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O programa desta sexta (07) não é as Olimpíadas de 1972, mas vai fazer Munique entrar em Pânico! A policial militar e influenciadora Munique Busson está no estúdio para detonar as narrativas e a inversão de valores sobre o trabalho da polícia no Brasil. Ela explicou o motivo de 86% dos moradores da comunidade apoiarem as operações no Rio de Janeiro e chama a atenção para os "especialistas de ar-condicionado" que não sabem se esfriam a cabeça ou esquentam a chapa do tema. A PM revelou a guerra de informação e criticou a influência da cultura na glamourização do crime… ué, que glamourização? Meu nome agora é Zé Pâniqueno! Ah, tá… agora entendi o que ela quis dizer. Ainda foi exposta a dificuldade de atuar com uma legislação feita para a paz, combatendo o narcoterrorismo com fuzil (não o Fufu) de guerra. Assista à íntegra da entrevista e entenda a realidade da tropa que parece uma Mata Ciliar, do tanto que protege o Rio!

Assista ao Pânico na íntegra:
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#Pânico

Categoria

😹
Diversão
Transcrição
00:00Eita, vai lá.
00:01No programa de hoje, a Brava das Bravas.
00:05O mulherão que além de mãe é policial militar.
00:08Esteve na mega operação no Real de Janeiro.
00:11Tá olhando o que aí?
00:13Você vai achar nada mesmo.
00:14Sempre armada e bem armada na mente e na cintura.
00:18Eu vou te falar, eu não consigo andar desarmada.
00:20Não conta pra ninguém.
00:22Aplausos para a velhíssima e competente Monique Busson.
00:27Que beleza.
00:31Monique, primeiro peço perdão pela sua chamada.
00:33Que eu fui feita no banheiro porque o meu microfone quebrou.
00:37Mas a gente está muito feliz com a sua presença aqui.
00:40Porque a gente está vivendo num momento de narrativas.
00:43Então, eu queria primeiro agradecer a sua presença aqui no programa Pânico.
00:47E você contasse pra gente como é que esse vídeo chegou em tanta gente.
00:51Boa tarde, obrigada pela oportunidade.
00:53Tem alguém devendo pensão alimentícia?
00:55Não, não.
00:56Acho que não.
00:57O Samy talvez eu não.
01:00Então tá, ok.
01:01Então, esse vídeo eu fiz com um pouco de até de revolta pela realidade que a gente vive hoje no Rio de Janeiro.
01:12E vem alguns especialistas de ar-condicionado, de teoria.
01:18A gente não quer menosprezar o estudo porque ela é doutora.
01:23Ela é professora de faculdade federal.
01:25Tem um mestrado lá de mulher com mulher da Jacaré.
01:27Sim, exatamente.
01:29Só que a gente também tem que ter o outro lado da prática.
01:33do que a gente faz do que a gente faz no dia a dia e eu achei uma falta de respeito.
01:38Total.
01:39O posicionamento dela pelos colegas que a gente perdeu, não só nessa operação, mas como a gente perde colegas corriqueiramente.
01:47São muitas baixas policiais ao ano todo e eu acho uma falta de respeito, uma especialista de segurança pública declarar daquela forma que ela conseguiria, que a gente conseguiria desarmar os narcoterroristas com uma pedra.
02:01É uma guerra de informação hoje, né?
02:05Exatamente.
02:05E a gente tinha, né, antes o consórcio, né, midiático, que era uma coisa muito fechada.
02:11E é tão legal ver teu vídeo na rede social, viralizar, porque chega informação.
02:16E a gente pode até fazer um paralelo, a gente brinca muito aqui, ó, Beto, você gosta de falar das novelas e tudo mais.
02:21Mas se você pegar, não sei se você tem às vezes essa visão, sempre na novela, o policial ele é um cara mais escrachadão, ele é o cara mais malandro, não é?
02:30E você pega, né, o bandido ele é visto de uma outra forma.
02:34Você acha que isso acontece mesmo, quando a sua percepção trabalhando na corporação, eu tô falando de veículo, de conteúdos?
02:41Com certeza, né?
02:42Hoje, assim, temos alguns policiais no meio da mídia, influenciando eu, o Batata, o Honório.
02:49E hoje a gente entende que a segurança pública não é só bélica, não é uma guerra bélica, é tridimensional.
02:55É bélica, é informacional e é jurídica.
02:58Então, essa parte de informacional entra a questão cultural.
03:02Total.
03:03Por essa cultura de bandidolatria, né?
03:05E isso, como você citou na novela, a gente vê as novelas das grandes mídias, sempre o bandido é o galã, né?
03:12Coloca o ator mais bonito.
03:13É verdade.
03:14Envolvente.
03:14E o policial é sempre, né, aquele truculento, né, corrupto.
03:20Então, assim, isso, querendo ou não, entra no subconsciente do telespectador, das crianças.
03:25As crianças crescem achando que aquilo é o estereótipo do policial, né?
03:30E quando, na verdade, a gente é totalmente o contrário.
03:33Estamos ali, né?
03:34A tropa é uma tropa honrosa, valorosa.
03:37Agradeço o coronel Menezes por ter deixado, né, esse espaço aqui pra gente vir representar a nossa tropa.
03:44E, assim, é uma guerra difícil.
03:47E isso entra na cultura.
03:48Até, às vezes, a gente tá de serviço na rua e passa uma mãe com uma criança e fala, ó, a polícia vai te prender.
03:55Eu fico super chateada.
03:56Eu falo, não, ó, a tia só prende bandido.
03:58Porque são coisas mínimas.
04:00Quando você vê, tá envolvido na cultura.
04:02E não só nessa questão de novelas, mas questões de músicas, né?
04:06Como a gente vê alguns MCs aí.
04:09Cultura, né, como você falou.
04:10Cultura.
04:11MCs que, assim, eu tenho uma filha de 16 anos, ela não ouve esse tipo de música.
04:15Porque eu orientei ela e falei, ó, não é só música.
04:19Isso entra de uma maneira, dentro da nossa casa, como se fosse algo normal, o que eles cantam nas músicas.
04:25Então, assim, tem aquela linha tênue de liberdade de expressão e passa pra apologia ao crime.
04:34Sim.
04:35Posso falar uma coisa?
04:36A gente tem um baita orgulho.
04:37Eu queria falar isso no Olhando os Seus Olhos, que a gente tem um baita orgulho do seu trabalho.
04:40E eu acho que a nossa audiência também.
04:42Acho que agora a gente tá vendo, sempre foi uma inversão de valores, como você falou.
04:46Mas como é legal, como é corajoso o trabalho que vocês estão fazendo.
04:49E pela primeira vez a gente viu a população, pelas pesquisas que não eram divulgadas,
04:56mostrarem que são a favor dessa mega operação.
04:59Como é que você sente isso?
05:00É, eu tô quatro anos na rede social e esse ano, do meio do ano passado pra agora, está mudando muito, assim, a população ao nosso lado.
05:10Isso faz um diferencial enorme no nosso trabalho, tá?
05:12É, não só a população, mas assim, hoje a gente tem as forças de segurança pública lá no Rio de Janeiro,
05:17essa integridade da polícia civil com a polícia militar, com o governador.
05:22Cara, isso é incrível, porque isso motiva a tropa.
05:24A polícia quer trabalhar, a polícia trabalha muito, só precisam deixar a gente trabalhar.
05:29E ver esse apoio da sociedade, no dia seguinte, né, até o Major Novo fala isso,
05:35o problema não é o dia da operação, a guerra, é o dia seguinte.
05:38Total.
05:39O dia seguinte que é complicado.
05:41E no dia seguinte eu tava de serviço, cara, a população aplaudindo a gente,
05:44vindo na viatura apertar nossa mão, abraçando, coisa que a gente não percebia, não existia isso.
05:49Vocês não tinham esse sentimento?
05:50Não tinha, então o cidadão tá de saco, ninguém aguenta mais essa criminalidade.
05:55Ô, Monique, nessa questão, né, além dos especialistas que aparecendo,
06:00a gente viu também muita gente que não mora lá, artistas,
06:05que eles acabam politizando essa questão,
06:08só que deixa muito claro quem hoje é a favor do bandido, né?
06:13Porque assim, não é só questão de politizar, porque hoje tá tudo politizado, né?
06:18Ah, se é privatização, então é da extrema direita e é contra o pobre que vai acabar pagando mais caro.
06:23É sempre assim, tudo politizado, esquerda, direita, e a gente vê hoje,
06:27porque essa é uma questão que é de humanidade, a gente vê.
06:31Então, por que você acha que essas pessoas ainda são a favor do bandido?
06:36Muito claro, a gente viu imagens de cenas de tortura,
06:41que o crime torturam as pessoas, o tribunal do crime, a gente vê como funciona,
06:48e as pessoas ainda tão defendendo, não quer qualificar como terrorista e tudo mais,
06:53e tá muito claro, ficou muito claro, inclusive pessoas que eu conheço até que são de esquerda,
06:59falam assim, não, peraí, calma, a gente tem que ponderar algumas coisas aí, né?
07:02E falam, ah, foi certo, não foi, mas pô, são bandidos, tem gente que, até da esquerda que concorda,
07:09mas tem gente que ainda tá defendendo e querendo, tentando politizar uma questão que não tem como.
07:18Tem como passar pano mais, né?
07:19Exato, por que você acha que ainda tem pessoas que colocam...
07:23O Luciano Huck deu uma declaração horrorosa, né?
07:25Porque eu não vi em nenhum momento ele falando e exaltando os policiais,
07:31ou se não quer exaltar, porque se a agenda dele não permite,
07:35pelo menos não falar dos policiais que acabaram mortos nessa operação,
07:39a gente não viu, a gente viu o contrário.
07:41Por que você acha que ainda existe isso?
07:42É só questão política, a pessoa quer pagar de, olha como eu sou legalzão,
07:48sinalizar virtude, o que você acha, sua opinião?
07:51Então, independente do poder político, direita ou esquerda,
07:56a gente sabe que a tropa, a polícia militar, a civil, a polícia penal,
08:00ela trabalha em todos os poderes políticos.
08:02Então, assim, a gente precisa funcionar independente da ideologia, né?
08:05O que eu acho, assim, a minha opinião, é que ou é má-fé,
08:09ou é algum benefício financeiro ou ideológico.
08:12Porque não, pra mim, não há outra explicação.
08:15Porque a gente vê, tá tudo muito claro.
08:17E hoje, graças a Deus, a gente tem esses meios de comunicações abertos,
08:20rede social, YouTube, antes, quando era mídia só, grande mídia,
08:24era só o que a gente ouvia o especialista de segurança pública falar ali,
08:27e aquilo fazia uma massa de manobra social.
08:31Hoje, o cidadão, graças a Deus, a sociedade tem acesso a várias verdades
08:36e ele pode escolher.
08:36Então, tá claro, eu acho que é por isso, por esse acesso à informação,
08:41que 86% do morador de comunidade foi a favor da operação,
08:45porque eles não aguentam mais.
08:46E aí, dentro disso, eu fico, assim, em choque,
08:51porque morrem inocentes o tempo inteiro pelo narcoterrorismo.
08:57Pós-operação, teve a Rafaela, tomou um tiro de fuzil na cabeça, na linha amarela,
09:02que foi troca de tiro entre narcoterroristas.
09:04Eu não vi Luciano Huck chorando pela mãe dela.
09:08Eu não vi ONU, eu não vi direitos humanos, eu não vi OAB.
09:11Então, assim, é parcial essa apelação.
09:14Então, pra mim, é má fé.
09:16Ou alguém tá ganhando algo, né?
09:19Ideologicamente, não sei.
09:20Sempre tem o interesse.
09:22Fazer só um break aqui pra nossa rede de rádios.
09:24Aliás, já sigam, arroba Monique Busson, com dois S no Instagram,
09:28pra prestigiar.
09:29E N no final.
09:30Pra prestigiar o trabalho da Monique e da nossa polícia.
09:33E daqui a pouco a gente tá de volta aqui na Jovem Pá.
09:37Diga lá, o Betão.
09:38Eu queria perguntar pra você, Monique.
09:41Você tava falando da grande mídia.
09:43Como é que é dentro da corporação?
09:44E como é que você visualiza quando essa grande mídia chama a polícia,
09:48que tem que fazer essas operações de genocida, de assassinos?
09:52Como é que você enxerga isso?
09:54Como é que a corporação, vocês ali no dia a dia...
09:56Porque, pô, vocês estão ali pra proteger o cidadão,
09:59mas ali, que é chamado quarto poder, o jornalismo,
10:03são contra, né?
10:04Vocês não gostam.
10:07Não é fácil, né?
10:08Mas nós entramos na polícia militar, na polícia civil,
10:11na força de segurança pública,
10:12já sabendo que a gente não tem total reconhecimento da mídia e social.
10:17Já sabe.
10:18Já é assim, já sai chegada.
10:19Já entra sabendo, né?
10:20A gente brinca que ninguém foi na tua casa te convidar.
10:23Então já vem aguentando o rojão.
10:25Só que hoje a gente tá tendo essa aprovação maior.
10:28Então, assim, é sensacional.
10:29Também a polícia civil, a militar,
10:31tá fazendo um trabalho de mídia pra quebrar essas narrativas.
10:35E, cara, realmente dá um impacto direto no nosso trabalho.
10:37Porque a gente precisa do apoio da sociedade.
10:41Porque isso facilita o nosso trabalho, sabe?
10:43De denúncias anônimas, de acolher a gente.
10:46Principalmente, assim, quem trabalha dentro de comunidade,
10:49o ambiente já é hostil.
10:51Então, se o cidadão hostilizar mais você,
10:53dificulta mais o nosso trabalho.
10:55Então, assim, eu tô falando hoje,
10:56não é pra quem já tem uma ideia definida.
10:59Ah, eu sou daqui, eu sou dali.
11:00Não, é pra aquele que não se posiciona.
11:03Eu tô falando pra ele.
11:04A gente precisa do apoio de vocês.
11:06Porque vai facilitar o trabalho.
11:08E a gente precisa controlar, combater o crime, né?
11:11A gente sabe que segurança pública,
11:12a gente não faz só com fuzil.
11:14Mas a gente precisa combater de igual pra igual,
11:19porque eles usam armamentos de guerra.
11:21Eu falo que a polícia, a nossa polícia,
11:23é a melhor polícia do mundo, não é do Brasil.
11:26Sem dúvida.
11:26É a única que combate com arma de guerra, né?
11:29Arma de guerra.
11:29E tem um adendo aí, né?
11:32No meio do civil.
11:33Exato.
11:34Na parte urbana.
11:35Na parte urbana.
11:36Em qualquer lugar do mundo,
11:38a guerra é fora da cidade.
11:40Então, ali, nós somos os profissionais.
11:43Nós temos que nos atentar com a vida do civil sempre.
11:47O marginal não quer nem saber.
11:48Tanto que, assim, teve uma operação
11:50pra prender o peixão, né?
11:52Que é um chefe.
11:53E aí, quando ele se viu quase encurralado,
11:56ele mandou atirar nos ônibus lá na Avenida Brasil,
11:59onde baleou, acho que, três ou quatro civis.
12:02Ou seja, eles são...
12:02Barricada, né?
12:03Fecha o lugar.
12:04Barricada, eles são covardes, assim.
12:06Eles fazem táticas de terrorismo mesmo.
12:09A mesma técnica do Ramazzo, quando a gente viu lá.
12:12Exatamente.
12:12Escudo humano.
12:13Escudo humano.
12:13Pega o cara que é trabalhador e coloca o cara na frente.
12:16Uma senhora que tá trabalhando invade a casa, né?
12:18Matou a dona Barli, executou ela por ter entrado.
12:21Meu Deus.
12:21Enfim, são cada caso, assim, absurdos
12:23que a gente não vê esse apelo social, né?
12:26Parcial aí, vamos dizer assim.
12:28E, assim, eu já fui em diversos
12:30em termos de amigos, de policiais.
12:31Eu nunca vi o Direitos Humanos lá, né?
12:34Nunca apareceu.
12:34Nunca apareceu.
12:36É só a gente pela gente, só a corporação
12:38e um pelo outro.
12:40Então, assim, isso é muito importante pra gente,
12:42pra contribuir no nosso trabalho.
12:43Mas a gente tá aí, né?
12:45Pra continuar nessa guerra aí.
12:46Quebrar a narrativa.
12:47Sabe o que eu tava pensando?
12:48Você tava falando, assim, da parte cultural, né?
12:49Das novelas e tudo mais.
12:51E, realmente, ou na música,
12:53ser policial é uma vocação.
12:56Você nasceu com a sua vontade.
12:57Como que é a tua história pra você ser policial?
12:59Porque você pode ter certeza.
13:01Muita gente que te assiste
13:03e tá vendo o teu trabalho agora,
13:05você tá inspirando uma galera.
13:06Como é que foi a tua história?
13:07Por que que você foi pra polícia?
13:08Então, todo mundo acha isso, né?
13:10Quando a gente...
13:11Quando a pessoa olha o policial
13:12e vê que ele ama o que ele faz,
13:14acha que a gente...
13:15Nasceu, para.
13:16É, não foi.
13:17Eu decidi ser policial com 24 anos.
13:20Caramba.
13:20E a gente percebe,
13:22nossa, eu nasci pra isso, né?
13:24Mas, assim, eu acho que a gente...
13:26Eu falo que a profissão escolhe a gente, né?
13:29A polícia acaba tendo...
13:31Escolhendo o seu perfil.
13:32A gente...
13:32Eu sempre tive uma aptidão
13:34pra ajudar o próximo,
13:35de servir a sociedade.
13:36Legal.
13:36E isso sempre me fez viva,
13:39me fez, sabe, seguir.
13:41Então, eu larguei a profissão de maquiagem,
13:44modelo,
13:45trabalhei na Sephora.
13:47É mesmo, maquiagem.
13:48Sephora é uma loja chique de maquiagem, sim.
13:50Muito chique.
13:52Monique, uma pergunta.
13:53Você tá falando da importância das pessoas
13:56saberem e da força pros policiais,
13:59até da mídia, da informação.
14:01Mas existe também, o que você falou,
14:03uma assimetria de poder.
14:06As armas que os traficantes usam,
14:08e a gente viu pelas apreensões,
14:10às vezes são muito superiores
14:12à da própria polícia.
14:14Assim que teve essa operação,
14:17ficou na mídia, ventilando.
14:18Estamos de volta aqui.
14:19para falar com a Monique Busson
14:23sobre a operação policial no Rio de Janeiro
14:26da semana passada.
14:28Então, tava te perguntando,
14:29será que faria sentido
14:31uma união da polícia com o exército?
14:35O que que falta
14:36pra polícia combater mais o crime?
14:39É uma junção, né?
14:40De operação, de estratégia,
14:42de recursos.
14:43O que que falta, assim?
14:44O que que poderia deixar o trabalho
14:46da polícia melhor e mais efetivo?
14:49Com certeza, assim,
14:51a gente vê em vários países aí
14:52que o que a polícia faz,
14:55a polícia estadual faz,
14:56aqui no Rio de Janeiro,
14:57lá no Rio de Janeiro,
14:58é o que as forças armadas
15:00fazem em outros países.
15:01Então, a gente necessita, sim,
15:02da ajuda do governo federal, né?
15:04Inclusive, nessa mega-operação,
15:06se a gente tivesse o apoio
15:07dos blindados da marinha,
15:09teria, talvez,
15:10os números teriam sido bem melhores,
15:12teria tido menos letalidade.
15:15Então, assim,
15:15a gente sabe que
15:16o dever da segurança pública
15:19não é só do Estado,
15:20é um dever do governo todo.
15:21Então, a gente precisa, sim,
15:23de ajuda no total
15:24e outra coisa,
15:25a gente precisa juntar
15:27com educação, com cultura,
15:29mas, imediatamente,
15:31a gente precisa combater
15:32com força também
15:33e violência,
15:36porque, assim,
15:37eles, a gente,
15:38na verdade,
15:38a gente reage, né,
15:40ao poder bélico do crime.
15:42Então, assim,
15:43e pode ter mais armamento,
15:45pode ter superioridade numérica,
15:47a nossa polícia
15:48é muito bem preparada,
15:50não tem,
15:50pode ter cem vagabundos,
15:52se tiver dez policiais,
15:54a polícia entra.
15:55Olha lá,
15:56e, Siqueirinha.
15:57Monique,
15:58hoje eu venho de terno, assim,
15:59tô sendo criticado por isso,
16:01mas eu já fui...
16:01Você tá lindo!
16:03Obrigado.
16:03Você já foi o quê?
16:04Já fui militar.
16:05Olá!
16:06Já fui militar.
16:07Olá, Siqueirinha.
16:08Cabo Siqueirinha.
16:09Cabo Siqueirinha.
16:10Era aluno,
16:11depois cadete, é.
16:12Cabo Siqueirinha.
16:13Na academia...
16:14Na academia da Força Aérea
16:16em Pirassununga,
16:17lá no Rio de Janeiro,
16:18tem a Escola Preparatória
16:19de Cadetes do Exército,
16:20né,
16:20o Colégio Naval.
16:21Então, eu fui militar,
16:22meu tio foi general do Exército,
16:25e quando eu fui para os Estados Unidos,
16:27e eu falo que fui militar,
16:28a primeira coisa que as pessoas falam é
16:30obrigado pelo seu serviço, né,
16:31thanks for your service.
16:32Então, a mesma coisa para você aqui,
16:34a gente tem que instituir essa cultura.
16:36Isso aí.
16:36Opa, boa Siqueirinha.
16:37Obrigado pelo seu serviço.
16:39Obrigado mesmo.
16:40Tá, porque realmente é isso,
16:41os militares e as polícias,
16:44as polícias militares são mal vistos,
16:46e não deveria ser assim,
16:47porque você acordou naquele dia
16:50e não sabia se ia voltar para casa.
16:52Exato.
16:52E aí, algumas pessoas falam,
16:53ah, isso é modo de dizer.
16:55Não, quatro não voltaram.
16:56É isso aí.
16:57Quatro não voltaram.
16:58E centenas não voltam todos os anos, né?
17:02Então, de fato,
17:03a gente não consegue imaginar o que é isso,
17:05porque para a gente está longe,
17:07mas para você...
17:08E daí eu fiz um vídeo exatamente falando sobre isso.
17:10Fica fácil o especialista criticar
17:12quando não é ele que acorda de manhã,
17:14dá um beijo na pessoa que gosta
17:16e vai sem saber que vai voltar para casa.
17:18Mas, então, acho que no curto prazo,
17:20essa questão da operação,
17:23a sociedade apoia 84% nas comunidades,
17:2660% na população em geral.
17:29Mas, e eu venho agora,
17:30estou no mundo acadêmico também, né?
17:32E as pesquisas ficam melhores
17:33quando a gente fala com pessoas
17:34que têm vivência na área, né?
17:36Então, porque o cara,
17:39os estudos têm valor, como você falou,
17:41mas as pessoas que estão na área,
17:43que vivem o dia a dia,
17:44conseguem agregar muito,
17:45falando da visão delas.
17:46Então, na sua visão,
17:47que é diferente de um especialista,
17:50o que você acha que precisa ser feito
17:52no médio e longo prazo?
17:54Porque é essa pergunta que a gente escuta muito.
17:55Ah, isso nunca vai acabar
17:56e não tem como resolver.
17:58Na sua visão,
17:59que não é de especialista que estuda,
18:01mas de quem vive
18:02e de quem olha de fato como é que é
18:04e as pessoas acabam não sabendo.
18:06O que você acha que deve ser feito
18:08no médio e longo prazo
18:09para resolver essa questão?
18:11Ótima pergunta, obrigada.
18:13Muito boa mesmo,
18:13que as pessoas são desacreditadas.
18:15As pessoas falam assim,
18:16tá, teve a operação,
18:17mas e aí o dia seguinte?
18:18Continua a mesma coisa lá?
18:19Não, não continuou.
18:21Porque quem está de fora,
18:22às vezes, não tem essa percepção
18:23que nós temos, né?
18:24De dentro.
18:25Então, assim,
18:26aquilo ali chama-se,
18:27deu um baque na criminalidade.
18:29Aquilo ali desarticulou ele.
18:31Não é que vai acabar o crime
18:32naquele momento,
18:33mas é necessário desarticular o crime.
18:35Foram, parece que,
18:36nove milhões de prejuízo.
18:37Até eles se articularem,
18:40demora.
18:40Então, assim,
18:40não é só a operação
18:42e acabou, né?
18:43Isso é imediato,
18:45a curto prazo.
18:46Mas, assim,
18:46nós precisamos de pessoas
18:48que estão dispostas
18:49a se dispor.
18:50Precisamos de pessoas
18:51que querem,
18:52não só fazer política polarizada,
18:55que querem investir,
18:56de fato,
18:56na segurança pública.
18:57Então, assim,
18:58o Estado vai lá,
19:00entra, combate,
19:01mas tem que entrar a educação,
19:02tem que entrar a cultura,
19:04tem que entrar
19:04as outras coisas também, né?
19:06E aí, a gente fala, assim,
19:09pro pessoal que tá em casa,
19:11fala muito sobre isso,
19:12de a polícia,
19:14a polícia é a que mais mata no Brasil,
19:16mas é a que mais morre também.
19:17Então, assim,
19:18nós, como a gente de segurança pública,
19:20a gente não quer sair de casa
19:22pra matar alguém,
19:24é como se fossem...
19:26taxam a gente de assassinos,
19:27que é chacina,
19:28que é matança.
19:29Não, gente,
19:30não é assim.
19:31Na verdade,
19:31não é uma escolha do policial,
19:33mas é consequência
19:33do ato do narcoterrorista.
19:35Tanto que, assim,
19:36foram mais de cem presos, né?
19:39Então, aos que resistiram ao Estado,
19:43ele foi neutralizado.
19:44Então, assim,
19:45as pessoas falam,
19:45não adianta,
19:46essa ação de mega-operações
19:49é necessária.
19:50O Rio de Janeiro
19:51tava virando espada
19:52à criminalidade nacional.
19:55Tanto que a gente,
19:56nós achamos,
19:56teve fuzis de outros estados,
20:01inclusive que vieram da Venezuela,
20:03da Colômbia,
20:04que entraram pelo Paraguai.
20:06Então, assim,
20:07não é só ir lá e fazer operação.
20:10Aquilo ali,
20:11existe um trabalho de inteligência.
20:13Estratégia.
20:13A polícia vai fazendo uma...
20:15coletar dados, né?
20:17Porque o resultado dessa operação
20:19entra muitos dados lá
20:21pra inteligência
20:22e aí articula, né?
20:23A polícia trabalhar posteriormente
20:25com outras operações
20:26e prender os chefes, né?
20:28Das facções.
20:29Então, assim,
20:30é necessário
20:31e a longo prazo,
20:33educação.
20:34Não tem jeito.
20:35A gente precisa educar
20:36nossas crianças
20:36pra que eles não deem tiro na gente.
20:38E as leis, né?
20:41As leis que são frouxas.
20:44Quantos bandidos você prendeu
20:45e foi solto?
20:46O patrimônio dos bandidos
20:48às vezes é apreendido
20:49e volta pra eles.
20:50Quantas vezes a gente conversa
20:51sobre isso?
20:51É, muito frouxo.
20:52Uma vez eu prendi
20:54um marginal
20:55que ele tinha
20:56setenta passagens
20:57pela polícia.
20:58Aí é zoeira, né, meu?
20:59Setenta passagens.
21:00Setenta passagens.
21:02Deixa eu fazer uma pergunta.
21:02Como é que funciona?
21:03Porque a gente tá vendo
21:04que essa guerra,
21:05você falou de vários pontos, né?
21:06Uma guerra de informação,
21:07uma guerra de território também.
21:09Porque também tem a milícia.
21:10Você que tá dentro da operação,
21:12como é que funciona lá dentro?
21:13Porque precisa pagar o gás,
21:15precisa pagar o comércio,
21:17tem as facções
21:18que brigam entre elas.
21:18Tem as regras.
21:19Tem as regras.
21:20É uma constituição à parte.
21:21O código.
21:22Pra explicar,
21:23porque pra não
21:24pros especialistas
21:25de cabelo vermelho,
21:26como é que funciona lá dentro?
21:27Hoje a facção,
21:28ela não trabalha só
21:29com o domínio de território
21:30e vendas entorpecentes, tá?
21:32Hoje as facções,
21:33elas estão fortemente também
21:35fazendo o que a milícia fazia.
21:37Controle de internet,
21:39de gás.
21:40Então, assim,
21:41o crime,
21:42ele evolui muito rápido
21:44e a gente precisa acompanhar
21:46essa evolução deles, né?
21:48Sim.
21:48Então, assim,
21:49essa questão da legislação, né?
21:51E o judiciário,
21:52o Major Novo,
21:53que fala muito disso.
21:55Nós temos o direito operacional,
21:56que ele trabalha muito nisso,
21:58junto com o grego,
21:59e ele fala,
22:00nós temos um judiciário
22:01que tem uma realidade de paz
22:02e temos uma ação policial
22:06que quando junta os dois,
22:07ele não condiz.
22:08A nossa realidade policial
22:09não condiz com o nosso judiciário.
22:11Então, isso complica
22:12o nosso trabalho.
22:12Total.
22:13Porque quem responde isso
22:14é o policial.
22:15É.
22:16Né?
22:16Então, assim,
22:17a gente vai ter que explicar
22:18lá pro juiz
22:19por que que nós efetuamos
22:21um disparo nas costas
22:22do narcoterrorista,
22:24né?
22:25Que entra como execução,
22:26excesso,
22:27se ele corre com a mão pra trás
22:28dando rajada na gente.
22:30É, com a pedra
22:31que não vai ser que vai defender, né?
22:32Não, não, é.
22:33Pois não.
22:33O cara corre com a mão pra trás
22:34não tem como você dar outro tipo.
22:35Você vai esperar ele virar
22:36pra disparar?
22:37E ele tá disparando.
22:38Se pegar em civil,
22:39pegar em policial,
22:40ele não tá nem aí.
22:41Não tá nem aí.
22:42Não tá nem aí.
22:42Então, essa dificuldade também
22:44da legislação
22:45para com o trabalho
22:46da segurança pública
22:47dificulta e muito
22:49o nosso trabalho.
22:50Então, assim,
22:52saidinha,
22:52saidinha de presídio.
22:54Nós temos um déficit hoje
22:55enorme dentro dos presídios.
22:58Nós precisamos de presídios.
22:59Então, assim,
23:00a segurança pública
23:01não é só a polícia.
23:02É algo que, assim,
23:03nós combatemos,
23:04nós resolvemos,
23:05mas não é a polícia que causa.
23:07Né?
23:08Os outros poderes
23:08precisam ajudar a gente
23:10pra gente melhorar
23:11essa segurança.
23:12Boa.
23:12Aliás, muito obrigado
23:13pela sua participação aqui.
23:14Muito legal.
23:15Diga lá, Alberto.
23:15Se a Monique está
23:16otimista com as eleições
23:18do ano que vem,
23:19porque aí nós temos os,
23:21a eleição dos legisladores
23:22que podem aí
23:23modificar e desafrouxar
23:27as leis.
23:28Você tá otimista?
23:29Eu tô,
23:30eu sempre tô.
23:31Eu sempre tenho esperança
23:32das coisas melhorarem.
23:33A gente precisa ter, né?
23:35E falar pra,
23:36pro cidadão
23:37que algumas pessoas
23:39ainda não perceberam
23:40que tudo se muda
23:42com política.
23:42Então,
23:43a gente precisa
23:44ter bastante consciência
23:45disso,
23:46porque a gente ouve
23:47bastante.
23:47A polícia não trabalha,
23:49mas aí a gente precisa
23:50de políticas
23:52que são, né,
23:53a favor da segurança
23:54pública.
23:54e assim,
23:55eu acho que
23:55é o serviço
23:57mais essencial,
23:58porque sem a segurança
23:58pública você não tem
23:59acesso à escola,
24:01a um hospital,
24:02né?
24:02Se você não consegue
24:03andar na rua
24:04com segurança,
24:05você não consegue
24:06ter acesso a nada.
24:07Então,
24:07eu estou,
24:08assim,
24:08muito esperançosa,
24:09vejo os bons horizontes
24:12e que a gente tenha
24:13consciência e vote,
24:14né,
24:15com bastante consciência
24:16aí nas pessoas.
24:18Vamos lá,
24:18pelo menos isso aí.
24:19Acho que mais do que nunca,
24:20ano que vem,
24:20essa vai ser a pauta.
24:22Mais do que nunca?
24:22Mais do que nunca,
24:23porque a gente sempre viu,
24:25né,
24:25as últimas eleições,
24:26sempre delegado,
24:27cabo,
24:28sargento,
24:28tudo sendo eleito,
24:29eu acho que ano que vem,
24:30isso vem com mais força aí.
24:32Munique,
24:33muito,
24:34Munique,
24:34e candidata.
24:35Munique vai ser candidata?
24:37Munique é muito carinho,
24:38Munique,
24:39Munique é o seguinte,
24:40arroba Munique Busson,
24:42quando a esquerda fala sobre
24:43empoderamento feminino,
24:45pra mim aqui está uma
24:45representação do que que é,
24:48você arroba Munique Busson,
24:50segue ela e prestigia o trabalho
24:52da nossa polícia,
24:53porque tem que ter muita coragem
24:54pra fazer o que eles fazem,
24:56pra defender a nossa população.
24:58Obrigado,
24:58se sinta aqui representada
25:00e homenageada no programa Pânico.
25:02Obrigado.
25:02Obrigada pela oportunidade.
25:03Valeu.
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