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Após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, o governador Cláudio Castro (PL) e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, vão se reunir nesta segunda-feira (03) no Centro Integrado de Comando e Controle, na capital fluminense. O encontro deve abordar a atuação das forças de segurança, as críticas à operação e o impacto das decisões judiciais sobre as ações policiais em comunidades do estado.
Reportagem: Rodrigo Viga

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00:00A gente vai fazer uma breve passagem no Rio de Janeiro com atualizações, até porque vai ser lá que o ministro Alexandre de Moraes
00:05seguirá rumo ao território fluminense hoje, ao estado do Rio, para uma audiência com o governador Cláudio Castro.
00:12Vou acionar aqui o nosso Rodrigo Viga, ninguém é melhor que Rodrigo Viga, com todos os detalhes, a expectativa em torno desse encontro.
00:18Afinal, qual é o objetivo apresentado por ambas as partes e também todo o contexto político, por que não, por trás aí no pano de fundo?
00:26Viga, palavra é sua.
00:30Tudo bem, Marinho?
00:31Boa tarde, boa tarde não, ainda bom dia, né?
00:33É que os dias são tão longos aqui que a gente fica trocando tarde por noite, noite por madrugada, madrugada pelo dia, agora sim.
00:40Bom dia, Marinho, grande abraço para você, para a turma aí da bancada, para o nosso ouvinte, espectador e internauta da Jovem Pan.
00:46Já, já, já, o ministro Alexandre de Moraes, que é o novo relator da DPF das favelas.
00:51Por que eu digo que é o novo?
00:52Porque recentemente o então relator, ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Roberto Barroso, anunciou a aposentadoria.
00:59E aí, esse abacaxi ficou com o ministro Alexandre de Moraes, que tem uma série de encontros, reuniões, uma extensa agenda, nessa segunda-feira aqui no Rio de Janeiro, depois de decisões e também de despachos.
01:12Você está vendo esse auditório e é o fundo, você que está nos acompanhando pela TV e pelas nossas plataformas, estamos no Centro Integrado de Comando e Controle, uma espécie de QG da Polícia do Rio de Janeiro.
01:21Vai ser aqui que o ministro Alexandre de Moraes vai se reunir com o governador Cláudio Castro e com a Cúpula da Segurança Pública.
01:28E o objetivo é mostrar a ele qual é a estrutura, a infraestrutura utilizada pelas forças de segurança e também o tamanho do desafio gigantesco, enorme, enfrentado por polícia civil, polícia militar e secretaria de segurança pública cotidianamente nesse enfrentamento ao crime organizado que não para de crescer por aqui.
01:46Tem alguns números que sempre me chamam bastante atenção.
01:48Então, Viu Marinho, mil e novecentas favelas aproximadamente no estado, oitocentas e três aqui na capital, vinte e cinco por cento da população fluminense já sobre a égide, sobre o comando da facção criminosa, comando vermelho que no ano passado anunciou que iria iniciar uma campanha de expansão territorial em nível local e também em nível nacional.
02:08Então, ele vem para cá para acompanhar o que se chama de os desdobramentos dessa operação, inclusive já assinou alguns despachos, determinando a preservação dos corpos, a preservação de informações que poderão ser fundamentais nas investigações sobre o que aconteceu na terça-feira da semana passada na mega-operação na Maré e também no Alemão.
02:31Pois bem, levantamento feito pelo governo do estado do Rio de Janeiro, aponta que mais de noventa e cinco por cento daqueles cento e dezessete acusados de ligação com o comando vermelho que morreram na semana passada e efetivamente faziam parte da facção criminosa.
02:46Ainda de acordo com esse levantamento, sessenta e dois eram de outros estados, são vários estados, região centro-oeste, norte, nordeste, tinha gente de São Paulo, do Distrito Federal, abrigado aqui no telecrime, como eu estou chamando, né, no teletrabalho.
03:01Trabalho remoto, aqui sob a proteção do comando vermelho, comandando seus negócios no Pará, no Amazonas, no Espírito Santo, no Mato Grosso, em Goiás, no Distrito Federal, só para citar, na Paraíba, só para citar alguns estados da nossa federação.
03:18Então, ministro Alexandre de Moraes, vem aqui hoje para essa reunião com a Cúpula da Segurança, vai se encontrar também com outros órgãos que estão envolvidos nessas investigações,
03:28para saber se está tudo dentro daquelas regras e parâmetros estabelecidos pela DPF das Favelas, DPF que foi flexibilizada nesse ano de dois mil e vinte e cinco, e que impõe um tremendo desafio pela frente.
03:39Que desafio é esse, Marinho? A retomada de territórios a partir de dois mil e vinte e seis. O plano está pronto, já está definido, já foi, inclusive, encaminhado
03:49pelo secretário Vitor Santos, de Segurança Pública, ao Conselho Nacional do Ministério Público, que tem que dar o aval para depois, essa peça, essa estratégia de planejamento,
03:58chegar ao Supremo Tribunal Federal. E, nesse quesito especificamente, na flexibilização da DPF das Favelas e a retomada de territórios, ali está escrito,
04:09determinado que o governo federal vai ter que entrar nessa batalha, vai ter que entrar nessa luta, vai ter que ajudar o estado do Rio de Janeiro no enfrentamento ao crime organizado.
04:18Senão, com equipamentos ou homens, meu caro Marinho, vai ter que entrar com o dinheiro, e vai precisar de muito dinheiro para esse processo de retomada de territórios
04:27aqui no estado do Rio de Janeiro, não à toa, mil e novecentas favelas, aproximadamente, sendo oitocentos e três somente na capital, Marinho.
04:35Tarefa hercúlea, né, mas a única opção, definitivamente, a opção não é a rendição, é, de fato, tentar mudar esse estado de coisas.
04:44Qualquer coisa seria, realmente, seria digno de não, seria indesculpável, né, para a sociedade civil como um todo.
04:51Viga, obrigado demais pela presença, pelas informações, esclarecimento, sempre competente.
04:54Rodrigo Viga, a gente volta contigo ao longo da programação. Obrigado, meu irmão.
04:59Às dez horas e três minutos pontualmente, retomando aqui com a bancada, vou acionar aqui, Mano Ferreira, sua expectativa olhando adiante.
05:07Realmente definitiva esse encontro, né?
05:08Pois é, Marinho, a minha expectativa é que tenhamos, efetivamente, um plano consistente para a retomada de territórios.
05:17É inaceitável que tenhamos, em pleno território brasileiro, áreas onde não é o estado que manda, onde não há estado de direito,
05:27onde não há império da lei, onde há, simplesmente, o império do crime.
05:32Isso é absolutamente inaceitável e nós precisamos, como país, ter um plano consistente para que isso deixe de ser realidade.
05:43O meu temor é que nós não tenhamos esse plano, porque, na última semana, nós assistimos a autoridades batendo cabeça nos diferentes níveis federativos.
05:55Então, é muito importante que, após essas reuniões entre o ministro Lewandowski e o governador Cláudio Castro,
06:04agora a reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes,
06:10a gente tenha, como desfecho, um mínimo de harmonia entre as diferentes esferas do estado brasileiro.
06:18Porque, afinal de contas, nós só venceremos essa batalha se o governo, se o estado brasileiro,
06:27em suas diferentes dimensões, for mais organizado do que o crime.
06:32E, até agora, não é isso que vem acontecendo.
06:36E você, Maria de Carne, por favor.
06:38Pois é, vendo essa matéria, me lembrou muito a situação da Itália.
06:41Lá atrás, nos anos 80, 90, que você tinha a parte sul da Itália completamente tomada pela máfia e pelo crime,
06:49que é o que está acontecendo no Brasil.
06:50Esse estado paralelo toma conta desses bolsões que estão presentes nas regiões mais pobres da cidade
06:57e conseguem crescer e ganhar musculatura.
07:01Hoje, o crime, apesar de termos dados que o crime reduziu a violência e o homicídio,
07:06mas o crime, na verdade, ele mudou de característica, ele se refinou.
07:11E o crime organizado faz parte de todas as esferas da nossa sociedade,
07:15fazendo parte, inclusive, da economia formal, porque é assim que eles usam para lavar dinheiro.
07:20E uma coisa que o Rodrigo Viga me chamou na matéria, que é muito importante a gente frisar,
07:24e que é preciso, sim, investimento para combater este crime organizado,
07:28que gera uma economia de bilhões de reais por ano.
07:32O estado não consegue acompanhar isso em níveis financeiros,
07:36então é preciso a ajuda de todos os entes federativos para conseguir essa mobilização financeira.
07:41Vejam vocês, 118 fuzis foram apreendidos na operação de terça.
07:47Isso é o mínimo que eles devem ter.
07:48O equipamento é de primeira e a gente não pode ficar atrás.
07:51O estado tem que investir nesta campanha para minar o crime organizado e profissional
07:58que se alastrou no nosso país.
07:59Um detalhe...
08:00Vamos com a Jéssica Peixoto, então. Vamos lá.
08:02Um detalhe me chama bastante atenção aqui, que é a situação que está na chamada,
08:07que é Moraes, o ministro do Supremo Tribunal Federal, vai até o Rio de Janeiro
08:10para ver, assim, validar um certo plano do governador do Rio de Janeiro.
08:16Pessoal, é...
08:17Isso é flagrantemente inconstitucional para muitas pessoas.
08:19Isso é, não é para muitas pessoas, é para a Constituição.
08:22Assim, a lógica de se aprovar um plano de governo, um plano de ação em relação a determinada
08:30função é uma lógica reservada ao governo do estado.
08:34A polícia militar, a lógica de respostas.
08:37Aí a grande questão é que o ministro Alexandre de Moraes, tal como o ministro Barroso, não
08:41decidiram do nada fazer isso.
08:42Eles foram instados pela DPF 635, uma ação do Partido Socialista Brasileiro, o PSB, e
08:50a partir disso eles tomaram decisões que incluíam políticas públicas e segurança pública.
08:55Isto é correto?
08:56Na minha análise de vários especialistas, não.
08:59Existe a competência do Supremo Tribunal Federal nessas situações de falar, isso não
09:03me cabe, isso é do governo estadual.
09:07E só isso.
09:07Mas quando a gente tem a figura de um governador aprovando um plano de segurança com um ministro
09:13do Supremo Tribunal Federal, me parece muito claro que as competências em relação a quem
09:18faz a política pública e quem é o Poder Judiciário estão confundidas, estão bagunçadas.
09:26Nós vimos isso na situação aqui do estado de São Paulo em relação, ah, vai usar a câmera
09:29sim, vai usar a câmera sim, quem desenha essa política?
09:32Então eu acho que a gente também tem que ter atenção para esses pontos em relação
09:36à competência estadual e dos governadores de tomarem decisões e cursos de ação.
09:42Claro, a integração e o plano no geral, ele é muito importante, o governo federal precisa
09:47dialogar diretamente com os estados e os bancos de dados precisam estar integrados.
09:51E um outro ponto, André, é que me chama muita atenção que a Quest soltou uma pesquisa
09:55em relação aí à situação da operação e a visão do povo do Rio de Janeiro sobre isso e os dados
10:02são claros. Há um amplo apoio para a operação realizada pelo governador do Rio de Janeiro.
10:09E outros temas polêmicos, como a volta da, a volta não, a pena de morte num circuito não só de
10:16excepcionalidade, como guerras e etc, estão inseridas. Mas 85% da população do Rio foi clara.
10:24As penas para crimes graves precisam aumentar.
10:26Eu entendo o que a Jess falou, mas eu queria só acrescentar um ponto.
10:29E trazendo de volta também a questão da Itália e como eles cessaram ali a máfia que já tinha
10:33se profissionalizado naquele contexto. Foi a operação Mãos Limpas, que eles envolveram o judiciário
10:39para justamente julgar.
10:41Sim, mas eu estou falando que é preciso nesse momento que a gente está numa situação quase de...
10:47A gente está numa... O Estado faliu. Então é preciso que a gente tenha as esferas, os poderes juntos
10:53para pensar num plano de país. Claro, sem ferir as competências.
10:57Mas como eu ia dizer, na operação Mãos Limpas, a justiça foi extremamente eficiente
11:01num processo pós todas as investigações para julgar ali os chefões da máfia.
11:07Então a justiça estava ali defendendo e aplicando as devidas penas.
11:11Assim como também o legislativo tem que estar envolvido com a questão do PL das antifacções
11:16que vai entrar aí e ser votado para aumentar justamente a pena contra quem faz parte de facções.
11:23Então todos os poderes, todos os entes, até o próprio município, a gente vê aí a questão do policiamento das GCMs.
11:30É uma mobilização do Estado brasileiro para o combate ao Estado paralelo, Jess.
11:35Então assim, com todo respeito, eu acho que você tem um ponto, mas eu defendo que é importante
11:40todos os atores estarem debatendo e discutindo nesse momento.
11:43São coisas diferentes. Mãos Limpas seria o equivalente ao Lava Jato aqui.
11:46Não é sobre você chegar e você punir e prender.
11:50Faz parte. Ninguém está falando disso.
11:52O que eu estou falando é da competência em relação a quem define a política.
11:56Quando o ministro Barroso vira para o governador Tarcísio Freitas aqui em São Paulo e fala
11:59não, as câmeras vão funcionar assim.
12:02Não é a interação entre o julgamento de um bandido ou qualquer coisa nesse sentido.
12:08É um desenho de política pública.
12:09Uma coisa é opinar, outra é determinar.
12:12O judiciário, ele tem poder de determinar no sentido de vai ser assim e pronto.
12:17Só que a grande questão é que essa é uma competência de política pública que deve ser desenhada pelos Estados.
12:22Mas a política pública também que, assim, no enredo todo, né?
12:25Uma coisa muito importante é que tem o julgamento amanhã, se vai acolher ou não, né?
12:29O tribunal vai acolher ou não a denúncia contra o governador do Estado, o Cláudio Castro.
12:34Porque a gente tem que relembrar que ele está sendo agora...
12:37Foi desenterrado isso por meio de uma provocação também do Ministério Público
12:42que suspeita de irregularidades no período...
12:45A campanha de 22, né?
12:46É, a campanha de 22, ele criando cargos ali na Universidade do Rio de Janeiro, também outros cargos.
12:54Então, tudo isso, né?
12:55O enredo que vai sendo desenhado após a mega-operação.
12:59Então, o contexto que a gente está vendo diante de tudo isso, que é preocupante.
13:04Porque aí a pessoa vai lá, faz a mega-operação, tem resultados e aí depois, para continuar com essa política pública...
13:11Ah, não. Agora a gente vai ver se você vai ser caçado ou não.
13:13É complicado.
13:14Lembrando que ele foi acusado pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro por supostas contratações irregulares...
13:20Estadual, eu falei federal, perdão.
13:21É na...
13:22Claro, na Fundação Ceperge, né?
13:24E também na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
13:26Tudo com, eventualmente, funcionários fantasmas que teriam se tornado cabos eleitorais da sua eleição em 2022.
13:33Claro, isso foi arquivado pelo TRE no primeiro momento.
13:36Mas, claro, o Ministério Público pediu a revisão ao TSE, que agora a bola tacou o TSE.
13:41Um dos membros, inclusive, Cássio Nunes Marques, ministro do Supremo Tribunal Federal.
13:46Muitas pessoas antecipando que ele pode pedir vista, adiando, protelando, adiando, protelando.
13:50Chegando até o calendário eleitoral, aí Cláudio Castro estaria são e salvo pelos regimentos, o processo da justiça.
13:58Então, mas por que agora, né?
13:59Eu tenho a preocupação da gente também começar a santificar políticos por conta de operações como essa, né?
14:06O Cláudio Castro estava respondendo já a essa ação, né?
14:10Então, a gente não pode fazer de conta que a ação já vinha correndo.
14:14Ela estava agendada até, não é nem que a ação é de antes.
14:17Ela estava agendada para ser julgada antes da operação, de fato.
14:21Então, aí não houve realmente o julgamento do mérito e aí depois que você faz a mega operação, aí...
14:28Não, mas já estava agendado o julgamento.
14:30A gente pode questionar a demora, porque a eleição daqui a pouco acaba o mandato e uma ação eleitoral não foi julgada.
14:39Aí vamos questionar a eficiência e a lentidão do judiciário.
14:45Aí eu concordo com a crítica.
14:46Agora, a gente não pode, de repente, santificar o governador que está respondendo a uma denúncia grave de irregularidades durante a sua campanha,
14:56porque houve uma operação agora, à véspera de ano eleitoral.
14:59Mas também, isso aqui é complexo.
15:01O timing é muito complexo.
15:03Exatamente.
15:03Querendo ou não, o timing se tornou muito mais inflamado e decisivo agora.
15:08Supremas, vossas excelências, caso realmente, Cassin, Cláudio Castro, nesse momento,
15:12aí realmente a opinião pública se tornaria tão feroz contra a justiça que eu temo, sinceramente, pelo que poderia acontecer.
15:20Mas, de novo, é aquilo, né?
15:21A justiça pode se pautar até que ponto a opinião pública?
15:24Já se pautou tantas vezes quando era conveniente.
15:27Enfim, dá pra entender também...
15:29A justiça jamais deve se pautar na opinião pública.
15:31Mas deveria, mas é tentar...
15:33É o mundo ideal ou o mundo real?
15:36Entendeu?
15:36Mais uma vez, essa colisão.
15:37Aqui, a gente precisa ser objetivo em uma análise que inclua, ao mesmo tempo que a gente pode imaginar
15:43que talvez que o Supremo Tribunal Eleitoral, o TSE, a Suprema Corte Eleitoral,
15:50esteja algum grau de ligação com a operação e visibilidade,
15:54a gente também precisa ser realista e saber que os advogados, Cláudio Cláudio Castro
15:59e o próprio governador sabiam que essa ação aconteceria.
16:03Então, tal qual a pergunta 1 existe sobre o momento do TSE pautar após a operação,
16:11também deve-se ter a habilidade, ainda mais no cenário e no jogo político brasileiro,
16:15de perguntar se não existe também uma questão em relação ao momento da operação
16:22num momento em que existiu uma fragilidade da própria percepção do governador.
16:27O governador estava apagado, o governador não estava falando muito
16:30e ele fez uma operação que, para a maioria disparada do Brasil,
16:35e principalmente o que as pesquisas mostram do Rio de Janeiro, tem apoio popular.
16:39Ele está sendo aplaudido em missas, ele está sendo aplaudido em restaurantes.
16:43Então, tem também uma correlação que a gente não pode ter toda a ingenuidade
16:47de achar que segurança pública não é uma pauta dos dois lados.
16:50Inclusive, é a pauta do momento. Desculpa rapidinho.
16:53É a pauta de 2026. E o que a gente viu na semana passada marcou.
16:57Todo mundo já sabia que segurança ia ser a pauta de 2026 nas eleições.
17:02E as imagens de terça-feira comprovam. Vai ser.
17:05E é o que a Jess falou e o que a gente comentou aqui, Marinha.
17:09O timing é complicado? É.
17:10Mas quais são as projeções de Cláudio Castro para 2026?
17:13A gente sabe que ele tem projeções políticas.
17:15Então, aí, é dois pesos e duas medidas. É o jogo político.
17:19Olha a provocação que ele fez.
17:21Foi estimulado até mesmo com fábrica artesanal que abastecia o Comando Vermelho
17:25que fabricava aqui em Santa Bárbara do Oeste, no estado de São Paulo,
17:29mandando. E a Polícia Federal foi atrás, investigou.
17:32Essa fábrica tem ligação com o piloto, que supostamente ele teria um CNPJ
17:37para a produção de materiais aeronáutica, né?
17:40Mas, na verdade, ele fabricava fuzis artesanais
17:43e com potencial para fabricar até 3.500 fuzis por ano.
17:47Então, olha o enredo, olha a provocação que ele fez também.
17:50Eu não estou querendo santificar o Cláudio Castro,
17:52até porque tem vários ressalvas em relação a ele.
17:54Mas a questão que ele fez, essa mega operação,
17:57que teve, sim, efetividade, porque até agora não teve questionamento
18:00sobre inocentes que foram mortos e tudo mais,
18:03desses, todas essas pessoas que acabaram morrendo, né?
18:07Teve inocentes, sim, fazendo uma correção aqui na minha fala,
18:09que foram os policiais que foram vitimados dessa ação,
18:12além daqueles que estão hospitalizados.
18:14Mas, realmente, foi uma mega operação muito precisa
18:17em relação ao combate ao crime organizado e ao território.
18:21E depois disso, desencadeou uma série de questões
18:23que até outras autoridades estão tomando frente, né?
18:27Polícia Federal, então, investigando essa fábrica clandestina
18:29que abastece o crime organizado.
18:31E até no exterior, a Argentina, por exemplo,
18:33prendeu lá três pessoas que eles estão verificando
18:36para saber se, de fato, são pessoas que fazem parte
18:40do Comando Vermelho que tentaram cruzar a fronteira
18:42lá no Rio Grande do Sul.
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