O convidado desta quarta (15) é um dos maiores alvos da política brasileira e só entrou em Pânico quando passou pelas portas do estúdio (ou quando aprendeu o que significa Só Vale a Verdade). Deltan Dallagnol está sempre pronto para destrinchar a guerra que se instalou entre os Poderes: o Poder Executivo, o Judiciário, o Legislativo e o Poder de Ficar Calado. O ex-procurador, que ainda está procurando pelo seu ponteiro telescópico de PowerPoint, explicou a lógica por trás dos "dois pesos e duas medidas" do STF, detalhando como as prisões de Daniel Silveira e as medidas cautelares de Bolsonaro estariam baseadas em puro "ilusionismo jurídico". Ele ainda repercutiu a Lei Magnitsky (que é mais difícil de entender do que de soletrar), vulgo, o novo pesadelo dos ministros. Magistrado sem visto.. finalmente a justiça está cega?!
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Categoria
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DiversãoTranscrição
00:00Você vê, você quebrou o palco, o Vila?
00:03Menino!
00:04Hã? Você quebrou o palco, o Vila?
00:06É o microfone, é o microfone.
00:07Era pra ser uma entrevista, né, Emílio?
00:10E virou um debate?
00:11É.
00:12Tem o trecho aí, Dedê?
00:13Põe lá, põe lá o trecho.
00:15Vou passar.
00:15Essa sempre foi a regra do Supremo Tribunal Federal.
00:18Inclusive, Bolsonaro não tinha foro privilegiado até o Supremo mudar a jurisprudência pra pegar o Bolsonaro agora.
00:23Mudou durante a investigação do caso do Bolsonaro.
00:24Não foi feito pra pegar o Bolsonaro.
00:26A gente vai imaginar que a jurisprudência do Supremo tinha como objetivo pegar o Bolsonaro.
00:29Durante o caso, houve tantas mudanças e disse que não cumpriria a ordem do Supremo Tribunal Federal.
00:36O que é isso? A não ser golpe de Estado. A não ser abolição, violência do Estado e malcaria de Direito.
00:40Eu vou te falar o que é golpe.
00:40Você concorda com isso?
00:41Eu vou te falar o que é golpe.
00:42O juiz é...
00:43Caso Cristiane Angélica.
00:44Cristiane Angélica estava no 8 de janeiro.
00:45Sim.
00:46E ela relatou que ela foi empurrada pra dentro pelas bombas de efeito moral entrando no Senado Federal.
00:50Eu não vi nenhuma velhinha de Bíblia.
00:51Calma, calma. Isso. Ela disse que ela estava com uma Bíblia e com uma bandeira do Brasil.
00:54Eu não vi Bíblia.
00:54Calma, calma. Esse caso foi julgado agora no último final de semana.
00:57Ela disse isso. Pode ser que ela esteja mentindo.
00:59Sim.
00:59Pode ser. Tinha uma foto dela fora. Ela entrou.
01:02Pra sorte dela, ela tirou foto com um policial legislativo.
01:05Esse policial legislativo, ele passou num concurso depois pra promotor de justiça,
01:08está em estágio probatório e foi aos autos e deu testemunho sob condição de dizer a verdade.
01:12Ele disse...
01:13Eu lembro dessa senhora, Cristiane Angélica.
01:15Sim.
01:15Ela estava com a Bíblia, com uma bandeira do Brasil e rezando dentro do Senado onde não houve depredação.
01:20Essa senhora foi condenada a 14 anos de prisão.
01:23Isso é golpe. Você concorda com isso? Você concorda com essa condenação?
01:26Tem algumas condenações que elas foram equivocadas e excessivas.
01:31Responde a algumas.
01:34Muito bem.
01:35Não, é muito longo. É muito longo.
01:37Mas foi bom esse treino.
01:38Tá no Panflix aí se você quiser.
01:40Se você quiser vir na íntegra.
01:43Você teve partes quentes também, né?
01:44Mas eu ganhei.
01:45Essa, essa, essa, você viu, você viu o negócio do, você viu o Van Ratter ontem na...
01:51Na tribuna.
01:52Na tribuna.
01:53Mostrando.
01:54O que que é que você tem, você pode explicar pra gente o que que é aquilo?
01:57Posso.
01:58De uma maneira assim?
01:59Sim.
01:59Sem o júri de queijo.
02:00De um modo simples.
02:01De um jeito simples.
02:01De um modo muito simples.
02:02Pra nós.
02:03Felipe Martins, ele está sendo processado nesse caso da trama golpista.
02:07E é uma pessoa que já sofreu uma série de injustiças.
02:10Ele foi preso com base num registro fraudulento de entrada nos Estados Unidos.
02:14De uma entrada nos Estados Unidos que nunca existiu.
02:16E agora, nessa semana, os Estados Unidos vieram com um comunicado oficial dizendo,
02:20olha, nós apuramos, investigamos, está comprovado que foi fraudulento esse registro de entrada.
02:25Aí a questão é, quem que interessa falsificar um registro de entrada nos Estados Unidos
02:30pra usar isso contra o Felipe Martins, mantê-lo preso, sem uma acusação criminal por meses,
02:34o que por si só é ilegal, com o objetivo de fazer ele delatar.
02:38Estados Unidos falaram que a investigação não acabou.
02:39Ainda vão investigar pra descobrir quem falsificou esse registro.
02:43E aí podem surgir evidências, inclusive, em relação a autoridades brasileiras.
02:47E não bastasse tudo isso, a Procuradoria Geral da República, no momento das alegações finais,
02:53juntou algumas provas no processo com o objetivo de tentar condenar o Felipe Martins,
02:57porque não tem nada em relação a ele.
02:59E uma dessas provas juntadas foram registros de que ele teria entrado no Palácio
03:05pra conversar com o Bolsonaro, pra conversar com as pessoas envolvidas nessa tal da trama golpista.
03:10Isso.
03:10E aí, quando você olha os registros, as assinaturas de entrada,
03:14você vê que elas são absolutamente discrepantes entre elas.
03:17Foi feito um laudo pericial, documento escópico, em que o perito apontou,
03:21não, isso aqui é falso, não bate uma com a outra.
03:24E o que o Marcel estava fazendo era apontar essa falsidade no plenário,
03:27dizendo, olha, mais uma vez, querem fraudulentamente incriminar o Felipe Martins,
03:32alguém contra quem não existem provas.
03:34Isso é mais ou menos aquele negócio que eles falam da criatividade.
03:37Ah, não tem prova, usa a sua criatividade.
03:38É isso aí.
03:39Mas agora, vamos lá.
03:41Esse negócio da entrada americana, provavelmente, é um funcionário americano que fez isso.
03:48Não pode ser um brasileiro que...
03:51Porque o cara é da... o cara é do border lá, da imigração.
03:55Sim, mas...
03:55Esse cara que é o cara que falsificou.
03:57Sim, mas não sem provocação.
03:58Por que que um americano do nada ia fazer isso?
04:00Então, mas vamos lá, vamos lá.
04:01O Trump tem aquela história do Biden, que o Biden interferiu na eleição aqui.
04:06Uhum.
04:07Só que o Trump, agora, diz que vai interferir na eleição da Argentina.
04:11Sim.
04:12Porque ele falou, só vou dar dinheiro se o Millet ganhar.
04:15Se não, tchau.
04:16Então, quer dizer, o negócio que a gente achava que não existia, a gente está vendo agora,
04:22abertamente, eles estão dizendo que eles interferem mesmo na eleição dos outros países.
04:27É assim mesmo, o Dallagnol?
04:29Pô, que soberania é essa que nós vamos ter?
04:32É esquisito, né?
04:33Você tem que separar o que são medidas políticas de relacionamento que sempre existiram.
04:37Você pode condicionar um financiamento, você pode condicionar determinadas políticas
04:41a você acreditar no futuro do país, que o país vai ter que pagar.
04:44Vamos lembrar que a Argentina teve lá atrás bloqueio de poupanças, corralito, algo parecido
04:48com o que a gente teve no Brasil, só que pior ainda, porque lá eles deram um defor,
04:51eles não pagaram os títulos da dívida argentina.
04:54E um país para emprestar para outro, ele pode condicionar, não, eu só vou emprestar
04:58se eu acreditar que esse país vai me pagar.
05:01Não se entrar uma pessoa de esquerda que vai dar um outro cano nas contas internacionais.
05:04Mas isso não é interferir?
05:06Não.
05:06E o que é interferir?
05:07O que é violação de soberania?
05:08É quando você entra no território do outro país e faz algo errado lá dentro.
05:12É o que se suspeita que o Moraes fez duas vezes em relação aos Estados Unidos.
05:16Fez quando ele determinou a intimação de nacionais dos Estados Unidos, por ações praticadas
05:21nos Estados Unidos, por e-mail, violando a soberania porque existem acordos internacionais
05:26e como isso deve ser feito.
05:27Fez pelo X a intimação.
05:29E agora tem uma suspeita mais grave ainda.
05:31De que um agente da Polícia Federal Brasileira, lá nos Estados Unidos, em Fort Lauderdale,
05:36monitorou a cidadã americana Flávia Magalhães por condutas que ela praticou em solo americano,
05:42sendo já uma nacional americana, tem cidadania americana há muito tempo e mora nos Estados Unidos
05:47há mais de décadas.
05:48Mas isso tem como provar?
05:50Tem.
05:50É possível provar sim.
05:52É possível você ouvir a pessoa...
05:52Você sabe da história ou não?
05:53Não faço a menor ideia.
05:55É uma brasileira que é cidadã americana.
05:58Ela ajudava nessas manifestações que tem lá.
06:02E aí diz que um belo dia ela foi proibida no X, né?
06:06Tiraram ela do X.
06:07Aquela coisa que estava acontecendo na época.
06:09Tem ordem do Moraes para tirar ela, mas não...
06:11E ela diz que tinha um brasileiro que ia sequestrar ela também.
06:16É uma história meio...
06:17Não, não.
06:18Essa história tem um fundamento que está no processo.
06:20Não, é uma história que está na internet aí.
06:22Está na internet.
06:23A Flávia Magalhães é uma cidadã...
06:24Tem fundamento isso?
06:25Originalmente brasileira que fez cidadania americana, mora nos Estados Unidos.
06:28E de lá ela fez um post no X, associando, sem prova, sem evidência, associando Alexandre Moraes
06:35a narcotráfico.
06:36Fazendo uma associação descabida.
06:38Agora, ela tinha zero seguidores, praticamente.
06:41Era uma desconhecida.
06:42Certo.
06:43Só que, Alexandre Moraes pegou aquilo lá, instaurou uma investigação, um processo.
06:47Fez uma ordem para que ela parasse de fazer postagens.
06:50Ela não foi intimada dessa ordem.
06:51Nunca teve uma intimação dela.
06:53E aí, por desobediência de uma ordem para a qual ela não foi intimada, ele decretou
06:57a prisão dela.
06:57Isso sem que ela estivesse no Brasil.
06:59Aí, até em uma determinada ocasião, ela tinha recém-vindo, voltado do Brasil.
07:03Ele decreta a prisão dela.
07:04E aí, o advogado dela, anos depois, só conseguiu ter acesso agora.
07:09Ele fazia petições para o Supremo Tribunal Federal, colocava autos em uma série de pontos
07:13de interrogação, porque ele não sabia qual era o número do processo.
07:15E, simplesmente, a petição sumia no sistema.
07:18Agora, há poucos dias, dia 9 agora desse mês, ele conseguiu acesso aos autos.
07:22Não aos autos integrais, mas à parte dos autos.
07:24E lá nos autos está registrado que houve uma comunicação entre Brasil e Estados Unidos
07:29com a dídua da Polícia Federal brasileira, que mora lá na Flórida.
07:34E foi pedido que viesse um monitoramento.
07:36E ele foi fazer um monitoramento físico da Flávia Magalhães.
07:41Foi olhar para o que ela fazia.
07:43Aí que está.
07:44Você não pode fazer atos de investigação no Estado estrangeiro.
07:46Fora do país.
07:46Sem autorização do Estado estrangeiro.
07:48E, justamente por isso, ela está reportando isso para as autoridades estrangeiras.
07:51Como ela está sendo processada ou investigada, por conta, ainda não processada,
07:57mas está sendo investigada, por conta de um tweet que ela fez,
08:00os advogados, o Elon Musk, assumiram o caso dela.
08:03E já anunciaram ontem, isso é fresquinho, que vão entrar com uma ação judicial,
08:07mais uma, contra a pessoa física, o CPF de Alexandre Moraes, lá na Flórida,
08:12para cobrar dele reparação moral, material, psicológica para a Flávia Magalhães
08:16pelos abusos praticados contra ela.
08:18E ela está amparada, mais uma vez, por ninguém.
08:20Mas isso aí não é difícil provar?
08:21Não é difícil provar isso aí.
08:23Como é que ela vai provar?
08:24Ó, tem um cara aqui.
08:25Não, mas em tese foi registrado nos autos o processo.
08:28Quem está falando isso é o advogado.
08:29Eu não vi. Por quê?
08:30Porque existe um sigilo sobre esse processo.
08:33Mais um erro, mais um abuso.
08:34Porque, vejam, o sigilo só pode existir por duas razões.
08:38Ou quando é necessário para a eficácia das investigações,
08:40porque você não quer que o investigado tome conhecimento,
08:42porque você vai fazer uma busca, apreensão, alguma coisa.
08:44E não é o caso, porque deram acesso para ela, para o advogado dela.
08:47A segunda razão para o sigilo é quando você tem alguma informação
08:50que reflete a intimidade da pessoa.
08:52Fotos de crianças pequenas, fotos da pessoa na sua intimidade, nudes, etc.
08:56E não é o caso, porque esse inquérito lhe trata de manifestações
08:59que ela fez e postagens públicas em rede social.
09:02Então não tinha razão para o sigilo.
09:03A leitura que fica, a interpretação que fica,
09:06é que o sigilo hoje está sendo usado pelo Supremo Tribunal Federal
09:08como uma forma de proteger, esconder e abafar as ilegalidades
09:12que eles mesmos praticam.
09:14E aí o advogado tem acesso a isso, ele reporta publicamente,
09:17eu não acredito que ele mentiria em relação a isso,
09:19colocando em risco a sua própria profissão
09:21e colocando ele em risco de investigação.
09:23Ele diz, olha, eu leio os autos e tenho registro da informação
09:26de que foi acionado o adido policial da Flórida, dos Estados Unidos,
09:29e que houve um monitoramento da Flávia
09:33numa manifestação em Fort Lauderdale.
09:35E se isso foi feito sem autorização dos americanos,
09:38isso é problema.
09:39E eles já estão reportando isso para o Marco Rubio.
09:41Que a liberdade é muito forte nos Estados Unidos, né, inclusive.
09:43Não só por isso, porque isso sim seria uma violação da soberania.
09:46Porque você não pode entrar com força estatal,
09:49com agente estatal no outro estado e praticar
09:51as policiais e autorização do outro estado.
09:53Isso é violação de soberania.
09:55A CIA faz isso no mundo inteiro, né?
09:58Eles fazem isso.
09:59Dizem que a CIA faz, dizem que a polícia secreta chinesa faz.
10:03Mas é coisa de espionagem, é coisa errada.
10:05Isso é errado.
10:06Se um país toma conhecimento de uma atuação estatal
10:08de um país do seu, ele pode reagir.
10:10Mas esse negócio, quando entrou no golpe de Estado e não sei o quê,
10:13todo esse processo de fake,
10:15esse processo vem há seis anos aí.
10:17Como ele entrou no negócio,
10:18tem muita gente que também fala,
10:20não, isso aí tá certo e tal.
10:21Ele entrou nessa história, né, o Dallagnol?
10:24Ele acabou entrando nisso.
10:25Agora que a gente vai saber a consequência,
10:28o que realmente aconteceu depois de passar tudo isso, né?
10:31Ele que entrou nessa história.
10:32Não, não.
10:33Eu digo que uma parte da população hoje acredita nisso
10:37e outra parte não.
10:38Uma parte da população acredita que houve um golpe,
10:41uma tentativa de golpe.
10:42Só nesse processo que a gente tá vendo aí,
10:44a gente vê que muita gente fala,
10:46não, tá certo.
10:47Todo esse processo eu acho que é o professor Vila falando.
10:51É verdade.
10:52O professor Vila,
10:53ele acha que realmente
10:55teve um golpe de Estado,
10:58o Bolsonaro foi lá,
10:59ele planejou o golpe
11:00e só não deu certo
11:02porque o Alexandre de Moraes foi lá
11:04e fez tudo isso.
11:05O herói da nação.
11:06O herói da nação.
11:07E você ajudou ele a fazer esse golpe,
11:09que eu tenho todas as informações aqui.
11:11Quando é que a gente vai saber?
11:12Ó, Vila, eu não vou bater em você
11:13porque eu vou me acusar de bater em idoso.
11:15O senhor não consegue bater em mim
11:18porque falta muita inteligência pra o senhor.
11:20E aliás, o senhor é tão perigoso
11:21que Dalanhão rima com o metanol
11:22que tá fazendo uma...
11:23Essa acusação ficou difícil de me defender agora.
11:27É isso mesmo.
11:27Mais uma vez eu ganhei, duas vezes.
11:30Quando é que a gente vai saber
11:31realmente a verdade dessa história toda aí?
11:34A gente tem condição de ter uma boa ideia
11:36do que aconteceu.
11:36Não tem tanta discordância sobre fatos.
11:39Porque veja, tem um ponto que é comum.
11:42Houve reuniões pra conversar
11:44só porque eles iam fazer.
11:45Houve reuniões a partir de um cenário
11:47em que o TSE interferiu com decisões
11:49nas eleições,
11:51interferiu com decisões censurando
11:52com dois pesos, duas medidas,
11:54mais um lado do que o outro.
11:55E aí houve uma reunião
11:57antes e depois das eleições
11:58desse núcleo que eles chamam
12:00de trama golpista
12:01pra falar o que que vamos fazer.
12:02E não tem nada de errado
12:03em fazer reunião pra falar
12:04o que que nós podemos fazer,
12:06como nós podemos reagir.
12:07E nessas reuniões
12:08eles consideraram
12:09cabe estado de sítio,
12:10cabe estado de defesa,
12:11a gente pode fazer um decreto assim,
12:12pode fazer um decreto assado.
12:14Chamaram pra conversar
12:15generais, comandantes, pessoas
12:17e chegaram à conclusão
12:18por uma razão ou outra
12:19que não valia a pena avançar.
12:20Ah, foi porque o general
12:21não quis que Bolsonaro avançasse.
12:23Vírgula.
12:24Bolsonaro podia trocar o general.
12:25Sim.
12:26Era de competência exclusiva dele.
12:28Dava um estralar de dedos
12:29e trocava o general.
12:30Exatamente.
12:30Então eles decidiram não avançar.
12:32E sobre isso
12:33é unanimidade.
12:34Não tem discordância.
12:35Agora, o que que tem discordância?
12:37Sobre você aplicar
12:37a Constituição e a lei
12:38ou você inventar uma lei
12:40e uma Constituição
12:41da cabeça dos juízes
12:42pra ferrar a direita,
12:44pra acabar com o bolsonarismo,
12:45pra derrotarmos o bolsonarismo
12:46usando a criatividade.
12:48Essa é a discrepância que eu vejo.
12:50Quando eu conversei com o Vila,
12:51e eu até recomendo
12:52que o pessoal assista depois
12:53aqui na Pan aqui,
12:54o vídeo completo,
12:56vocês vão ver
12:56que chegou um momento
12:57que eu tenho que agradecer,
12:59sinceramente,
12:59obrigado, Vila.
13:00Obrigado.
13:01De nada.
13:02Obrigado, Vila.
13:02Me fez entender
13:03a cabeça de quem quer ver
13:05o Bolsonaro preso.
13:06Porque chegou um ponto
13:07que ele não respondia,
13:08eu perguntava sim ou não,
13:09sim ou não.
13:10Ele fugia das respostas,
13:11ele reconheceu
13:12alguma coisa de abuso,
13:13isso achei até um mérito,
13:15um avanço,
13:16mas ele dizia
13:17que o Bolsonaro
13:17tinha que ser preso,
13:18mas quando eu contestava
13:19e mostrava todas as razões
13:20para as quais ele não tem
13:21que ser preso,
13:22que seria uma violação
13:22da lei e da Constituição,
13:24aí ele invocava
13:25outras razões.
13:26Não, mas teve a pandemia,
13:27não, mas teve uma atuação
13:28dele no exterior,
13:29lá em 2019,
13:30eu falava,
13:30Vila, isso não tem nada a ver,
13:31ele está sendo julgado
13:32por essa tal
13:32da trama golpista.
13:33A questão é,
13:34deve eu não ser preso.
13:35Mostrei o voto do Fux,
13:36e aí quando você vai
13:37para o argumento,
13:38o mérito,
13:38aí falta argumento.
13:40Aí eles não conseguem
13:41se sustentar no mérito.
13:42Então, essa é a discrepância
13:43que existe.
13:44Em relação aos fatos,
13:45não tem grande discrepância.
13:46Agora, a questão é,
13:47esses fatos,
13:48eles merecem uma punição
13:49e a resposta
13:50não tem que ser minha,
13:51não tem que ser do
13:52Alexandre Moraes,
13:53a resposta tem que ser da lei,
13:54seja para a direita,
13:55seja para a esquerda.
13:56A gente não está aqui
13:56defendendo pessoas,
13:57a gente está defendendo princípios.
13:58Porque quando você
13:59não defende princípios,
14:01quando você abandona
14:01o império da lei,
14:02Estado de Direito,
14:03aí as consequências
14:04vão muito para além
14:05do caso concreto.
14:06Porque quando você não tem
14:06uma base de direito,
14:08de império da lei
14:08para você trabalhar,
14:09para você gerar prosperidade,
14:10você não tem nada
14:11naquele país.
14:12Basta você ver que
14:13todo mundo que estuda
14:13economia,
14:14por que as nações prosperam,
14:16fala,
14:16você precisa de uma condição
14:17básica,
14:18de regras claras
14:19e firmes aplicadas
14:20para que uma nação prospere.
14:21Senão você não tem
14:22as condições básicas
14:23para que a pessoa
14:23economize,
14:24para que existe economia,
14:25para que existe investimento
14:26e para que existe inovação.
14:28E meu,
14:28o melhor exemplo,
14:30acho que se tiver um jogo
14:30do Corinthians e do Palmeiras,
14:31se você não me fala
14:32e o juiz for corinthiano,
14:33ele vai conseguir apitar.
14:34A gente tem uns juízes
14:35que tem uma relação
14:36com o passado do governo.
14:37Ou não?
14:38Pior do que isso.
14:39Não é?
14:40É pior do que isso.
14:41Você tem algo
14:41que é inadmissível
14:42em qualquer lugar do mundo.
14:43Você tem um juiz,
14:44um magistrado,
14:45que é vítima,
14:46é vítima do caso,
14:47é vítima dos seus
14:48supostos algozes
14:49e que está julgando
14:50os seus supostos algozes.
14:52Vamos falar do Alexandre
14:53Moraes brevemente.
14:54Como é que ele se saiu dessa?
14:55Ele disse,
14:56não, veja bem,
14:57teve esses planos aqui
14:59de tentativa de assassinato,
15:00essas cogitações,
15:02esses planos que foram feitos
15:03e vamos lembrar
15:04que fazer plano
15:04não é crime,
15:05fazer plano
15:06não é punido no Brasil.
15:07Aí ele disse,
15:08teve esses planos,
15:09mas eu não estou processando
15:12a tentativa de homicídio.
15:13Eu estou processando
15:14a tentativa de golpe de Estado.
15:16Mas isso é uma ilusão,
15:17isso é ilusionismo.
15:19Por quê?
15:19Porque esses planos,
15:20ele mesmo está julgando
15:21como parte do plano maior,
15:22que seria a tal da trama golpista.
15:25Então, parte dessa trama maior,
15:26exatamente,
15:27está tudo misturado.
15:27Mas teve o cara
15:29com a bomba em Brasília,
15:31lembra o maluco da bomba?
15:32Sim, sim.
15:32Teve um...
15:33Mas juntou tudo.
15:34Não os maluco.
15:35Mas juntou tudo.
15:36Sim, mas esse maluco
15:37não tem vinho.
15:37É isolado.
15:38Não, não sei.
15:38De forma nenhuma
15:39de vinho com os outros.
15:39Eu não sei.
15:40Eu estou fazendo aqui
15:41o papel do...
15:42Claro, o melancia.
15:43Do vila.
15:44O papel de melancia?
15:45Não, não.
15:45Não é o papel.
15:46Não.
15:47Tem uma parcela da população
15:48que fica capuga atrás da orelha também.
15:50Você fala, pô, esse cara está tentando o quê?
15:52Está tentando dar o golpe.
15:53Qual a intenção?
15:54Qual a intenção?
15:55Não, e o outro fala que interferiu na...
15:57É, são duas narrativas, na verdade.
16:00Narrativas.
16:00São duas narrativas.
16:01Uma é que interferiu na eleição
16:03através de censura e tal.
16:05Né?
16:08E a outra que teve uma tentativa de golpe.
16:11Que eles preparam,
16:11só não conseguiram dar o golpe.
16:13Porque o exército...
16:15Porque o exército pulou para trás.
16:16Pulou do cavalo.
16:17Mas ele deu um belo argumento.
16:18Se o exército pulou para trás,
16:20ele podia ter tocado um generão.
16:22Não, a hora que ele quisesse.
16:23Quem quer dar o golpe,
16:24ele faz com o golpe.
16:25Na hora que ele quisesse.
16:26Agora, é irrelevante a razão
16:28pela qual ele não avançou
16:29para a lei penal.
16:30É irrelevante.
16:31Por quê?
16:31Se você faz um plano,
16:32se você pensa,
16:33se você faz um plano
16:34e você decide não agir,
16:35a lei fala,
16:36essa conduta não é punível.
16:37Por quê?
16:38Porque se você decidir punir,
16:39você vai dar um incentivo
16:40para o cara ir até o final
16:42no crime,
16:42para ele não desistir.
16:43Quando nós, como sociedade,
16:44nós queremos que se o cara
16:45pensou em matar a sogra,
16:46ele comprou uma faca
16:47para matar a sogra.
16:48E não matou.
16:49Eu quero que ele não avance.
16:50Certo.
16:50Agora, se eu punir ele
16:51por ter comprado a faca
16:52como se ele tivesse matado a sogra
16:54ou tentado matar a sogra,
16:55esse cara tem todas as razões
16:56para avançar.
16:57Você julga pelo ato, né?
16:58Exato.
16:58Não pelo pensamento.
16:59Exatamente.
17:00Então, a lei penal é prevista.
17:02De novo, não sou eu.
17:03Não é o que eu quero.
17:04É o que a lei diz.
17:05São 200 anos de evolução da lei
17:07para você ter aquilo
17:07que chama de direito penal democrático
17:09e que proteja o cidadão
17:10contra abusos de Estado.
17:12E eles estão ignorando
17:13esses 200 anos de evolução
17:14porque eles querem um resultado.
17:15É uma conta de chegada.
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