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00:00Olá, seja muito bem-vindo, seja muito bem-vinda.
00:07Agora são 17 horas e 30 minutos e o JP Internacional já está no ar, hoje em edição especial.
00:14Vamos ao vivo pela próxima meia hora para falar sobre a proposta de paz para a faixa de Gaza.
00:20Isso porque na tarde de ontem o grupo extremista Hamas confirmou que aceita entregar todos os reféns israelenses
00:28em troca de quase 2 mil prisioneiros palestinos.
00:31A resposta foi comemorada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
00:36que propôs o acordo de 20 pontos no começo da semana em um encontro com Benjamin Netanyahu,
00:43o quarto encontro com o premier israelense desde o retorno do republicano à Casa Branca.
00:49Agora o governo dos Estados Unidos ordenou que Israel pare com os bombardeios em Gaza
00:54para que a troca possa acontecer.
00:58Mas o Hamas ainda quer negociar os outros pontos do texto.
01:03Isso tudo ainda deve ser discutido, mas Donald Trump disse que já tem motivos para comemorar.
01:09Ontem, em um pronunciamento, ele falou sobre o apoio que recebeu de países árabes e de maioria muçulmana
01:16para que esse acordo pudesse ser destravado, para que a proposta pudesse ser levada à frente.
01:24E agora, mais do que nunca, depois de quase dois anos de guerra, há uma possibilidade forte,
01:31ou aparentemente forte, para que um cessar-fogo possa ser implementado.
01:35A gente lembra os termos básicos do acordo.
01:38Um cessar-fogo imediato na faixa de Gaza, a troca de todos os reféns israelenses,
01:43cerca de 50 por 1.500, no mínimo, quase 2.000 prisioneiros palestinos em Israel,
01:50a retirada gradual das tropas israelenses da faixa de Gaza, o desarmamento do Hamas,
01:58e um possível caminho, uma possível abertura que leve à criação de um Estado palestino.
02:04Bom, para falar sobre esse assunto, para entender tudo o que está acontecendo nesse momento
02:10na faixa de Gaza, nos Estados Unidos, ao redor do mundo, já que esse acordo mexe com todos os cantos do planeta,
02:18a gente recebe o professor de Relações Internacionais, especialista em Islã Político,
02:22o professor Danilo Porfírio de Castro Vieira.
02:25Professor, seja muito bem-vindo ao Jovem Pan Internacional mais uma vez.
02:28Você costuma estar aqui presente com a gente, sempre no estúdio.
02:31hoje à distância, mas vai se fazer presente, certamente. Seja bem-vindo.
02:37Desculpe. Eu queria estar aqui, satisfação em estar com você.
02:43E estou à sua disposição para nós tirarmos aí as dúvidas e as angústias aí,
02:49dividir angústias em relação a esse acordo.
02:53Professora, já queria começar com esse anúncio mais recente
02:56que nós tivemos agora há pouco envolvendo a Casa Branca,
03:00o presidente Donald Trump, falando que Israel deve sim parar com os bombardeios
03:04para que essa troca seja possível de ser realizada,
03:08que os reféns possam deixar a faixa de Gaza com rapidez e insegurança.
03:13Tanto os vivos quanto os mortos têm um significado todo especial
03:18para o povo judeu, o retorno dos corpos daqueles que já morreram.
03:23Isso mostra que os Estados Unidos têm a dianteira nesse momento
03:28do que está acontecendo na faixa de Gaza?
03:31Porque há muito tempo a gente falava, questionava sobre
03:33quem é que de fato tem a dianteira do que está acontecendo ali.
03:37Quem dá a ordem em quem? Israel ou Estados Unidos?
03:40Quem está acima na hierarquia, na cadeia de comando?
03:44Essa proposta que foi apresentada por Donald Trump
03:46parece colocar Washington realmente acima de qualquer outro país, não?
03:51Primeiramente, nós temos que lembrar, meu caro Fabrício,
03:57que quem afiança, quem dá apoio sustentável às ações israelenses,
04:04inclusive nós já falamos isso por mais de uma vez,
04:08quem dá, vamos dizer, o aval, o afiançamento existencial
04:14das ações políticas de Israel, inesoravelmente, são os Estados Unidos.
04:18E isso se viu ao longo de todo o conflito.
04:22Diante de toda uma crise internacional, uma sensibilização internacional,
04:28os americanos, ora com críticas, ora ratificando apoio,
04:34nunca abandonaram Israel.
04:37E nós vimos que com a ascensão de Trump ao poder,
04:42observamos a proposta que, para alguns, para muitos de nós,
04:50foi considerada, inclusive, um tanto utópica,
04:55ou que está um tanto fantasiosa,
04:58de assunção de responsabilidades dos Estados Unidos
05:03sobre a faixa de Gaza,
05:06e um processo um tanto heterodoxo de reconstrução da faixa de Gaza.
05:14Ao longo do tempo, nós observamos uma certa simpatia dessa proposta
05:20por setores israelenses,
05:22e agora, depois da visita de Netanyahu a Nova York,
05:29com a abertura da nova Assembleia Geral da ONU,
05:35nós observamos que o governo norte-americano
05:39quis dar, primeiro, assumir o controle
05:45e determinar um evento limite para o fim do conflito.
05:54E acredito eu que essa situação, Fabrício,
05:58se fez também em função daquele reconhecimento
06:02que consideramos simbólico de alguns países,
06:07grande parte deles, países europeus,
06:10Portugal, Reino Unido,
06:13sobre o reconhecimento da existência de um Estado soberano palestino,
06:20que é simbólico, nós sabemos disso,
06:22mas isso gerou, ao meu ver,
06:26não só um receio, um temor
06:29por parte de setores políticos,
06:33setores acadêmicos, entre eles eu, inclusive,
06:36como também parece que houve um temor
06:39por parte dos norte-americanos,
06:41que uma resposta de uma ação massificada,
06:47de reconhecimento do Estado palestino
06:50poderia gerar o fim da autoridade palestina
06:54por meio de uma ocupação da Cisjordânia pelos israelenses.
06:59E o que Trump fez, em reunião com Netanyahu,
07:02a primeira coisa que ele faz é determinar o quê?
07:05Um não.
07:06Um basta sobre qualquer possibilidade.
07:09Dando, inclusive, à autoridade palestina
07:13uma sobrevida, uma oportunidade de reorganização
07:17e uma importância estratégica no futuro do próprio povo palestino.
07:24E, obviamente, agora com essa proposta,
07:27os americanos assumem um protagonismo,
07:30propõem a criação de um conselho de notáveis palestinos,
07:35comprometidos com a reestruturação da reconstrução da faixa de Gaza,
07:41mas sob liderança, sob supervisão do governo Trump,
07:46sob supervisão dos norte-americanos.
07:48Ou seja, existe uma proposta concreta,
07:52me parece um compromisso americano
07:55em chegarmos ao fim do conflito,
07:58mas nós sabemos também que existem terceiros aí
08:01e os obstáculos virão deles.
08:04Professor, esse ponto, esse plano, melhor dizendo,
08:09tem 20 pontos que foram apresentados pela Casa Branca
08:12na segunda-feira.
08:13Ele é bastante complexo.
08:15Não é nada muito diferente do que a gente já viu apresentado
08:18anteriormente, mas que sempre, por algum motivo ou por outro,
08:22na hora H, o plano não avançava, o cessar-fogo não chegava.
08:25A gente separou aqui alguns pontos
08:27que mais chamaram a atenção para a gente discutir,
08:30para ver se isso realmente pode funcionar ou não.
08:33Acho que a gente tem até arte, olha só, está na nossa tela,
08:35para quem nos acompanha por imagens.
08:37O ponto número 2.
08:38Gaza será reconstruída para o benefício do povo de Gaza,
08:42que já sofreu mais do que o suficiente.
08:45Tudo isso publicado em uma conta ligada à Casa Branca
08:48no Exo, antigo Twitter.
08:50Professor, quando a Casa Branca fala em reconstrução
08:54da faixa de Gaza,
08:56essa reconstrução será paga por quem?
08:59Porque o plano não deixa isso claro.
09:03Tudo leva a crer que é capital norte-americano.
09:07Capital norte-americano, capital advindo de países do Oriente Médio,
09:14diga-se, países do Golfo, Arábia Saudita,
09:19e, quiçá, países europeus.
09:23A União Europeia, de uma forma geral.
09:25Lembre-se, Fabrício, que Trump agradece o empenho
09:31de países da região do Oriente Médio.
09:35Nós observamos também que a Arábia Saudita,
09:39hoje sob liderança do príncipe Mohamed Salman,
09:45Saúde, Saúde Salman,
09:46a Arábia Saudita quer reafirmar um papel de liderança regional na região,
09:56com a aproximação histórica com os norte-americanos,
10:00mas com uma abertura de diálogo com outras potências como China e Rússia.
10:05E, com certeza, nesse processo, o capital virá também dos sauditas,
10:11também dos países do Golfo.
10:13Lembremos do empenho do Catar nesse processo também.
10:18E, obviamente, investimento público e privado dos norte-americanos.
10:23Vamos recapitular aqui o que está acontecendo nesse momento.
10:26Agora, 17 horas e 40 minutos pelo horário de Brasília,
10:30já é domingo lá no Oriente Médio, já passou de meia-noite.
10:35O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu falou agora há pouco,
10:38fez um pronunciamento televisionado lá em Israel,
10:41dizendo o seguinte, que negociadores israelenses estão a caminho do Egito.
10:47E isso corrobora, inclusive, com o que a Casa Branca tem dito,
10:50que o enviado especial para o Oriente Médio, Steve Whitcoff,
10:54e o gênero, inclusive, do presidente Donald Trump,
10:56um dos ajudantes, assessores de Donald Trump,
10:59Jared Kushner, também viajam ao Egito,
11:02vão negociar os últimos detalhes desse acordo
11:05para que ele entre em vigor.
11:06E aí eu queria voltar, inclusive, na arte que a gente trouxe aqui agora há pouco,
11:11trazer para o ponto número 3,
11:13que fala justamente sobre o fim da guerra.
11:16Aqui eles falam o seguinte,
11:17forças de Israel deverão recuar aos pontos concordados
11:21para uma entrega dos reféns.
11:23Durante este período, todas as operações militares,
11:26incluindo bombardeios aéreos e de artilharia,
11:29serão suspensas,
11:30e as linhas de batalha permanecerão congeladas
11:33até que sejam reunidas as condições
11:36para a retirada completa e gradual.
11:39Professor, a gente vê que esse conflito
11:43não é simples de se resolver.
11:47Nós tivemos, entre janeiro e março deste ano,
11:49um cessar-fogo na faixa de Gaza,
11:50que durou menos do que o esperado.
11:53A expectativa é de que ele avançasse por mais tempo,
11:55progredisse para outras fases,
11:57o que acabou não acontecendo.
12:00O Hamas tem questionado um pouquinho
12:02essa questão da retirada gradual das tropas de Israel,
12:05alegando que se as tropas não saírem completamente,
12:08isso pode gerar algum tipo de problema.
12:11E aí me parece ser algo bastante factível, não?
12:14Porque a chance de você ter alguma faísca,
12:16e essa faísca virar fogo
12:18enquanto não houver uma retirada completa ali das tropas,
12:22pode fazer com que esse cessar-fogo
12:24acabe indo por água abaixo, não?
12:29Fabrício, também é factível que Israel
12:32não abrirá mão dos espaços conquistados
12:36sem uma garantia concreta de entrega
12:40dos corpos dos reféns mortos
12:42e da entrega dos reféns que ainda estão vivos,
12:51das vítimas da ação de sede de outubro de 2023.
12:56Então, volto também a insistir
13:00que diante daquilo que Trump publicou e declarou,
13:06o Hamas está numa situação de certa última.
13:10Um acordo aqui terá pouca flexibilidade, ao meu ver,
13:19de exigências por parte do Hamas.
13:23Qualquer ação israelense,
13:28ratificada inclusive pelos norte-americanos,
13:31pressupõe a devolução dos corpos das vítimas
13:35e da entrega dos reféns ainda vivos.
13:39Do contrário,
13:41eu me colocaria numa condição de ceticismo
13:46sobre o sucesso desse acordo.
13:50Tanto que eu volto a insistir,
13:52Trump dá um ultimato.
13:55Tudo depende do quê?
13:58Da entrega dos cidadãos israelenses,
14:01vivos ou mortos.
14:02Do contrário, a fúria virá.
14:06O inferno virá.
14:08Eu só quero saber
14:09se um movimento de índole jihadista,
14:13como o Hamas,
14:15vai se sensibilizar
14:17e atender esse tipo de exigências.
14:20Vamos com imagens ao vivo,
14:22nesse momento,
14:23da cidade de Madri, capital da Espanha.
14:25A gente acompanha
14:26uma manifestação,
14:28um protesto pro-Palestina,
14:30na capital espanhola.
14:31A Espanha é um dos países
14:33que ainda no ano passado
14:34anunciou o reconhecimento
14:36do Estado palestino,
14:37tem encabeçado junto da França
14:39esse movimento na Europa,
14:42no chamado Norte Global,
14:43os países desenvolvidos.
14:45A Espanha,
14:46que tem sido um dos países
14:47que mais se pronuncia
14:48a favor da Palestina,
14:50faz duras críticas,
14:51inclusive,
14:52ao Estado de Israel,
14:53ao governo israelense.
14:55E, nesse momento,
14:56muitos manifestantes reunidos
14:57em uma praça
14:58na região central de Madri.
15:01um evento que se confirmou
15:02também em outros locais
15:04ao redor da Europa.
15:06O sábado, aliás,
15:07foi de protestos pro-Palestina
15:09em diversos países europeus
15:11e também nos Estados Unidos.
15:13Para falar sobre isso,
15:14a gente vai ao vivo
15:14para a Munique,
15:15na Alemanha,
15:16com o correspondente
15:16Luca Bassani.
15:18Luca, boa tarde,
15:19seja muito bem-vindo
15:19aqui ao JP Internacional.
15:21Quais foram os principais pontos
15:22de manifestações
15:23aí pela Europa?
15:24Boa tarde também a você,
15:28Fabrício,
15:28a todos que nos acompanham
15:29aqui no JP Internacional.
15:31Um dia de muitas manifestações
15:33por todas as grandes cidades europeias,
15:36como você bem dizia.
15:37Na Espanha,
15:38nós observávamos agora,
15:40em Madri,
15:41esses manifestantes.
15:42A Espanha,
15:43que juntamente com a Irlanda,
15:44talvez,
15:44são os dois países europeus
15:46que mais têm criticado
15:47abertamente o governo
15:48Benjamin Netanyahu
15:49e feito ações como essa
15:52durante os últimos dois anos.
15:54De acordo com as autoridades,
15:55são cerca de 70 mil pessoas
15:57que se reuniram
15:58em cada uma dessas cidades.
16:00Na Itália,
16:01por quatro dias consecutivos,
16:02manifestações na capital Roma,
16:05os manifestantes dizem
16:06que são mais de um milhão
16:07de pessoas que compareceram
16:09às ruas da Cidade Eterna,
16:11mas isso não foi confirmado
16:12pela polícia italiana
16:14até o momento.
16:15O fato é que,
16:16sejam essas cidades espanholas
16:18ou italianas,
16:19também em Londres,
16:20Paris,
16:21cidades como a própria
16:22capital irlandesa de Dublin,
16:25também viram
16:25uma série de manifestações.
16:27Dentre as demandas
16:29dos manifestantes,
16:30nós temos o pedido
16:31para um cessar fogo imediato,
16:33para o término
16:34daquilo que eles chamam
16:35de genocídio,
16:36que acontece na faixa de Gaza,
16:37e também colocar em liberdade
16:40os ativistas
16:41que estavam na flotilha Sumud,
16:43que foi, então,
16:46interceptada pelos israelenses
16:47durante os últimos dias.
16:48Eram mais de 440 ativistas,
16:51muitos deles europeus,
16:53são dezenas de italianos,
16:55espanhóis, alemães,
16:56então, eles demandam
16:57o retorno destes manifestantes
17:00que ainda seguem
17:00sob a custódia
17:02dos israelenses,
17:03e de acordo com alguns relatos,
17:05não estariam sendo
17:05bem tratados.
17:06Vale aqui a gente fazer
17:07um adendo,
17:08que também há 14
17:09cidadãos brasileiros,
17:11o Itamaraty acompanha
17:12também a situação deles,
17:13entre eles,
17:14uma deputada federal
17:15do PT do Ceará,
17:17Luiziane Lins,
17:18que também disse,
17:20de acordo com a sua assessoria,
17:21estar sob a custódia
17:22dos israelenses.
17:23Aquilo que nós observamos
17:24é que há, sim,
17:25uma pressão popular
17:27por grande parte
17:28das lideranças mais jovens,
17:30universitárias,
17:31nos grandes centros urbanos europeus,
17:33pedindo que mudanças
17:34aconteçam também
17:35na relação
17:36entre os europeus
17:37com o Israel.
17:38alguns pedem
17:39sanções econômicas,
17:40o fim do envio
17:41de armamentos,
17:42ou até mesmo
17:42cooperação intelectual
17:44e científica
17:45com o Israel,
17:46algo que foi feito
17:46em partes,
17:47mas nós sabemos
17:48que, apesar
17:49desta pressão,
17:50muitos dos governos
17:51ainda têm uma postura
17:52muito próxima
17:53ao Estado de Israel
17:54pelos valores
17:55ocidentais representados
17:56pelo governo de Tel Aviv
17:58durante os últimos
17:5980 anos.
17:59Então, há essa distinção,
18:01mas, inevitavelmente,
18:03muitas ruas
18:04cheias durante
18:05este sábado,
18:06e, obviamente,
18:07que isso deve
18:08também repercutir
18:09politicamente
18:10ao longo da próxima semana
18:11em todo o continente.
18:13A gente, como sempre,
18:14vai ficar de olho
18:14se, de fato,
18:16isso trará
18:17alguma mudança
18:18e se aqueles ativistas
18:19de determinados países
18:21serão repatriados
18:22durante os próximos dias também.
18:24Certo,
18:24Luca Bassani,
18:25ao vivo,
18:25direto da Europa,
18:26aqui para o nosso
18:27JP Internacional.
18:28Luca,
18:29volta ao longo
18:29da programação
18:30da Jovem Pan.
18:32Vou voltar a falar
18:32com o professor
18:33Danilo Porfírio
18:34e destacar um outro ponto
18:36desse,
18:36dessa proposta
18:38de paz
18:38feita pelo presidente
18:39Donald Trump,
18:40que é o ponto número 6,
18:42que fala o seguinte,
18:43quando todos os reféns
18:44forem retornados,
18:46membros do Hamas
18:47que se comprometerem
18:48à coexistência pacífica
18:50e à entrega
18:51das armas
18:52receberão
18:53anistia.
18:54Membros do Hamas
18:55que desejarem
18:56sair de Gaza
18:57receberão
18:58uma passagem
18:59segura
19:00para países
19:01anfitriões.
19:02Professor,
19:03anistia
19:04para membros
19:04do Hamas.
19:06Isso tem como
19:07dar certo?
19:07Não abre espaço
19:08porque se fala
19:09muito no desarmamento
19:10do grupo.
19:11Até é interessante
19:11a gente lembrar,
19:12o comunicado
19:13do Hamas
19:14ontem,
19:15que fala
19:15que aceita
19:16a entrega
19:17dos reféns,
19:18a troca
19:18dos reféns
19:19pelos prisioneiros
19:19palestinos,
19:21não fala
19:21sobre o desarmamento
19:23do grupo
19:23e, aliás,
19:24fala, inclusive,
19:25que o Hamas
19:25participará
19:26com total responsabilidade
19:28do futuro
19:29da faixa de Gaza.
19:30Um ponto
19:31que é discordante,
19:33é dissonante
19:33daquilo que a gente
19:34tem ouvido
19:35em relação
19:36à Casa Branca
19:36e em relação
19:37a Israel.
19:38Agora,
19:38uma anistia
19:39para membros
19:40do Hamas
19:40não abre
19:41um espaço
19:42para um retorno,
19:43um possível
19:44novo armamento
19:45do grupo
19:45futuramente?
19:47A esperança,
19:49pelo menos
19:50na proposta
19:50do governo
19:51norte-americano,
19:52é que haja
19:53a cessação
19:55do clima
19:57de hostilidades.
19:59Ódio
20:00alimentando ódio.
20:02Violência
20:03alimentando violência.
20:05Esse é o papel
20:06da anistia.
20:07Tentarmos,
20:08de alguma maneira,
20:10pacificarmos
20:11as relações
20:12e,
20:14a partir de então,
20:15começarmos
20:16um novo
20:17parâmetro
20:18de convivência
20:20entre as partes
20:21opositoras
20:23e as partes
20:24em tensionamento.
20:25Então,
20:26esse é o grande ponto.
20:28A lógica
20:29é a lógica
20:30de começarmos
20:31um ambiente
20:32cordial.
20:33O problema
20:35é se,
20:36realmente,
20:38os integrantes
20:39do Hamas,
20:40volto a insistir,
20:42que têm
20:42uma índole
20:43jihadista,
20:45que creem
20:45numa causa
20:47de guerra cósmica,
20:48mas não discutem
20:49apenas
20:50uma questão
20:51meramente
20:52territorial,
20:53nacional
20:54ou étnica.
20:56Mas,
20:57e nem só
20:58civilizacional,
20:59mas uma questão
21:00vinculada
21:01a uma questão
21:02de curvo religioso,
21:04espiritual,
21:05transcendental.
21:06Se eles estão
21:07realmente o que,
21:08Fabrício?
21:10Dispostos
21:10a tal
21:12de
21:13largarem
21:15as armas
21:17e partirem
21:19para o que?
21:20Para um processo
21:21de diálogo,
21:23para um processo
21:24de convivência
21:26pacífica.
21:28Também
21:29temos
21:29que salientar
21:31que
21:32o Hamas,
21:35o Hamas,
21:37ele,
21:38em proposta
21:39norte-americana,
21:41pode até
21:42ter uma participação
21:44efetiva
21:44no futuro
21:45da faixa
21:48de Gaza.
21:49Só que
21:49não
21:50nas condições
21:52atuais,
21:54não nas condições
21:55vigentes,
21:56não na condição
21:58de movimento
22:00de insurgência
22:01que hoje
22:02ele assume,
22:04aliás,
22:05desde sua
22:06criação,
22:07ele tem
22:07esse papel.
22:08tanto que
22:10as margens
22:12de ação
22:13dentro dessa
22:14proposta
22:15por parte
22:15dos americanos
22:16em relação
22:17ao Hamas
22:17estão
22:18extremamente
22:19restritas.
22:20Professor,
22:21eu queria fazer
22:21aqui um exercício
22:22para a gente
22:22imaginar um
22:22pouquinho do
22:23futuro,
22:23porque se
22:24falou sobre
22:25esse órgão
22:25tecnocrata,
22:26palestino,
22:27independente,
22:29Donald Trump
22:29presidiria
22:30uma espécie
22:31de comitê
22:31internacional
22:32que se
22:33responsabilizaria
22:34por isso,
22:35que vai ter
22:36a presença,
22:36deve ter a
22:37presença
22:38de Tony Blair,
22:39ex-primeiro
22:39ministro do
22:40Reino Unido,
22:41que ficou
22:41marcado ao longo
22:42do seu mandato
22:42do Partido
22:43Trabalhista,
22:44diga-se,
22:44que não é
22:45ideologicamente
22:46alinhado a
22:46Donald Trump,
22:47é um partido
22:47de esquerda,
22:49mas que ficou
22:49muito marcado
22:50no mandato
22:51dele por ter
22:52apoiado a invasão
22:53dos Estados Unidos
22:54ao Iraque
22:55em 2003.
22:57E aí o Hamas
22:58fala que,
22:59inclusive,
23:00aceita a criação
23:01desse órgão,
23:02que esse órgão
23:03tome a dianteira
23:04porque os Estados Unidos
23:05querem uma reforma
23:06da autoridade
23:06palestina.
23:07Até aí o plano
23:08parece ser bem claro,
23:09bem definido.
23:11Mas aí eu quero
23:11fazer aqui um exercício
23:12de imaginação,
23:13professor,
23:14porque muito se fala,
23:16e isso é algo que,
23:17para qualquer pessoa
23:17que estuda um movimento
23:18terrorista,
23:19a gente fala muito
23:20que esses movimentos
23:20costumam surgir
23:22de vácuos de poder.
23:24A criação
23:25de um órgão
23:25tecnocrata,
23:26que não passa
23:27pela vontade popular,
23:29ali do povo palestino,
23:30que está na faixa de Gaza,
23:31dois milhões de pessoas,
23:33não pode acabar
23:34gerando um vácuo
23:35de poder,
23:36não pode ser um movimento
23:37talvez distante
23:38daquilo que deseja
23:39a população?
23:41Eu não vejo
23:42vácuo de poder,
23:43Fabrício,
23:43eu vejo outra questão,
23:44questão de validação,
23:46de legitimidade.
23:48Então nós vamos
23:49ter que tomar
23:50muito cuidado,
23:51diga-se,
23:52governo americano
23:53e todos os países
23:54de coalizão,
23:55devem tomar
23:56muito cuidado
23:57da forma
23:58que esse conselho
23:59tecnocrata
24:00vai ser construído.
24:03Tá,
24:03por mérito,
24:04perfeito,
24:05mas eu tenho
24:07que ter
24:07representatividade,
24:10voz perante
24:11a comunidade
24:12palestina.
24:13Nesse sentido,
24:15talvez,
24:15a autoridade
24:17palestina
24:18será ouvida,
24:19tanto que
24:20na proposta
24:21de Trump,
24:22esse conselho
24:23tecnocrático,
24:24em determinado
24:25momento,
24:26ficará,
24:27dessa autoridade
24:30multinacional
24:31ou internacional
24:33sobre liderança
24:34americana,
24:34será transferida
24:35para a autoridade
24:36palestina.
24:38Para a autoridade
24:39palestina.
24:40Então,
24:40talvez,
24:41a autoridade,
24:41nesse sentido,
24:42tem que ser ouvida
24:43para trazer
24:44personalidades
24:45que tenham
24:46capacidade,
24:47que tenham
24:48condições,
24:48mas que,
24:49acima de tudo,
24:50tenham
24:50legitimidade,
24:52para que não
24:53haja
24:54a falsa
24:55impressão
24:56que esse
24:57conselho
24:58é um conselho
24:59fantoche,
25:00um conselho
25:01manipulável
25:02que não
25:03atende
25:03aos interesses
25:04do povo
25:05palestino.
25:06Uma coisa
25:07já é positiva,
25:09aquela ideia
25:11de criar
25:13um grande
25:14resort
25:15em Gaza
25:16e as
25:17favas,
25:18a população
25:19palestina
25:20local,
25:21foi descartada
25:22e a ênfase
25:23está
25:24na população
25:25local
25:26que sofre
25:27uma tremenda
25:28carestia
25:29desde
25:302023.
25:31Então,
25:32volto a insistir,
25:32Fabrício,
25:33o problema
25:34não é de vácuo,
25:35o problema é
25:36de legitimidade,
25:38de validação.
25:39aqui pertinho do final do programa de hoje,
25:43eu queria fazer uma pergunta relacionada aos dois últimos pontos do acordo que mencionam
25:48aqui que a reconstrução da faixa de gás, a reforma da autoridade palestina,
25:54pode encaminhar, pode fazer ter as condições para a criação de um Estado palestino.
25:59Até semana passada, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu falava que um Estado palestino jamais iria existir,
26:07e ele tem apoio disso da parte mais extremista do governo.
26:10Ministro das Finanças Bezlael Smotrich,
26:13ministro da Segurança Nacional Itamar Bengvir,
26:15são a ala mais dura do governo,
26:17a ala mais ideológica.
26:19Como é que Benjamin Netanyahu vai levar esse acordo para dentro do governo?
26:24Ele vai encontrar resistência?
26:25Fabrício, olhar para o passado para entender o presente e o futuro.
26:32Essa questão do compromisso e excelência do Estado palestino,
26:38me parece que tem uma coerência retórica.
26:42Talvez Netanyahu vai acolher isso, inclusive dentro do gabinete.
26:47Se comprometer formalmente, mas sem data certa.
26:52Em tempo incerto.
26:54Em tempo indeterminado.
26:57Só tivemos uma experiência de tentativa.
27:00De tentativa de criação de um Estado palestino.
27:04E que fracassou no início dos anos 2000.
27:09Inclusive por culpa do Arafat.
27:11Por culpa em função de Jerusalém Oriental.
27:14No restante, a proposta sempre foi manter uma autonomia palestina
27:22e uma promessa distante e indeterminada de um Estado que conviveria com Israel.
27:28Eu acho que a estratégia do Netanyahu é basicamente duas.
27:32Essa que eu estou te falando, criar isso e jogar o acordo,
27:36a efetividade do cessar-fogo no colo do Hamas.
27:40Só nós, israelenses, temos o compromisso.
27:44Eu quero saber se o Hamas está realmente compromissado a tal.
27:47Esse é o ponto.
27:48Bom, conversamos com o professor de Relações Internacionais, Danilo Porfírio de Castro Vieira.
27:52Professor, muito obrigado pela sua presença aqui no JP Internacional.
27:56Vamos voltar a se falar muito em breve, porque isso aqui ainda vai repercutir bastante.
28:00Agradeço, Fabrício, um abraço e até mais.
28:04Até a próxima.
28:05Agora são 5 horas e 58 minutos.
28:08O JP Internacional dessa semana vai ficando por aqui,
28:11mas a gente segue de olho em tudo o que acontece ao redor do mundo.
28:14Nosso próximo encontro é no sábado que vem e ao longo de toda a programação da Jovem Pan News.
28:18Você fica agora com a Beatriz Manfredini, no Linha de Frente, edição especial de sábado.
28:24Muito obrigado pela sua companhia e até a próxima.
28:26A opinião dos nossos comentaristas não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
28:38Realização Jovem Pan
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