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O governo federal assinou uma portaria que cria uma nova faixa etária de classificação indicativa para seis anos, com o objetivo de ampliar ações contra a violência infantil. A advogada especialista em direito civil Bruna Kusumoto analisou o assunto.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/ypws8CCmaWg

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Transcrição
00:00Mas virando um pouco a página, a gente vai falar agora do governo federal que assinou uma portaria
00:04que cria uma nova faixa etária de classificação indicativa para seis anos
00:10com o objetivo de ampliar ações contra a violência infantil.
00:14Sobre esse assunto, a gente conversa agora ao vivo com a Bruna Kusumoto,
00:18que é advogada especialista em direito civil.
00:21Boa tarde, seja bem-vinda, Bruna. Obrigada pela sua participação.
00:26Ótima tarde, obrigada pelo convite.
00:28Eu começo já perguntando, a gente falou há pouco tempo atrás de adultização,
00:32justamente sobre esses assuntos que permearam o noticiário nos últimos tempos.
00:37Então, uma medida como essa, ela é mais um avanço nesse sentido?
00:40São importantes novas regras, Bruna, nessa esfera que a gente está falando?
00:48Com certeza, é uma ótima atitude do governo, porque as nossas leis não acompanham
00:55o desenvolvimento da sociedade na velocidade que a gente desenvolve.
00:59E o nosso ECA, por muito tempo, ficou ali parado no tempo.
01:03Tinha uma classificação que era determinada para filmes, para videogames,
01:07mas nada se falava em aplicativos.
01:09E pós-pandemia, principalmente, surgiu mais e mais aplicativos,
01:13seja de consumo, seja de jogos, seja até de aplicativos educativos,
01:18porque as escolas passaram a utilizar aplicativos também.
01:22E muitas vezes, em todas as vezes, os aplicativos não tinham indicado qual era a idade ideal para o usuário.
01:31O que fazia o quê?
01:32Colocava em risco muitas crianças.
01:35Muitas crianças estavam assistindo conteúdos que não eram adequados para a idade delas,
01:40se fosse, por exemplo, um vídeo ou um filme num cinema.
01:43Brincavam de jogos que estimulavam algum tipo de violência,
01:47mas como não era uma regra, ali ficava e ali brincava.
01:51Então, isso foi, sim, uma forma que o governo veio atuar
01:55para tentar diminuir o impacto do desenvolvimento das crianças
02:00com a tecnologia, com a inteligência artificial,
02:05bem como diminuir qualquer tipo de contato,
02:08que seja com imagens, sons, desenvolvimento, contato que você tenha com aplicativos
02:14ou videogames, vídeos, para não ter riscos para essas crianças,
02:19seja com contato com adultos, seja com contato com o próprio conteúdo
02:22que é desenvolvido naquele aplicativo.
02:25Bruna, e como a gente pode se certificar de que regras como essas sejam seguidas?
02:31Esse passo é um passo complicado, né?
02:33Como comunicar isso de forma efetiva?
02:38Com comunicação, isso acabou de ser aprovado, né?
02:41Então, ainda vai ter que ter uma regularização,
02:43porque o grande problema agora é o que é ideal para uma criança de seis anos.
02:48Então, tem alguns pontos dentro do projeto, da portaria,
02:55que vão ter que ser regulamentadas.
02:57Para quem eu vou denunciar?
02:59Então, assim, em regra, se eu tenho um aplicativo
03:01que ele não está demonstrando algum risco para a criança,
03:05se a criança está tendo contato com algum adulto,
03:07eu posso denunciar para o Ministério Público,
03:10eu posso fazer uma denúncia para a delegacia.
03:13Isso pode ocorrer.
03:14Mas eu entendo que o próprio governo vai sim criar um canal de denúncia para isso.
03:20Ainda não houve o tempo hábil para ser realizado,
03:23mas isso vai ser a forma mais eficaz para qualquer tipo de denúncia.
03:28E, inclusive, vai poder ser realizado as denúncias,
03:32até mesmo na plataforma que é intermediadora,
03:35ou, por exemplo, em algum app que você faz o download,
03:39seja no iPhone, seja no Android.
03:41Ali mesmo, na hora que você indicar e você ver que o filho baixou,
03:45tendo que ele era menor ou maior daquela idade,
03:47não estava ali dentro do parâmetro legal previsto,
03:50você pode denunciar na própria plataforma.
03:52Mas ainda a gente corre, ainda tem que esperar esse tempo de regularização
03:57ainda dessa portaria.
03:58Interessante a gente dizer que a gente tem hoje classificação
04:01ou livre, ou 10, ou 12, ou 14, 16 e 18 anos.
04:06Então tem uma faixa grande entre o livre e o 10 anos
04:09que agora entra no meio, então, essa novidade com 6 anos.
04:13Aí para a gente continuar esse papo,
04:15Bruna, que é advogada especialista em Direito Civil,
04:18conversa com a gente sobre o assunto,
04:19eu chamo o nosso comentarista Rodolfo Maris também
04:21para te fazer uma pergunta. Rodolfo.
04:23Boa tarde, doutora Bruna.
04:26Olha só, essa classificação indicativa,
04:28para mim, vai ser um sucesso,
04:29porque ela coloca ali um cone na primeira infância.
04:32Nós sabemos que de 0 a 6 anos é tido como a primeira infância.
04:36E a minha pergunta é sobre os aplicativos,
04:38que a senhora acabou de mencionar.
04:40Porque alguns aplicativos, que eram considerados livres até agora,
04:43será que vai entrar nessa norma?
04:45Porque esses aplicativos para a primeira infância,
04:47para crianças de 3 anos, 4 anos, que tem muito tempo de tela
04:50e fica naqueles joguinhos,
04:53acabam comprando de alguma forma,
04:55ou então ali fazendo com que os seus pais comprem
04:57dentro desses aplicativos,
04:59colocado para crianças até 6 anos,
05:02ou até 7 anos, livre, né?
05:03Como a senhora mesmo colocou aqui,
05:05e a Beatriz também.
05:06Como que fica a regulamentação disso agora?
05:09Porque nós sabemos que o tempo de tela
05:11é muito, mas é muito,
05:13problemático aqui no Brasil.
05:16E essas crianças agora até 6 anos,
05:18tem os seus joguinhos ali,
05:19e nesses joguinhos tem ali a questão de comprar itens.
05:23Como é que funciona isso agora?
05:25A ideia da lei, no projeto,
05:28traz a ideia de que
05:29os pais, quando a criança
05:31aderir ao aplicativo,
05:33terá uma idade ali,
05:35onde já vai estar mencionando
05:37o que essa criança vai ter acesso.
05:39Então, ela vai ter acesso a um jogo
05:40que tem possibilidade de compra,
05:43e nessa idade,
05:44o pai vai ter que olhar e falar,
05:46opa, esses tipos de compra,
05:48eu não posso autorizar o meu filho.
05:51É como se fosse algo
05:52que é controlado pelo pai,
05:53e você fica observando a distância,
05:55o que você consegue ver?
05:57Qual que é o grande problema?
05:59A ideia é maravilhosa, tá?
06:01Se nós colocarmos tudo isso em prática,
06:04e regularizar isso,
06:07ok.
06:07O problema é que a gente trouxe uma ideia,
06:09que é uma algo viável,
06:11acho que os aplicativos
06:12devem ter sim um indicativo de idade,
06:15inclusive informar
06:16o que o aplicativo oferece,
06:18como oferecemos compras,
06:20produtos para compra,
06:21oferecemos propagandas
06:23para incentivar compras de produtos
06:24que são fora da plataforma,
06:27mas tudo isso
06:28não está dentro de uma lei ainda
06:30ou regulamentado.
06:31Então, vai ser criado isso ainda.
06:33Então, a ideia é que vocês vão ter
06:36aplicativos, vídeos,
06:38aplicativos de vídeos,
06:40jogos, tudo,
06:42vocês vão ter que se adequar
06:43colocando uma idade.
06:44Porém, ainda não tem determinado
06:46o que é a idade correta,
06:48qual é o aplicativo
06:49que é a idade para seis anos,
06:51então isso vai ser algo
06:51que vai ser discutido.
06:53Não está ainda,
06:54não foi discutido
06:54qual é o tempo de tela necessário
06:56e adequado para uma criança
06:58de seis anos.
06:59E se a responsabilidade
07:00vai ser do aplicativo,
07:01eu fiquei mais de quatro horas
07:03no Matelo,
07:03o aplicativo vai lá,
07:04avisa,
07:04se está mais de quatro horas
07:05você será desligado.
07:07Ainda não tem
07:07essas regulamentações.
07:09Isso vai ser algo
07:09que a gente vai ter que esperar.
07:11Vou passar para a última
07:12pergunta do Rodolfo.
07:13Rodolfo, de novo, por favor.
07:15Claro, ainda pegando carona
07:16nas primeiras declarações
07:17da doutora
07:18que disse sobre as escolas,
07:20como as escolas vão ter
07:21que formular agora
07:22e se adequar
07:24dentro dessa portaria,
07:25porque muitas escolas
07:26hoje usam tecnologia
07:27e aplicativos
07:28para lecionar
07:29ou para ali interagir
07:30com seus alunos.
07:31Essa portaria vai ter
07:32que se adequar também
07:34às questões da educação?
07:36Tudo, absolutamente tudo,
07:38porque muitas vezes,
07:39vamos dar um exemplo aqui,
07:41educação sexual.
07:42Para uma criança de seis anos
07:43não é algo plausível.
07:45Uma criança de 15 anos
07:46pode ser que seja.
07:48Nem toda escola oferece isso,
07:49mas pode ser que alguma escola
07:50ofereça.
07:52Então, todo tipo de aplicativo,
07:54não importa que o intuito
07:55é educacional,
07:56se é para uma escola,
07:57se é para uma escola de inglês,
07:59uma escola de música,
08:00tudo vai ter que ter
08:01a faixa etária
08:03para tentar diminuir
08:05qualquer tipo de risco
08:06de conteúdos inadequados
08:08para crianças
08:08e para adolescentes
08:10por óbvio também,
08:11pois assim é uma forma
08:13da gente diminuir
08:14o impacto desses contatos
08:15também e contatos
08:17tanto de conteúdo
08:18quanto de pessoas
08:19com crianças
08:19e é dessa forma
08:21a gente conseguir proteger
08:22os nossos filhos.
08:23E Bruna,
08:24para a gente fechar,
08:25recentemente,
08:25no meio de toda essa discussão,
08:27inclusive da adultização,
08:28foi aprovado o ECA Digital.
08:30O ECA Digital,
08:31ele já auxilia,
08:32então,
08:33nessa regulamentação
08:34que começa a ser feita agora?
08:36Sim,
08:37auxilia bastante
08:38porque foi um marco histórico
08:39para a gente,
08:40porque o ECA era ótimo
08:41para tudo que estava
08:43no físico,
08:44que era bem antigo.
08:46Então,
08:46foi um movimento,
08:48sim,
08:48muito rápido,
08:48inclusive,
08:49do nosso Congresso
08:50e veio,
08:52sim,
08:53complementar,
08:54trazer uma força
08:55de que,
08:55olha,
08:55o mundo digital
08:56se aplica
08:57à proteção
08:58às crianças
08:58e ao adolescente.
08:59Então,
08:59nós não podemos
09:00mais deixar
09:02que,
09:02porque no mundo digital
09:03não tinha previsão legal,
09:04então,
09:04podia acontecer tudo.
09:06Podia ter contato
09:06entre adulto e criança,
09:08podia ter trocas
09:10de fotos
09:11e que ali
09:12não tinha lei.
09:12Não,
09:13agora tem mais do que lei.
09:14Já tinha o Código Penal,
09:15mas agora o ECA
09:16vem especificamente
09:17para ter mais ênfase
09:19e mais peso
09:20para informar
09:21que, olha,
09:22as crianças devem
09:23e estão sendo protegidas.
09:25Bom,
09:25nós conversamos
09:26nessa primeira edição
09:27do Fast News
09:28com a Bruna Kuzumoto,
09:29que é advogada especialista
09:31em direito civil.
09:32Bruna,
09:32muito obrigada,
09:33viu,
09:33pela sua participação.
09:36Eu que agradeço.
09:37Até mais.
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