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O governo federal sinalizou a líderes que vai tentar recompor a base aliada. A movimentação do governo é uma reação à derrota na votação da Medida Provisória (MP) do IOF. Reportagem: Victoria Abel.

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Transcrição
00:00Vamos seguir agora aqui, trazer mais informações pra vocês.
00:02Após a derrota do Planalto com a MP do IOF, o governo sinalizou a líderes que vai tentar recompor a base a partir do racha ali no centrão.
00:10A Vitória Bel é que vai trazer as informações sobre a estratégia.
00:15E essa estratégia deve partir do boca a boca em Vitória Bel. Bem-vinda.
00:23Oi, Evandro. Olá a todos que nos acompanham.
00:25Então vai ser mais ou menos isso, um trabalho de formiguinha que o Palácio do Planalto e líderes do governo vão ter que fazer a partir da semana que vem.
00:34Qual é a ideia? O governo sabe que ele vai precisar tentar recompor essa base se quiser avançar com outros projetos que sejam relevantes, que sejam de interesse do executivo.
00:45Projetos, inclusive, pra tentar recompor ali parte do que foi perdido com a medida provisória derrotada nessa semana.
00:53Pra que esses projetos de lei andem, é preciso ter base.
00:57Só que o que o governo já entendeu é que muito dificilmente essa composição de base vai acontecer como Lula vinha tentando fazer,
01:08como ele já fazia em governos anteriores, por meio da entrega de ministérios ou por meio da aliança com presidentes de partido e líderes dos partidos no Congresso.
01:18Isso porque ele percebeu que os presidentes de partidos já estão olhando pra 2026, já tem uma propensão de se alinhar à oposição em 2026,
01:29e também os presidentes de partidos estão já orientando os líderes partidários ali na Câmara e no Senado a votarem contra o governo
01:41ou então a se absterem justamente pra marcar a posição no Congresso, porque foi isso que aconteceu.
01:46Boa parte ali do Centrão acabou tomando uma decisão política também orientada, por exemplo, por Ciro Nogueira do PP e por Antônio Rueda do União Brasil.
01:56O que agora é necessário então fazer de acordo com auxiliares do presidente Lula, líderes próximos aqui do Palácio do Planalto?
02:03Vai ser convencer os deputados individualmente, ir deputado a deputado, abrir mesmo a lista ali de deputados que pertencem aos partidos de centro,
02:14identificar os nomes que são mais propensos à negociação, que tem ainda certa simpatia pelo presidente Lula,
02:22e podem sim declarar certa fidelidade às pautas do governo.
02:27Então é tentar puxar deputado a deputado que estão nesses partidos de centro, rachar esses partidos pra trazer uma parte deles para a base do governo.
02:38E apesar desse discurso do governo, de que o governo voltou a entoar depois dessa derrota com a MP,
02:45de que o Congresso é inimigo do povo, de que desse discurso ricos contra pobres,
02:49o governo sabe que ele precisa do Congresso, e por isso que é necessário essa retomada do diálogo e a reconstrução e reorganização da base governista.
03:00Um dos projetos que deve ser essencial de ser aprovado nas próximas semanas é um que corta os incentivos tributários de empresas,
03:08porque ele também estava na conta do governo pra que o governo pudesse atingir a meta fiscal do ano que vem.
03:14Lembrando que o governo prevê uma meta fiscal de superávit de 0,5% do PIB, cerca de 35 bilhões de reais,
03:22algo que já foi por água abaixo com a derrota da medida provisória sobre aplicações financeiras,
03:29que previa pelo menos aí um ganho de 30 bilhões de reais no ano que vem.
03:34Se o governo não conseguir aprovar esse projeto de corte de incentivos tributários, vai ter mais uma perda.
03:40E o governo precisa decidir e conseguir organizar tudo isso de forma rápida,
03:45porque a lei de diretrizes orçamentárias já está praticamente em ponto ali de votação,
03:52já está sendo quase votada na Comissão Mista de Orçamento.
03:55E é a LDO, a lei de diretrizes orçamentárias, que indica a meta fiscal pro ano que vem.
04:00Então o governo precisa fazer esse cálculo antes da votação da LDO,
04:04para justamente indicar para o Congresso, vou ou não cumprir, ter uma meta fiscal de superávit primário no ano que vem.
04:11Então tudo isso o governo precisa correr atrás de forma rápida.
04:15E um projeto de lei, por exemplo, que viesse a substituir a medida provisória derrotada nessa semana,
04:21como vem sendo sugerido pelo líder do PT, Lindbergh Farias,
04:25um projeto que aumentasse a taxação das betes de 12% para 24%,
04:30apesar desse projeto até ter mais simpatia dos líderes de centro,
04:35o que acontece é que a tramitação dele poderia ser demorada, ser devagar,
04:40e o governo precisa de espaço orçamentário para ontem.
04:44Então, o que está ainda sendo com mais chance ali discutido na equipe econômica de avançar
04:50é sim a publicação de decretos que possam trazer, por exemplo,
04:54o aumento de impostos regulatórios, que não dependem da aprovação do Congresso Nacional,
04:59como o imposto sobre operações financeiras e também o imposto sobre importações,
05:04além de, é claro, o próprio corte de despesas no orçamento de 2026.
05:09Mas fato é que o governo sabe que não dá para largar a mão do Congresso
05:13e ele precisa sim reorganizar essa base para até o final do ano conseguir ter saúde financeira
05:19para chegar nas eleições do ano que vem.
05:21Evandro.
05:21Muito obrigado, Vitória Bel, bom trabalho para você nessa sexta-feira em Brasília.
05:25Zé Maria Trindade, eu quero entender se no teu ponto de vista
05:28esse trabalho de formiguinha pode funcionar para acolher alguns integrantes do Centrão
05:33e tentar reforçar, ou melhor, reconstruir essa base do governo
05:39que já foi levantada ali sem colar o tijolo com cimento, né?
05:44Era só tijolo sobre tijolo.
05:46E aí qualquer ventinho você sabe que o negócio cai.
05:48É, a Abel fez uma grande explanação do que está acontecendo aqui nos bastidores.
05:54Eu vou pegar a última frase dela.
05:56Ano que vem.
05:57O ano que vem já chegou por aqui.
05:59O calendário dos políticos é diferente do calendário nosso de cada dia.
06:04Tudo agora é 2026.
06:07Eu soube que na reunião do presidente, uma reunião ali informal,
06:12para discutir e avaliar ali, olhando nome a nome de quem votou com o governo, né?
06:17Quem votou com, que os contrários, todo mundo sabe, né?
06:21Para ver o que se pode fazer.
06:24O governo chegou a um ponto que também não pode brigar.
06:27Houve na reunião quem defendesse que linha dura.
06:31O Lindbergh falou claramente assim, nós temos que ir para cima e mostrar ao povo,
06:37mostrar aos eleitores que o Congresso está emparedando o governo,
06:41que o Congresso está impedindo o presidente Lula de governar.
06:44E houve ali até um momento que se falou, ali ó,
06:48a possibilidade de cortar emendas parlamentares, ou seja, mexer no vespeiro e tal.
06:55Mas só que a razão prevaleceu, dizendo o seguinte,
06:59é perigoso demais tentar isolar o Congresso Nacional e brigar com o Centrão,
07:06porque o Centrão é pragmático.
07:08Ele admite tudo, até ser humilhado.
07:12Perder dinheiro, não.
07:14Então, mexer no dinheiro do Centrão, ou seja, nas emendas, isso não vai dar certo.
07:19E aí, alguém lembrou que aquela história do Guiso no Gato,
07:21disso aí que a Bel falou, a votação da LDO.
07:25Lei de Diretrizes Orçamentárias.
07:28Ela é o mapa do orçamento para o ano que vem.
07:31E na LDO, que deve ser votada na semana que vem, para ser uma ideia,
07:36está lá, sim, amarras bravas para o governo.
07:40Entre as amarras está uma fantástica.
07:44Fantástica para eles, não é?
07:46É o seguinte, todas as emendas, PICS, e as emendas na área de saúde e social,
07:52teriam que ser liberadas até junho, ou seja, antes do recesso parlamentar,
07:58primeiro semestre.
07:59Antes das eleições.
08:01Então, isso tiraria do presidente Lula um poder de pressão muito grande.
08:06E é a prova de que não deve brigar com o Centrão.
08:09Se brigar com o Centrão, o Centrão aprova um LDO que amarra o governo no ano que vem.
08:14E esse é o objetivo em marcha agora, amarrar a Lula para o ano que vem sem orçamento.
08:20Exatamente, Zé Maria Trindade.
08:21Amarrar para diminuir a popularidade e os movimentos positivos
08:25que aconteceram para o governo nos últimos tempos agora,
08:28diante dessa interação com os Estados Unidos e outras questões.
08:31E com a aprovação também da isenção do imposto de renda.
08:35Fala, Piperno, como é que você avalia essa movimentação?
08:37Não, mas eu acho que é muito isso mesmo.
08:40Quer dizer, agora é aquele cabo de guerra, né?
08:47Porque os dois lados, eles vão convergir para o mesmo interesse.
08:52Ou seja, qual o interesse?
08:54Ganhar a eleição do ano que vem.
08:55Então, o governo, desde sempre...
09:00Porque, veja, é muito engraçada essa história de que o governo agora tem uma outra estratégia
09:04para tentar fazer maioria.
09:06Ele não vai conseguir isso jamais, né?
09:10No atual...
09:11Enfim, no atual período.
09:14Por quê?
09:14Porque o Congresso é eleito, ele tem um perfil muito diferente.
09:17Mas o governo, especialmente nesses últimos meses, aprendeu que se ele não pode ganhar
09:24no voto, ele tem alguma chance de ganhar na voz.
09:29Ou seja, é exatamente contar para a opinião pública o seguinte.
09:35Olha, eu estou vetando tal coisa.
09:37Se aprovar é culpa deles.
09:39Como a gente viu em alguns projetos.
09:41E, particularmente, aquele do aumento do número de deputados e agora a PEC da blindagem.
09:49Ou seja, o governo, se ele não pode ganhar, enfim, nas votações, ele vai, pelo menos,
09:58trabalhar para jogar sobre os ombros do Congresso a responsabilidade pela aprovação de projetos
10:07impopulares.
10:08Porque o governo sabe o seguinte, bom, quem é que vai querer carregar nas costas um projeto
10:15impopular em ano pré-eleitoral?
10:18Então, essa agora, esse é o braço de ferro.
10:24De um lado, um Congresso que tem mais votos.
10:27Do outro lado, um governo que pode jogar para esse Congresso algumas culpas.
10:33Fala, Gani.
10:33É, mas o governo também aprova projetos impopulares.
10:37Vamos lembrar o aumento do IOF, altamente impopular, que o Congresso corretamente derrubou
10:44por desvio de finalidade.
10:47Porque o governo queria arrecadar mais e usou a alegação de que era um imposto regulatório.
10:55Balela.
10:56E o Congresso o derrubou.
10:57Aí, o que o governo fez?
10:59Bateu na porta do Supremo Tribunal Federal e acabou ganhando.
11:03Judicializou a questão.
11:05Bom, vamos lembrar também que agora, na MP 1303, era um projeto, o Piperdo, altamente
11:13impopular.
11:14Por quê?
11:14Porque previa aumento de tributação em aplicações de renda fixa, em LCI, LCA.
11:20E não é só...
11:21Impopular por aqui.
11:21Não, não é só o rico que...
11:23Impopular por aqui.
11:24O Musa tem um monte de cliente aí.
11:25Não é só o rico que investe em LCI, LCA, não.
11:30Um monte de gente ali guarda o teu dinheirinho no final do mês e coloca ali em LCI, LCA.
11:35Mas esse não é um projeto impopular.
11:37Impopular, sim.
11:37O Piperdo comemorou.
11:39É, mas não é...
11:40É.
11:40Esse não é um projeto impopular, não.
11:42Por isso a...
11:42Não.
11:42Para pagar mais imposto é o quê?
11:44É impopular.
11:45Não, mas...
11:46Não, não.
11:46Não é só uma questão de pagar mais imposto.
11:48Ou seja, contar o seguinte.
11:50Olha, eles não estão querendo pagar imposto.
11:53Não, mas não é...
11:53Ah.
11:53Não, não é bem por aí.
11:55A população não compra isso.
11:56O senhor poderia voltar para você e dizer
11:58eles não estão querendo cortar gastos.
12:00E aí?
12:00Fala, Musa.
12:01Arremate.
12:02Fala, Musa.
12:02É, exatamente esse ponto.
12:04Eles que não estão querendo cortar gastos.
12:05Mas as pessoas começam a ficar mais atentas com relação a isso, ué.
12:09Bom, com relação a tudo que estava falando a respeito da aprovação ou não
12:13de pautas populares e impopulares por parte do Congresso,
12:16eu tive uma percepção, e é uma mera percepção,
12:19depois até se tivéssemos alguns minutos,
12:20eu gostaria de ouvir até a opinião do Zé Maria lá de Brasília
12:23para ver se faz sentido.
12:25Ora, a gente vem mencionando aqui que o Centrão,
12:28ora ele vai para um lado, ora ele vai para o outro,
12:29e não hesitaríamos em opinar aqui,
12:32ou dar uma opinião mais forte a respeito de
12:34se a popularidade do Lula continua crescendo,
12:38como nós falamos há pouco tempo atrás que cresceria,
12:41mas me parece que realmente pode bater num teto,
12:44o Centrão poderia voltar para aquilo,
12:46para o barco que ele acabou de abandonar.
12:48Acho que não assustaria ninguém aqui
12:50com todo oportunismo que a gente já mencionou.
12:53Mas meu ponto é, será que quando ele viu
12:55a popularidade crescendo,
12:57mesmo que seja, digamos, um voo de galinha,
12:59só o tempo dirá,
13:01ao passo que ele já escolheu
13:02quem seria o candidato do Centrão,
13:05que seria o Tarcísio,
13:05para fazer uma mínima reforma,
13:08uma mínima busca da responsabilidade fiscal,
13:10porque num cenário de irresponsabilidade,
13:14aquele fisiologismo do Centrão,
13:15os recursos até diminuem,
13:17para serem, digamos,
13:19envolvidos dentro do seu orçamento,
13:20para usar uma palavra bonita, né?
13:22Será então que o Centrão não começa a votar as pautas,
13:26ou não aceitou, por exemplo,
13:28na quarta-feira a votação do novo aumento de imposto,
13:31já foram 27 aumentos de impostos,
13:34apenas o Lula 3,
13:35será que o Centrão, então,
13:36não derruba essa pauta,
13:38porque viu o presidente Lula
13:39crescendo nas pesquisas e não quer que ele cresça?
13:43Repito, no meu discurso aqui eu falei,
13:45o Centrão aprovou algo que temos que aplaudir,
13:47mas ele não fez o que ele é bonzinho,
13:48ele fez o que tem os seus interesses particulares
13:51e de poderes ali,
13:52mas me parece que se o Lula
13:54estaria angariando o poder popular,
13:57vem o Centrão e veta isso,
13:59então esse jogo de medição de forças,
14:01me parece que começa a ficar bastante claro.
14:03E aí
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