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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para definir o novo patamar da taxa básica de juros do país. A expectativa é de estabilidade nos números. As previsões do mercado apontam um cenário de cortes a partir de março de 2026. O economista Alan Ghani analisou o assunto.

Confira na íntegra em: https://youtube.com/live/rZZraQkQe2c

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Transcrição
00:00O Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne nesta semana para definir o novo patamar da taxa básica de juros do país.
00:08E a expectativa é de estabilidade nos números. Os detalhes com Fabrício Naysk.
00:13Sem previsão de mudanças, a taxa básica de juros, a Selic, deve ser mantida em 15% pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, o COPOM,
00:23com as reuniões marcadas para terça e quarta-feira.
00:27A manutenção do valor, que atingiu o maior nível nominal em quase duas décadas, vem sendo indicada também pelo boletim Focus,
00:36responsável por agregar os dados das previsões feitas pelo mercado financeiro no país.
00:42Se confirmada, essa deve ser a terceira reunião do COPOM a manter o índice da Selic em 15%,
00:50patamar que foi elevado ainda em junho, após uma alta de 0,25 ponto percentual.
00:57A economista Carla Bene, conselheira do Cerecom de São Paulo, lembra que, desde fevereiro de 2022,
01:05a taxa Selic permanece em dois dígitos.
01:08São três anos, mais que três anos, porque fevereiro de 25 completaram três anos.
01:16Ou seja, você veja como é lento o processo de elevar a taxa de juros para conter a inflação,
01:23principalmente com um ponto central, que é a meta.
01:27Como a meta é de três, um ponto e meio para cima e um ponto e meio para baixo,
01:32o centro da meta é muito baixo.
01:35Então, nós estamos observando, há muito mais de três anos,
01:40essa inflação que não fica entre três e três e meio, mas você só eleva a taxa Selic.
01:46Com grande parte do mercado ansioso pela divulgação da ata da reunião,
01:51o economista-chefe da análise econômica, André Galhardo,
01:55disse não ter expectativas altas para os indicativos do futuro da Selic.
01:59Embora o mercado esteja um pouco ansioso em relação ao comunicado,
02:04que é expedido logo após a decisão, na próxima quarta-feira,
02:09dificilmente o Copom deixará ali alguma pista sobre um eventual início do ciclo de corte de juros
02:16no começo de 2026.
02:19Está todo mundo esperando.
02:20Nós temos uma taxa de inflação que está convergindo para patamares mais baixos,
02:24nós temos sinais de desaceleração da atividade econômica,
02:28mas eu acredito, infelizmente, de novo, que o Copom não vai emitir nenhum tipo de sinal.
02:34Mesmo com a inflação próxima da meta estipulada pelo Comitê Monetário Nacional,
02:39que varia entre 1,5% e 4,5%,
02:43a reunião seguinte do Copom, programada para dezembro,
02:48também não deve apresentar baixa nos juros.
02:50As previsões do mercado, inclusive, só apontam o cenário de cortes a partir de janeiro.
02:56E parte das apostas já falam que as baixas podem vir só a partir de março.
03:02Para Galhardo, um momento econômico é favorável para redução nos juros,
03:06mas a medida depende de coragem do Banco Central.
03:10O Banco Central está apegado àquela postura que ele adotou na virada de 2024 para 2025.
03:19Eu não estou dizendo que dá para sair cortando os juros de qualquer forma.
03:23É só não dá para entender muito bem qual que é a intenção do Banco Central
03:31de manter uma taxa de juros que eu disse está no maior nível em 19 anos,
03:36mesmo com sinais de acomodação no mercado de trabalho.
03:39Uma eventual queda na Selic seria compatível com a taxa de juros dos Estados Unidos,
03:44a Fed Funds Rate, que teve uma redução de 0,25 ponto percentual na última semana.
03:52Mas o presidente do BC, Gabriel Galípolo, tem descartado que o ciclo de cortes no Brasil
03:57comece ainda em 2025.
04:00Vamos continuar no tema, continuar repercutindo sobre a taxa básica de juros
04:05com o nosso analista de economia, Alan Gani, que já está por aqui conosco também nessa manhã.
04:09E aí, está faltando mesmo coragem do Banco Central, não tem mais jeito.
04:15Vamos continuar com essa taxa Selic alta.
04:19Bom dia, Soraya. Bom dia, Nonato. Bom dia a toda a nossa audiência.
04:22Pois é, Soraya, essa é uma bela discussão.
04:25No meu entendimento, o Banco Central está sendo cauteloso,
04:29porque o arrefecimento da inflação é muito recente.
04:34As expectativas de inflação, expectativas inflacionárias para o final desse ano, em 2026,
04:41continuam acima do teto da meta.
04:45Por exemplo, para esse ano, a gente vai dar lá no boletim Focus, 4,55%.
04:50E não só isso, também tem as incertezas do lado fiscal, do gasto do governo,
04:57gasto elevado do governo.
04:58Portanto, o Banco Central, com a sua política monetária,
05:02tem que trabalhar em dobro, elevando a taxa Selic,
05:05para compensar o elevado gasto público.
05:09O Banco Central, eu vejo que está sendo cauteloso,
05:13justamente para não perder o controle da inflação.
05:18Gani, ainda na parte econômica, a gente teve o índice de confiança empresarial,
05:23que é calculado pela Fundação Getúlio Vargas,
05:24e se manteve estável no mês de outubro,
05:26mas ainda num patamar pessimista.
05:29Por que é que isso está ocorrendo e isso deve se manter até o final do ano?
05:33Exatamente, Nonato.
05:34O que ocorre é uma desaceleração da atividade econômica.
05:38Então, vários indicadores, inclusive, que a gente sempre traz aqui em primeira mão na Jovem Pan,
05:44vêm mostrando esta desaceleração.
05:47Atividade econômica crescendo menos.
05:50Então, a gente olha lá, produção industrial, índice de varejo,
05:53índices de expectativas em relação aos negócios,
05:58tudo isso aponta para uma desaceleração.
06:01Combinado, evidentemente, com uma taxa de juros no patamar que está,
06:05o empresário acaba ficando mais pessimista em relação ao futuro.
06:12E é ruim, claro, este pessimismo,
06:14porque se todo mundo acaba ficando mais pessimista,
06:18se concretiza um efeito na prática da desaceleração da economia.
06:23E a economia é muito baseada nas expectativas dos agentes,
06:28ou seja, dos consumidores, investidores e empresários.
06:31Obrigada, Gani.
06:32Daqui a pouquinho a gente conversa mais.
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