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Durante a COP30, em Belém, Kátia Abreu, comentarista do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, destacou que o Brasil deve equilibrar a exploração de petróleo com o investimento em energia renovável. Ela elogiou o Fundo das Florestas Tropicais e defendeu remunerar produtores que preservam o meio ambiente.

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Transcrição
00:00O Brasil quer fazer da COP30 um marco na história do país em contraponto a outras nações que usam
00:14eventos como esse de forma política e não cumprem as metas estabelecidas. Prova dos nove é que o
00:20presidente Lula tem dito aos quatro ventos que essa é a COP da verdade e não deve ficar limitada
00:26ao território das boas intenções. Além da iniciativa pioneira do TFFF, o Fundo das Florestas
00:32Tropicais para Sempre, o país quer se destacar em outras frentes, se comprometendo a reduzir a emissão
00:39de gases com a meta de cortar esses poluentes entre 59% e 67%. Então vamos conversar sobre esta
00:46disposição brasileira na COP com a notável do nosso canal, a Kátia Abreu. Oi Kátia, muito boa tarde
00:53para você, é sempre bom falar contigo. Tudo bem com você? Tudo bem, Eric. Um abraço aí a todos os
01:01nossos telespectadores, aqueles que nos dão a honra de nos acompanhar. Ô Kátia, as COPs anteriores e um dos
01:10exemplos mais emblemáticos é o Acordo de Paris 10 anos atrás, terminaram com uma fieira de boas
01:15intenções, mas que se cristalizaram em resultados práticos aquém do esperado. Esta COP tem o condão
01:22mesmo de mudar essa contradição? Todos nós esperamos que sim e todo mundo está muito assustado
01:29porque o compromisso era, desde o início da revolução industrial no mundo, não passar daquele
01:38período para adiante, não esquentar o planeta mais de um grau e meio. E nos últimos dois anos,
01:44nós estouramos essa meta, então nós estamos numa situação um tanto grave. E Paris marcou
01:51bastante, Eric, porque naquele ano, com o protagonismo do Brasil, ministro Isabela do Meio Ambiente,
01:59eu própria modestamente participei como ministro da Agricultura, Eduardo Braga, do Ministério de Minas e
02:05Energia, fizemos um NDC, as metas do Brasil, muito ousadas. E os países, então, naquele episódio,
02:13por isso é marcante a COP de Paris, porque nós fizemos um compromisso formal de quanto iremos
02:20reduzir. Então, isso, de certa forma, criou um compromisso e um constrangimento e uma certa cobrança
02:28para esses países que não cumpriram a sua palavra. Então, depois de Paris, agora nos últimos dois anos,
02:36nós aquecemos mais do que deveríamos. Então, a luz vermelha acendeu, não é amarela. Nós precisamos
02:44agora retroagir e desaquecer o planeta. Quer dizer, levar o fogo brando, diminuir o fogo igual do fogão.
02:53Fogo alto, agora nós temos que trazer com fogo brando, para não queimar a panela. Então, isso é grave.
03:01É uma analogia, mas o assunto é grave. E nós esperamos agora que, a partir da COP30, duas coisas possam
03:10acontecer. Não só a questão da mitigação que vem sendo feita até agora, mas partir para uma coisa mais dura,
03:18uma coisa mais efetiva, que vai sair de Paris, que é a adaptação e a resiliência, que é uma coisa
03:26efetiva. Nós temos agora que ter clareza do que fazer, como fazer, quando fazer, quanto vai custar e
03:34de onde vem o dinheiro. Ou nós vamos ficar só batendo cabeça e o planeta aquecendo e só Deus sabe até onde
03:41tudo isso vai. Então, o que é a resiliência? A resiliência é garantir a segurança hídrica,
03:49garantir a água, é nós mostrarmos como reduziremos o CO2, que é a emissão de carbono,
03:56que é o produto mais emitido, poluente e aquecedor do mundo, e também corrigir a questão das terras
04:05degradadas que evaporam também muito CO2. E a adaptação é lidar com os fenômenos naturais.
04:14Imagine até um dia desse, quem diria que o Brasil ia ter ciclones, ia ter terremoto?
04:20Nós estamos vendo o Rio Grande do Sul, que passou por tudo que passou, infelizmente,
04:25uma tragédia. Depois, uma seca horrorosa no centro-oeste do país e agora estamos vendo
04:31um ciclone no estado do Paraná, uma outra tragédia. Quando que nós vimos um acontecimento
04:38desse no Brasil? Nós sempre cantamos vantagem que o nosso país não tem nada disso, que Deus
04:45nos privilegiou sem esses episódios, que infelizmente a gente assiste em outros países,
04:51principalmente nos países da Ásia. E agora estamos vendo aqui, bem pertinho de nós.
04:57Será que precisa acontecer mais o quê para nós tirarmos o pé do chão, como se diz no
05:01interior, no meu interior do Tocantins, tirar o pé do chão e tomar providências, arregaçar
05:06as mangas? Então, eu acredito que agora esse novo caminho, que está saindo essa expressão
05:13da COP, planejar esse novo caminho, é colocar planejamento, metas e nós seguirmos essas metas
05:22para que, de fato, nós possamos diminuir e fazer tudo isso. E o Lula tem dito, com muita veemência,
05:30porque ele é muito bom nas palavras e ele consegue fazer com que essas palavras sejam repetidas no mundo
05:37todo pela facilidade que tem com elas. Imagine que o mundo está gastando aí 2 trilhões e 700 bilhões
05:45com a guerra e nós estamos pedindo 1 trilhão e 300 bilhões para desaquecer o mundo. Será que essas
05:53pessoas não podem refletir sobre isso? Ele abriu agora o UTF-FF, que é a participação de todos os países
06:01que têm floresta. Todo mundo cobra e com razão. Brasil não desmate, Indonésia não desmate, Congo não
06:07desmate. Mas tudo isso tem uma complexidade enorme de convencer os donos dessas terras, os produtores rurais,
06:16nem estou falando do crime organizado, que não pede autorização para ninguém e desmata tudo.
06:22Então, nós precisamos manter essas matas em pé, mas nós precisamos remunerar essas pessoas,
06:28porque ela desmata, às vezes, uma área, não porque acha bonito a árvore deitada, mas é porque ela quer produzir.
06:33Arroz, feijão, milho, pecuária, leite. Então, nós temos que remunerar. E esse fundo que o presidente
06:41Lula criou é exatamente com essa inteligência de fazer uma árvore em pé valer mais do que uma árvore
06:49deitada. Então, isso é que o mundo tem que se conscientizar, é fazer esse dono dessa floresta ganhar dinheiro
06:57com ela. O dia que essa floresta for de fato remunerada, para que eu vou desmatar? Eu estou sendo
07:04remunerado. É assim em todo o país de primeiro mundo. Quando o governo não quer que o produtor amplie
07:12suas áreas, ele remunera esses produtores. Então, esse fundo é para remunerar quem não desmata.
07:18Então, isso é uma forma inteligente, esse dinheiro não vai acabar, ele vai ficar aplicado
07:23num fundo de renda fixa e os países que forem colaborando com essa ideia, claro, que vão
07:29recebendo dinheiro para não ficar no governo, não é para fazer obras públicas, mas para
07:35remunerar quem está colaborando com o planeta. Então, nós precisamos ter recursos não só
07:42a fundo perdido, mas também de financiamento, com juros baratos, para que as pessoas possam
07:48colaborar nessa grande empreitada. Guerra não, nós queremos a paz, a paz verde, que
07:54é manter o nosso planeta resfriado ao ponto de que nós possamos ter uma qualidade de
08:02vida maravilhosa, porque é isso que no fim nós queremos. E lá na COP tem três objetivos
08:07muito claros aqui, inclusive em toda a imprensa nacional. O foco é a transição energética,
08:13a adaptação climática e financiamento. Essas são as três palavras mágicas que nós
08:20esperamos, que nós deixaremos esse legado para o mundo depois da COP de Paris, depois
08:27das MDCs escolhidas, determinadas, cada país fez a sua, sem nenhuma obrigatoriedade.
08:33Agora vamos cumprir. Até hoje, cem países já pegaram as suas MDCs lá de Paris, já
08:40reformularam elas, mas nem todos os países foram ousados. Sabe quando faz e reforma
08:47com aquela timidez, como se não tivesse nada com isso? Nós precisamos da ousadia, da
08:53coragem desses países, principalmente os países ricos, de ousar e apostar que dá conta de fazer
09:00essa transição energética com mais força e mais rapidez. Tem uns que criticam. Ah, e
09:06a margem equatorial? O Brasil está falando em transição, está sediando a COP e está
09:11explorando petróleo no Amapá? Eu quero só avisar aos desavisados que o que explorarmos
09:18de petróleo na margem equatorial dá para combater o desmatamento no Brasil inteiro,
09:24não é só na Amazônia, não. Então nós temos que ser inteligentes. É o que a Petrobras
09:28está fazendo. A Petrobras explora petróleo e gás, mas está investindo fortemente no
09:34etanol, nos nitrogenados como o fertilizante para a agricultura, está investindo no biogás
09:42para que nós possamos fazer, financiar a nossa transição energética com o petróleo,
09:50o gás e a mineração. Como diz a própria ex-ministra Isabela, outro dia, numa entrevista,
09:55nós precisamos usar esse produto que não é renovável para nós termos o renovável.
10:04É assim que a Arábia Saudita, um dos maiores produtores de petróleo do mundo, está fazendo.
10:08Vai agora parar de produzir petróleo. É a única riqueza que eles têm. Eles estão
10:12transformando essa riqueza suja em uma riqueza limpa, produzindo energia solar, energia eólica,
10:21offshore. É o que nós temos que fazer. Não dá para cortar o petróleo, tirar esse combustível,
10:26que é nocivo, concordo com todo mundo que é nocivo, mas nós temos que pegar esse recurso,
10:32essa riqueza e usá-la adequadamente. Porque o petróleo, que é sujo hoje, financia muito
10:38bem-estar do país ainda. Então nós temos que encontrar o equilíbrio de tudo isso.
10:44usar bastante energia renovável, como o Brasil já é exemplo para o mundo inteiro,
10:51mas também valorizar os biocombustíveis, que também somos exemplos para o mundo todo.
10:58Então é isso aí, pessoal. Vamos levar isso muito a sério, tratar isso tudo com verdade,
11:03como disse o presidente Lula, colocar todas as nossas energias nisso e tratando muito
11:09com transparência, para que nada fique ofuscado. Fazendo uma coisa e escondendo outra. Não,
11:14nós não temos nada a esconder. Vamos explorar, sim, a margem equatorial, com responsabilidade,
11:20financiando energia renovável, combatendo o desmatamento e, principalmente, o crime organizado
11:27na Amazônia, que ajuda a retirar nossa madeira, que faz garimpo ilegal, prejudicando as nossas
11:33comunidades indígenas, ribeirinhas e também quilombolas. Muito obrigada, Eric.
11:38Eu que agradeço, Cátia Abreu, a sua participação e por nos trazer esse olhar tão importante
11:44para o meio ambiente. Um grande abraço para você, uma ótima segunda-feira e uma excelente semana.
11:50Obrigada para você também.
11:51Obrigado. Tchau, tchau.
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