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O presidente Lula (PT) decretou uma GLO em Belém, no Pará, para garantir a segurança da COP30. A medida valerá entre os dias 2 e 23 de novembro e segue o mesmo procedimento que foi adotado durante a cúpula do G20. Além disso, Donald Trump não deve comparecer nem enviar um representante para o evento. Reportagem: Victoria Abel e Eliseu Caetano.

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Transcrição
00:00Eu quero contar pra vocês que o presidente Lula assinou um decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas por meio dessa operação
00:06lá em Belém, durante a COP30, em Belém e nos arredores.
00:10Vamos então conversar aqui com a Vitória Bel, que vai trazer as informações pra gente.
00:14Qual é a área que está contemplada por essas operações de GLO, hein Vitória?
00:19Bem-vinda, boa tarde pra você.
00:23Boa tarde, Evandro, boa tarde a todos que nos acompanham.
00:26Pois é, além da capital paraense, Belém, também essa GLO abrange as cidades de Altamira e Tucuruí.
00:34Por quê? A GLO, a garantia da lei e da ordem, ela prevê que o exército possa atuar nessas cidades
00:40em pontos considerados estratégicos para as estruturas de segurança.
00:46Eu vou explicar aqui, porque eu conversei um pouco mais cedo com o secretário de Segurança Pública do Pará,
00:51o Eulani Machado, justamente pra entender qual que seria a diferença, né, da atuação do exército
00:59e da polícia militar em uma situação como essa, em um evento da COP30 que acontece lá em Belém.
01:06O que ele me explicou é justamente isso.
01:08O exército fica em pontos considerados ali estratégicos, por exemplo, como usinas hidrelétricas,
01:15portos, aeroportos, pontos que são ali cruciais pro trânsito de barcos nos rios que cercam a capital Belém.
01:25E é isso que o exército pretende fazer.
01:27A segurança da cidade em si, o monitoramento de criminosos, continua sendo feito pela polícia militar.
01:35A gente perguntou pra ele também se o exército poderia ajudar na segurança de autoridades.
01:40Ele disse que não, que a princípio os acessos ali onde as autoridades vão para o evento,
01:47os bloqueios pra justamente verificar quem é a autoridade, quem tá credenciado,
01:52isso é feito pela Polícia Federal, pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República,
01:58que fica por lá até quando o presidente Lula estiver,
02:01e também pela própria ONU, pela segurança da Organização das Nações Unidas.
02:05Isso tudo pra explicar que a GLO é usada em casos específicos e em acordo com o governador do estado,
02:14Hélder Barbalho.
02:15Cerca de 8 mil militares estão lá em Belém e também nas cidades ao redor
02:20pra cuidar desses pontos considerados estratégicos,
02:23pra não haver risco, por exemplo, de faltar energia na cidade ou faltar comunicação.
02:27O que a gente também sabe é que nos próximos dias, lá em Belém, na COP30,
02:33o presidente Lula vai se encontrar com diversos chefes de estado.
02:37O presidente americano, Donald Trump, já disse que não vai,
02:40assim como o presidente da Argentina, Javier Milley,
02:43mas cerca de 57 chefes de estado, ou seja, presidentes e primeiros ministros,
02:48estão sim confirmados pra presença na COP30.
02:52Também, isso vai ser no finalzinho da semana,
02:55essa cúpula de chefes e líderes de estado, nos dias 6 e 7.
02:59Depois, a partir da semana que vem, do dia 10 até o dia 23 de novembro,
03:05começam, de fato, as mesas de discussões em relação às mudanças climáticas.
03:10Por isso, a GLO, assinada por Lula,
03:12prevê que até o dia 23 de novembro é que as Forças Armadas poderão atuar ali na cidade
03:18e nos arredores da cidade.
03:20O que a gente também aproveita pra destacar
03:22é que o presidente Lula está hospedado em uma embarcação,
03:26numa embarcação que tem um modelo ali de hotel.
03:29Vamos lembrar que Belém foi justamente muito criticada
03:33por não ter ali hospedagens o suficiente pra todas as autoridades.
03:38Também houve uma superinflação ali de preços de hospedagens.
03:43E o presidente Lula vai ficar em uma dessas embarcações
03:46que acabou sendo adaptada pra se tornar um hotel o presidente Lula
03:51e, é claro, os seus aliados também.
03:53Evandro.
03:54Obrigado pelas informações, viu, Vitória Bel?
03:56A gente vai falando aqui ao longo do nosso 3 em 1.
03:58Piperno, você entende que, no caso de Belém,
04:01por conta da recepção de várias autoridades do mundo todo,
04:04uma GLO é extremamente importante nesse momento?
04:07Claro, como ocorreu, por exemplo, na reunião do G20, né?
04:11Sim.
04:12Enfim, importante, sim.
04:14Boa parte dos chefes de Estado de países importantes estarão lá.
04:19E veja, a gente está falando de uma outra região
04:22que também é sistematicamente alvo de ações do crime.
04:27A região norte do país se tornou um outro, digamos,
04:32polo importante do crime organizado.
04:34Então, é necessário...
04:35Agora, veja, Evandro, eu defendo, inclusive,
04:37que as Forças Armadas,
04:39elas marquem presença de forma muito mais ostensiva,
04:43inclusive, nessas regiões do norte do país,
04:46porque a gente sabe que a vizinhança, as fronteiras ali,
04:50elas, enfim, separam o Brasil de áreas
04:54bastante conflagradas lá do outro lado também.
04:57É, e eu fico pensando também no quanto
05:00essa situação envolvendo o Rio de Janeiro
05:02não impacta na percepção que essas autoridades têm do país.
05:06Porque, primeiro, que quando se fala em Brasil,
05:09boa parte das autoridades visualiza o Rio de Janeiro,
05:13por ser uma cidade extremamente turística, né?
05:15E por ser reconhecida também por competições e tudo mais,
05:18por ser sede de muitas das coisas que acontecem aqui no país.
05:22E a gente precisa lembrar que o Comando Vermelho
05:24também atua no norte do país.
05:26Ou seja, se há o reconhecimento dessa informação,
05:30provavelmente isso se torna uma preocupação
05:32depois dessa operação nos complexos da Penha e do Alemão,
05:36que repercutiu no mundo em todo,
05:38inclusive nos jornais internacionais.
05:41E há um debate também sobre a possibilidade
05:43de se incluir essas facções criminosas
05:46ou classificá-las como grupos terroristas,
05:48o que também gera, digamos, um olhar mais intenso,
05:52mais profundo de outros países
05:54sobre a realidade da segurança pública aqui no país.
05:57Como é que você avalia tudo isso, hein, Alangani?
06:00A COP30 acontecer na semana seguinte
06:03a um fato que repercutiu tanto dentro e fora do país
06:07e que fala justamente sobre uma questão de segurança pública.
06:10Olha só, Evandro, é claro que esse evento,
06:13logo após o que ocorreu no Rio de Janeiro,
06:16é muito ruim para o Brasil.
06:17A imagem do Brasil foi completamente arranhada.
06:21As imagens foram muito fortes, né?
06:23Quando a gente passa as imagens
06:25e a gente não fala que é o Rio de Janeiro,
06:29muito bem, a gente pode acreditar que é a faixa de Gaza,
06:32a gente pode acreditar ali que é um ataque da Rússia na Ucrânia
06:37ou, enfim, uma outra guerra num país africano.
06:41É uma imagem de guerra.
06:44Agora, acionar a GLO, eu vejo, concordo com o que o Piperno falou,
06:49até acho que a presença dos militares devem ser melhor aproveitadas,
06:54mas eu me questiono, Evandro,
06:57será que teriam acionado a GLO
07:00se não fosse o ocorrido no Rio de Janeiro?
07:04Em outras palavras,
07:05será que também não tem um componente político aí,
07:08uma propaganda política por parte do governo federal?
07:11Você acha que teria, Piperno?
07:12Não é simplesmente uma medida para mostrar,
07:14olha, o país, sim, se preocupa com a segurança pública,
07:17principalmente em eventos de grande porte?
07:19Não, é uma medida que foi, inclusive, adotada,
07:22foi, enfim, aplicada quando houve a reunião do G20
07:26e também na época dos Jogos Olímpicos, né?
07:29Na época dos Jogos Olímpicos, inclusive...
07:31É, sempre que há reunião de muitas nações,
07:33o Brasil tem que importar a GLO.
07:34Agora, veja, a gente também não pode imaginar
07:37que esse tipo de operação vai resolver o problema,
07:41porque, vejam só,
07:42o Exército Brasileiro,
07:44ele já chegou a participar,
07:45ele fazia parte da MINUSTAR,
07:47que era aquela operação lá no Haiti
07:50que se prolongou por muitos anos,
07:52aliás, uma operação gestada pela ONU,
07:55Estados Unidos e Brasil faziam parte,
07:57assim como outras forças internacionais,
08:00e mesmo com a presença de muitas forças internacionais,
08:03olha o que é o Haiti até hoje.
08:06Fala, Zé Maria Trindade.
08:09É, já houve uma união parecida, né,
08:12Piper, na Copa do Mundo e na Olimpíada também,
08:15centralização e um decreto especial
08:18sobre a atuação das forças armadas.
08:21Eu devo dizer que as forças armadas
08:22são contra GLO,
08:25não gostam da ideia,
08:27porque acham que, primeiro,
08:29expõem soldados que não são policiais, né,
08:32eles são temporários,
08:34ficam servindo do Exército por um ano, né,
08:36e expõem a uma situação que não é própria
08:40da atividade militar das forças armadas.
08:43E, por outro lado,
08:44não há um treinamento específico das forças armadas
08:47para atuar na segurança pública,
08:49no caso do Rio de Janeiro,
08:50e no caso até daquela intervenção
08:52que aconteceu no Rio de Janeiro,
08:53que foi mais do que uma GLO,
08:55foi uma intervenção quase no Estado inteiro,
08:57mas uma intervenção na área de segurança pública,
08:59que o general Braga Neto, inclusive,
09:02chefiou naquela oportunidade.
09:04Então, a garantia da lei e da ordem
09:06é para casos extremos.
09:08E as forças armadas temiam
09:10que agora há uma separação muito forte
09:12de que, adotando a GLO
09:15em qualquer situação adversa em Estados,
09:18estaria desqualificando as forças armadas
09:20para atuar numa área que ela não foi treinada.
09:23Eu entendo que a realidade mudou.
09:24Eu entendo que é preciso treinar um batalhão
09:28do Exército, da Aeronáutica e da Marinha
09:32exatamente para lidar com distúrbios,
09:37para lidar com exatamente, no caso de uma GLO.
09:40Agora, do outro lado, do governo federal,
09:43tem uma espécie de preconceito com o GLO,
09:46do governo Lula.
09:47Tem um preconceito, tem uma distância muito grande,
09:51não quer entrar nisso no Rio de Janeiro,
09:53mas, nesse caso específico da COP,
09:56é uma ação porque ali vem representantes de Estado,
10:01de chefes de Estado, de governo.
10:04Então, precisa mesmo de uma proteção especial
10:07que seria um cinturão.
10:09Mas o trabalho lá interno de policial
10:11não deve ser feito por GLO,
10:14até porque não é moldado por isso
10:16o corpo das forças armadas.
10:19Bom, eu quero avançar nesse tema, Bruno Musso.
10:20Eu vou pedir que você acompanhe aqui comigo a fala do Eliseu Caetano,
10:23nosso correspondente nos Estados Unidos,
10:25para a gente incrementar no nosso debate
10:27que o país não vai enviar representantes de alto nível para a COP30.
10:31Ou seja, o presidente da República não vem,
10:34o presidente norte-americano Donald Trump,
10:36mas era esperado, pelo menos, né, Eliseu,
10:38que ele enviasse alguma equipe de representantes.
10:41E nem isso acontecerá, meu amigo. Bem-vindo.
10:45Nem isso acontecerá, viu, Cine?
10:47Muito boa tarde para você,
10:48para os nossos colegas debatedores aí no estúdio,
10:51e para todo mundo que acompanha o 3 em 1.
10:53A gente volta a falar ao vivo dos Estados Unidos,
10:54porque essa é uma daquelas informações
10:56que não chega a pegar todo mundo de surpresa,
10:58porque desde que Donald Trump se tornou uma figura pública,
11:01e principalmente uma figura política,
11:03a gente conhece bem, é público e notório,
11:05aí a opinião dele com relação ao meio ambiente, não é verdade?
11:10Mas a Casa Branca confirmou ainda há pouco
11:12que oficialmente nenhum integrante do alto escalão
11:15do governo federal dos Estados Unidos,
11:17nem o presidente Donald Trump,
11:19nem o secretário de Estado, Marco Rubio,
11:21nem tampouco a recém-poçada secretária de Energia
11:24vão participar da COP30 que vai acontecer
11:26em Belém do Pará, aí no Brasil.
11:28A ausência, portanto, como eu disse, já era esperada, né?
11:32A política ambiental de Donald Trump
11:34como o presidente dos Estados Unidos
11:35mudou bastante se comparada principalmente
11:38com o do governo anterior da era Biden, viu?
11:41Ele retirou o país de compromissos multilaterais
11:45sobre o clima, reduziu também orçamentos
11:47para pesquisa em energia limpa,
11:50mas ainda assim havia uma espécie de energia ali,
11:54de esperança no ar de que uma delegação,
11:57pelo menos técnica, fosse enviada ao Brasil
11:59para participar, né?
12:00Acompanhar as negociações,
12:02conversar sobre os mecanismos de carbono,
12:05conversar também sobre os financiamentos climáticos,
12:08mas nem isso, nenhuma delegação técnica
12:10será enviada.
12:12Segundo fontes aqui nos Estados Unidos,
12:15até agora, inclusive,
12:16nenhum pedido de credenciamento foi feito,
12:18que só reforça aí a não presença,
12:22a não participação dos Estados Unidos na COP30.
12:25A ausência norte-americana,
12:26ela é vista como simbólica,
12:28porque sinaliza bastante aí o isolamento dos Estados Unidos
12:32nas condições, nas discussões, melhor dizendo,
12:34globais sobre o clima,
12:36enquanto países lá da União Europeia e da China
12:38já, inclusive, preparam anúncios de cooperação climática
12:42durante o evento.
12:43Os especialistas aqui nos Estados Unidos,
12:45Sine,
12:46apontam que isso enfraquece o esforço diplomático
12:50por metas ambiciosas
12:52e até reduz aí a pressão sobre grandes emissores.
12:57O Itamaraty, né,
12:59discretamente, obviamente,
13:01lamenta essa decisão,
13:03mas segue afirmando publicamente,
13:05inclusive,
13:05que as portas seguem abertas
13:07ao diálogo técnico.
13:10Então, a informação é essa.
13:12Apesar da esperança,
13:13a ausência dos Estados Unidos
13:15é sentida e, ao mesmo tempo,
13:17garantida na COP30.
13:18Beleza.
13:19Elizeu, eu quero aproveitar que a gente está conversando,
13:20e te perguntar também sobre esse movimento
13:22que tem sido feito por empresas
13:23no Judiciário Norte-Americano
13:25para tentar, digamos,
13:27anular o tarifário de Donald Trump.
13:29Como é que está esse processo, hein?
13:32Tarifácio continua bombando
13:33no noticiário internacional, viu, Sine?
13:35Além da pressão feita
13:37por empresários brasileiros
13:39que têm vindo para cá,
13:40para o Washington DC,
13:42a fim de pressionar a administração Trump
13:44a desistir do tarifácio contra o Brasil,
13:47agora, alguns setores
13:48aqui dos Estados Unidos
13:50também se mobilizam nesse sentido, viu?
13:53Diversas empresas e estados norte-americanos
13:55estão pressionando a Suprema Corte do país
13:58para limitar ou até mesmo
14:00anular o tarifácio de Donald Trump.
14:02Aliás,
14:03desde o início desse novo mandato,
14:04ele tem usado ali
14:05a lei de emergência
14:07para impor tarifas unilaterais
14:09sobre uma ampla gama de produtos
14:11de diversos países do mundo inteiro,
14:13aos quais os Estados Unidos
14:15mantêm relação comercial,
14:17alegando emergências econômicas
14:19e de segurança nacional.
14:21E agora,
14:21companhias de diversos setores,
14:23como, por exemplo,
14:24tecnologia,
14:25manufatura
14:26e até de brinquedos,
14:27Sine,
14:28tem argumentado
14:29que o presidente
14:29está extrapolando
14:32a autoridade dele constitucionário.
14:35Diversas autoridades
14:36estão questionando isso,
14:39inclusive publicamente,
14:40através da mídia dos Estados Unidos
14:41e também das redes sociais.
14:44Petições já foram apresentadas
14:45à Suprema Corte
14:46pedindo para que os juízes
14:48revisem o alcance dessa lei
14:50e impeçam o Executivo,
14:52no caso,
14:53a Casa Branca,
14:54de continuar usando
14:55as declarações de emergência
14:57como justificativa
14:59para tarifas permanentes.
15:01E logo mais,
15:02no Jornal Jovem Pan,
15:02eu vou trazer uma matéria,
15:03Sine,
15:04exatamente falando sobre isso,
15:05porque quarta-feira,
15:07aqui nos Estados Unidos,
15:08na Suprema Corte,
15:09lá em Washington,
15:10começa exatamente
15:11esse julgamento.
15:12Os juízes vão analisar,
15:14vão avaliar
15:15se essa lei de emergência
15:16pode ou não pode
15:17continuar sendo usada
15:19por Trump
15:19como está sendo.
15:20Se eles disserem que sim,
15:22golaço para a atual
15:24administração do país
15:25e sinal de que
15:26o relacionamento
15:27dos Estados Unidos
15:27e outros países
15:28vai continuar enrijecido.
15:30Agora, se não,
15:31vai ser um revés
15:32na política de Donald Trump.
15:34Eu volto com vocês no estúdio.
15:35Com certeza.
15:36Obrigado, meu amigo.
15:36Um abraço para você
15:37aí nos Estados Unidos.
15:38Agora, 4h36,
15:40quem nos acompanha pela rádio
15:41aquele rápido intervalo,
15:42daqui a pouco vocês estão
15:42de volta
15:43nas outras plataformas.
15:44Seguimos.
15:45Bruno Musa,
15:45vamos falar primeiro
15:46sobre essa ausência
15:47do governo norte-americano
15:48e uma ausência completa
15:50dos Estados Unidos
15:51na COP30.
15:52O que indica
15:53a, digamos,
15:55a falta,
15:57a abstenção
15:59de uma das maiores potências
16:01do mundo
16:01num evento
16:02que deveria justamente
16:04ter todas essas potências
16:05para chegar a negociações?
16:07Porque a gente está falando
16:07de negociações
16:08que demandam ações
16:10desses que são
16:10os principais países
16:11envolvidos com o desenvolvimento
16:13industrial e etc.
16:15E agora,
16:15como é que fica
16:16sem os Estados Unidos?
16:17Você lembra
16:17na cúpula dos BRICS
16:19aqui no Rio de Janeiro?
16:20Não tem a ver
16:20com os Estados Unidos,
16:21mas qual é o principal
16:22país dos BRICS?
16:24A China,
16:24que também não mandou
16:26representantes
16:26de primeiro escalão
16:27aqui para o Brasil.
16:29Agora,
16:29os Estados Unidos.
16:30Eu vou pegar um trecho
16:31que eu peguei aqui
16:32do relatório
16:33da Petrobras,
16:34porque eles adoram
16:35falar sobre
16:36a importância climática
16:38para eles.
16:39Abre aspas
16:40para o relatório
16:40da Petrobras.
16:42Se parássemos
16:42de produzir petróleo,
16:44não teríamos
16:44uma matriz energética
16:45mais limpa,
16:46apenas um país
16:47menos próspero.
16:48Portanto,
16:48cada gota de óleo
16:49importa.
16:51Não sou eu falando,
16:51eu concordo,
16:52mas não sou eu falando,
16:54é a própria Petrobras.
16:55Esse é o governo
16:56que adora falar
16:57que está lá
16:57só para a defesa
16:59da mudança climática
17:00quando ele era oposição.
17:01Agora,
17:02obviamente,
17:03não.
17:03Então,
17:03isso vai em linha
17:04com essa ausência
17:06que você está mencionando.
17:07Quais são as importâncias
17:08que nós temos hoje?
17:09Além desse discurso
17:11estar mais vazio,
17:12não estou dizendo
17:13que não tem que ser feito.
17:14Toda a preparação
17:15para esse evento
17:16foi caótica.
17:18Tem pessoas
17:18que estão sendo construídas
17:19com containers
17:20para acoplar delegações.
17:22Você imagina você
17:23ser uma delegação oficial
17:24de um país
17:24e ter que dormir
17:25ou na casa de alguém
17:26que não tinha sequer
17:28ar-condicionado
17:29em um dos lugares
17:29mais quentes do país
17:30ou outros
17:31que têm que dormir
17:31em containers.
17:32Você passaria férias
17:34com a tua família
17:34dessa forma?
17:36Imagina uma delegação oficial.
17:38Me parece um tanto quanto
17:39complicado
17:40de relevar isso.
17:41A gente está rindo,
17:42mas é triste.
17:44É uma solução
17:44bem caseira, né?
17:45Eu tenho que pegar carona
17:48para fazer a piada.
17:49Eu tenho certeza
17:50que o Trump
17:50dormiria na casa
17:51do Piperno
17:52e aí serviria
17:53um belo cafezinho
17:54para ele.
17:55Não, eu...
17:56Infelizmente,
17:57eu não tenho casa,
17:58não tenho nenhum endereço
17:59em Belém.
18:00Agora, vejam,
18:01a Europa...
18:03Barco hotel, né, Piperno?
18:04A Europa, por exemplo,
18:05assim...
18:06A Europa, por exemplo,
18:06lá vem em peso,
18:07são mais de 140
18:08países confirmados
18:09e hoje, por exemplo,
18:12saiu dado sobre
18:13uma queda drástica,
18:14maior em 15 anos
18:16na emissão
18:17de gases poluentes,
18:18gases que provocam
18:19efeito de estufa
18:20aqui no Brasil,
18:22principalmente porque
18:23também diminuiu bastante
18:25o desmatamento,
18:27tanto no Cerrado
18:28como principalmente
18:29na Amazônia.
18:31Então, é claro
18:32que há essa questão
18:33da exploração
18:34de petróleo
18:35na fosa do Amazonas
18:36que certamente
18:37vai descontentar
18:38muitos ambientalistas,
18:39inclusive...
18:40Mas é extremamente importante.
18:41...de dentro do governo.
18:43Eu, mas estou
18:44nessa com o presidente Lula
18:45há muito tempo.
18:46Eu sempre fui a favor,
18:48desde que se tomassem
18:49todos os cuidados.
18:51Eu queria entender
18:52se jamais algum economista
18:54conseguiu calcular
18:55qual seria o tamanho
18:58quanto o Brasil
18:58teria deixado de ganhar
18:59não fosse o pré-sal,
19:01resolvido na época
19:02por uma decisão política.
19:04Agora, eu acho que
19:06a questão ambiental
19:07não se reduz
19:08a exploração
19:09de petróleo.
19:11A queda
19:12no desmatamento,
19:13por exemplo,
19:13e o esforço
19:14para isso
19:15apontam, sim,
19:17para uma preocupação
19:18nessa área.
19:19Claro.
19:19E isso já está acontecendo.
19:20Veja novas fontes
19:22alternativas de energia
19:24que já vem sendo
19:24produzida pelo mundo.
19:26Meu único ponto
19:27é sempre o mesmo.
19:28Deixemos que a tecnologia
19:29avance no seu tempo
19:31porque os empreendedores
19:32estão fazendo isso.
19:33mas não dá para você
19:35simplesmente achar
19:36que em 3, 4, 5 anos
19:37vai mudar o mundo
19:38do dia para a noite.
19:39Tanto é que os principais
19:40países europeus
19:41voltaram atrás
19:42naquela meta
19:42de trazer todos os veículos
19:44elétricos.
19:46Por exemplo,
19:46a Suíça.
19:47Não dá tempo.
19:48Deixa acontecer.
19:49A coisa está avançando.
19:51Agora,
19:51a Rússia,
19:52por outro lado,
19:53está anunciando
19:53um novo míssil
19:55de alcance
19:56que ele é nuclear
19:58e que eu estou esperando
19:59a Greta aparecer novamente
20:01para falar
20:01a Rússia,
20:02Putin,
20:02dá para você parar com isso?
20:04Meu grande ponto é
20:05deixa a tecnologia
20:06evoluir com calma.
20:07Está acontecendo isso.
20:09Eu não estou minimizando
20:09a importância.
20:10Mas eu acho que
20:11nesse momento
20:12o próprio Estados Unidos
20:13mostra que ao não mandar
20:14as delegações
20:14ele realmente está dando
20:15de ombro para a COP30.
20:17E na verdade
20:18não deixa de ser coerente
20:20também porque Donald Trump
20:21disse desde que assumiu
20:23o cargo novamente
20:24que a política ambiental
20:25não seria uma prioridade
20:27nesse atual governo.
20:28Então,
20:29também não dá para dizer
20:30que não se esperava
20:31que isso acontecesse,
20:32Zé Maria Trindade.
20:34É,
20:35não chega a ser
20:35exatamente uma novidade,
20:37né?
20:37No governo Trump
20:38que os Estados Unidos
20:39acabaram cancelando
20:40aquele acordo de Paris,
20:42já vem dando
20:43uma demonstração clara
20:44de que não vai entrar
20:45em nada
20:46que possa prejudicar
20:47o desenvolvimento
20:48dos Estados Unidos
20:49e assim por diante.
20:51Então,
20:51esta é a linha dele.
20:53Esse cuidado ambiental
20:55ele é lógico,
20:57ele é evidente.
21:00Só que conversando
21:01com deputados,
21:02inclusive o deputado
21:03Kim Kataguiri
21:04me dizendo o seguinte
21:05que eu concordo.
21:06A preservação ambiental
21:07depende fundamentalmente
21:09de cada um,
21:10ou seja,
21:11era preciso que cada país
21:13de uma maneira altruísta
21:14pudesse fazer,
21:16tomar ações e medidas
21:17para proteger
21:19o meio ambiente mundial
21:21porque o meio ambiente
21:22não é só um setor,
21:23ele ultrapassa
21:25todas as fronteiras.
21:26como isso não é possível
21:28fica muito complicado
21:29ditar normas.
21:31Agora,
21:31a COP do Brasil
21:32tem muita cara
21:33da ministra Marina Silva
21:34que não é exatamente
21:36uma queridinha
21:38dos empresários,
21:39do setor produtivo,
21:40nem do Brasil
21:41e nem do exterior.
21:43Ela está mais
21:43para militante.
21:44Então,
21:45uma COP aqui no Brasil
21:47com a marca
21:48da ministra Marina Silva
21:49será uma COP militante.
21:51então isso explica
21:52o reforço
21:53que se dá
21:54ao não comparecimento
21:55de representantes
21:57norte-americanos.
21:59Era de se esperar.
22:00Inclusive,
22:00eu entendo
22:02que os Estados Unidos
22:03deveriam participar
22:04até para entender
22:05qual é a fala
22:06de cada país,
22:07qual é a expectativa
22:09de cada grupo.
22:10É um encontro
22:11considerado importante
22:12mas que não é
22:13exatamente fundamental
22:14por não decidir,
22:16ou seja,
22:17não definir ali
22:18linhas obrigatórias.
22:19Arremate, Gani.
22:20Olha só,
22:21eu concordo muito
22:22com o que o Musa
22:24trouxe aqui
22:24com a fala também
22:25do Zé Maria agora.
22:28A Marina,
22:29ela representa
22:30aquele ambientalismo
22:33que é muito idealizado.
22:35Ela defende
22:36o fim de combustíveis fósseis
22:37da noite para o dia.
22:38Se isso acontecer,
22:40um bilhão para mais
22:41de pessoas morrem de fome.
22:42Porque a agricultura,
22:43só para ficar num exemplo,
22:45ela é altamente dependente
22:46de combustíveis fósseis.
22:47Tratores,
22:48máquinas agrícolas,
22:49fertilizantes,
22:50e por aí vai.
22:51Então,
22:52agricultura em alta escala
22:54esquece isso daí.
22:55Bom,
22:56sem contar aço,
22:57concreto
22:58e outros que usam
22:59indiretamente
23:00combustíveis fósseis.
23:01Mas o ponto é
23:02que,
23:03concordo contigo
23:04com o questionamento
23:05que você fez,
23:05Evandro,
23:05para que o Trump
23:06vai nisso,
23:07a delegação norte-americana,
23:09se está representado
23:11nesta COP,
23:12pelo menos na figura
23:13da Marina,
23:14que é a garota propaganda
23:15do ambientalismo
23:16do governo,
23:17esse tipo
23:18de ideologia
23:19do meio ambiente.
23:21Para que o Trump
23:21vai nisso
23:22se ele é o contrário?
23:23Ele vai numa linha
23:25de utilizar combustíveis fósseis
23:28como forma de redução
23:29da pobreza,
23:30etc.
23:30Que,
23:30diga-se de passagem,
23:31vai até um encontro
23:33de como o presidente Lula
23:34pensa nesse quesito.
23:35É que é claro,
23:37durante a campanha,
23:38durante a campanha,
23:39o presidente Lula
23:40não deixou isto claro,
23:42Piperno.
23:43Mas,
23:43não,
23:44não é mais ou menos.
23:45E eu concordo
23:46com o Lula nessa,
23:47concordo com o Trump nessa,
23:48senão ele não estaria
23:50explorando o petróleo
23:51na margem equatorial.
23:52Porque o discurso
23:53da Marina
23:53é não explorar
23:54por conta
23:55do aquecimento global.
23:56Nesse caso,
23:57eu acho que o presidente
23:57da República
23:58nunca escondeu
23:59que teria vontade
23:59de explorar aquela área.
24:00Mas então,
24:01esse é o problema
24:01de colocar tudo
24:02no mesmo balaio.
24:04Uma das grandes
24:05diferenças é
24:06como é que vai ser feita
24:07essa exploração.
24:09O presidente Lula
24:09em momento algum
24:11ele atropelou
24:12ou pelo menos
24:13impulsionou o governo
24:15para que atropelasse
24:16as regras.
24:16O que o Obama
24:17determina.
24:18Ele queria.
24:19Mas vamos seguir.
24:20Se fosse o Trump,
24:20não.
24:21Olha que loucura,
24:23Piperno,
24:23mas a gente está falando
24:24do mesmo governo.
24:26A Marina
24:26não faz parte
24:27do governo Lula?
24:28Você está falando
24:28de duas figuras
24:29que tem pensamentos
24:30diferentes.
24:30Primeira coisa,
24:32a gente está reduzindo
24:34a agenda ambiental
24:35do governo
24:36a questão do petróleo.
24:37Estou dizendo
24:37que a agenda ambiental
24:38é muito maior
24:39e ela vai sendo cumprida
24:41em muitas áreas.
24:42Tanto que o desmatamento
24:43caiu,
24:44a emissão de gases
24:45caiu,
24:46e isso estava lá
24:47no programa.
24:47Mas a agenda
24:49do Ministério
24:50da Marina
24:50do Meio Ambiente
24:52é aquecimento global.
24:53É nisso que ela bate
24:54essa tecla.
24:55E ela é mundialmente
24:56conhecida por conta disso.
24:57Sim, também é verdade,
24:58mas o aquecimento global
25:00também passa
25:01por essas metas
25:02que estão sendo alcançadas.
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