00:00Sim, de fato, a família sabia desse relacionamento extraconjugal.
00:04A informação que a gente recebeu é de que o José, o José Messias Emílio de Araújo, de 46 anos,
00:13ele estava em casa com essa mulher, com a amante, e aí teria acontecido, de fato, essa agressão
00:19de acordo com o que disse a família da vítima à nossa equipe de reportagem.
00:25A família da vítima contou que essa mulher teria agredido ele com uma faca, que inclusive
00:30ela já tinha ameaçado esse homem e falou também, Arthur, que eles tinham um relacionamento
00:36bem conturbado, que já tinham tido outras discussões.
00:40Eu conversei, inclusive, com um sobrinho da vítima e a gente vai ouvir agora a entrevista completa.
00:49A gente teve informação do próprio José Messias, do meu tio, que na hora que ele
00:55levou a facada, ele ainda conseguiu ligar para a esposa dele, a esposa dele, Isa, e falou
01:03Isa, eu levei uma facada, fui faqueado, e não falou mais, a ligação caiu.
01:10E aí eu estava chegando em casa, a esposa dele, minha tia, me ligou, olha Rafael, teu tio
01:14sofreu uma facada e tal, só não sei onde ele está.
01:17Aí eu disse, eu achei que era conversa, fiquei procurando saber, botei o carro para lavar
01:22no Lava Jato, e aí eu fiquei esperando.
01:26Em seguida, negócio de uns 30 minutos depois, o hospital que ele deu entrada, ele conseguiu
01:32pegar a moto, ele se enrolou no lençol, o meu tio, com a faca, as faqueadas, ele puxou
01:38a faca, se enrolou no lençol e conseguiu andar de Jardim Piedade do local do crime até
01:44o hospital Memorial Guararapes, ali em Prazeres.
01:47Chegando no hospital lá, ele estacionou a moto e já caiu em seguida em frente do hospital.
01:53Os maqueiros chegam lá, pegou ele e botou.
01:55Aí a assistente social do hospital ligou para a minha mãe, que é a irmã dele.
01:59Olha, seu irmão, ele conseguiu falar seu número, e aí você é o que dele?
02:03É sua irmã dele e tal, ele deu entrada aqui, esfaqueado e tal, só que ele falou que
02:08era assalto.
02:09Aí foi no momento que eu peguei o carro e segui para o hospital.
02:12Quando eu cheguei lá, a polícia militar tinha chegado, porém, como ele falou que
02:16foi assalto, de primeira meia mão, ele falou que foi assalto, a polícia militar se evadiu
02:22do local, falou com ele lá e saiu.
02:24E aí eu cheguei lá, procurei informação, o maqueiro, a recepcionista e a médica falou
02:29que isso não foi assalto, porque a moto dele está aí.
02:33Ele chegou com a chave, com o capacete, com os documentos, celular.
02:37Como é que foi assalto?
02:39Aí eu, não, foi assalto não.
02:40Foi a amante dele, que está na casa lá e tal, só que aí a gente não falou mais
02:45nada.
02:46Aí chegou o DHPP depois, o comissário e um agente pegando as informações dela, já
02:52estavam com a ficha já e tal, porque o hospital mesmo, quando acontece esses casos, já entra
02:56em contato com a polícia.
02:57E aí o DHPP chegou esses dias.
02:59A gente acredita que foi ela, porque ela mesmo, a assassina, ela mesmo falou.
03:05A gente tem provas, tem conversas com ela, ligações gravadas com ela, ela falando que
03:10ele foi pra cima dela e ela esfaqueou ele, que ela estava num bar lá em cima do bar,
03:14que é onde eles moravam recentemente.
03:16Ela esfaqueou ele, ela falou tudo, como é que foi, o tamanho da faca, que ela disse
03:21que a faca tinha aproximadamente dois palmos, que entrou mais de um palmo na barriga dele.
03:26Ele puxou a faca e quando ele desceu da moto, ela falou tudo.
03:31A gente sabe, porque a gente tem todas as provas de ligações, a gente sabe possivelmente
03:35o local que ela está, que é a casa da mãe dela.
03:37E a polícia não resolveu nada até agora.
03:40E ela falando que foi ela que deu a facada.
03:43E a polícia não resolveu nada até agora.
