Pular para o playerIr para o conteúdo principal
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), formalizou a abertura de um inquérito para que a Polícia Federal (PF) investigue a atuação de grupos criminosos violentos no Rio de Janeiro.

A decisão foca especialmente na lavagem de dinheiro e na infiltração de facções e milícias no poder público e nas forças de segurança. Reportagem: Janaina Camelo.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/WDRPXFydgs0

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Siga o canal Jovem Pan News no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#JornalJovemPan

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00A Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar o crime organizado no Rio de Janeiro.
00:04Repórter Janaína Camelo, direto de Brasília, como vai se dar esse processo a reboque dessa operação no Rio de Janeiro.
00:13Tudo bem, Janaína? Boa noite, bem-vinda.
00:18Muito boa noite para você, Tiago.
00:20Pois é, o ministro disse isso, que já foi aberta a investigação para apurar duas questões específicas relacionadas ao crime organizado.
00:28O funcionamento dos esquemas de lavagem de dinheiro no Rio de Janeiro e a infiltração de organizações criminosas no poder público.
00:36Isso foi comunicado, que já foi instaurado ali, essa investigação pela Polícia Federal, foi comunicado ali pelo ministro Alexandre de Moraes,
00:45durante uma audiência que ele participou hoje pela manhã com várias entidades de direitos humanos, né?
00:52Para falar sobre a mega operação no Rio de Janeiro, para falar sobre as regras ali que foram estabelecidas pela DPF das favelas,
01:00para reduzir letalidade nessas operações nas comunidades do Rio.
01:04E o ministro lembrou que essa instauração aí de inquérito, Tiago, já tinha sido determinado, inclusive,
01:11como uma das regras ali na DPF das favelas, né?
01:14No julgamento que aconteceu em abril desse ano.
01:16Só relembrando ali, entre as regras, ficou isso, a abertura de um inquérito pela Polícia Federal
01:21de crimes com repercussão interestadual, internacional, envolvendo organizações criminosas que ocupam comunidades,
01:29que também a COAF, a Receita Federal e a Secretaria da Fazenda do Rio,
01:33deveriam ali se preocupar, deveriam ali tomar a frente dessas investigações,
01:40dar prioridade nas diligências, que a Polícia Federal também deveria instaurar inquérito
01:46para investigar conexões com agentes de segurança, com grupos criminosos e milícias.
01:51E aí hoje, nessa audiência, o ministro Moraes, ele disse o seguinte,
01:54que a Polícia Federal vai seguir à frente da investigação macro, segundo ele,
01:59especialmente no rastreamento financeiro das facções,
02:03considerando que o enfraquecimento econômico das milícias e do tráfico
02:08é condição essencial para reduzir a violência.
02:11Então, essa audiência aconteceu com a participação de 29 entidades ali de direitos humanos
02:17e todas elas fazem parte de... são amigos consideradas amigos da corte, né?
02:23Que são aquelas partes ali interessadas no processo dentro da DPF das favelas, Thiago.
02:28E aí o ministro ouviu cada um dos representantes, cada um teve cinco minutinhos ali para falar,
02:34disseram que o governo do estado do Rio de Janeiro não cumpriu todos os requisitos ali,
02:40todas as regras, as medidas da DPF das favelas, como, por exemplo,
02:44a proporcionalidade no uso da força, na assistência aos familiares,
02:48com o uso de ambulâncias, por exemplo, principalmente com relação à preservação do local ali,
02:54das mortes, né?
02:56E disse também, destacaram ali, pediram ao ministro Alexandre de Moraes
03:00que haja uma atuação mais forte na fiscalização da mega-operação dos órgãos federais,
03:07como a própria Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
03:10E pediram menos atuação dos órgãos estaduais, como o Ministério Público do Rio de Janeiro,
03:17alegando o seguinte, que o Ministério Público do Rio, por exemplo,
03:21que está atuando na fiscalização da mega-operação,
03:24não poderia fazer esse trabalho de fiscalização porque participou da elaboração,
03:29do planejamento dessa operação que foi considerada a mais letal do país.
03:34O ministro Alexandre de Moraes disse o seguinte,
03:36segundo o STF, Thiago, no encerramento ali da audiência,
03:40disse que reafirmou o compromisso do STF para acompanhar de perto as medidas cabíveis,
03:45ele apontou como problema central a falta de autonomia e estrutura da Polícia Técnico-Científica do Rio de Janeiro,
03:53destacando que a subordinação à Polícia Civil compromete a independência das investigações
03:58e também disse o seguinte, que reiterou a necessidade de fortalecer o controle externo de atividade policial
04:07pelo Ministério Público com atuação preventiva e independente,
04:11informou também ter pedido imagens das câmeras corporais também dos agentes,
04:17das câmeras das viaturas também,
04:19ele disse que fez esse pedido formalmente ao governo do Rio de Janeiro.
04:23Então, só para deixar claro que esse inquérito,
04:27esses dois inquéritos já foram abertos pela Polícia Federal
04:30para averiguar toda a questão ali envolvendo lavagem de dinheiro
04:35relacionado a organizações criminosas e também participação dessas organizações criminosas no poder público.
04:41Viu, Tiago?
04:42É isso, o Supremo ouvindo a sociedade também em relação à violência no país,
04:48principalmente no Rio de Janeiro.
04:49A Janaína Camelo volta daqui a pouquinho para falar sobre a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
04:53Chama a Deise Siocari e também o Cristiano Vilela.
04:56Deise, começo por você perguntando a relação do Supremo,
04:59o posicionamento do Supremo a partir dessa mega-operação no Rio de Janeiro.
05:03De que forma a corte está tentando se posicionar?
05:07Tiago, a corte está se posicionando de novo como um ator político
05:12e tem demonstrado aquilo que a gente já tem percebido,
05:16que o sistema brasileiro, as instituições brasileiras, elas não colaboram,
05:21elas não cooperam entre si, elas se sobrepõem umas às outras.
05:25E é isso que a gente está vendo agora.
05:26Vocês me desculpem aqui, mas a Polícia Federal já investigou as facções criminosas dezenas de vezes.
05:32O grande problema é que como a gente não tem essa cooperação entre as instituições,
05:38os resultados dessas investigações, eles não vão adiante, eles não prosperam,
05:42eles param ali no meio do caminho.
05:44Porque nós temos instituições que não pensam em conversar,
05:48que é aquilo que a gente vem falando ao longo da semana aqui na Jovem Pan.
05:52E tem uma outra questão também.
05:54A nossa reação aqui, e é sempre uma reação, ela é muito casuística.
05:58A gente não se prepara para aquilo que a gente tem visto o tempo inteiro.
06:01A questão da segurança pública no Brasil, ela não é nenhuma novidade.
06:05A questão das facções não é nenhuma novidade.
06:07Eu falei no comentário anterior, aqui a gente teve a CPI do narcotráfico em 1999.
06:14E desde então, as facções só aumentaram.
06:17Então, a gente vê aqui o STF de novo agindo como um ator político,
06:21desconfiando das governanças locais, como nesse caso o Estado do Rio de Janeiro,
06:25e as nossas instituições não cooperam.
06:26Então, daqui a dois, três meses, a gente vai falar exatamente do mesmo assunto de novo.
06:31Ô, Vilela, é claro que a Deise faz a leitura política dela.
06:34E eu queria te perguntar do ponto de vista mais técnico.
06:36A própria PF, como a Deise também destacou, já não faz esse trabalho de investigação?
06:42É necessário que o Supremo determine que a PF,
06:45ou pelo menos fale que a PF deve fazer ou deixar de fazer?
06:50Pois é, Tiago.
06:50Me parece, por exemplo, que nós temos uma operação que está em curso
06:54e que tem recebido elogios, inclusive, que é a Operação Carbono Oculto,
06:58dos quais a Polícia Federal faz parte,
07:01dá uma demonstração de que uma análise, uma investigação referente
07:06à utilização financeira, à movimentação financeira dessas organizações criminosas,
07:11já está sendo feita, já está em curso.
07:14É algo que parece, como a Deise colocou muito bem,
07:17parece muitas vezes uma sobreposição de competências
07:20ou uma tentativa de sobreposição de competências,
07:24quando, na verdade, a Constituição é bastante clara
07:27em atribuir a competência para a atuação das forças ostensivas,
07:31as forças de segurança pública, para as unidades da federação.
07:35Então, eu vejo que, nesse sentido, não há o que se fazer
07:40no sentido de buscar uma unificação que não fazer o diálogo
07:45e uma construção de atuação conjunta entre as forças dos diversos estados
07:51e do governo federal.
07:53Sobreposição, ela não é o melhor caminho,
07:55até porque o governo federal muda de mãos,
07:58o governo dos estados mudam de mãos.
08:00E, nesse sentido, é importante que a estrutura legal
08:04seja sempre respeitada como forma de manutenção da ordem
08:08e de preservação da segurança jurídica.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado