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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado iniciou nesta quarta-feira (08) a discussão sobre a PEC que prevê o fim da escala de seis dias de trabalho e um de descanso, conhecida como 6x1. Thulio Nassa comentou.
Reportagem: Rany Veloso
Comentarista: Thulio Nassa

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Transcrição
00:00...de Constituição e Justiça do Senado começou o debate da PEC que propõe o fim da chamada escala 6x1.
00:06Vamos ao vivo até Brasília porque a Rani Veloso tem aqui informações pra gente sobre o assunto.
00:11Ô Rani, essa proposta em tramitação é diferente do texto discutido na Câmara, é isso?
00:20Um pouco, Nonato. Bom dia novamente a todos vocês que nos acompanham ao vivo, direto de Brasília.
00:26No mérito, elas são propostas iguais porque propõem a redução da jornada semanal de trabalho de 44 horas para 36 horas semanais.
00:37Porém, tem algumas diferenças e o Senado vai à frente novamente de um tema que já estava sendo discutido na Câmara dos Deputados.
00:48Ontem, na Comissão de Constituição e Justiça, o texto já estava pronto pra ser votado.
00:53O parecer foi apresentado pelo senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, mas não foi a votação porque o líder da oposição no Senado,
01:03o senador Rogério Marinho, do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, do Rio Grande do Norte,
01:08apresentou um requerimento para audiências públicas.
01:11Então, foi costurado um acordo para que essas audiências ocorram antes da votação do texto.
01:18O presidente da CCJ, Otto Alencar, do PSD da Bahia, ele concordou.
01:24Disse que sim, é a favor da redução da escala de trabalho 6 por 1,
01:29mas defendeu que o tema deve ser sim debatido exaustivamente.
01:35De acordo com a proposta de Rogério Carvalho,
01:38a jornada seria reduzida de 44 para 40 horas semanais no ano seguinte à promulgação da emenda à Constituição.
01:48E depois, de 40 para 36 horas, seria reduzido a cada ano uma hora.
01:56Então, seria um tempo de transição menor de 4 anos em relação à proposta que tramita na Câmara dos Deputados.
02:03Então, a gente vai ficar aqui aguardando a próxima audiência pública.
02:07Lembrando que essa PEC do Senado é de 2015.
02:11Ou seja, ela foi desenterrada 10 anos depois,
02:14depois daquelas manifestações que a gente acompanhou aqui no dia 21,
02:18que também pedia para debater essa proposta de emenda à Constituição
02:22e daquele movimento Vida Além do Trabalho,
02:25o VAT, que já recolheu mais de 1,5 milhão de assinaturas a favor da proposta.
02:31Lá na Câmara dos Deputados, a subcomissão trabalha também em um texto,
02:37mas de outra PEC que foi apresentada pela deputada Erika Hilton.
02:41Mas, provavelmente, o relator, o deputado Luiz Gastão, do PSD do Ceará,
02:47só vai apresentar um parecer no final do mês de novembro.
02:51Por isso, o Senado, mais uma vez, pressiona a Câmara,
02:54lembrando, Nonato, só uma observação,
02:57que não é a primeira vez que a Câmara debate esse tema.
03:00Em 2009, foi aprovada em uma comissão especial uma proposta
03:04que tinha como objetivo reduzir de 44 para 40 horas semanais
03:08a jornada de trabalho, mas ela não foi pautada pelo então presidente.
03:13E em 2023, chegou a ser pautada uma proposta do deputado Reginaldo Carvalho
03:19na CCJ da Câmara, mas a oposição apresentou um requerimento
03:23para a retirada de pauta e assim aconteceu.
03:27Então, vamos ver se o Senado, dessa vez, vai conseguir se adiantar novamente.
03:31Volto com vocês.
03:32Muito obrigado.
03:33Rani Veloso, direto de Brasília, com essas informações para a gente.
03:36Assunto para o Túlio Nassa, nosso analista hoje aqui conosco
03:38no Jornal da Manhã.
03:40Túlio, a Rani lembrou aí que isso é um tema que não é novo,
03:44que não é recente, que vem sendo discutido há alguns anos,
03:47mas não avança.
03:48Cabe na nossa economia essa discussão?
03:51Como é que você vê esse tema, Túlio?
03:54Pois é, Nonato, esse é o problema, né?
03:56Tem um ditado que diz que a diferença do veneno e do remédio é a dose.
04:00É preciso, nesse assunto de direitos trabalhistas, ter muito equilíbrio.
04:04A gente não pode errar na dose, nem para mais, nem para menos.
04:07E esse tema não é discutido de hoje, não.
04:09A nossa CLT, inclusive, que é inspirada na Carta del Lavoro, de Mussolini,
04:14ela é de 1940.
04:15Então, olha só desde quando a gente discute esse tema,
04:18para achar o equilíbrio entre os direitos trabalhistas
04:21e, realmente, o desenvolvimento da economia,
04:24a flexibilização e a liberdade nas relações de trabalho.
04:27Então, nesse sentido, vamos olhar aí um pouco para o PIB brasileiro.
04:3170% do PIB é representado pela prestação de serviços e, exatamente, a qual vai ser afetada
04:38se houver essa redução da jornada 6x1.
04:41Por quê?
04:42Porque nós temos aí bares, restaurantes, lojas em shopping, prestação de serviços
04:46como academias, barbearias.
04:49São esses setores que serão afetados.
04:51E será que essa medida vai realmente provocar um melhor direito trabalhista
04:55ou vai provocar uma fuga de empregos?
04:57Vai provocar um desemprego maior?
04:59Então, por essas e por outras, Nonato,
05:01essa questão precisa ser tratada com muito equilíbrio,
05:03com muita dosimetria, com menos populismo e com menos urgência.
05:08Eu, nesse momento, pregaria a cautela
05:10e optaria por aquilo que as principais economias do mundo,
05:13como China e Estados Unidos, fazem,
05:15que é uma flexibilização das leis trabalhistas
05:17em prol da economia, em prol do mercado,
05:20mas com as garantias que nós já temos no artigo 6º da Constituição.
05:23Temos boas garantias trabalhistas
05:25e eu acho que é o mínimo necessário que deve ser mantido.
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