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A Polícia Civil de São Paulo deflagrou nesta terça-feira (14) a Operação Poison Source, que mira uma quadrilha responsável pela produção e venda de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. A ação mobiliza 150 policiais civis que cumprem 20 mandados de busca e apreensão em várias cidades, incluindo a capital paulista, Santo André, Poá, São José dos Campos, Santos, Guarujá, Presidente Prudente e Araraquara.

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Transcrição
00:00Até pra reportar que o Brasil já registra 32 casos confirmados da intoxicação por metanol,
00:07sendo 28 deles apenas em São Paulo.
00:09E olha, hoje, nessa manhã, a Polícia Civil deflagrou uma operação estadual,
00:13conhecida como agora a Operação Poison Source, ou Fonte do Veneno,
00:18pra desmantelar uma rede criminosa envolvida na adulteração de bebidas.
00:22E ninguém melhor que David Itasso pra trazer agora pra nós todos os detalhes. David?
00:26Exatamente. São sete cidades, então, onde estão sendo cumpridos esses mandatos de busca e apreensão
00:31e que a gente pôde apurar até agora, Marinho, é que as investigações tiveram a origem há cerca de dez dias
00:37porque eles prenderam um dos principais falsificadores.
00:40Ele tinha selos, lacres, tudo com as bebidas muito parecidas com as originais.
00:46Era até difícil identificar qual que era a original e qual que era a falsificada.
00:50E com base nessa investigação, esses mandatos estão sendo cumpridos.
00:54Então, tem cidades como Santos, aqui na capital paulista, Presidente Prudente, lá na minha região.
00:59Então, os policiais civis são cerca de cento e cinquenta que estão participando dessa investigação
01:05pra que a gente veja a efetividade nessas ações contra as bebidas adulteradas.
01:10Mas esse é um dos principais articuladores, um dos principais falsificadores do país,
01:15de acordo com a Polícia Civil.
01:17Mais adiante, né, a gente vai ter até uma coletiva de imprensa que vai ser realizada
01:21com o delegado-geral da Polícia Civil, Arthur de Iã,
01:24com a presença do governador de São Paulo, Terceiro de Freitas.
01:27A repórter da Nubia Braga tá acompanhando tudo de perto
01:29e provavelmente, né, se for no horário do morning, a gente vai trazer as atualizações.
01:34Mas é um passo extremamente importante pra realmente demonstrar esse esquema criminoso
01:39que pegava até a ponta lá do oeste do estado.
01:42Ou seja, em todo o estado de São Paulo, essas falsificações estavam sendo feitas
01:46nessa rede de distribuição criminosa empregada por essas quadrilhas.
01:52E aí a gente também fica naquela contradição, né?
01:55Qual que é o envolvimento do crime organizado nisso?
01:58Porque a Secretaria de Segurança Pública e o próprio governador descartam isso.
02:02Mas eu sou meio cético em relação a essa afirmação,
02:05porque realmente um sistema criminoso como esse...
02:08Exatamente.
02:09É difícil você desvincular que não tenha o crime organizado envolvido.
02:11E de novo, não é pra ser profeta do apocalipse
02:14e ficar aqui de, enfim, inflamando essa paranoia que já foi instalada, tá?
02:19Desde que essa desgraça toda foi revelada, né, Mano Ferreira?
02:23Enfim, nenhum momento de descontração depois de um dia estressante de trabalho
02:26pra tomar um drink, dar aquela descomprimida após um dia estressante, nem isso.
02:31Sem possivelmente tomar uma saideira, literalmente, ou ficar cego,
02:36é o nível que a gente chegou.
02:36Então, parece que, como diria o Guimarães Rosa, né,
02:39o que a vida quer da gente é coragem.
02:41Coragem até pra tomar um drink.
02:42Olha o nível que a coisa chegou.
02:44Seus destaques.
02:45Pois é, Marinho, a gente não pode perder de vista
02:47que estamos falando de um fenômeno que atinge diversos mercados no Brasil,
02:52que é a infiltração do crime organizado.
02:55E sim, é crime organizado.
02:58A gente pode entrar em discussão se é de uma facção, se não é de uma facção.
03:02Mas não tem discussão de que um sistema complexo que operacionaliza a falsificação de bebidas
03:10com claro objetivo lucrativo é a própria definição de crime organizado.
03:17Estão organizados como uma empresa clandestina para lucrar fora da lei.
03:24O nome disso é crime organizado.
03:26Não tem como ter dúvida a respeito disso.
03:30E o crime organizado, segundo as estimativas da própria indústria,
03:35hoje ocupa, consegue representar 36% do mercado de bebidas no Brasil.
03:43Exatamente.
03:44Então, isso é muito grave.
03:47E agora a gente está, em função do escândalo do metanol,
03:52colocando luz sobre isso.
03:54Mas a realidade é que, no dia a dia, nós banalizamos o crime organizado dentro dos mercados.
04:02E isso é muito grave.
04:04Então, quando isso tudo sair das manchetes,
04:07quando o escândalo do metanol virar uma página do passado,
04:13a gente precisa se questionar.
04:15Vamos conseguir desmantelar o crime organizado?
04:18Ou ele vai se regenerar aproveitando as mesmas brechas que já existem hoje
04:25e que fizeram ele atingir esse patamar de participação no mercado nacional de bebidas?
04:32A gente precisa olhar para isso e repensar o modelo regulatório no Brasil.
04:38Não pode ser mais fácil prosperar através do crime do que do trabalho honesto.
04:46É isso que está em jogo no Brasil.
04:48E o que está em jogo também não é um caso isolado.
04:50É um retrato do abandono completo da fiscalização e o nível da maldade
04:54que esse crime organizadíssimo, frente a um Estado bagunçado,
04:58está conseguindo aterrorizar a nossa população.
05:00Que fique muito claro isso aqui.
05:01David, com um complemento, a gente segue explorando aqui todos os detalhes.
05:04Não, eu estou de olho aqui no pessoal do chat, que acompanha a gente pelo YouTube.
05:08Até faço a convocação para que as pessoas realmente participem,
05:11porque são vocês que pautam esse programa.
05:13O Marco Silva está dizendo assim,
05:14muito se fala sobre a fonte da adulteração,
05:16mas não vejo ninguém falando sobre a retirada dos produtos
05:19que ainda estão sendo comercializados.
05:21Essa realmente é uma preocupação, mas estão sendo feitas ações
05:24desde o dia 30 de setembro, quando foi instalado esse gabinete de crise,
05:28com ações do PROCON, vistoriando os mercados, as adegas, as conveniências,
05:34para que esses produtos sejam retirados.
05:36A vigilância sanitária chegou até a interditar alguns bares e distribuidores.
05:41Vamos lembrar aqui que todo mundo já entendeu que o metanol é terrivelmente tóxico.
05:45A gente está falando de 30 ml, que é meia tampinha.
05:48Meia tampinha já pode causar cegueira irreversível e morte, óbito, em 24 horas, ou menos.
05:54Então a gente não pode perder de vista o impacto e a maldade que isso está tendo.
05:58E pode seguir tendo.
05:59Mas, claro, vamos focar aqui nas medidas e na execução.
06:02Porque me ajuda a entender isso aqui, né, doutora Luciana Nepomoceno?
06:04O Brasil sempre se vangloria de ter uma legislação super, enfim, rígida e super ampla,
06:10mas falha sempre, sempre, sempre na execução.
06:13Não é isso?
06:14Falha, na execução, vamos lá.
06:16Apuração, execução e punição.
06:19Boa.
06:19É o que a Jess falou agora há pouco da sensação, e na verdade nem sensação, certeza da impunidade
06:27que leva a essa cadeia de fatos, porque ao fim e ao cabo sabe-se que não vai se ter aquela punição adequada
06:39e de forma tempestiva.
06:41E eu quero trazer aqui mais um dado que a Polícia Civil aqui do Estado apurou.
06:46Que esse metanol que está sendo utilizado para batizar as bebidas,
06:53está sendo comprado de poços de combustíveis que também vendem o combustível já adulterado.
07:01Ou seja, nós temos aqui um ecossistema letal que mostra as garras, como foi falado já aqui,
07:10pelos que me antecederam, da participação do crime organizado nesse sistema, com prejuízo para a população.
07:19Nós não estamos falando aqui simplesmente de eu não poder mais ir para o bar beber e chorar minhas mágoas no bar.
07:26Nós estamos falando de um ciclo letal para a economia, para a saúde, e que o povo fica refém nesse campo de guerra.
07:36Então a pergunta é, quais as medidas efetivas que vão ser adotadas para o combate do crime organizado?
07:46Dessas organizações criminosas que estão infiltradas na nossa economia, na nossa política, é preciso dar uma resposta.
07:55Ninguém aguenta mais.
07:57E no comando da operação, e por estarem no comando, espera-se que eles prestem os clarecimentos, né?
08:02Deve ditar os delegados-gerais Arthur Dian e o próprio delegado Ronaldo Saeg do Departamento Estadual de Investigações Criminais,
08:08que deflagraram a operação Poison Source, traduzindo, fonte do veneno,
08:13que já gerou um importante contra-ataque a esses vermes que vêm intoxicando a população brasileira.
08:21Mais algum detalhe sobre a operação e a expectativa olhando adiante.
08:23Na linha da provocação que veio no nosso chat?
08:27Sim, até o Divanildo Cristóvão também disse que os fabricantes precisam fazer um selo de autenticidade para os produtos.
08:33Essa medida já foi estudada, até mesmo existe já um selo com base em especificações da Casa da Moeda,
08:41composto pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação,
08:44para que essas bebidas então tenham essa autenticidade.
08:48Um selo que não dá para realmente falsificar, só que falta gestão pública, falta iniciativa pública,
08:55para que a gente veja esse seno sendo aplicado, né?
08:57Porque aí entra a questão dos custos, entra a questão também de força política para que isso seja implementado.
09:03Tem uma segunda questão, no dia a dia, quando o sujeito pede uma dose de...
09:08É, não vê a garrafa.
09:09... ou de vodka, é, você não vai olhar o selo da garrafa lacrada no bar.
09:14Não vai.
09:15No dia a dia, portanto, o que a gente precisa é entender as causas que geram esse grau de lucratividade para a falsificação.
09:24E onde estão essas causas?
09:27Estão no grau de regulamentação e de alta carga tributária para o mercado formal.
09:34Na prática, vamos ser sinceros, o que ocorre é o seguinte,
09:38os bares estão lá 99% dentro da legalidade,
09:44mas aceita aquele desconto maroto do fornecedor que diz,
09:49sem nota, tem essa parte aqui do lote que eu consigo um desconto.
09:53Ah, mas aí guarda até a garrafa, né, mano?
09:55Então, assim, há contribuição também por parte dos comerciantes, isso daí,
09:58que precisa investigar e chegar na origem.
09:59Então, mas é o que eu estou falando.
10:00Na prática da nossa economia, nós banalizamos a sonegação.
10:05Sim.
10:05Por quê?
10:06Porque o imposto é muito alto.
10:08Nessa brecha, onde há a banalidade da sonegação,
10:13há a entrada da bebida falsificada.
10:18E dentro da bebida falsificada, acaba tendo essas bebidas sem qualidade.
10:22Então, para que isso seja, de fato, estancado como causa,
10:28o que a gente precisa é tornar a operação formal menos cara.
10:34A gente tem que diminuir a carga tributária,
10:37a gente tem que diminuir o grau de regulação
10:39que faz com que o espaço de lucratividade do mercado informal
10:44seja muito atrativo.
10:46É, meus amigos, enquanto entre um brinde e outro,
10:50tem gente perdendo a visão e o Estado perdendo a vergonha.
10:53Bom diagnóstico aqui do Mano Ferreira, boa provocação, bem-vinda.
10:56Eu vou partir para um rápido break só para quem está nos ouvindo
10:57pela rede Jovem Pan de Rádio Morning Show.
10:59Volta para vocês já, já.
11:01Jess, uma breve conclusão aqui, arredondando a bola,
11:04e a gente segue adiante.
11:05É porque, de qualquer jeito, o ilegal vai ser mais barato do que o legal.
11:09Então, acho que tem um...
11:10Eu concordo em partes com o Mano,
11:12mas existe uma questão aqui que eu não acho que a mera nota...
11:15Não acho que esse é um problema só de sonegação.
11:17Até porque, com certeza, vai ter distribuidora
11:19que pode estar envolvida,
11:21que o comerciante pode ter comprado com nota,
11:24mas, ainda assim, aquele produto chegou até ele
11:26de uma forma equivocada,
11:28de uma forma que fez mal para o seu consumidor.
11:31Então, eu acho que a gente também precisa entender
11:33que isso também é um problema de fiscalização,
11:36isso também é um problema que eles sempre vão ter
11:38uma margem de lucro maior,
11:40independente da carga tributária cair muito.
11:42Polícia Civil a todo vapor, através do DEIC,
11:45trabalhando com Vigilância Sanitária Estadual, Federal,
11:48Procon, várias associações envolvidas
11:49na distribuição de bebidas Brasil afora,
11:53e também fazendo um alerta, sim, claro,
11:55para todos os estabelecimentos que comprarem,
11:57a partir de agora, fora dos canais oficiais,
11:59podem responder criminalmente.
12:01É, enfim, é uma medida na direção certa,
12:03a gente espera que isso seja colocado em prática,
12:05porque é o mínimo a se esperar
12:07depois desse estrago imensurável
12:09que a gente está reportando para vocês já
12:10há mais de duas semanas.
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