14:45e que é mais uma janela
14:46de ganha-ganha
14:47para o nosso produtor.
14:49E, como você disse,
14:50do ponto de vista nutricional,
14:52ele, às vezes, tem,
14:53até, em certos pontos,
14:54melhores qualidades
14:55do que outros feijões.
14:57E, quando consumido
14:58na forma cozida,
15:00ele tem um valor X
15:03de proteínas
15:04e de energia para fornecer.
15:06Quando consumido
15:07na forma de broto,
15:08ele multiplica isso
15:09por três ou quatro vezes mais.
15:11O pessoal que gosta
15:11de uma alimentação natural
15:12deve ter gostado dessa notícia.
15:14Vai sair por aí
15:14comprando broto de feijão
15:16mungo preto.
15:20Kerstner, muito obrigado
15:21pela entrevista.
15:22eu continuaria conversando
15:23com você,
15:24mas o nosso tempo aqui
15:25já se esgotou.
15:26Eu te agradeço.
15:27Parabéns aí
15:28pela nossa conversa
15:29e por esse trabalho
15:29com o Mungo Preto.
15:31Mais um sucesso aí
15:32do nosso agronegócio brasileiro
15:34e sempre aí
15:35carregado com as mãos
15:36de vocês,
15:37pesquisadores da Embrapa
15:39e outras grandes instituições
15:40de pesquisa
15:40que nós temos.
15:41Por favor,
15:42deixe o endereço de internet
15:43para quem quiser saber mais
15:44sobre o nosso assunto
15:45tratado aqui.
15:49Pronto.
15:49Enfim,
15:51nós que agradecemos
15:53a oportunidade
15:54de divulgar um pouco mais
15:56sobre o que fazemos,
15:58como trabalhamos,
15:59como o mercado brasileiro
16:00está se comportando
16:02mundialmente.
16:05Então,
16:05tem que ser expressivos
16:06com os feijões
16:07e nós acreditamos
16:08que esses ganhos
16:09vão ser mantidos
16:11ao longo dos tempos.
16:12tem um grupo muito forte
16:13trabalhando aí
16:14em contato
16:16com as instituições
16:18de fora do nosso país
16:19para que esse mercado
16:21seja garantido
16:22e expandido
16:23ao longo dos anos.
16:24Legal.
16:25Legal.
16:26Me fez lembrar
16:26daquela música
16:27das frenéticas.
16:28Tem muita música
16:28que fala de feijão.
16:29Água no feijão
16:30que chegou mais um.
16:31Tem várias músicas
16:32falando de feijão.
16:33Porque feijão,
16:34o Brasil é o país
16:35que mais consome feijão
16:36e na mistura arroz,
16:37feijão do mundo.
16:39Mas me lembrou
16:39daquela das frenéticas.
16:419 entre 10 brasileiros
16:43preferem feijão.
16:44Feijão.
16:46Kessa, muito obrigado.
16:47Uma ótima quarta-feira
16:48para você.
16:49Abraço.
16:51Obrigado.
16:51Para você também.

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