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O Brasil gasta R$20 bilhões com os supersalários do funcionalismo público, valor 21 vezes maior que o da Argentina, segundo levantamento. Enquanto o país se endivida, entra na lista do FMI ao lado de Venezuela e Bolívia, e o orçamento se torna "moeda de troca" política, a bancada do programa Morning Show debate: até quando o cidadão pagará a conta dos privilégios acima do teto constitucional?

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Transcrição
00:00Mas pior do que a falta de articulação é a falta de gestão que a gente vê, porque saiu um ranking, o Mano Ferreira vai trazer com mais detalhes pra gente, que o Brasil está entre os seis países mais endividados do mundo.
00:12Exatamente, o FMI atualizou os seus dados e basicamente olha a companhia que o Brasil tem na América Latina.
00:22É, eu falei o mundo, só fazendo uma errada, é da América Latina.
00:25Exatamente, o Brasil é o sexto país mais endividado da América Latina.
00:30No critério do FMI, a dívida brasileira é de 92% do PIB.
00:37Quem que está pior que a gente? Vamos lá.
00:40A Bolívia, com 92,4%, quase igual.
00:45Em quarto lugar está São Vicente e Granadinas, com 93% de dívida.
00:52Em terceiro lugar, Barbados, em 97% de dívida.
00:57Em segundo lugar, a Dominicana, com 97% do PIB de endividamento.
01:02E a campeã latino-americana de endividamento é a Venezuela, com 138% de dívida em relação ao seu próprio PIB.
01:13Essa é a qualidade da companhia dos países que fazem ao Brasil.
01:20Olhe só como nós estamos.
01:22Isso é o resultado desses bate-cabeças todos que a política não consegue produzir respostas para os grandes problemas do Brasil.
01:32Ou seja, países com representatividade, vamos dizer assim, né?
01:36Só Bolívia e Venezuela que a gente está à frente.
01:39João?
01:40Pois é, e o que eu observo é que o próximo presidente vai pegar essa bomba para ter que desatar.
01:45Então, independente da construção da direita ou da esquerda, vai ter que lidar com esse problema.
01:50E a rolagem da dívida, que é tradicional, todos os países têm muita dívida.
01:54Agora, no do Brasil, o que se especula é que haverá esse grande problema em 2026, 2027.
02:00Nem se fala, então.
02:01E sem considerar que o orçamento brasileiro é quase todo carimbado, né?
02:04Você tem pouca margem de manobra ali, de investimento.
02:07Realmente é um problema a se desatar.
02:09Mas a gente observa no Congresso e no Executivo e no STF, pouquíssima preocupação com isso.
02:14Pelo contrário, é só a criação de mais gastos e mais impostos na classe trabalhadora.
02:20Então, realmente é um tremendo abacaxi.
02:22Porque você tem um Brasil do governo e você tem o Brasil real.
02:26E esse Brasil real, ele está cada vez chegando no seu limite da dívida.
02:30E o arcabouço fiscal, que muitas vezes deveria ser o amparo para que o governo realmente estabeleça seus gastos,
02:37virou uma obra de ficção.
02:38Isso foi o que disse o Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda,
02:41que é bastante competente e tem propriedade para falar sobre esse assunto.
02:44Exatamente.
02:45É uma grande autoridade econômica, o Maílson, referência para todo mundo no debate.
02:50E é fato o que ele traz.
02:51Porque o que a gente vê é uma situação de que, independentemente da meta que o governo coloca,
02:58e o governo apresenta, não, estamos aqui dentro da meta.
03:02Só que isso é uma peça de ficção, porque a dívida continua crescendo.
03:07Então, o arcabouço que foi desenhado pelo governo não é capaz de estabilizar a relação entre a dívida e o PIB.
03:16Ou seja, na prática, a gente está gastando mais do que arrecada.
03:20E isso é insustentável.
03:22A gente vai bater na parede em qualquer momento.
03:25Porque, na prática, a gente tem uma situação no orçamento que ele é muito amarrado, uma coisa na outra.
03:31Então, para você ter uma ideia, a cada um real que você aumenta no salário mínimo,
03:37você aumenta em gastos públicos 380 bilhões de gastos, de forma automática.
03:45Porque o orçamento brasileiro, ele é todo vinculado.
03:49Uma política é vinculada à outra.
03:51Então, as aposentadorias, as pensões, são vinculadas ao salário mínimo.
03:55Aí tem uma série de gastos de saúde e educação que estão vinculados ao nível de arrecadação.
04:03Então, tem um efeito dominó.
04:05Quando você vai aumentar um real no lugar, você está aumentando bilhões na conta como um todo.
04:11E como nós temos uma segunda regra, que é o aumento automático do salário mínimo todos os anos,
04:18atualizado pela inflação mais o crescimento do PIB,
04:21na prática, você tem uma bomba relógio, que faz com que, ano após ano, automaticamente,
04:28independentemente das escolhas políticas do Congresso ou do governo,
04:33a conta cresça.
04:34E isso fica impagável, David.
04:37O Maílson da Nóbrega, não só ele como outros, eles, de alguma forma, apoiaram o Lula.
04:44Então, não sei qual que é a surpresa nesse sentido, sendo que já havia todo um histórico.
04:48Então, também, assim, não adianta falar, ó, tudo está errado ali no Lula,
04:51mas, na hora, eu apoiei.
04:53Então, já era sabido que o Lula e o petismo teria esse tipo de governo gastador,
04:57só que, dessa vez, sem o tal boom de commodities para segurar.
05:00Agora, a conta está aí, vai ficar para todos nós.
05:02Vamos ver na eleição se, novamente, terá esse tipo de coisa.
05:04Ó, eu não sou contra o Lula, mas vou apoiá-lo sabendo de todo esse histórico.
05:09Então, é preciso deixar bem claro que houve, de alguma forma, um apoio também dele.
05:13Ah, mas aí, também, quando a gente vai perguntar sobre uma reforma administrativa,
05:16uma forma de reduzir os gastos, até eu já vi aqui na Jovem Pan, né,
05:21fazendo essa pergunta pela nossa repórter, eles tratam como fetiche.
05:25O próprio ministro da Fazenda, o Fernando Haddad, falou isso.
05:26Não sei por que vocês têm tanto fetiche sobre reforma administrativa,
05:30que seria uma solução viável, Luciana, né, por um seno?
05:33Claro, porém, o governo não quer enfrentar e dar uma resposta efetiva
05:39para um problema recorrente.
05:41E eu vendo essa questão relacionada ao orçamento,
05:44nós temos que lembrar também, David, que o Congresso, essa semana,
05:49deve votar o orçamento para 2026,
05:54que se tornou também uma guerra política.
05:58política, porque o governo quer passar, não quer sentar na mesa de negociação,
06:05e o Congresso está segurando essa votação exatamente para forçar esse debate,
06:13que tem um novo elemento que vem sendo a indicação pelo governo,
06:19que quer bancar o nome de Jorge Messias,
06:23e do outro lado, o Columbo, falando que não,
06:26vamos, vamos rir, vamos, vamos chamar para essa mesa aqui.
06:31Então, nós estamos vendo, por exemplo, essa questão do orçamento,
06:34hoje virou moeda de troca com relação ao nome indicado pela presidência da República
06:42para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.
06:46Enquanto isso, ninguém toca nos temas que realmente chocam qualquer brasileiro.
06:52Por exemplo, o levantamento do movimento Pessoas à Frente mostrou que o Brasil gasta com super salários,
06:59ou seja, aqueles salários que estão acima do teto constitucional,
07:0420 bilhões de reais, e que isso equivale a 21 vezes mais do que a Argentina gasta com super salários.
07:13E veja só, no levantamento que eles fizeram com 10 grandes países,
07:18a Argentina é o segundo lugar, ou seja, o Brasil é um escárnio que a gente faz com pagamento de super salários.
07:26E a maioria desses que recebem super salários, quem são?
07:30São os juízes, que recebem muito acima do que o teto constitucional colocava como limite.
07:39Ou seja, o debate verdadeiro, ele fica completamente de lado,
07:44e o Estado brasileiro, o dinheiro do pagador de impostos, que é quem paga essa conta,
07:50fica sequestrado por pessoas que colocam, no lugar de servir ao Estado,
07:55se servem do Estado para enriquecer.
07:58É um escárnio isso.
08:00E, mano, e olha que curioso, porque para votar uma reforma administrativa,
08:03especialmente contra esses altos salários dos juízes,
08:05os congressistas que serão julgados por esses juízes.
08:08Então, você sempre fica nessa situação.
08:10Eu vou segurar o salário dos caras que vão me julgar.
08:13Então, a gente fica nessa situação pavorosa.
08:15Dentro do legislativo, nós temos hoje três parlamentares que estão fora do Brasil,
08:23eles não estão mais recebendo salários,
08:25mas o gabinete de dois deles, que é a Zambele e Ramagem,
08:30foram condenados, condenação transitada em julgado,
08:34que o gabinete continua funcionando regularmente.
08:38Então, mesmo que o salário tenha sido recentemente cortado,
08:42com as pessoas que não estão, com esses parlamentares que não estão participando
08:47das sessões legislativas, mas com dinheiro público sendo gasto para a manutenção
08:54desses gabinetes de pessoas que, inclusive, estão, no caso específico de Ramagem,
08:59está foragido da justiça brasileira.
09:03Cada, segundo a Câmara dos Deputados,
09:06cada parlamentar tem direito a mais de R$ 133 mil,
09:11com direito a contratar 25 funcionários por gabinete.
09:15Isso, os salários vão mais de R$ 18 mil.
09:19Então, o escárnio, quando a gente fala em escárnio,
09:22nós temos que observar esse escândalo do dinheiro público,
09:26do seu dinheiro para manutenção.
09:29Eu nem falo que são privilégios.
09:32É a manutenção de um sistema que vive as custas do trabalhador,
09:39do imposto pago para uma pessoa honesta.
09:41E isso que precisa ser revisitado de uma forma ampla no Brasil.
09:45Obrigado.
09:46Obrigado.
09:47Obrigado.
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