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Brazilian President Luiz Inácio Lula da Silva announced a new initiative focused on providing agricultural training to African nations, calling it a step toward an “agricultural revolution” on the continent. Lula said Brazil’s federal universities, Embrapa and federal institutes would collaborate to teach modern farming techniques both in person and through distance learning.

The Brazilian president described the effort as a way to address the historic legacy of 350 years of slavery and strengthen Brazil–Africa cooperation ahead of the G20 Summit in South Africa. Lula also highlighted the importance of Brazil hosting COP30 in the Amazon region, framing it as a “cultural revolution” that expands national development beyond the south-southeast.

#Lula #Brazil #Africa

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Transcript
00:00Minha querida companheira Janja, nossa ministra Margarete Menezes, nosso ministro Rui Costa,
00:13nossa ministra Luciana Santos, nossa ministra Gleithi Hoffens, o nosso querido companheiro
00:21Jacques Vague, líder do governo no Senado Federal, deputada federal Denise Pessoa.
00:30Presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, Márcio Tavares, secretário
00:35executivo do Ministério da Cultura, Daniela Barros, presidenta do Fórum Nacional de Secretários
00:41e Dirigentes Estaduais de Cultura e Secretaria do Estado de Cultura e Economia Criativa do
00:48Estado do Rio de Janeiro, Eliane Parreiras, presidenta do Fórum Nacional e de Secretaria
00:54de Gestores de Cultura das Capitais e Municípios Associados e secretária de Cultura de Belo
01:00Horizonte, Davi Terra, presidente da Rede Nacional dos Gestores Municipais de Cultura e secretário
01:08de Cultura de Valença, Shaolin Barreto, representante do Conselho Nacional de Políticas Culturais,
01:15Marja Barros, agente territorial de Cultura dos Deputados dos Campos e Aline Vieira, representante
01:23do Comitê de Cultura do Pará, queridas amigos e queridos amigos.
01:28Hoje é um dia especial, especial porque é a realização de um sonho que eu tenho há
01:45muito tempo, de transformar a cultura no movimento efetivamente de base, uma coisa popular para
01:57que a gente, ao invés de ter aquelas coisas muito, sabe, encalacradas, aquelas coisas muito
02:05fechadas, aquelas redomas, sabe, tudo que funciona certinho, a gente tem uma espécie de querrilha
02:12democrática, cultural nesse país, onde as pessoas precisam ter a liberdade de fazer e de provocar
02:26que os outros façam acontecer a cultura no nosso país.
02:31Eu poderia começar aqui dizendo o seguinte, eu não sou alto nem baixo, não sou feio nem
02:38bonito, não sou nem inteligente nem burro, eu sou o resultado de um gesto de amor.
02:53É um tratamento acontecido em janeiro, no final, começo de fevereiro, entre seu Aristides
02:59e dona Lindu, que fizeram com que eu nascesse dia 27 de outubro.
03:05Ou seja, desse gesto de amor nasci eu.
03:09Então, eu sou apenas o que sou.
03:10So, who doesn't know me, has passed me to know.
03:17Dear friends and friends,
03:20I have many years, I dream of making culture in this country
03:28almost revolutionary with the participation of society.
03:35Because culture is nothing more than the result
03:40of the creative capacity of the human being.
03:44Everyone has a cultural potential extraordinary
03:48since the day that was born.
03:50What is important is that the State,
03:53instead of determining that type of culture,
03:55the State needs to create conditions
03:58for people to put out the potential that they have.
04:05A gente pode dar um pouco de conhecimento,
04:08mas a Inteligência Cultural está dentro de vocês.
04:12E isso ninguém tira de vocês.
04:15O que nós precisamos é apenas exorcitar esse potencial que vocês têm.
04:22Por isso é que é importante você ter em conta,
04:27quando eu digo que eu...
04:30As pessoas perguntam o que eu sou ideologicamente,
04:33o que eu sou politicamente,
04:35eu digo que eu sou a metamorfosa ambulante.
04:39Eu não sei das coisas.
04:42Eu quero saber.
04:44Pelo fato de eu não saber de tudo,
04:47é muito fácil eu aceitar as coisas que os outros sabem
04:53e que eu não sei.
04:55E aí é que está a arte de bem governar um país.
04:59É você aceitar que a sociedade diga
05:03o que é bom fazer que o governo não sabe fazer
05:06o que o governo não pode fazer.
05:08E o que nós estamos fazendo hoje,
05:11mandando essa lei para o Congresso Nacional,
05:14é dizendo para o meu líder no Senado,
05:16o companheiro Jacques Wagner,
05:17para a nossa deputada,
05:19de que a partir de amanhã vocês terão trabalho
05:23em transformar definitivamente
05:26a nossa política cultural deste país,
05:31para que nenhum presidente da República,
05:34de qualquer partido que seja,
05:36de qualquer matriz ideológica que seja,
05:39possa um dia, outra vez,
05:42achar que pode proibir a cultura deste país.
05:46Isso é transferir para vocês uma responsabilidade
06:01que a institucionalidade não permita que o governo faz.
06:06Vocês sabem que a arte de governar é cheia de regras.
06:11Tem regras para tudo.
06:14Tem fiscalização para tudo.
06:17Tem gente que ajuda muito pouco
06:19e tem gente que atrapalha muito mais.
06:22Vocês sabem como é que é.
06:24Esse dia eu ouvi de um companheiro, Wagner,
06:27que muitas vezes ele não quer
06:29determinar o dinheiro do governo
06:31para determinada atividade,
06:33porque quando chega o dinheiro do governo
06:35é tanta exigência para ele cumprir
06:37que ele prefere não ter o dinheiro.
06:40Na questão da segurança pública, é assim.
06:42Você foi governador e o Rio foi governador.
06:45Então, como é que você faz para liberar?
06:50É fazer o que nós estamos fazendo.
06:52Criando um comitê de cultura
06:54para vocês extravasarem o potencial cultural de vocês
06:58naquilo que vocês sabem fazer sem ter que pedir licença.
07:04Apenas respeitando aqueles que divergem da gente
07:09e tentando convencê-los
07:11que eles não são nossos inimigos.
07:14Eles são apenas pessoas
07:16que não tiveram a chance de nos ouvir.
07:19E a nossa capacidade de convencê-los
07:23é que é o nosso desafio.
07:25Eu estava dizendo para a Janja,
07:28eu tenho um discursinho por escrito aqui
07:30e muitas vezes eu peço para o pessoal fazer discurso para mim
07:34e ele fica chateado porque eu nunca leio.
07:38Eu nunca leio porque tem um problema sério.
07:40Você veja que já falou quatro pessoas antes de mim.
07:43E normalmente as pessoas falam aquilo que está escrito.
07:47Então, eu não quero repetir.
07:50Como eu estou contente com o discurso do Márcio,
07:51com o discurso da Margareta,
07:52com o discurso dos três companheiros que falaram.
07:55Então, eu não preciso ler porque aqui está tudo que eles já falaram.
07:59Mas eu queria apenas dizer para vocês o seguinte.
08:02Eu estava dizendo para a Janja.
08:04O que nós precisamos ter certeza
08:08é que vocês agora vão ter um instrumento
08:13que vocês podem, em cada bairro,
08:16em cada lugar que vocês estejam,
08:19numa comunidade quilombola,
08:22numa comunidade indígena,
08:24numa comunidade de pescador,
08:26de catadora de feri, de caranguejo,
08:29cortador de açaí.
08:30Sabe?
08:31Em qualquer lugar,
08:32a gente pode ter um núcleo cultural nesse país.
08:37Porque a gente não pode mais ficar no restante do país
08:41recebendo a cultura comercial,
08:43muitas vezes, do Rio de São Paulo,
08:45sem levar em conta que nós precisamos vender a nossa cultura.
08:49Olhe!
08:54Olhe o que está acontecendo em Belém.
08:59Em Belém não está acontecendo apenas uma COP,
09:03aquilo que nós chamamos COP da verdade.
09:07Em Belém está acontecendo uma revolução cultural.
09:12O povo do Pará está conhecendo gente do mundo inteiro.
09:16E gente do mundo inteiro está conhecendo gente do Pará.
09:21Eles estão bebendo a bebida do Pará,
09:23estão comendo a comida do Pará,
09:24estão dançando homens e mulheres do Pará,
09:27estão ouvindo o carimbó,
09:29estão ouvindo um monte de músicas.
09:31É só ver quanta gente está se divertindo
09:34ali do trabalho sério,
09:36quando você está no exercício da COP.
09:40Veja que importante.
09:41Quem é que já imaginou que a gente ia levar
09:43dois transatlânticos, sabe, para o Pará?
09:50Num porto feito em apenas cinco meses.
09:54Quando ninguém acreditava que a gente pudesse fazer.
09:57Todo mundo falava mais,
10:00ô Lula, faz a COP no Rio de Janeiro,
10:03faz a COP em São Paulo,
10:04lá está tudo pronto,
10:05lá já tem hotel,
10:06lá já tem um monte de coisa,
10:07faça lá.
10:08Mas se for assim,
10:12o Brasil não crescerá
10:15além da fronteira sul-sul.
10:23Eu estava dizendo para a Janja,
10:25ô Janja, será que esse nosso comitê de cultura
10:28que está sendo criado,
10:30será que vocês serão capazes de fazer uma revolução cultural?
10:34E a gente, através de vocês,
10:37a gente levar a troca da nossa cultura com os países africanos
10:42de língua portuguesa no primeiro momento?
10:49Não é possível, através da cultura,
10:53a gente criar comitês em todos os países africanos?
10:56De quem que nós dependemos?
11:04De ninguém.
11:06De nós mesmos, da nossa vontade.
11:09Eu agora estou indo ao G20 na África do Sul,
11:13e vou passar em Moçambique.
11:15Eu estou com a ideia de fazer um convênio
11:18entre as nossas universidades federais,
11:21a Embrapa e os nossos institutos federais
11:23para ensinar técnicos agrícolas ao povo africano
11:28para que eles consigam efetivamente
11:31conseguir fazer a revolução agrícola
11:33que nós fizemos aqui no Brasil
11:35sem os erros que nós cometemos.
11:38Isso é possível fazer.
11:41Não depende mais de mandar um professor para lá
11:44ficar lá seis meses, não.
11:46Faz um curso à distância.
11:47Quem sabe seja a forma da gente pagar
11:52a dívida que a gente tem com 350 anos de escravidão
11:56ao povo africano.
12:02E não depende de lei.
12:04Depende de atitudes.
12:06Então, o que eu estou, na verdade,
12:09é convocando vocês
12:10para serem mais do que agentes culturais
12:15dos comitês de cultura.
12:17Vocês têm que ser a base
12:20da conscientização, da politização
12:23de uma nova sociedade que nós precisamos criar
12:26para romper definitivamente com o negacionismo,
12:29com o fascismo.
12:30A gente não pode esquecer nunca o que aconteceu nesse país
12:39nos últimos anos.
12:41A gente não pode acontecer que no governo passado
12:45eles acabaram com o Ministério da Cultura,
12:47acabaram com o Ministério da Igualdade Racial,
12:50acabaram com o Ministério da Mulher,
12:52acabaram com vários ministérios.
12:54Senhor Espírito!
12:56E vocês sabem,
12:58o meu problema não é só criar o Ministério,
13:01o meu problema é criar um compromisso
13:03de vocês com o Ministério.
13:05E o compromisso do Ministério com vocês.
13:08Se a Margarete fosse uma burocrata
13:10e ficava dentro do gabinete
13:12só liberando coisas que ela pode liberar,
13:14a gente não era nada.
13:16A Revolução Cultural está em a gente trazer
13:20do mais longínquo lugar desse país
13:23a cultura daquele povo para que o Brasil conheça.
13:27Porque o Brasil não conhece o Brasil
13:30e é preciso o Brasil conhecer o Brasil.
13:36Portanto, queridos companheiros e queridos companheiros,
13:39eu quero, Margarete, agradecer a vocês.
13:42Quero agradecer de coração.
13:45Eu, a primeira vez que eu vi a Margarete,
13:48eu fui no Carnaval na Bahia.
13:50Eu estava, eu estava andando, acho que era umas duas horas da manhã,
13:56com o Jacques Wagner, e o Wagner falou, eu vou, eu queria ir embora,
14:03e o Jacques falou, agora nós vamos ver o show de uma revelação,
14:08uma negra chamada Margarete Menezes, uma jovem,
14:11e nós fomos para a porta do lugar que ela ia cantar e ver ela cantar.
14:17Eu jamais imaginei que, 30 anos depois,
14:21essa mulher negra, cantora,
14:24viesse a ser minha ministra da cultura.
14:25Chegou, chegou, chegou aqui uma mulher muito inibida,
14:38muito inibida, ela tinha, porque é engraçado,
14:41a gente pensa que artista sabe lidar com microfone,
14:44ele sabe para cantar, mas para falar são um desastre.
14:46E ela tinha muita dificuldade, vocês perceberam que ela já está com uma desinvoltura, sabe,
14:55que já parece que é ser candidato a alguma coisa, mas ela também desinvoltou.
14:59O dado concreto, o dado concreto, gente, é que nós vivemos o melhor momento cultural deste país.
15:12Nós nunca tivemos tantos recursos por conta da lei, a de Blanco, da lei...
15:18Ô, meu Deus do céu, tá escrito?
15:23Ei? Paulo Gustavo, tá aqui.
15:25Nós nunca tivemos tanto dinheiro.
15:28E esse dinheiro, quando a Margarete resolveu distribuir para o município,
15:32eu falava, Margarete, não é só distribuir o dinheiro,
15:35é preciso fiscalizar, para saber se o dinheiro está sendo, sabe,
15:39fazendo as coisas que precisam ser feitas.
15:41Porque se você passa o dinheiro e você não fiscaliza,
15:44você não sabe se o dinheiro está cumprindo aquilo que é a finalidade do dinheiro.
15:49E, graças a Deus, nós estamos tendo um sucesso extraordinário
15:53na política cultural.
15:56E quando eu vejo vocês, companheiros que fazem a cultura nesse país,
16:02com essa alegria, com esse entusiasmo,
16:06eu quero dizer para vocês que hoje é possivelmente o meu dia mais feliz
16:10desde que eu fui presidente da república em cidadão de cultura.
16:20Por favor, gente. Por favor.
16:24Eu faço um trabalho imenso todo santo dia para não decepcionar vocês.
16:32Por favor.
16:40E aí
16:58E aí
17:04E aí
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