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  • há 2 dias
Casos de pressão alta em jovens dobraram nas últimas duas décadas, apontam especialistas.
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Transcrição
00:00Bora para o nosso bate-papo do dia que alerta para a família inteira, principalmente para os pais.
00:05Hoje a gente vai falar de uma preocupação que os especialistas do mundo inteiro estão tendo
00:10e que exige a atenção dos pais responsáveis, porque o número de crianças e adolescentes com pressão alta
00:17quase dobrou nas últimas duas décadas, nos últimos 20 anos o número foi aumentando.
00:23E é isso mesmo, um problema que a gente ainda associa aos adultos, idosos, já está afetando mais de 100 milhões de jovens em todo o planeta.
00:33E o mais perigoso é que na infância a hipertensão costuma ser mais silenciosa, não dar sinais tão claros,
00:41não provoca esses sintomas mais típicos que a gente costuma procurar um médico para saber se está tudo bem com a gente ou não.
00:49Então vamos conversar com o doutor Diogo Barreto, médico cardiologista. Bem-vindo, doutor Diogo.
00:55Obrigado, obrigado pelo convite. Bom dia.
00:57Bom dia para você. A gente está aqui também com a Isabela Correia, que é consultora de venda de carros elétricos,
01:03veio participar aqui com a gente. Porque, Isabela, você tem pressão alta desde os 7 anos de idade, minha amiga.
01:10Bom dia, bem-vinda.
01:12Conta para a gente como é que foi essa infância e sua juventude com esse problema.
01:16Sim. Eu comecei a sentir dores na nuca, que é um dos principais sintomas.
01:24E eu sempre fui uma criança meio nervosa. Eu ficava bem estressada e acredito que seja um dos sintomas também.
01:33Quando eu fui ao meu pediatra, ele tinha já um aparelho de pressão que era menorzinho, já infantil.
01:40E ele sempre teve esse costume de aferir a pressão. E um dia estava 14 por 9, com 7 anos de idade.
01:47Aí foi aí que a gente começou a investigar.
01:50Mas e aí, então a gente volta lá no bebê, né? Quando a minha infância mais novinha.
01:58Isso aí. Eu tinha um refluxo urinário.
02:01E aí esse refluxo atrofiou o meu rim, porque sobrecarregou o rim.
02:06Então a gente associou, né? Chegou no diagnóstico que o problema da hipertensão era associado ao problema renal.
02:15E como é que foi a sua infância com esse diagnóstico e sua adolescência?
02:18Porque isso envolve uma série de cuidados aí, né, Isabela?
02:21Sim. Nós mudamos a minha alimentação.
02:24Minha mãe fazia comida pra família e a minha comida separada, sem sal.
02:31Aí a princípio foi só isso, porque eu já fazia atividade física, que é o recomendado,
02:37que como criança acaba sendo, né, brinca muito e faz, eu fazia natação.
02:41Eu tinha minhas atividades físicas.
02:43O que mais mudou mesmo foi isso.
02:45E os exames, né? Eram exames de rotina.
02:48Eu tinha que fazer um mapa, né, que é um exame que você fica o dia inteiro, 24 horas, com o aparelho de pressão aferindo.
02:56E aí eu fazia esse exame, mais alguns exames do rim, pra ver se tava tudo ok, né?
03:03E assim, era um período bem chato por frequentar muito médio.
03:07Imagina, porque pra criança, né? Criança e jovem.
03:09E aí na escola, aí eu contava pros coleguinhas que eu tenho um problema de pressão.
03:16Você fazia questão de contar pra todo mundo.
03:18E aí eu tinha que fazer essa dieta restrita do sal mesmo, então foi a parte mais difícil.
03:25Imagino.
03:26Doutor Diogo, 7 anos de idade.
03:28Isabela traz pra gente que ela tinha uma situação ali com rim associada.
03:33Mas o que a gente pode dizer de uma criança que 7 anos que é diagnosticada com hipertensão, né?
03:37Não é comum a gente ver esse quadro.
03:40Isabela contou alguns pontos bem importantes, né?
03:43Primeiro, geralmente, na primeira infância, ali menor que 10 anos, é mais comum causas secundárias, como a gente chama.
03:51Não tem algum motivo por trás.
03:53E o ponto mais interessante, né?
03:55Que é recomendado, tanto a Sociedade Brasileira de Cardiologia, quanto a Sociedade Brasileira de Pediatria,
04:00a partir dos 3 anos, a aferição em toda consulta com o pediatra.
04:04É mesmo?
04:05Existem aqueles manguitos, né?
04:07As braçadeiras próprias pra infância, né?
04:11E aí, a partir vai crescendo.
04:12Geralmente, o pediatra tem mais cautela ali.
04:16Geralmente, ele tem umas 3 braçadeiras pra conseguir cumprir ali.
04:21E a ferida toda, porque é assim que faz o diagnóstico.
04:24Na maioria das vezes, como no adulto, a pressão alta não dá sintomas.
04:30E não tem que esperar ter problema, né?
04:32Porque, às vezes, vai ter um problema muito grave.
04:35E sintomas pode ser, né?
04:37Dor de cabeça forte, às vezes irritabilidade, às vezes pode ter associação.
04:42Mas não esperar isso.
04:43O ideal é que a gente faça o rastreio.
04:45E aquela questão, teve diagnóstico?
04:48Opa!
04:48Buscar causa, principalmente na primeira infância, menor de 10 anos.
04:52E tratar hábitos de vida saudável, né?
04:56Atividade física, alimentação, restrição ali, principalmente ultraprocessado, sal.
05:02Já a partir dos 10 anos, né?
05:04Que isso é que realmente tem aumentado bastante.
05:07É extremamente associado aos hábitos de vida.
05:10Principalmente é o sobrepeso, a questão de alimentos ultraprocessados, ricos em sódio, em sal, né?
05:20E mais hábitos mesmo que já começam ali já.
05:23Com certeza.
05:24Agora, doutor, qual que seria, então, para os pais que estão assistindo o Tribuna amanhã,
05:29dependendo da idade, a pressão ideal?
05:31A gente fala muito do 12 por 8, né?
05:33Isso acabou ficando na nossa cabeça.
05:35Para crianças e adolescentes, vale esse 12 por 8?
05:38Não, na verdade tem um percentil.
05:40Aí existe uma tabela, né?
05:42E aí o pediatra vai ter, que é o percentil do 95, e aí a gente tem uma tabela.
05:47Aí é porque não vai ter uma pressão ideal que o pediatra faça a ferição.
05:52Perfeito.
05:53A cada, né, anualmente, ou se tiver fatura de risco, por exemplo,
05:57já um adolescente obeso, né, com sobrepeso, obeso, com aumento de lutação,
06:02já faça cada consulta, tá?
06:04Às vezes, e se tiver já diagnóstico, aí ele vai ter, né,
06:08ter menos intervalo, mais intervalado.
06:11Mas os valores, eu nem vou falar aqui valores não, porque são valores pelo percentil.
06:16Específico, né, de cada criança.
06:18Perfeito.
06:18O que pode acontecer, doutor, com uma criança, um adolescente,
06:21que não é diagnosticado com hipertensão,
06:24às vezes não reclama, não tem um sintoma,
06:25e vai crescendo aí com a pressão alta?
06:28Ele pode perder o funcionamento principal, né?
06:30Além do mais grave, o funcionamento normal dos rins, por exemplo.
06:36Ele pode chegar, aí existem muitos casos, às vezes,
06:40que a gente vai diagnosticar um adulto, jovem, 18, 20 anos,
06:45com doença renal, precisando de terapia dialítica.
06:48Olha!
06:48E aí o problema começou na infância, que não foi diagnosticado.
06:52Perfeito.
06:53Isa, você faz tratamento até hoje?
06:56Como é que é a sua vida hoje?
06:57Eu faço tratamento, eu vou ao cardiologista, né,
07:01e tomo remédio de pressão, meu medicamento,
07:05pela manhã e pela noite.
07:07Duas vezes no dia?
07:08Duas vezes ao dia.
07:09Comecei só pela manhã, mas eu percebi que o meu sono era muito agitado,
07:14e aí quando eu fazia aquele exame do mapa,
07:17acusava a minha noite, os picos maiores à noite.
07:21Então, talvez o dia que eu tive, um dia mais agitado, né,
07:25eu me deixava mais acelerado.
07:27E aí eu vou ao médico constantemente e faço exames de rotina.
07:32Uma paciente como a Isa, doutor,
07:34ela algum dia pode deixar de tomar remédio?
07:37Ela toma dois por dia?
07:39Como é que é isso?
07:40Ou é individual?
07:42Depende muito da causa.
07:43Existem pacientes, por exemplo, que tem um estreitamento na artéria do rim.
07:47E aí, quando a gente faz o diagnóstico,
07:50consegue, dependendo, consegue tratar, e sim é irreversível.
07:54Às vezes não precisa tomar.
07:55Aí depende de cada caso.
07:56Existe, por exemplo, e até alertar os pais,
07:59crianças que roncam muito, por exemplo.
08:01Não é comum, né, apneia obstrutiva do sono.
08:04Às vezes pode ser alguma coisa anatômica,
08:07e aí precisa avaliação do pediátrico,
08:09que deve encaminhar para um outro rim pediátrico.
08:13Para avaliar que é uma causa irreversível, por exemplo.
08:16Então, o ideal é a aferição em cada consulta ali com o pediatra.
08:22E a questão de a gente fazer esse acompanhamento.
08:27E, principalmente, aí eu falo alerto para, principalmente, os adolescentes,
08:32a alimentação, né, os pediatras costumam falar, e eu repito isso, né,
08:38não é a criança, na maioria das vezes, não é a criança que vai comprar a comida que come em casa.
08:42Verdade.
08:43Ali é comprado pelos pais, ou pelo menos o dinheiro é dado pelos pais quando é mais adolescente.
08:47Sim.
08:47Então, consegui orientar e fazer com que as crianças participem também da alimentação,
08:55até do preparo dos alimentos, saber o que é saudável, né,
08:59tentar introduzir as crianças e falar, olha, isso aqui é saudável para que tenha, né.
09:02Você provavelmente, a mãe, participava de...
09:05Como é que foi isso?
09:06Sim, a minha mãe mudou totalmente a minha rotina alimentar e, assim,
09:11inseriu muitos alimentos saudáveis que eu não tinha o costume de comer.
09:16Os processados, os chips, os...
09:19O bug da vida.
09:20Isso, era proibido naquela época.
09:23Hoje eu já não falo que eu faço tão rigoroso como antigamente, né, como na infância.
09:28Também agora tá controlado mais, né.
09:31Isso, mas assim, hoje eu faço mais pela minha saúde mesmo.
09:34Hoje eu acompanho com o nutricionista, faço uma dieta, busco fazer uma atividade física.
09:40Pela saúde mesmo, independente se eu tivesse, se tiver hipertensão ou não.
09:45Mas pra quem tem, acredito que seja muito mais importante.
09:50Com certeza.
09:51A gente tá falando da alimentação, agora, doutor, sedentarismo, né.
09:54Essa fase aí, 8, 9, 10, 11, por aí vai, eles estão muito ligados, querendo ou não, às telas, né.
10:01Então, às vezes o movimento que a criança e o jovem fazem é só ali na escola, na educação física,
10:07que voltou pra casa, é trancado dentro do quarto ou ali na sala, em frente às telas.
10:12Sedentarismo.
10:13Tem uma ligação com esse quadro?
10:15Tem, muito importante.
10:16A gente, os bons hábitos, é ideal que venha desde a infância, né.
10:20E a questão da tela, isso aí já, as sociedades de pediatria já limitam ali a criança e o adolescente.
10:28Tempo de uso de tela.
10:29E se praticar um esporte, não só pela questão cardiológica, mas por todo o desenvolvimento, né, social e, né, da criança.
10:40Então, é importantíssimo estar praticando esporte, né, ter convívio com colegas.
10:46E pra saúde cardiovascular, isso é muito importante.
10:50Com certeza.
10:50Estão chegando algumas perguntas aqui.
10:53Deixa eu ler aqui a pergunta do Leandro.
10:57Leandro Marcelo, ele é do bairro Goiabeiras Vitória.
11:02Ele falou o seguinte.
11:04Tem uma filha de 13 anos que só come ultraprocessado.
11:08O próprio pai tá falando.
11:09Ai, ai, ai.
11:10Isso pode causar hipertensão nessa idade?
11:14Pode ser a causa da pressão alta?
11:16Pode levar.
11:16Os mais aptos alimentares podem, podem sim, né, que é uma sobrecarga.
11:21Porque existem pessoas que têm uma sensibilidade maior ao sal.
11:24O rino funciona tão bem, não consegue eliminar tão bem o sal.
11:29E aí pode subir.
11:31Aí o que eu falo é aquela questão, né, o pai aí é...
11:35Lugar firme nesse controle, né.
11:37Que a criança vai comprar ou com o dinheiro dele ou...
11:40Então, isso aí é uma questão pra ele, né, também participar da escolha do alimento da filha.
11:47Quais exames que os pais podem pedir pra ter certeza que tá tudo bem, doutor, ao pediatra, né?
11:55É, na verdade, o pediatra...
11:56Aí, né, o pediatra que tem que avaliar se vai ser necessário, né, alguns exames complementares.
12:02Avaliação clínica, primeira coisa, ele vai fazer a avaliação clínica e o pediatra avalia o que é necessário.
12:09Se é necessário até um encaminhamento, dependendo da alteração do exame físico ali, mandar pra um cardipediatra, né?
12:16Como eu falei, se o paciente, dependendo da queixa do pai, do relatório do pai, pode mandar pra um outro especialista, como o torrino,
12:23mas aí o pediatra, né, ali ele vai avaliar e vai avaliar a necessidade de estar encaminhando pra algum exame ou pra algum especialista.
12:30A criança ou adolescente que foi diagnosticado com hipertensão necessariamente vai ser um adulto com hipertensão também?
12:37Não, depende do caso.
12:39Depende a cada caso, né, existem fatores...
12:41Na maioria das vezes, criança menor que 10 anos tem um fator ali, né, que desencadeou, que pode ser reversível, dependendo do caso, pode ser reversível,
12:54não quer dizer que ele até para de tomar medicamento.
12:57Então, a partir dos 10 anos, como eu falei, né, geralmente criança e adolescente, mas os hábitos de vida, se melhorar os hábitos de vida também, deixa às vezes...
13:07Ajuda bastante, né?
13:08E deixa de tomar medicamento, né?
13:10Incrível. Isa, como é que...
13:12Que recado que você deixaria pra quem tá assistindo a gente em casa hoje?
13:15Pais, mães, que de repente tem algum filho em casa, né, alguma criança, adolescente com o seu problema.
13:21E pros jovens também que estão te assistindo, você é jovem demais, convive ali com o uso do remédio,
13:28mas conseguiu controlar a doença e leva uma vida normal, né?
13:32Que recado que você deixaria?
13:33Olha, dou recado pra que eles incentivem seus filhos a fazerem atividade física, a se alimentarem melhor, procuram um nutricionista, faz uma dieta bacana.
13:46E assim, realmente a atividade física, ela é muito boa pra dopamina, pra serotonina, pra tudo no organismo da pessoa, né?
13:55E exatamente pra pressão.
13:57Agora, o foco, né?
13:59Que você falou desse rapaz que mandou um recado.
14:02É, o Leandro.
14:02Os processados, né?
14:04Assim, os alimentos industrializados, eles são terríveis.
14:10Então, assim, fica bem de olho e incentiva mesmo a boa alimentação.
14:15Com certeza.
14:16Obrigada, Thais, aqui pela participação, pelo recado também, compartilhar sua história com a gente.
14:20Doutor, recado também pra quem tá em casa, principalmente pros pais, né?
14:24Eu acho que o bate-papo, ou responsáveis que estão assistindo, verifica, monitora, vigia, cobra ali, que faça, né?
14:33Aferição da pressão nas consultas, às vezes o pediatra do seu filho não tem esse hábito, não tem esse costume,
14:39porque é um dado alarmante, né?
14:42Faz parte do exame físico, do atendimento médico, a aferição da pressão arterial.
14:47E falar que mesmo que tenha diagnóstico de hipertensão, não é o fim do mundo também.
14:53Existem ali fatores que podem ser tratados pra evitar.
14:58E mesmo que tenha uma hipertensão, o fator não é ali modificável, ele também se trata, existem medicamentos pra levar uma vida saudável.
15:08O ideal é fazer o diagnóstico e começar a tratar o quanto antes.
15:12Para que no futuro não tenha aí uma doença, um problema tão grave, por exemplo, como a necessidade de fazer uma diálise.
15:19Com certeza.
15:20Doutor Diogo Barreto, médico cardiologista, a gente conversou também com a Isabela Corrêa, que participou aqui com a gente.
15:26Obrigada, viu, pessoal, pela participação.
15:29Obrigada, viu?
15:30Obrigada, viu?
15:31Obrigada, viu?
15:32Obrigada, viu?
15:33Obrigada, viu?
15:34Obrigada, viu?
15:35Obrigada, viu?
15:36Obrigada, viu?
15:37Obrigada, viu?
15:38Obrigada, viu?
15:39Obrigada, viu?
15:40Obrigada, viu?
15:41Obrigada, viu?
15:42Obrigada, viu?
15:43Obrigada, viu?
15:44Obrigada, viu?
15:45Obrigada, viu?
15:46Obrigada, viu?
15:47Obrigada, viu?
15:48Obrigada, viu?
15:49Obrigada, viu?
15:50Obrigada, viu?
15:51Obrigada, viu?
15:52Obrigada, viu?
15:53Obrigada, viu?
15:54Obrigada, viu?
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