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Olhar Espacial: como surgiram as constelações?
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há 3 meses
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00:00
E chegou a hora da coluna Olhares Facial com Marcelo Zurita e o tema de hoje, constelações.
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Afinal, como elas surgiram e como elas se apresentam em diferentes culturas astronômicas.
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Então, chegou a hora de ir com ele, Marcelo Zurita. Vamos juntos!
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Olá pessoal, saudações astronômicas.
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Se você já teve a oportunidade de olhar para o céu estrelado numa noite sem lua, num local escuro, afastado dos centros urbanos,
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então você conhece a fascinante sensação de estar mergulhada em um mar de incontáveis estrelas.
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Para os nossos ancestrais, essa visão inspiradora também trazia uma questão prática.
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Como se localizar e aprender com esse imenso palco celeste?
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A solução encontrada foi engenhosa e, de certa forma, poética.
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Agruparam os pontos de luz de modo a formar figuras familiares.
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Assim nasceram as constelações, um conjunto de estrelas próximas que transformaram um aparente caos cintilante em narrativas celestes.
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As constelações são a forma que a humanidade encontrou de dar sentido ao céu.
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Os astros salpicados aleatoriamente na noite ganharam formas e, junto a elas, histórias.
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Mitos que ajudaram os antigos a perpetuar o conhecimento astronômico e criar mapas do céu que orientavam os viajantes
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e influenciavam a agricultura dos povos ancestrais.
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Mas, afinal, o que são as constelações?
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Ciência ou poesia?
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As constelações nada mais são do que agrupamentos de estrelas,
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que, do nosso ponto de vista, parecem formar figuras, criações da nossa imaginação.
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A mente humana é hábil em encontrar padrões que nos lembram formas conhecidas.
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Por isso, enxergamos animais nas nuvens, rostos em frutas, vegetais e até mesmo em Marte.
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E, quando olhamos para as estrelas, nossa mente liga os pontos e enxerga as constelações.
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Vistas aqui da Terra, temos a impressão de que as estrelas de uma mesma constelação estão próximas entre si.
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Mas essa é apenas uma ilusão.
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Órion, por exemplo, um dos conjuntos mais famosos do céu, tem Bellatrix a apenas 250 anos-luz de distância,
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Betelgeuse a cerca de 640 anos-luz e Aonilan a 1250 anos-luz da Terra.
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Para nós parecem vizinhas, mas no espaço estão mais afastadas do que alguns familiares depois das últimas eleições.
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Mesmo assim, desde os primórdios os humanos encontraram nessas ilusões um poderoso aliado.
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Povos antigos usavam as constelações para marcar as estações do ano, prever períodos de plantio e colheita,
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se orientar em viagens e, claro, contar histórias.
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Para os gregos, o céu era um palco mitológico.
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Órion, o caçador, Andrômeda, a princesa, Perseu, o herói.
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Já os egípcios associavam estrelas e constelações aos ciclos do Nilo, fundamentais para a agricultura.
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Do outro lado do mundo, os chineses viam o céu dividido em centenas de pequenos asterismos,
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cada qual ligados ao imperador, à corte e à ordem terrena.
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E nas Américas, povos indígenas identificaram figuras mais próximas da vida cotidiana,
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animais, ferramentas e caçadas,
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muitas vezes formadas não apenas pelas estrelas,
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mas também pelas manchas escuras e luminosas da Via Láctea.
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Assim, cada cultura projetou no céu seus próprios medos, sonhos e esperanças.
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Para a cultura ocidental, o céu do Hemisfério Norte foi povoado por heróis, monstros e deuses da mitologia clássica.
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Mais tarde, durante as grandes navegações,
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astrônomos europeus se depararam com estrelas invisíveis do Norte
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e batizaram novas constelações com um olhar mais moderno.
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Surgiram no céu um telescópio, uma régua, uma bússola, um barco a vela inteiro,
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um tucano, um peixe dourado.
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E, claro, o Cruzeiro do Sul,
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que se tornou não apenas uma referência na navegação,
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mas um símbolo da própria identidade dos países do Hemisfério Sul.
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O contraste é curioso.
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Enquanto os antigos viam heróis e mitos,
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para os modernos eram os instrumentos de ciência e a natureza
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que orientavam o nosso futuro.
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Entre as constelações mais famosas,
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algumas brilham em destaque em qualquer céu.
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Órion, o Caçador, é visível em ambos os hemisférios
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e facilmente reconhecível por seu cinturão de três estrelas alinhadas,
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Aunilã, Aunitake e Mintaka,
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que nós preferimos chamar de Três Marias.
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A ursa maior no Hemisfério Norte
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é usada há séculos para encontrar a estrela polar,
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referência essencial para os viajantes e navegadores.
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Escorpião com sua estrela vermelha,
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Antares, como um coração pulsante,
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é um espetáculo das noites de inverno no Brasil.
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E o já citado Cruzeiro do Sul
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é o guia mais confiável do nosso hemisfério.
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Prolongando seu eixo maior,
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chega-se ao Polo Sul Celeste.
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Antigamente, cada cultura via o céu à sua maneira
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e tinha suas próprias constelações.
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Como um forró da Brucelose com a mesma melodia do Guns N' Roses.
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Mas essa liberdade poética trouxe um problema prático.
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A falta de padronização no céu.
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Imagine a frustração de um astrônomo informado
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de uma supernova observada na constelação de Noctua,
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só que ele não faz ideia de onde fica Noctua.
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Até o início do século XX,
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não havia consenso sobre as constelações
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e isso limitava a integração entre astrônomos de diferentes culturas.
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Foi só em 1922
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que a União Astronômica Internacional
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entrou em cena e colocou ordem na casa.
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Ficou decidido,
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seriam oficialmente 88 constelações
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cobrindo todo o céu.
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Aproveitando a herança das tradições antigas,
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como as constelações egípcias e greco-romanas
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imortalizadas no almagesto de Ptolomeu.
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E somando as modernas introduzidas por Bayer e Lacalle
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durante as grandes navegações.
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Além das figuras e mitos,
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cada constelação passou a ter fronteiras bem definidas.
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O firmamento se tornou um grande mapa oficial
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dividido em 88 territórios celestes.
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Ainda poético,
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mas agora com endereços certos.
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Desde então,
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quando dizemos que uma estrela ou galáxia
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está em determinada constelação,
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estamos nos referindo a essa divisão oficial.
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As constelações celestes são estruturas imaginárias
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que unem a ciência, a poesia e a cultura.
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Aproximam os astros do céu de nós,
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meros mortais aqui na Terra.
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E nos mostram que o universo pode ser
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tanto ciência quanto poesia.
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Hoje sabemos que as estrelas que compõem uma mesma figura
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estão a distâncias imensas umas das outras
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e não compartilham nenhuma ligação física.
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Mesmo assim,
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continuam unidas por algo muito mais forte
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do que a gravidade,
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a nossa imaginação.
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As constelações são o espelho da humanidade no céu.
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Cada cultura deixou nelas um pedaço da sua criatividade,
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de seus medos e de suas esperanças.
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Enquanto olharmos para as estrelas
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e tivermos a capacidade de traçar linhas invisíveis
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identificando figuras do folclore
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ou do nosso dia a dia,
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nunca nos perderemos no imenso palco estelar do universo.
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Afinal, a invenção das constelações
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nos ajudou não apenas a localizar os astros,
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mas também a encontrar o nosso próprio lugar no cosmos
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e guiar a nossa jornada para as estrelas.
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Bons céus a todos
07:44
e até a próxima!
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