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Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, levaram cerca de 60 corpos a uma praça da comunidade um dia após a “Operação Contenção”, a mais letal da história da cidade. As vítimas foram encontradas em uma área de mata no alto do morro, onde ocorreram os confrontos mais intensos entre policiais e criminosos. Segundo a polícia, os corpos foram encaminhados ao IML e passarão por perícia para confirmar se têm relação direta com os embates da operação, que já contabiliza mais de 100 mortos e gerou forte repercussão nacional.

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Transcrição
00:00Já dando o pontapé inicial, com toda a seriedade que merece,
00:03vamos voltar a repercutir, naturalmente,
00:05a mega-operação a mais letal da história do Rio de Janeiro,
00:08mas também, talvez, um golpe duríssimo,
00:13desferido contra a bandidagem que segue aterrorizando
00:16e escravizando a periferia do Rio há tanto, tanto tempo.
00:19Nessa manhã, foi, inclusive, vista uma imagem
00:22que está rodando, e muito, nas redes sociais,
00:24chocante, de vários corpos empilhados,
00:26um rastro de cadáveres ali, expostos em praça pública,
00:30no complexo da Penha, e, claro, a comoção ali dos populares no entorno,
00:35e a apuração ainda segue em curso, né, David,
00:38para tentar oferir se, de fato, são corpos de faccionados,
00:42portanto, inimigos da sociedade do Estado,
00:44ou se foram de civis, de alguma forma, envolvidos involuntariamente
00:47na troca de tiros, que foi incessante ontem, né?
00:51Exatamente, Marinho.
00:52Até está previsto uma coletiva logo mais no Rio de Janeiro,
00:54com as autoridades, fazendo o balanço dessa operação,
00:58porque os números ainda estão sendo fechados.
01:00Mas, fato é que a imagem é chocante, impressionante,
01:04de vários corpos ali na principal praça da Penha,
01:07no complexo da Penha,
01:09e, às sete horas da manhã,
01:10até houve um consenso entre os moradores
01:12para que retirassem as lonas.
01:14Uma imagem que chama muito a atenção,
01:16porque o número oficial é de 64 mortes.
01:20Mas, esses registros podem se avolumar ainda mais,
01:24porque esses corpos não estavam na contagem oficial,
01:28ou seja, são pessoas que acabaram morrendo nesse confronto
01:31e pode chegar, então, a números ainda mais alarmantes
01:35nessa que foi a operação mais letal da história do Rio de Janeiro.
01:41E a grande pergunta que fica é,
01:42quais serão os próximos passos?
01:44Porque todas essas mortes,
01:46diversas prisões também que foram efetuadas,
01:49mais de 80 pessoas presas,
01:51de acordo com o último registro,
01:52conforme eu disse,
01:53os números ainda estão sendo fechados,
01:55mais de 100 fuzis.
01:56Mas e agora?
01:57O que acontece?
01:58De que forma que vai ser o combate,
01:59a partir de agora, então,
02:01após essa mega operação?
02:02É isso que a gente quer saber
02:03e o que a gente vai apurar.
02:05Agora, a gente vem falando tanto,
02:07e vocês são provas disso,
02:08que nos acompanham dia após dia,
02:10o Kregner também,
02:11da ousadia crescente,
02:14do controle crescente,
02:15do destemor que realmente tomou
02:17cada uma dessas facções narcoterroristas
02:20que vem tocando o terror
02:21e escravizando grande parte do povo pobre,
02:23humilhado constantemente,
02:25vivendo sobre a opressão e o julgo
02:26das facções criminosas, né?
02:28Agora, talvez essa imagem que geraria mais comoção
02:30e solidariedade em algum momento,
02:32periga gerar mais aplausos,
02:34até como uma forma categórica
02:36de demonstrar para o crime organizado
02:38que vai ter um preço realmente caríssimo,
02:41salgadíssimo,
02:42para quem ousar seguir conspirando
02:44e trabalhando e aterrorizando
02:45a própria sociedade civil,
02:47principalmente o povo preto, pobre e pardo
02:49dentro das periferias brasileiras.
02:52É exato, Marinho.
02:53Isso aí é como o David colocou, né?
02:55Isso é muito triste o que nós estamos vendo aí,
02:57agora, o resultado disso tudo,
03:00mas não era inesperado
03:01e a gente também não pode pensar
03:03que isso tudo foi acidental.
03:05Quando a gente olha para a história,
03:06a gente olha a história um pouco mais distante,
03:09também recente,
03:10do Brasil, especialmente do Rio de Janeiro,
03:11a gente vê que o Rio de Janeiro
03:13não foi sempre assim.
03:14Isso não é uma coisa que está lá
03:16na gênese do povo carioca.
03:18Isso é um projeto.
03:20Os morros foram dominados dessa maneira,
03:22o crime organizado se espalhou dessa maneira
03:24por razões que não são sobrenaturais,
03:27são razões muito quantificáveis,
03:29concretas e que a gente sabe muito bem.
03:30Nós estamos falando de anos de impunidade,
03:33uma cultura de leniência com o crime organizado,
03:36várias pessoas em posição de poder e autoridade
03:39que permitiram com que o crime fosse praticado,
03:43crescesse e se tornasse organizado.
03:45E o resultado está aí.
03:46Então, aqueles agora que vão querer levantar
03:49inúmeras causas, inúmeras bandeiras
03:51para poder dizer,
03:52olha, isso aqui é culpa do governador,
03:54isso aqui é culpa do policial,
03:55isso aqui é culpa da suposta guerra às drogas,
03:58tem que pensar um pouquinho antes
03:59o que é que levou a essa condição.
04:02Porque quando a gente olha uma operação policial
04:05que é repreendida dentro de um território,
04:07dentro do território nacional,
04:09por drones lançando explosivos,
04:12significa que a gente já perdeu o controle da situação
04:14há muito tempo.
04:15E o resultado está aí.
04:17Um pouquinho de história, muito brevemente,
04:19aqui, né, Mano Ferreira?
04:20Porque, de fato, até nos comentários das redes sociais,
04:22muitas pessoas criticando todos aqueles
04:25que culpavam tão somente esse recorte recente de 2020,
04:29quando a famigerada, desgraçada,
04:31a DPF 635 foi instituída ali com a chancela
04:34do ministro Fachin do STF.
04:36Cinco anos onde só o poder armado,
04:38o controle territorial se expandiu,
04:40se enraizou drones com bombas acopladas a eles,
04:44drones teleguiados, alvejando os policiais,
04:46e os policiais sendo tratados como os inimigos
04:48e os bandidos como, de alguma forma,
04:50representantes de uma resistência urbana armada.
04:54Todos os antropólogos de pantufa
04:56e os sociólogos de pijama
04:57tentando fazer essa inversão de valores.
04:59Mas o problema vem de muito antes, né?
05:01O Comando Vermelho nasceu ali
05:02com a prisão de presos políticos criminosos comuns
05:05dentro do presídio Cândido Mendes,
05:07ali na prisão da Ilha Grande, em 1979.
05:11E aí, crédito onde o crédito é devido,
05:12o próprio comentarista Alexandre Borges
05:13comentou do brisolismo estrutural.
05:15Leonel Brizola entra como governador do Rio
05:17em mais ou menos 1983,
05:19define a política de não confronto contra as facções,
05:22e assim as facções vão se enraizando,
05:24vão se apoderando,
05:25ele retorna em 1991,
05:26e aí degringolou com a elite política corrupta do Rio.
05:29Podemos ficar aqui até amanhã com o TCC,
05:31mas o fato é o seguinte,
05:32a gente está vendo hoje aqui
05:33é o capítulo trágico
05:35de uma sucessão de erros históricos, né?
05:37Pois é, Marinho.
05:38Eu diria que esse brisolismo estrutural
05:41se caracteriza pela ideia
05:43de que a lei do asfalto é uma
05:45e tudo bem que a lei no morro seja outra.
05:48E a gente foi banalizando isso
05:50como sociedade ao longo dos anos
05:54de um modo muito preocupante.
05:56A gente precisa lembrar
05:57que boa parte do Brasil real
05:59está na informalidade.
06:02Enquanto isso for verdadeiro,
06:04nós veremos o crime organizado
06:07ganhando espaço,
06:09inclusive territorialmente.
06:12A gente hoje,
06:13quando fala sobre a dominação territorial
06:15do crime organizado no Rio de Janeiro,
06:17não está falando apenas
06:19sobre tráfico de drogas.
06:20A gente está falando sobre
06:22a imposição pela via da força,
06:25da coerção,
06:26da ameaça e da violência
06:28de um Estado paralelo,
06:31que cobre imposto
06:32de qualquer comerciante
06:34que atue naquela região,
06:36que proíbe que motoristas
06:38de aplicativo entrem
06:40nas áreas que têm
06:41barricadas, literalmente,
06:43para ter o controle territorial
06:46do crime organizado,
06:48que faz com que
06:49a prestação de serviços
06:52como internet,
06:53TV a cabo,
06:55gás,
06:56sejam subordinados
06:57ao interesse
06:58da facção
06:59que comanda
07:00aquele território.
07:02Isso é gravíssimo.
07:03Isso é um atentado
07:05à soberania nacional.
07:07E nós precisamos
07:08tratar desse tema
07:10de uma forma estratégica,
07:13porque uma operação
07:15de forma isolada
07:16produz cenas como essa
07:19que estamos vendo,
07:20mas não necessariamente
07:21vai trazer
07:22uma solução
07:23para o conflito.
07:24Então, nós precisamos
07:25muito mais
07:26do que
07:27esse jogo
07:28de empurra político
07:29que estamos assistindo,
07:30o governador
07:31culpando o governo federal,
07:33o governo federal
07:33culpando o governador,
07:35nós precisamos
07:36ser capazes
07:37de, como adultos,
07:38construir uma estratégia
07:40nacional
07:41de combate
07:42ao crime organizado.
07:44Antes da gente
07:44seguir adiante,
07:44o próprio Mano mencionou
07:45no meio do comentário
07:46contundente dele aqui,
07:47os motoristas de aplicativo
07:49e cada dia
07:49eu me impressiono mais
07:50com a adesão
07:50de todos vocês aí,
07:52motoristas de táxi
07:53e também de aplicativo
07:54que estão zigue-zagueando
07:55o trânsito aí,
07:55Brasilzão afora,
07:56ligadaço aqui
07:57no Morning Show.
07:58Então, citar particularmente
07:59aqui o Valentim Domingos da Silva
08:01e também
08:01o nosso glorioso
08:03Cláudio Lima,
08:05que ontem eu tive
08:05com a gente
08:06é Morning Show
08:07até debaixo d'água.
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