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No quadro Protagonistas, conheça a história de Nelcina Tropardi, vice-presidente do Carrefour Brasil e presidente da ABA. Ela fala sobre propósito, diversidade, liderança feminina e os desafios de transformar marcas em agentes de impacto positivo na sociedade.

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Transcrição
00:00Hora do quadro Protagonistas, que traz histórias inspiradoras de mulheres que transformam as áreas em que atuam.
00:07Hoje a conversa é com uma líder que trabalha com foco na construção de marcas que geram impacto positivo
00:13para consumidores, funcionários e para a sociedade.
00:18Ela sempre ocupou posições de relevância em grandes empresas nacionais e multinacionais.
00:23A gente vai falar sobre liderança, sobre propósito, diversidade e o futuro da comunicação corporativa.
00:36A protagonista de hoje é Neucina Tropardi, vice-presidente do Carrefour Brasil e presidente da Associação Brasileira de Anunciantes.
00:46Ela é uma líder que ocupa posições de grande impacto no mundo dos negócios e da comunicação.
00:52Ao longo de sua carreira, Neucina tem sido uma voz ativa na transformação da comunicação,
00:59na defesa de práticas mais sustentáveis e inclusivas e também na construção de marcas que geram impacto positivo.
01:07Antes do Carrefour, ela passou pelas empresas Daza, Heineken e Diagio.
01:12Muito bom ter você aqui no quadro Protagonistas. Obrigada por ter aceitado o nosso convite.
01:17A minha primeira pergunta é a mesma para todas vocês.
01:20Quem é Neucina Tropardi? Como você se identificaria?
01:25Oi, Cris. Primeiro, eu queria agradecer o convite para estar aqui.
01:29É um prazer poder conversar com você.
01:32A Neucina veio do interior do estado de São Paulo.
01:35Eu nasci em Penápolis. É uma cidade que fica a 500 quilômetros de São Paulo.
01:39A Neucina tenta cultivar alegria todos os dias, a tratar os problemas, as questões da vida de forma positiva,
01:50porque, afinal de contas, positividade é tudo hoje em dia.
01:54Eu tenho uma filha, somente, tenho 19 anos.
01:58Eu gosto de causar um impacto positivo por onde eu passo, com as pessoas com quem eu interajo.
02:06Tem alguns valores para mim que são inegociáveis, por exemplo, respeito.
02:11Essa é a Neucina, de forma resumida.
02:15E estou muito feliz de estar aqui.
02:17E vai ser um prazer conversar com você hoje aqui.
02:20Que bom, eu que agradeço muito.
02:21Você passou por empresas e instituições muito grandes, muito importantes.
02:27Em que momento da sua carreira você percebeu que você poderia liderar e causar impacto nessas marcas?
02:34Eu acho que eu sempre tive um pouco dessa consciência.
02:39Porque não importa a posição que a gente ocupa.
02:41A gente sempre pode impactar positivamente o nosso trabalho, o nosso entorno, o que a gente faz.
02:47Então, desde o começo da minha carreira, eu sempre tive uma atuação positiva e sempre tive a intenção de causar um impacto positivo.
02:58Com o tempo, à medida que eu fui crescendo nas organizações, esse impacto foi ficando um pouco maior.
03:04E isso eu trago comigo.
03:05Isso é quase que um propósito para mim em toda posição que eu ocupo.
03:10O que mais moldou o seu estilo de liderança foram os momentos de sucesso ou os cases de crise?
03:20Como toda mulher, as mulheres em posição de liderança, a gente sempre tenta aprender com as crises, com os erros, com as coisas que não deram certo.
03:32Você acha que isso é algo tipicamente feminino?
03:34Os homens não?
03:35Eu acho que isso é muito mais feminino.
03:37Eu posso estar errada, posso estar equivocada.
03:38Eu concordo com você.
03:39Mas acho que as mulheres têm uma tendência a olharem o que não funcionou, né?
03:43E, às vezes, a gente olha muito pouco o que funcionou e celebra muito pouco.
03:47Então, isso é uma coisa que eu sempre tento lembrar, celebrar aquilo que deu certo.
03:51Então, eu sempre tentei aprender com o que deu errado, com os momentos de crise.
03:55E cada momento de crise, ele traz ensinamentos positivos.
04:01E eu sempre fui tentando capturar esses ensinamentos ao longo da minha vida.
04:05É um pouco assim que eu me conduzo.
04:07Quando você olha para trás, quais foram os momentos mais desafiadores da sua carreira?
04:13E quais foram os momentos que mais te orgulham?
04:16Se quiser citar um de cada.
04:17Os mais desafiadores sempre aconteceram quando eu assumi uma nova posição.
04:25Então, por exemplo, recentemente agora, quando eu fui para o Grupo Carrefour Brasil,
04:29tem sido um momento desafiador porque é uma posição nova, uma empresa diferente.
04:33Então, tem muita coisa para conhecer, tem muita pessoa para conhecer a empresa, a cultura de empresa.
04:38Então, esses são os momentos sempre muito desafiadores.
04:41Mas eu acho que o grande momento desafiador na minha vida foi quando eu me tornei mãe.
04:47Porque eu tive que começar a conciliar a vida profissional com a maternidade.
04:53E no começo, quando a gente é mãe pela primeira vez e quando o seu filho é pequeno,
05:00você ainda não sabe como fazer essa conciliação.
05:04Então, esse foi um momento bastante desafiador na minha vida, mas as coisas correram super bem.
05:10E eu fui aprendendo e todo mundo aprende e tem que seguir, né?
05:16Quais são as principais barreiras, na sua opinião, que ainda precisam ser derrubadas
05:20para que mais mulheres alcancem posições de liderança?
05:25Evidentemente que a gente avançou muito nesses últimos anos, mas ainda há um caminho pela frente.
05:30Eu tenho certeza absoluta que nas décadas de carreira que você tem,
05:35muitas vezes você entrou numa sala em que você era a única mulher.
05:39Ah, isso acontece até hoje.
05:40É.
05:41Infelizmente, porque nós estamos em 2025.
05:44Eu acho que tem...
05:44Não era mais para acontecer.
05:45Não, não era.
05:47Mas acontece muito ainda.
05:49Eu acho que existem alguns vieses inconscientes ou conscientes
05:53que acabam barrando, às vezes, a carreira das mulheres.
05:57Já me peguei em situações em que a gente estava discutindo promoções e movimentação de pessoas
06:06e você pega as pessoas naturalmente falando
06:08Ah, mas será que a fulana vai querer essa nova posição agora, que ela acabou de ser mãe?
06:14Não sei.
06:15Pergunta para ela.
06:16Então, a gente tem muito esse viés de achar que a maternidade, que a mulher não vai querer assumir uma posição diferente
06:25porque ela acabou de ser mãe.
06:27São todas pressuposições que nós fazemos e a gente precisa parar de fazer pressuposição
06:31e perguntar mais para essas mulheres o que elas querem e o que elas deixam de querer.
06:36E outra coisa, eu acho que as próprias mulheres, a gente sempre acha que não está preparada para o próximo passo.
06:44A gente tem muito síndrome de impostora?
06:46Eu acho que tem ainda.
06:47Eu acho que tem ainda.
06:48A gente ouve muito mais falar de síndrome de impostora do que de impostor.
06:52Exato.
06:52Exatamente.
06:53Eu acho que os homens, eles têm a mais absoluta certeza
06:56quando eles conquistam uma posição nova, uma promoção de que eles vão dar conta.
07:01Nós temos essas dúvidas.
07:02Então, eu acho que a gente precisa trabalhar isso em nós mesmas
07:06e acho que as empresas, de modo geral, precisam trabalhar esses vieses inconscientes,
07:11essas pressuposições que se fazem a respeito das mulheres.
07:14E como é que as empresas podem trabalhar isso?
07:17Eu acho que não tem outra forma, não sei, discutir.
07:20Mas discutir com muita transparência e colocar isso mesmo nessas discussões de liderança.
07:27Outra coisa que eu sempre digo também, vamos acolher os diversos tipos de liderança.
07:34Em geral, no mundo corporativo, se valoriza muito aquela liderança extrovertida, falante.
07:41Mas o introvertido também pode ser uma liderança muito importante para uma companhia.
07:45Então, a gente precisa, de um modo geral, lidar com esses preconceitos,
07:51colocar tudo e ampliar o rol de diversidade nas posições de liderança.
07:57E aí entra, obviamente, a questão das mulheres.
07:59É importante que haja essa diferença de liderança até?
08:04Eu acho fundamental.
08:06É muito importante você ter pensamentos diferentes.
08:09A mulher pensa diferente do homem.
08:11A mulher é mais detalhista.
08:13O homem tem uma visão mais genérica.
08:15Isso acho que até é biológico.
08:18Então, quando a gente tem uma diversidade de pensamentos, de modos de encarar a vida,
08:23nós estamos no Brasil.
08:24O Brasil é um país que tem uma diversidade incrível.
08:27As empresas produzem para os consumidores que estão no Brasil.
08:32Então, quanto mais diversidade você tiver no grupo de pessoas que está tomando decisões do que vai ser colocado no mercado,
08:39do que vai ser divulgado, mais você vai alcançar a gama variada de consumidores que existem no Brasil.
08:47Você sabe que eu sempre falo isso.
08:49As pessoas, ah, que ótimo trabalhar com fulano ou com fulana.
08:52Eu olho para a cara dela, ela sabe o que eu estou pensando.
08:55Gente, eu acho isso péssimo.
08:56Porque para ela pensar o que eu penso, penso eu.
08:59Exato.
08:59Então, é bom que a pessoa não tem a menor ideia do que você está pensando
09:02e que, de fato, ela acrescente algo para você.
09:06E você tem que estar preparado e aberto para aceitar um ponto de vista diferente.
09:10Porque esse também é o risco que acontece quando as pessoas vão galgando posições cada vez mais sêniors
09:16de, eventualmente, achar que a sua opinião é a mais correta, é a única.
09:24Eu estimulo sempre as pessoas que trabalham comigo, junto comigo, né?
09:28E coloquem as suas opiniões.
09:31Eu não sou dona da verdade, nunca fui e não serei.
09:34Então, eu quero ouvir mesmo opiniões divergentes,
09:36porque com opiniões divergentes diferentes da minha, a gente constrói algo melhor.
09:40Concordo com você.
09:41Qual conselho você daria para mulheres que têm medo de ser protagonistas,
09:47que não se jogam?
09:48Tem essa questão do viés inconsciente, que entendi e também concordo.
09:53Mas, muitas vezes, tem o próprio medo da mulher.
09:56A mulher vai tentar se candidatar a uma vaga, ela acha que ela é menos do que aquela vaga.
10:03Tem até estudo que fala sobre isso, né?
10:05Os homens completam 60% do que é pedido, né?
10:10Do que é exigido para se candidatar àquela vaga, eles já estão lá se candidatando.
10:14A mulher, se não ticar 100%, não, não vou nem tentar.
10:18O que que falta?
10:19Falta mais confiança.
10:22A gente precisa confiar mais no que a gente carrega, no que a gente foi acumulando ao longo da vida.
10:27Mesmo que você está começando a sua carreira agora, você tem uma experiência de vida, de faculdade, de estágio, de outro trabalho.
10:34A gente precisa confiar mais no que a gente carrega.
10:36Claro que sempre consciente dos nossos pontos que precisam ser desenvolvidos.
10:42Todo mundo tem pontos para se desenvolver e vai ter a vida inteira.
10:47Mas eu acho que a gente precisa confiar mais na nossa capacidade, confiar mais no nosso instinto, confiar mais na nossa intuição.
10:55Mulher é muito intuitiva.
10:57Mulher é muito intuitiva e é importante.
10:59Várias situações na minha vida profissional que a minha intuição me ajudou a tomar o caminho mais correto.
11:08Seja para aceitar uma proposta de trabalho novo, seja para resolver algum tema dentro da corporação.
11:14Então, vamos confiar mais na nossa intuição, vamos confiar mais no que a gente carrega, na nossa capacidade.
11:20E eu acho que quanto mais redes de apoio existirem entre nós, melhor.
11:27Você sente que essas redes de apoio estão crescendo?
11:31Elas estão crescendo.
11:32Cada vez mais a gente vê uma aqui, outra ali.
11:36E eu acho importante para essa troca de experiência e para aumentar esse senso de pertencimento.
11:43Às vezes eu me pego pensando que como o mundo corporativo foi todo desenhado para o homem,
11:50a gente sabe, né?
11:51Sim.
11:52Então, é que às vezes as mulheres sentem que não pertencem.
11:56Então, quando você tem mais redes de apoio, eu sinto que aumenta o senso de pertencimento.
12:02Quais são as habilidades, na sua opinião, que vão ser decisivas para essa próxima geração de mulheres?
12:10Essa geração que está entrando no mercado de trabalho e que olha para você e que, de fato,
12:16almeja estar num cargo como o seu daqui a alguns anos ou algumas décadas?
12:22Olha, eu acho que, eu acho na minha opinião, algumas habilidades, né?
12:27Eu acho que na parte de habilidades técnicas tem que conhecer um pouco de inteligência artificial,
12:34porque inteligência artificial chega e vai mudar muita coisa.
12:38Mas no ponto de vista das competências pessoais, eu acredito que muita resiliência,
12:42muita flexibilidade e muita curiosidade.
12:47Curiosidade para entender o que está acontecendo, curiosidade para buscar novos conhecimentos.
12:53Eu sou advogada de formação, mas eu sempre procuro ler sobre o que está acontecendo de um modo geral.
13:00Então, acho que a gente tem que ter muita curiosidade e muita resiliência,
13:03porque o mundo anda muito volátil, as coisas estão mudando muito rapidamente.
13:10Um plano de negócios que se fecha hoje, no final do ano, no começo do ano, no final deste ano para o ano que vem,
13:18talvez em dois meses ele já está desatualizado.
13:20E eu te dou um exemplo, na pandemia, todo mundo tinha fechado seus planejamentos estratégicos em setembro ou outubro de 2019.
13:27Em março de 2020, todos eles estavam absolutamente impróprios para o que estava acontecendo no mundo.
13:34Então, isso vai acontecer cada vez mais, seja por uma questão de saúde, seja por uma questão financeira,
13:39seja por tudo o que está acontecendo.
13:42Então, essa flexibilidade, essa calma, essa resiliência vão ser fundamentais.
13:48Como é que a presidência da Associação Brasileira de Anunciantes te ajuda a moldar o futuro da publicidade,
13:57a pensar na comunicação aqui no Brasil daqui para frente?
14:01A aba, ela se pauta muito pelo que a gente chama de protagonismo colaborativo.
14:06A gente entende que nós somos a única associação que representa os anunciantes do Brasil.
14:10E a gente sempre tenta promover discussões sobre o futuro do mercado publicitário,
14:16não somente entre nós, anunciantes, mas trazendo para a mesa de discussão as agências, os veículos, as plataformas,
14:23porque ia ser uma construção conjunta.
14:26Então, na aba, a gente já identifica, por exemplo, a gente identificava, antes da pandemia,
14:31uma tendência muito forte, que é um crescimento de investimentos, de publicitários,
14:37de comunicações relacionadas ao ISG, sustentabilidade.
14:42Isso se verificou, ainda se verifica, é uma tendência que seguirá por muito tempo.
14:47Agora, nós temos, atualmente, nós temos muitas discussões, muitos guias publicados,
14:52muitos seminários discutindo inteligência artificial,
14:55porque a inteligência artificial está disruptando o mercado publicitário.
15:00Então, nós procuramos ali antecipar o que está acontecendo,
15:05promover essa discussão e ajudar os nossos associados a enfrentarem melhor esses desafios.
15:10Você falou de sustentabilidade, então eu vou pegar o gancho, né?
15:13Sustentabilidade, diversidade, responsabilidade social,
15:18são temas cada vez mais exigidos das empresas.
15:22O que as marcas precisam entender, que ainda não entenderam desses assuntos?
15:28E queria saber também se você acha que houve um retrocesso,
15:33como muitas pessoas dizem, nessas questões.
15:38Eu vou começar pela segunda parte.
15:40Eu acredito que, sim, estamos vivendo um momento de retrocesso.
15:45Claro que não dá para generalizar, essa situação não é uma situação absolutamente igual
15:51nas diversas empresas, nas diversas organizações,
15:56mas eu percebo algum movimento de retrocesso.
16:00Não somente em relação aos investimentos de ISG,
16:03mas também a toda discussão de diversidade e inclusão.
16:05Então, sim, esse é o momento agora que nós temos que ter resiliência
16:10e muita calma e continuar com essas discussões.
16:15Dentro do Grupo Carrefour Brasil, eu tive a oportunidade de fazer essa pergunta
16:20para o CEO global do Carrefour há uma questão de um mês,
16:25e ele ressaltou o compromisso do grupo com a agenda de ISG,
16:29globalmente, para um fórum de líderes do mundo inteiro ali.
16:35Então, existem, sim, alguns focos de retrocesso,
16:38mas, felizmente, tem muita empresa que continua com essa agenda
16:43e acredita que essa agenda é muito forte e muito intensa.
16:48E como é que as agências, os anunciantes, podem ajudar nessas narrativas
16:54de inclusão, de representatividade?
16:58Fomentando essa discussão, nós temos isso dentro da aba,
17:01nós temos um guia pela representação da diversidade na publicidade,
17:05nós estimulamos isso.
17:06Agora, o importante é o seguinte,
17:09não adianta eu fazer uma comunicação publicitária
17:12sobre diversidade ou sobre ESG que não seja verdadeira.
17:19O que eu quero dizer com isso?
17:20Que ela não reflita como a empresa se pauta.
17:24ESG, diversidade, antes de chegar na comunicação publicitária,
17:28precisa começar dentro de casa.
17:30Então, é a forma como eu lido com os meus colaboradores,
17:34é o que eu tenho de práticas dentro da companhia.
17:37Então, só depois que isso estiver muito bem sedimentado dentro da organização,
17:40é isso que a gente defende dentro da aba,
17:43é que eu estou apta para começar a comunicar para fora.
17:45Porque o que eu vou comunicar tem que ser muito genuíno.
17:48Imagina hoje em dia que você, a coisa mais fácil que tem
17:53é você checar a veracidade dessas informações.
17:56Informação está disponível para quem quiser acessar.
18:00Então, é muito importante que essa comunicação seja genuína.
18:04De que forma a sua visão de liderança influencia as estratégias de marca
18:10e de relacionamento com os consumidores?
18:12Fazendo parte do comitê estratégico da companhia e dentro da aba também,
18:19porque a gente fomenta dentro da aba para os nossos associados.
18:24As empresas são representadas dentro da aba por CMOs, por vice-presidentes.
18:29Então, a liderança sênior está dentro da aba.
18:33Então, a gente acredita que o que a gente discute e fomenta dentro da associação
18:38chega dentro das empresas.
18:40Esse é um ponto positivo.
18:41E eu faço a mesma coisa nas minhas discussões de estratégia.
18:46Então, em geral, as empresas sempre fazem suas discussões,
18:51os seus planejamentos estratégicos para os anos seguintes.
18:54Eu sempre levo a minha pauta de SG, de sustentabilidade, de diversidade,
19:00para que ela seja incorporada à estratégia de negócios da companhia.
19:04O que que te inspira tanto a continuar aceitando esses desafios enormes,
19:10se você já conseguiu muita coisa?
19:13Eu amo o que eu faço.
19:14Eu amo trabalhar com pessoas.
19:17Eu amo poder desenvolver um projeto em que vá ter algum impacto positivo,
19:21positivo, seja para os colaboradores da empresa onde eu estou,
19:26seja no mercado onde eu estou atuando.
19:29Então, eu amo o que eu faço.
19:30Então, eu sou muito motivada por desafios.
19:34Então, é por isso.
19:35Eu gosto desse desafio, eu gosto de coisas novas,
19:38eu gosto dessa dinâmica.
19:43Então, é isso que me motiva.
19:44Tem alguma mulher que tenha te inspirado,
19:48alguma grande lição que você tenha aprendido como uma líder mulher?
19:52Ah, são várias, né?
19:54São várias líderes mulheres.
19:56Seria até injusto citar alguma especificamente,
19:58mas são várias executivas com que eu já cruzei na minha vida profissional
20:03e que eram exemplos, que foram exemplos e que são exemplos de mulheres fortes,
20:09de mulheres que sabem se posicionar, de mulheres que trazem sua marca,
20:16sua opinião.
20:18Então, agora eu estou no varejo, né?
20:21Tem uma líder do varejo que eu acho bastante inspiradora,
20:23que é a Luísa Trajano.
20:25Ela sempre coloca...
20:25Já sentou nessa cadeira.
20:28Maravilhosa.
20:29Que honra.
20:30O Caio Fur faz parte do IDV, o Instituto de Desenvolvimento do Varejo,
20:34e a Luísa é uma das fundadoras, né?
20:35Então, todas as reuniões que a gente tem ali para discutir o futuro do varejo,
20:39a Luísa se posiciona e eu acho que ela é uma líder admirável.
20:43Quais são os projetos que vocês têm dentro do Carrefour
20:46para essa questão de diversidade, inclusão, equidade?
20:50O que vocês fazem na prática?
20:52Nós temos metas, né?
20:53Então, no que diz respeito à liderança feminina,
20:56eu tenho uma meta de ter 50% de mulheres em posições de liderança
21:00e, no caso do varejo, essas posições de liderança são bastante, né?
21:05Porque você tem líderes...
21:06Qual é o principal que você tem hoje?
21:07Hoje eu tenho 32,6%.
21:10Levando em consideração todas as posições do grupo.
21:13Todas as posições.
21:14Todas as posições em lojas, em centros de distribuição.
21:18Então, hoje eu tenho 32,6% mulheres.
21:21A minha meta é ter 50%, né?
21:23Isso, 50%, isso, 50% até 2030.
21:27E de pessoas negras, pretos e pretas, eu tenho hoje 59,7% dos meus colaboradores
21:35se autodeclaram pretos e pretas.
21:38Eu tenho 50% de meta até 2030 e tenho hoje 35,1%.
21:44Você, peraí, vamos voltar.
21:46Você falou que eles, quantos porcentos se declaram?
21:4859,7%.
21:50E aí, a meta?
21:51A minha meta é ter 50%.
21:53Mas você já tem.
21:54Não, em posições de liderança.
21:55Ah, aí você está falando de liderança.
21:57Em posição de liderança.
21:58Hoje eu tenho 35,1%.
22:01Em liderança.
22:02Em liderança.
22:03E em relação a essa questão de equidade de gênero, você em liderança tem quantos?
22:08Hoje eu tenho 32,6%.
22:10Ah, isso é na liderança.
22:12Achei que fosse no grupo como um todo.
22:13Não, na liderança.
22:14Na liderança.
22:14E minha meta é 50% até 2030.
22:16Tem certeza que você vai chegar lá?
22:18Tenho certeza que todos nós vamos chegar lá, porque isso é uma construção conjunta, né?
22:22Sim.
22:23O grande desafio dessas pautas é a gente ter uma pauta que seja abraçada por todos os líderes da companhia.
22:31Então, esse é o trabalho.
22:32O trabalho é fazer com que estas pautas sejam abraçadas não somente por mim, mas por todos os meus colegas.
22:39E você sente que eles abraçam essas pautas?
22:41Abraçam, abraçam.
22:43É uma construção diária ali, mas existe esse desejo genuíno de abraçar.
22:48Inclusive os homens brancos.
22:50Inclusive os homens brancos.
22:51Porque a gente precisa do apoio deles.
22:53Com certeza.
22:54Eu acredito nisso.
22:56Não só acredito, como tenho certeza.
22:58A gente precisa do apoio deles.
22:59Com certeza.
23:00E pra gente encerrar, eu sempre também encerro com a mesma pergunta.
23:03O que significa pra você ser protagonista da sua própria vida?
23:07O que significa pra mim ser protagonista da minha própria vida é eu acordar todo dia
23:12de manhã.
23:14E você acorda cedo, que você me contou, às 5 da manhã.
23:17Com uma curiosidade, com uma alegria, com um sentimento positivo de que vai ser um dia
23:24bom, de que vamos construir, que eu vou conseguir construir coisas boas.
23:27Então, ser protagonista da minha vida é poder sentir isso diariamente e levar esse sentimento
23:35pras pessoas que estão ao meu redor.
23:38Me veio uma outra pergunta na cabeça.
23:40Na sua opinião, curiosidade é uma característica mais feminina do que masculina?
23:44Ou não?
23:45Sei.
23:46Sinceramente, eu não sei te responder.
23:47Eu acho que as mulheres são muito curiosas.
23:49Mas eu já conheci vários homens curiosos também.
23:52E eu acho curiosidade...
23:53É uma qualidade.
23:54É uma qualidade, uma qualidade que vai ser muito importante nesse século que a gente
23:57está começando agora.
23:59Concordo com você.
24:00Muito obrigada.
24:01Prazer te receber aqui.
24:03Muito bom mesmo.
24:05Obrigada.
24:05Eu que agradeço.
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