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O partido do presidente Javier Milei, A Liberdade Avança, venceu as eleições legislativas na Argentina com 41% dos votos, consolidando seu poder no Congresso. A vitória dá um forte impulso às suas propostas de privatizações e reformas radicais.
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NotíciasTranscrição
00:00Agora a gente muda de assunto porque o presidente da Argentina, Javier Milley, saiu vitorioso das eleições legislativas realizadas neste domingo,
00:09duplicando sua base no Congresso e ampliando a possibilidade de aprovar sua agenda econômica para o país.
00:16Seu partido, o La Libertad, avanza, saiu de 44 deputados e 6 senadores para 92 e 19, respectivamente, somando mais de 40% dos votos.
00:27A vitória dá à Milley margem maior de manobra no Congresso, abrindo caminho para privatizações, reformas, trabalhistas e cortes fiscais planejados desde o início do mandato,
00:40representando também uma mensagem política sobre o apoio à agenda ultraliberal e conservadora na Argentina.
00:47Havia muita expectativa, Beraldo, sobre o resultado dessas eleições legislativas porque isso, além de indicar a popularidade ou não de Javier Milley,
00:57também indicaria como ficaria sua governabilidade na relação com o Congresso argentino.
01:04Zé Coba, era um momento delicado para Javier Milley, ele que foi eleito no seu partido,
01:10que foi fundado recente e aí essa era a eleição em que ele, na presidência da República,
01:20precisava consolidar a sua presença legislativa, a presença legislativa do seu governo,
01:28porque isso daria a base necessária para aprovar reformas e tomar ainda medidas duras
01:35que precisam ser tomadas na Argentina e que vêm sendo postergadas.
01:40Esse era um momento delicado também para Javier Milley em razão das acusações contra a sua irmã,
01:47que é uma figura essencial em seu governo, sua braço direito, que está ali atuando com ele na presidência da República,
01:54e foi atacada agora com acusações bastante duras e tal.
01:59Então era um momento delicado onde Javier Milley precisava mostrar a sua força.
02:04A expectativa é que se ele conseguisse chegar a 30% das cadeiras, ele teria, na verdade 33,
02:11um terço das cadeiras, ele teria demonstrado a força mínima necessária para ele conseguir avançar.
02:20Menos do que isso, o seu governo ficaria praticamente inviabilizado.
02:23E sai, então, das urnas com uma vitória importante.
02:27Ele conseguiu 40%, ou seja, mais do que havia ali de expectativa que ele deveria conseguir.
02:35E com isso ele tem agora bastante mais força e segurança para avançar com a sua agenda de transformação da Argentina.
02:43É preciso lembrar que a Argentina, ela está tomando remédios muito fortes para uma doença muito grave e letal,
02:53que é a gestão da esquerda, num país que já foi uma das principais economias do mundo e que hoje encontra-se aí destruído.
03:03Javier Milley é que está recuperando a economia argentina e, obviamente, ao recuperar a sua economia,
03:10permite que a Argentina torne-se de novo um país próspero,
03:14que a população argentina consiga usufruir da riqueza gerada por uma boa administração do país.
03:23Então, o Javier Milley segue forte aí na sua toada de transformação do país.
03:29E com esses números todos das eleições de ontem, Omota,
03:33A tendência é que Javier Milley efetive ainda mais as suas promessas de campanha,
03:40com mais facilidade agora para passar os seus projetos no Congresso argentino, né?
03:46E é bom lembrar que Milley teve um desempenho muito melhor do que foi previsto nas pesquisas.
03:55Mais uma vez, as pesquisas erram feio quando se trata de estimar as chances de vitória da direita.
04:04O partido do Milley teve muito mais voto do que a turma do kirchnerismo.
04:12Milley agora controla o jogo.
04:14Se ele acertar a política monetária e continuar com a sua agenda da liberdade,
04:21a Argentina tem um belo futuro.
04:24Cabe aqui duas observações interessantes.
04:27Na província de Buenos Aires, o partido de Milley venceu
04:33bem depois de perder por mais de 13 pontos
04:36numa eleição que aconteceu mais ou menos há 45 dias atrás.
04:41E os analistas, muitos, atribuem isso
04:45à introdução de um novo sistema de voto único
04:49em papel que teria reduzido a fraude.
04:52O segundo ponto interessante é que, embora o voto seja obrigatório,
04:58quase um terço dos eleitores não votou.
05:01Quero também a sua opinião, Luiz Felipe Dávila, porque essa vitória no legislativo
05:09para Javier Milley acaba sendo também uma vitória da política econômica,
05:14apesar de muitas críticas que ele recebeu recentemente em relação aos efeitos da implementação
05:21da economia liberal, que prometeu na campanha.
05:25Falando principalmente ali a respeito de corte de subsídios,
05:30um desemprego, aumento de pobreza, que de início foi verificado, enfim,
05:36que eram ali esperados diante da política a médio e longo prazo prometida por Javier Milley.
05:42Dávila, você já fala agora quando são 18 horas e 57 minutos.
05:49Eu quero agradecer demais você que nos acompanhou pela nossa rede aí em todo o Brasil
05:54e que agora, nesse momento, vai ficar com a sua programação local.
05:57Amanhã, às 18 horas, nós estamos de volta aqui em Os Pingos nos Is.
06:00Por aqui, seguimos na TV Jovem Pan News e nas demais plataformas na sequência do nosso programa,
06:08agora com a opinião do Luiz Felipe Dávila a respeito desse processo todo de implementação
06:13de uma política liberal, o teste que é feito com a população
06:18e que deu vitória no legislativo a Javier Milley. Dávila.
06:23O teste das urnas foi fundamental para Javier Milley.
06:28O Beraldo trouxe um ponto muito importante.
06:30Por quê? Porque este número de deputados, hoje, da sua coligação partidária,
06:37permite que os vetos às políticas e decretos do presidente da República
06:43sejam derrubados. Era esse o ponto importante.
06:46Precisava ter pelo menos um terço da Câmara e é isso que ele tem.
06:49Então, isso é fundamental, porque a oposição conseguiu derrubar vários vetos
06:54do presidente da República porque Milley não tinha maioria na Câmara.
06:57Então, é muito importante essa vitória eleitoral que dará ao presidente da República
07:03a maioria necessária para que as suas reformas continuem e não sejam derrubadas
07:09por um Congresso majoritariamente peronista.
07:12Então, foi algo fundamental para o andamento do plano.
07:16Segundo, parece que o eleitor argentino caiu a ficha do medo
07:23que seria um retrocesso gigantesco à vitória do peronismo sabotando o plano liberal de Milley.
07:32Isso poderia levar a Argentina de volta para o buraco e para aquele pesadelo do passado.
07:37Não podemos esquecer que, desde que Javier Milley assumiu a presidência da República,
07:42ele tomou medidas duríssimas.
07:44Ele chegou a cortar quase 5% do PIB em gasto público.
07:49Não é do orçamento, é do PIB.
07:51É uma coisa monumental.
07:54Isso, num primeiro momento, até fez a pobreza subir,
07:57mas depois caiu para o seu menor patamar.
07:59O que mais aconteceu durante essa época de Milley?
08:03A inflação, que era de 25% ao mês, caiu para 2%.
08:09E inflação é a coisa que mais pega o bolso das pessoas mais pobres.
08:14Então, essas mudanças de corte de gasto, disciplina fiscal,
08:20volta do superávit na Argentina,
08:23foram coisas muito importantes e vitoriosas.
08:26Agora, Milley, como um certo novato na política,
08:30não teve o jogo de cintura necessário
08:33para tentar diminuir parte dessa resistência
08:37às suas medidas no Congresso Nacional.
08:39E ele mesmo reconhece isso.
08:41Então, esta vitória é uma vitória política
08:45que dá força para Milley continuar
08:49a sua toada de reformas estruturantes do Estado.
08:52E agora, ele vai ter que mexer na parte mais importante,
08:55que é a política fiscal e monetária.
08:59Não se esqueça que foi isso um dos grandes problemas
09:01durante o Plano Real.
09:02E foi quando liberou o câmbio, em 1999,
09:06que tivemos o câmbio flutuante,
09:07é que permitiu o Brasil realmente atingir
09:11um patamar de estabilidade no combate à inflação.
09:14E testado o que foi, Javier Milley,
09:18ou a sua política, principalmente política econômica,
09:21nas eleições legislativas de ontem,
09:24na Argentina, Javier Milley obteve vitória,
09:27aumentando significativamente a sua participação
09:29de apoiadores no Congresso argentino.
09:32Agora são 19 horas.
09:34Para você que estava no intervalo na nossa rede,
09:36nós estamos de volta repercutindo os assuntos da Argentina,
09:39a vitória de Javier Milley nas eleições legislativas,
09:42em que ele pôde ampliar significativamente
09:45a sua base de apoio entre deputados e senadores.
09:49Eu sou o Nassu Cobaiar,
09:50sigo aqui com o Cristiano Beraldo,
09:52o Luiz Felipe Dávila e o Roberto Mota.
09:54E agora eu quero muito saber a avaliação do Cristiano Beraldo,
09:59principalmente em relação aos porquês dessa vitória, Beraldo.
10:03Isso tem a ver diretamente com a diminuição
10:06do índice de inflação,
10:08que era um índice gigantesco anualizado,
10:14na situação em que Javier Milley assumiu a presidência do país
10:19e que conseguiu, em pouco tempo,
10:22diminuir drasticamente a inflação,
10:24dando poder de compra ao cidadão argentino.
10:27Sem dúvida nenhuma,
10:29a realidade da Argentina hoje é bastante diferente do que era.
10:32É óbvio que você não consegue
10:34agradar a todos os setores
10:36e todos os níveis da sociedade argentina
10:38ao mesmo tempo
10:40e nesse período que passou,
10:42que é um período muito curto,
10:43diante do longo tempo
10:46em que a esquerda foi destruindo a Argentina.
10:49Javier Milley tem um plano
10:51que ele está executando
10:52e em diferentes momentos
10:54a situação fica mais dura
10:57para grupos dentro da Argentina.
11:00Então, você tem um aumento do poder de compra,
11:04você tem o desafio do emprego,
11:06você tem o desafio do desenvolvimento da indústria.
11:09A Argentina conta hoje, por exemplo,
11:11com uma descoberta importante
11:14ainda de reservas de petróleo e gás,
11:17então ela precisa desenvolver isso também,
11:19usar isso para gerar
11:20um aquecimento ainda maior
11:22da economia argentina,
11:24mas tem muita coisa que a Argentina pode fazer
11:27para recuperar seu status de economia relevante,
11:31especialmente porque Javier Milley
11:33tem uma relação muito promissora
11:36com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
11:38que pode ajudar muito a Argentina
11:41nesse processo de retomada,
11:44não só do crescimento,
11:45mas sobretudo do desenvolvimento,
11:47porque quando o país se desenvolve
11:49todos, toda a população participa,
11:53colhe os louros desse desenvolvimento.
11:56E é isso que Javier Milley está fazendo,
11:59que é diferente da fórmula
12:00que o governo brasileiro adotou
12:03lá pelos anos de 2008,
12:06onde o Brasil,
12:07diante da crise que se abateu no mundo,
12:10aquela história de que o Brasil passou,
12:13pegou uma marolinha
12:14diante do tsunami econômico
12:17que aconteceu com a crise de 2008 e tal,
12:18mas aquilo ali foi o Brasil
12:21tentando criar uma falsa sensação
12:26de riqueza e prosperidade
12:28sem investir na base.
12:30Foi uma expansão do poder de compra
12:34com base no dinheiro público,
12:36no uso de dinheiro público,
12:38no favorecimento de vários setores ali,
12:41sobretudo nos setores de construção,
12:43que mamaram bilhões e bilhões em contratos públicos,
12:48e isso não gerou a qualificação da base,
12:52não houve um crescimento sustentado,
12:55simplesmente uma movimentação financeira
12:58que fez com que os brasileiros
12:59tivessem essa oportunidade de gastar mais.
13:02Então, aquela história que depois
13:04o Paulo Guedes disse que foi uma festa,
13:07porque as domésticas estavam indo para a Disney e tal.
13:11Então, guardadas as proporções,
13:14você teve uma expansão do consumo
13:17das famílias brasileiras
13:18de uma forma bastante expressiva.
13:20Só que aquilo não se deu de uma forma sustentada.
13:23E é justamente o que Javier Mele está tentando fazer,
13:27um crescimento sustentado da economia argentina
13:31com o apoio do parceiro,
13:34do melhor parceiro que ele poderia ter,
13:36que é o governo de Donald Trump.
13:39Se ele conseguir vencer a arrebentação
13:42e entrar numa velocidade de cruzeiro,
13:44eu não tenho a menor dúvida
13:46de que a Argentina se tornará um player
13:49mais importante do que o Brasil,
13:53apesar de todo o potencial,
13:55toda a riqueza que o Brasil tem.
13:58Mota, e é interessante que,
14:00mesmo diante das denúncias de corrupção
14:02envolvendo principalmente a irmã de Javier Mele,
14:04aparentemente o que decidiu
14:06e o que motivou a decisão no voto dos argentinos
14:10para ampliar a base apoiadora do presidente
14:12foi novamente a economia decidindo eleições.
14:17Também, Koba.
14:19Eu acho que Mele aprendeu com a derrota
14:24que ele sofreu nas eleições anteriores.
14:27Muita gente observa que Mele moderou o discurso,
14:33reduziu as provocações que ele fazia,
14:36passou a tomar cuidado com as companhias
14:39depois daquela história dos escândalos.
14:42Basicamente, é o mesmo Mele,
14:44com as mesmas ideias, o mesmo projeto,
14:47mas é um Mele que entendeu
14:49que é importante escolher a hora de brigar.
14:53Um Mele que entendeu o que muita gente
14:57na direita brasileira ainda não aprendeu.
15:01Não adianta ficar gritando o tempo todo.
15:06Eu acho que se Mele continuar com essa estratégia,
15:09a reeleição vai ser certa.
15:13E essa é a grande lição de Mele para a direita brasileira.
15:18seja contundente, seja duro,
15:22mas sem lacração.
15:25Fale a verdade, doa a quem doer,
15:28mas com calma, com serenidade, com elegância.
15:34Esse é o segredo de Javier Mele.
15:36Davila, e aí, diante dessa mudança de perfil
15:41que nos traz o Mota,
15:42a gente estaria o quê?
15:43Diante de um Mele versão 3.0?
15:46Porque o personagem Javier Mele da campanha
15:50já era muito diferente daquele que assumiu,
15:53tomou posse como presidente.
15:55Um pouco menos caricato,
15:57menos showman,
16:00mas ainda assim muito diferente
16:02do que a gente conhece
16:03por um perfil de um político tradicional.
16:05e agora, depois de ter apanhado um pouco,
16:08ainda mais discreto, comedido, enfim.
16:13O personagem foi mudando ao longo do tempo?
16:15Foi se adaptando à vida política,
16:18ou Luiz Felipe Dávila?
16:20Ainda bem,
16:21porque senão ia ter perdido essa eleição.
16:24Isso faz parte do amadurecimento
16:26do exercício do poder.
16:28Agora, Cobar,
16:29o teste de fogo de todo plano
16:32na Argentina
16:33é o teste do câmbio
16:36e da política monetária.
16:38Todo o plano argentino,
16:40na Argentina,
16:41explodiu
16:41quando começou a liberar câmbio
16:44e mexer em política monetária.
16:46Todos deram errado.
16:47Desde a época do cavalo
16:49pra frente,
16:50assim,
16:50isso é o que mata a Argentina.
16:53E este é o teste de fogo
16:55que Javier Millen
16:56vai ter de enfrentar agora.
16:58Só para lembrar aqui
17:00a nossa audiência
17:01desse período histórico do Brasil
17:03quando isso aconteceu,
17:04o que foi no Brasil?
17:06Em janeiro de 1999,
17:08o governo brasileiro,
17:10do então presidente
17:11Fernando Henrique Cardoso,
17:12resolveu liberar o câmbio.
17:14Tinha saído uma crise da Rússia,
17:15não dava mais pra segurar o câmbio.
17:17O que era o câmbio administrado?
17:18Tinha estabelecido uma banda
17:20e poderia flutuar,
17:22num limite máximo e mínimo.
17:25Mas o câmbio flutuante
17:27é o câmbio determinado pelo mercado.
17:29E essa flutuação
17:30é o que está acontecendo hoje na Argentina.
17:32E isso ajudou a segurar a inflação.
17:36Quando liberou o câmbio no Brasil,
17:37em janeiro,
17:38o que aconteceu?
17:40Duas coisas.
17:41Primeiro,
17:42teve um repique inflacionário
17:43e o câmbio mudou completamente.
17:46A gente saiu de um dólar
17:47em torno de mais ou menos,
17:49era R$ 1,14 e R$ 1,14 e R$ 1,15
17:52e chegou a bater R$ 2,16 em dois meses.
17:56Aí, finalmente, caiu pra R$ 1,60.
18:00E aí, o câmbio se estabilizou.
18:01Então,
18:02esses picos de inflação
18:04e de especulação contra a moeda
18:06pra entender qual é o novo patamar
18:08é algo extremamente duro de ser feito,
18:13pode replicar na inflação,
18:15pode gerar impopularidade durante um tempo
18:17e pior,
18:17a Argentina precisa de reserva
18:20e a Argentina não tem muita reserva.
18:23Então, ela vai precisar
18:24dessa injeção de capital
18:26dos Estados Unidos,
18:28do FMI,
18:29pra garantir essa especulação.
18:31O que aconteceu essas semanas
18:32antes da eleição
18:33foi uma fortíssima especulação
18:37contra o peso.
18:38E foi isso que fez com que
18:39Javier Miley teve que ir correndo
18:41aos Estados Unidos
18:42pedir lá os 20 bilhões de dólares
18:44para o Donald Trump,
18:46porque o Banco Central argentino
18:49não aguentava essa corrida
18:50de especuladores contra a moeda.
18:53Então, quando libera o câmbio,
18:54acontece isso.
18:55Mas esse é o preço do ajuste
18:58para garantir o sucesso
19:00em tudo que Javier Miley já fez
19:03em redução de despesa pública,
19:05em retomada do déficit primário,
19:07em redução de pobreza,
19:08em combate à inflação.
19:09Eu quero te ouvir também,
19:11Beraldo, sobre isso,
19:12sobre a relação
19:13Argentina-Estados Unidos,
19:14Milley e Donald Trump,
19:15porque se de um lado
19:16a gente está aqui no Brasil,
19:17na expectativa da solução
19:19da crise entre Lula e Trump,
19:21aqui no país vizinho,
19:23talvez essa boa relação
19:25tenha até ajudado,
19:26como trouxe aí o exemplo
19:27o Dávila,
19:28tenha ajudado a situação
19:29de Javier Milley.
19:32É, mas não é um cheque
19:33em branco também, não.
19:34É uma situação em que
19:35a relação, ela ajuda,
19:38mas ela não resolve
19:40tudo por si só.
19:41Os Estados Unidos,
19:43hoje, estão ali lutando
19:45para resolver o seu déficit interno,
19:47para reduzir seus gastos
19:49com a guerra de terceiros
19:51e na Argentina
19:53precisa haver uma troca
19:55que seja de interesse
19:56dos Estados Unidos.
19:57Caso contrário,
19:59só a amizade não vai resolver
20:00esse problema.
20:01Então, Javier Milley
20:03vai levando para a mesa
20:05de negociação
20:06circunstâncias
20:08que os Estados Unidos
20:09possam perceber
20:10valor além
20:12simplesmente do dinheiro.
20:15E eu acredito
20:16que exista, sim,
20:17um grande espaço
20:18para que isso seja feito,
20:19especialmente porque
20:21a posição do Brasil
20:23de se alinhar
20:24cada vez mais
20:25com a China
20:26faz com que
20:27os Estados Unidos
20:28precisem de parceiros
20:29estratégicos
20:30na América do Sul
20:31e a Argentina
20:32é, sem dúvida alguma,
20:34um parceiro
20:35muito importante
20:36dentro desse contexto,
20:37desse cenário internacional.
20:39E o Javier Milley
20:41também vai precisar
20:43não apenas de dinheiro,
20:45mas ele vai precisar
20:46de força
20:48para conseguir desenvolver
20:50projetos que
20:51capacitem a população argentina,
20:54mas que gerem empregos
20:56de alto valor agregado
20:58na sua cadeia produtiva.
21:00houve o anúncio
21:01recentemente
21:02de que a Argentina
21:03vai desenvolver
21:04um grande parque
21:05de data center.
21:07Obviamente,
21:08o data center
21:09é uma atividade
21:10cada vez mais necessária,
21:11especialmente porque
21:12a inteligência artificial
21:14exige
21:15muita capacidade
21:16de data center,
21:18de processamento
21:18de energia,
21:19o custo,
21:19o consumo de energia
21:20é brutal,
21:22então precisa
21:22de uma infraestrutura estável,
21:24mas com custo
21:25de energia baixo.
21:26E a Argentina
21:27está disposta
21:28a fazer isso,
21:29a ser esse ambiente
21:31em que os data centers
21:33podem se instalar.
21:34E por que isso é importante?
21:37Porque coloca a Argentina
21:39num ambiente
21:40em que passa a haver
21:42demanda de mão de obra,
21:43especialmente dos mais jovens,
21:45que podem se preparar
21:47para atender
21:48as demandas
21:49dessas empresas
21:49que estão atuando
21:51mundo afora,
21:52ainda mais hoje,
21:53você tem muito trabalho remoto,
21:54não necessariamente
21:54o empregador
21:55precisa estar instalado
21:57localmente na Argentina,
21:59mas é um passo
22:00importante para a Argentina.
22:01Então, como essa iniciativa,
22:02existem outras
22:03que Javier Milley
22:04terá que equacionar
22:06junto aos Estados Unidos
22:06para ele poder aproveitar
22:08de forma efetiva
22:09dessa boa relação.
22:11Falando em relação
22:12de Javier Milley
22:13com os Estados Unidos,
22:14a gente precisa pensar
22:15também na relação
22:16do Javier Milley
22:16com os seus vizinhos aqui,
22:18com o próprio presidente
22:19da República
22:20aqui no Brasil,
22:21com o presidente Lula.
22:22a gente se lembra
22:23que tanto o Lula
22:24foi à Argentina
22:25sem se encontrar
22:26com o Milley
22:27e, inclusive,
22:29fazendo ali uma campanha
22:30por Cristina Livre,
22:32né,
22:33ou Mota,
22:33quanto Javier Milley
22:34também veio ao Brasil,
22:36participou
22:36de um congresso
22:38de conservadores
22:39sem se dirigir
22:41à Brasília
22:41para um encontro
22:42com o presidente
22:43da República também
22:43e só se encontraram
22:45em momentos específicos
22:46ali de reuniões
22:48de blocos também.
22:50Ou seja,
22:50essa relação
22:52Brasil e Argentina
22:53que é histórica também,
22:55como é que fica
22:56com o Javier Milley
22:57ganhando força
22:58a partir de agora
22:59com essa vitória
23:00no legislativo argentino?
23:04Eu acho que a ascensão
23:05de Javier Milley,
23:06a consolidação dele
23:08é uma excelente notícia
23:10para o povo brasileiro,
23:11para a nação brasileira.
23:13Eu testemunhei
23:14a vinda de Javier Milley
23:16aqui para o Congresso
23:17conservador da CEPAC.
23:19Eu não me lembro
23:20exatamente qual foi o ano.
23:22Pode ter sido
23:232019, 2020, enfim.
23:25Ele não era presidente ainda.
23:28Ele veio como convidado
23:29de Eduardo Bolsonaro,
23:31que era um dos responsáveis
23:32ou o responsável
23:33pela organização
23:34do CEPAC.
23:35Eu não sabia
23:36quem Javier Milley era.
23:38Eu vi um argentino
23:39baixinho,
23:40muito cabeludo,
23:42descabelado
23:43e com ideias
23:44absolutamente
23:45originais
23:46para a política
23:47latino-americana.
23:48Essa é a grande
23:50importância
23:51de Javier Milley.
23:53Ele traz
23:54ideias
23:55que são
23:55ainda
23:56rejeitadas
23:57por 95%
23:59dos políticos
24:00latino-americanos
24:01que preferem
24:01o modelo
24:02odorico
24:02para Aguaçu.
24:04Aquele discurso
24:05que promete
24:06tudo
24:06e quando chega
24:07no poder
24:08faz exatamente
24:09o que os seus
24:10antecedores
24:11sempre fizeram.
24:13a consolidação
24:15do governo
24:17de Javier Milley
24:18tem a possibilidade
24:20de ser um foco
24:21de dispersão
24:22dessas ideias
24:24por toda
24:25a América do Sul
24:26e América Latina.
24:28Especialmente
24:29neste momento
24:30em que o governo
24:32de Donald Trump
24:32resolveu
24:33encarar
24:34a maior
24:35ameaça
24:36à democracia
24:37e à liberdade
24:38na América Latina
24:40que é o tráfico
24:41de drogas.
24:41Dávila
24:42e você
24:43como é que vê
24:44a necessidade
24:44de uma reaproximação
24:46um afinamento
24:48das relações
24:48diplomáticas
24:50entre o Brasil
24:50e os irmãos
24:52argentinos
24:53aqui
24:54sem que
24:55a ideologia
24:56dos presidentes
24:57entre em jogo
24:58para atrapalhar
24:59a relação.
25:00Como que você
25:00avalia aí
25:01a relação Brasil
25:02e Argentina
25:02com Lula e Milley?
25:05Bom, primeiro
25:05a Argentina
25:06é um dos principais
25:08parceiros comerciais
25:09e é o principal
25:10parceiro comercial
25:10na América do Sul
25:12então essa é uma relação
25:13já de muito tempo
25:14e segundo
25:15a única coisa
25:17que realmente
25:17importa hoje
25:18para Javier Milley
25:19e o Brasil
25:20é o acordo
25:21com o Mercosul
25:22e comunidade europeia
25:23é isso que importa
25:24é ter acesso
25:25a um mercado
25:26de quatrocentos e quarenta
25:27milhões de consumidores
25:28para exportarmos
25:30os nossos produtos
25:31para a Europa
25:32é isso que importa
25:33então por isso
25:34o esforço hoje
25:35apesar das divergências
25:37ideológicas
25:38temos um objetivo comum
25:40fazer com que este acordo
25:42seja ratificado
25:43o mais rápido possível
25:44aliás já foi aprovado
25:45pelo parlamento europeu
25:46agora tem que ser aprovado
25:47individualmente
25:48pelos parlamentos
25:49nacionais
25:50dos 27 membros
25:52mas esta aprovação
25:54ela é fundamental
25:56para dar um dinamismo
25:58ao comércio
25:59Mercosul
26:00comunidade europeia
26:01e esta sim
26:02é uma oportunidade
26:03que une
26:04o libertário argentino
26:06com o esquerdista brasileiro
26:08tem como
26:09a relação
26:10se aprimorar ainda mais
26:12o Cristiano Beraldo
26:13mesmo com os presidentes
26:14de ideologias diferentes
26:16bom vamos lá
26:19é preciso
26:20pragmatismo
26:21nas relações
26:22entre países
26:22porque o presidente
26:23ele passa
26:24pela presidência
26:25da república
26:26pelo menos
26:26nos países democráticos
26:27e ele tem ali
26:29o período
26:30do seu mandato
26:31para fazer
26:32contribuições
26:33que sejam sentidas
26:35no país
26:35ao longo do tempo
26:37infelizmente
26:38o que a gente vê
26:39de forma bastante
26:40repetida no Brasil
26:41é que as gestões
26:43da presidência
26:44da república
26:45elas tratam
26:46primeiro
26:47de garantir
26:48a reeleição
26:50e no segundo
26:52mandato
26:52de garantir
26:53a vitória
26:54contra o opositor
26:56garantir
26:57fazer o sucessor
26:58e você perde
27:00o foco
27:01naquela
27:02relação
27:03institucional
27:04que você precisa
27:05ter
27:05com outros
27:06países
27:07visando o melhor
27:08interesse
27:09de longo prazo
27:10do país
27:10que você comanda
27:11então
27:12o Brasil
27:13não tem hoje
27:13essa preocupação
27:15o Brasil
27:16se coloca
27:17nas relações
27:18internacionais
27:19não apenas
27:20com a Argentina
27:20de uma forma
27:22absolutamente
27:22ideológica
27:24não é à toa
27:25que nós temos
27:26o presidente
27:27do Brasil
27:28saindo
27:29do mundo
27:29afora
27:30para defender
27:31alguém
27:32que é
27:32internacionalmente
27:34procurado
27:34por tráfico
27:35de drogas
27:36que é
27:37o Nicolás Maduro
27:38então
27:39o Brasil
27:39não está
27:40preocupado
27:40com a sua
27:41imagem
27:41o Brasil
27:42não está
27:42preocupado
27:43com o futuro
27:44o Brasil
27:44tem na sua
27:45liderança
27:46hoje
27:47alguém
27:47preocupado
27:48com
27:482026
27:49então
27:50há um
27:51descompasso
27:52nos interesses
27:54da Argentina
27:55com o Brasil
27:56porque
27:56Javier Milley
27:57apesar
27:58da sua
27:59forma
27:59de agir
28:00apesar
28:00da sua
28:01firmeza
28:02com quem
28:02ele defende
28:03os seus valores
28:07de direita
28:07que estão
28:08próximos
28:09de Donald Trump
28:10por exemplo
28:11e tal
28:11mas ele está ali
28:12fazendo um trabalho
28:13que será sentido
28:14pela Argentina
28:15ao longo
28:16de muito tempo
28:17e aí
28:18dentro desse cenário
28:20eu não tenho a menor dúvida
28:22de que ele não teria
28:23problema algum
28:24em estabelecer
28:25uma
28:26ali um
28:28programa de trabalho
28:29com o presidente
28:30brasileiro
28:31mas não há interesse
28:32do Brasil
28:33hoje
28:33em fazer isso
28:34o Brasil
28:35a relação
28:36Brasil-Argentina
28:37ela acontece
28:38pela inércia
28:39ela acontece
28:40porque ela é forte
28:41ela acontece
28:41porque existem
28:42setores da economia
28:44dos dois países
28:44que precisam
28:46continuar fazendo negócio
28:47e os negócios
28:48acontecem
28:49mas não há
28:50um pensamento
28:51estratégico
28:52dos dois lados
28:53para que essa relação
28:55se fortaleça
28:55e aí
29:02o
29:03o
29:04o
29:04o
29:05o
29:07o
29:08a
29:08a
29:09o
29:09o
29:09o
29:10o
29:10o
29:10o
29:12o
29:12o
29:12o
29:13o
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