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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) informou oficialmente ao Supremo Tribunal Federal (STF) a descoberta de "lesões atípicas" em alguns dos corpos das vítimas da megaoperação policial.
A informação foi comunicada após o ministro Alexandre de Moraes intimar o Governo do Rio e exigir a entrega imediata dos laudos de autópsia para apurar o uso da força policial no âmbito da ADPF das Favelas. Reportagem: Rodrigo Viga.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/prAs1UPO4-s

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Transcrição
00:00O Supremo Tribunal Federal é notificado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro
00:03sobre lesões atípicas em duas vítimas da mega-operação do mês passado
00:09nos complexos do Alemão e da Penha.
00:11As últimas informações, repórter Rodrigo Viga.
00:15O Ministério Público Fluminense informou ao Supremo Tribunal Federal
00:19que detectou supostas lesões atípicas nos corpos de duas pessoas que morreram
00:26dos confrontos com a polícia na Penha, no Alemão, na mega-operação de 28 de outubro
00:31na Zona Norte do Rio de Janeiro.
00:34Eram lesões que não seriam, teoricamente, compatíveis com conflitos e confrontos
00:41como aqueles que aconteceram na Serra da Misericórdia no final do mês de outubro
00:47no topo de Penha e do Alemão.
00:49Um dos corpos estava decapitado.
00:52O outro tinha lesões como se tivesse a vítima levado um tiro muito de pé
00:58sem que tivesse direito ou oportunidade de se entregar à polícia.
01:03No entanto, o próprio Ministério Público do Rio de Janeiro
01:06informou ao Supremo Tribunal Federal que nos outros 115 corpos
01:10havia lesões típicas de tiroteios e confrontos.
01:14Tiros de fuzil que perfuraram regiões como tórax, abdômen e barriga.
01:20O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, o relator da ADPF das Favelas,
01:26já pediu ao governo fluminense informações adicionais sobre a mega-operação.
01:31Argumentou, no último dia 8 de novembro, que havia uma certa inconsistência, divergência
01:37entre dados apontados pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública
01:41em relação às informações disponibilizadas pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.
01:47Moraes quer, por exemplo, detalhes da necrópsia no corpo de todas as 117 pessoas que morreram no tiroteio
01:55com a polícia na Penha e no Alemão, quer também detalhes mais minuciosos sobre os corpos
02:03como fotografias, questões de papiloscopia e ainda solicitou ao governo fluminense
02:08imagens das câmeras de segurança utilizadas no fardamento pelos policiais que participaram daquele confronto.
02:15Já se sabe que alguns policiais civis que participaram da intervenção na Penha e no Alemão
02:21não estavam com câmeras e policiais militares ficaram sem a disponibilização dessas imagens
02:28porque o confronto foi muito longo e as baterias dos equipamentos não duraram tanto tempo.
02:35Do Rio, Rodrigo Viga.
02:38O assunto é segurança pública, já já a gente vai pra Brasília pra falar sobre o projeto de lei anti-facção
02:44mas antes vou chamar já os nossos comentaristas, o Cristiano Vilela e o Acácio Miranda
02:49começo pelo Acácio falando sobre essa discussão no Rio de Janeiro
02:53o que que o Supremo pode fazer a partir de informações que remetem ainda a mega-operação de duas semanas no Rio de Janeiro
03:04o governo do Rio pode sofrer algum tipo de prejuízo, punição ou não
03:09do que se trata essa discussão?
03:12Acácio, bem-vindo, boa noite.
03:14Boa noite Tiago, boa noite Vilela e um boa noite especial à nossa audiência.
03:19O Supremo está agindo nessa situação por conta de uma ADPF
03:24por uma ação de descumprimento de preceito fundamental
03:27por conta da pandemia que impedia que o governo do Rio
03:31realizasse essas operações sem a devida comunicação às autoridades competentes.
03:40Como essa ação foi praticada independentemente de qualquer comunicação nesse sentido
03:46o Supremo é quase que obrigado a agir.
03:50Diante disso, o Supremo neste momento apura a situação para verificar se há irregularidades,
03:58se há excessos, se há eventuais crimes cometidos pelas autoridades policiais
04:04e obviamente eventuais crimes cometidos pelos criminosos que eram objeto dessa apuração.
04:12Mas fato é que, olhando para as circunstâncias, o Supremo coloca esse dedo na ferida não por vontade própria,
04:21mas por estar um pouco refém daquilo que decidiu atrás na ADPF já mencionada por mim.
04:29José Vilela, o que poderia ser feito?
04:32O Acácio fala de colocar o dedo na ferida, mas o Supremo poderia tomar qual providência
04:38ou reavaliar essa discussão sobre a ADPF das favelas?
04:42Bem-vindo, boa noite para você.
04:44Tiago, uma ótima noite a você, ao Acácio, todos que acompanham o Jornal Jovem Pan.
04:49Olha, antes de mais nada, Tiago, eu vejo que é importante a gente fazer uma ponderação.
04:54Foram levados pelo Ministério Público dois casos entre 121 mortos que seriam atípicos.
05:03Ou seja, os outros 119 foram mortes claramente feitas, praticadas em atividade de troca de tiros com a polícia.
05:14Então é importante a gente deixar claro que pelo volume, pela proporcionalidade,
05:19fica evidenciado que cai por terra aquele discurso de chacina,
05:24especialmente elementos ligados ao governo que quiseram propagar logo após a ocorrência desses fatos no Rio de Janeiro.
05:32Esses dois casos isolados que serão objetos de uma averiguação mais profunda,
05:36de uma averiguação mais extensa, são situações que podem ter um indício de atipicidade,
05:42mas não quer dizer que houve uma matança ou que houve qualquer tipo de situação que envolva diretamente a polícia.
05:49Eventual decapitação, por exemplo, ou eventual tiro de perto pode ser dado por um outro bandido dessas facções.
05:56Então é muito cedo para a gente pensar em qualquer descumprimento
06:00e os números nos dão uma segurança muito significativa de que, no geral,
06:06houve sim o cumprimento literal das disposições trazidas na DPF das favelas.
06:12Então eu vejo que, nesse sentido, a narrativa que se tentou construir, ela cai por terra totalmente.
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