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A Comissão Mista de Orçamento aprovou um aumento no Fundo Eleitoral para o pleito de 2026, chegando a quase R$ 5 bilhões. O valor, que será destinado às campanhas políticas, é visto por alguns especialistas como um exagero no uso de dinheiro público.
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NotíciasTranscrição
00:00A comissão mista de orçamento aprovou nesta terça-feira o aumento do fundo eleitoral para quase 5 bilhões de reais em 2026, no ano que vem.
00:10O trecho foi aprovado de forma simbólica pelos deputados e senadores, sem qualquer objeção, e prevê cortes em despesas discricionárias e também emendas.
00:21Criado em 2017, após a proibição do financiamento empresarial de campanhas, o fundão é usado para custear gastos como propaganda, material gráfico, cabos eleitorais e também logística.
00:35Nos bastidores, a aposta é que os parlamentares aumentem ainda mais o valor do fundo eleitoral.
00:42Começar essa com o Roberto Mota.
00:44A comissão aprovou o aumento do fundo eleitoral, quase 5 bilhões de reais, Mota.
00:52Esse é o preço da democracia.
00:55Ou alguém aqui achou que democracia vinha de graça?
00:59Nós somos um país de dimensões continentais.
01:02Só na última eleição, eu verifiquei esse dado em 2020, na última eleição municipal, foram disputados 58 mil cargos de vereador.
01:1358 mil cargos.
01:16Imagine a quantidade de candidatos.
01:18É lógico que tudo isso custa muito dinheiro.
01:22Agora vamos só colocar as coisas em perspectiva.
01:25O orçamento do governo federal prevê 5 trilhões com T de arrecadação.
01:32Se o fundão eleitoral é 5 bilhões, isso dá 0,1% do orçamento.
01:39A gente pode comparar esses 5 bilhões também com os 16 bilhões que foram aprovados para a Lei Rouanet,
01:48para fazer show, para montar peças, fazer filmes.
01:52Vamos comparar isso com o dinheiro gasto nas viagens internacionais, só na COP28, em Dubai.
02:02Vamos lembrar desse número, foram mais de 1.300 pessoas na comitiva do governo.
02:08A base de uma democracia é a eleição.
02:14Não dá para a gente criar um sistema onde o poder é alocado com base em votos e aí recriminar os políticos,
02:22porque eles querem ter votos.
02:25Um deputado, um senador, ele só existe se ele receber votos suficientes.
02:31Não é à toa que a obsessão dos parlamentares é voto.
02:36É assim que funciona a democracia.
02:39Não dá para criar um sistema assim e depois reclamar que os políticos só pensam em votos.
02:44As campanhas são cada vez mais concorridas, cada vez mais caras.
02:49Esse é o preço da democracia.
02:52É um sistema horrível, mas ainda é o melhor de todos que existem.
02:57Pois é, inclusive a enquete do dia trata dessa questão.
03:02Se você que nos acompanha puder, entre no portal da Jovem Pan e vote.
03:06Quero saber a sua opinião sobre o fundo eleitoral, o aumento desse recurso destinado às campanhas eleitorais.
03:13Você, Coba, acha necessária a ampliação desse fundo eleitoral, quase 5 bilhões de reais para financiar essas campanhas?
03:21Muitos falam, é, isso é ótimo porque evita a troca de favores entre políticos, partidos e as empresas.
03:30No passado tinha isso.
03:32O problema maior, Caniato, não é de onde vem o dinheiro.
03:36A gente tinha no passado aquela discussão toda.
03:38Se uma empresa financia um candidato, depois ela vai querer ser beneficiada em contratos públicos, em licitações, enfim.
03:45Então, acabar com financiamento privado é fechar uma brecha para corrupção.
03:49Até parece que desde então nunca mais houve corrupção no poder público, né, envolvendo pessoas jurídicas.
03:55E aí se colocou totalmente o custo de uma campanha no bolso do candidato?
04:01Não.
04:02Até pode, ele pode fazer alguma doação até com determinado limite, enfim.
04:05Mas se colocou na conta do povo.
04:07Porque fundo eleitoral não é nada mais do que todos nós pagando para alguém imprimir santinho, fazer viagem, abastecer, pagar cabo eleitoral.
04:15O povo todo pagando para as pessoas se candidatarem.
04:19Há cargos públicos eletivos.
04:22E nessa faixa dos 5 bilhões.
04:25E aí a gente pensa, poxa, 5 bilhões é o preço da democracia.
04:29Isso tem que ter, as pessoas têm que ter acesso às ideias, às propostas, ao que pensam os candidatos,
04:35para não se enganarem, como se ninguém nunca tivesse enganado com candidato nenhum,
04:40desde que esse valor começou a subir consideravelmente nas últimas campanhas.
04:46Mas esse não é ainda o grande problema não, viu, Caniato?
04:49O grande problema é quem administra e quem gere esses 5 bilhões.
04:54Porque não pensem que os 5 bilhões serão divididos igualitariamente para qualquer pessoa do povo que queira se candidatar numa eleição.
05:03Não, esse dinheiro é distribuído de acordo com a conveniência do líder partidário, do dono do partido,
05:11porque no Brasil o partido tem dono.
05:13Então o dono do partido escolhe quem é o candidato que ele vai dar um determinado valor,
05:19e para um tem todo o valor, e o outro, que é para compor uma chapa,
05:23no mais das vezes até algumas laranjas, né, para compor cota de gênero e etc.,
05:29esses aí constam na nossa lista, mas vocês não vão ganhar nada,
05:34porque esse cidadão aqui é um cidadão da prateleira de cima.
05:37Eu, dono do partido, escolhi que essa pessoa tem mais direito de acessar o dinheiro público
05:42do que você ou outro que está com boas ideias, tem boas propostas,
05:46mas eu acho que você não deve ter esse dinheiro todo.
05:49E aí isso vira um clube do bolinha em que poderosos administram esses 5 bilhões.
05:57Donos de partidos, candidatos preferidos de determinados partidos,
06:02isso vira até leilão para a maioria dos candidatos, inclusive.
06:06Os viáveis, eles estão vendo agora qual é o partido que vai me dar mais fundo eleitoral.
06:12É pela ideologia que ele se filia?
06:14É porque o partido tem uma visão sobre economia que casa com a visão dele sobre economia?
06:18Não, é porque o partido tem uma missão em relação a determinadas políticas de saúde
06:23que casam com as visões dele sobre aquela área?
06:27Não, ele vai para onde paga mais, né? Leilão.
06:30E aí a gente vê o resultado dessa matemática toda complexa
06:36na nossa produção legislativa, no nosso Congresso Nacional.
06:39porque, teoricamente, quem já é deputado, quem já teve base,
06:44quem ficou 4 anos usando de emendas parlamentares, terá maior probabilidade de ser eleito.
06:49Então eu vou colocar esse cara no leilão, dá para ele muito fundo eleitoral,
06:53e ele vai fazer o quê? Se perpetuar no poder.
06:55No final das contas, o fundão eleitoral serve, inclusive,
06:57para impedir de novas pessoas, novas ideias entrarem no poder político
07:05para inovarem, para oxigenarem a nossa política,
07:09e a gente vai vendo aqueles mesmos de sempre coronéis continuando na política.
07:13Presidentes de partidos mais caciques do que nunca,
07:17com 5 bilhões de reais nas mãos para tocarem as campanhas eleitorais.
07:23Pois é, Caniato.
07:26Eu, infelizmente, vou ter que dar razão a Nelson Rodrigues,
07:29que dizia que não se faz literatura, política e futebol com boas intenções.
07:35Ou seja, se faz política, é com grana.
07:38É isso que nós estamos percebendo.
07:40Se faz eleição, é com grana e muita grana.
07:42Ora, eu vou lembrar que isso começou,
07:44essa discussão do financiamento público de campanha,
07:47começou, salvo engano, no governo da Dilma.
07:49E foi muito debatido, e o motivo era exatamente esse,
07:53de evitar o financiamento privado, caixa 2 de campanha.
07:57Então, se todos os candidatos tiverem financiamento público,
08:00eles não precisarão recorrer à iniciativa privada.
08:03Mas alguém acredita que não há financiamento privado
08:07junto com financiamento público?
08:09Será que isso foi capaz de eliminar a corrupção no país?
08:12Não me parece óbvio que isso tenha acontecido.
08:15Então, o que de fato acontece é uma sangria de recurso público
08:19para financiar a campanha desses candidatos.
08:21E aí vem os números, né?
08:23Ora os números, 5 bilhões.
08:255 bilhões é pouco se comparado ao orçamento anual, né?
08:29O Mota fez uma boa reflexão em relação a isso.
08:31Parece que sim.
08:32Mas se a gente olhar nos detalhes mesmo, né?
08:35E diz que o diabo mora nos detalhes, né?
08:375 bilhões, o que representa 5 bilhões?
08:405 bilhões, por exemplo, representa um corte necessário
08:45que o governo federal deve fazer para alcançar a meta fiscal,
08:49segundo o Tribunal de Contas da União.
08:51Exatamente 5 bilhões o governo precisa hoje cortar.
08:54E aonde que o governo está tirando recurso?
08:57O governo não, né?
08:58O Congresso Nacional, com essa emenda que ele sugeriu,
09:01da onde que ele quer tirar recurso?
09:03Das tais dotações discricionárias.
09:06Alguém sabe o que é isso?
09:07Dotações discricionárias são aquelas que não há verba carimbada
09:11e servem exatamente para investimentos,
09:14para obras públicas relacionadas a investimentos.
09:17Por exemplo, saneamento básico.
09:19O que não daria para fazer de saneamento básico
09:22com 5 bilhões de reais?
09:24Então é um dinheiro muito importante.
09:27Não acho que deveria servir para fundo partidário
09:30ou para fundo eleitoral, Caniato.
09:31É um valor absurdo.
09:33Pois é, várias mensagens aqui,
09:35muitas críticas da nossa audiência
09:38em relação ao aumento do fundo eleitoral.
09:40Agradecer muito a mensagem do Williams,
09:42Deusdete, o Osmar Maso,
09:44lembrando, inclusive, um jargão de um jornalista.
09:48Isso é uma vergonha.
09:50Você, Mota, se não fosse o financiamento
09:53com dinheiro público,
09:55você acha melhor a modelagem do financiamento
09:58por meio de empresas
09:59ou até a doação via pessoa física, hein, Mota?
10:03Tem algum modelo que você entende
10:05que seria mais adequado para a nossa realidade?
10:09Não, Caniato.
10:10Eu não conheço nenhum modelo
10:13de financiamento político,
10:15de campanha de partido,
10:16que seja perfeito,
10:18que seja imune a críticas.
10:20Os Estados Unidos têm um modelo
10:21completamente livre
10:23e muita gente critica.
10:26Muita gente acha que um modelo
10:27completamente livre
10:29permite abuso de poder econômico.
10:32Eu acho que é uma coisa óbvia.
10:34Se não existe nenhuma regra,
10:36aqueles que conseguem mais dinheiro
10:38vão ter uma vantagem
10:39sobre os que não conseguem.
10:41Eu não conheço nenhum modelo
10:43que não tenha defeitos.
10:46Eu acho que o maior defeito
10:48do nosso modelo atual
10:49é o fato de que ele usa dinheiro público.
10:53Acho que esse é um grande defeito.
10:55O Cobo apontou um outro defeito também
10:57que qualquer um
10:58que já participou de uma campanha política
11:00descobre.
11:02Olha, você...
11:03Depois que você consegue
11:04a graça de ser admitido
11:07em um partido,
11:08primeiro,
11:08você tem que conseguir isso.
11:10Depois,
11:11você tem que conseguir
11:11que a sua candidatura
11:13seja aprovada.
11:14Olha,
11:15se prepare,
11:16não é moleza, não.
11:17Aí, por último,
11:18tem a questão do dinheiro
11:20da campanha.
11:21Se você não tiver
11:22algum relacionamento especial
11:24ou não for filho de alguém,
11:26você vai receber duas balas
11:28e um pirulito
11:29e lamba os veiços.
11:31Essa é a regra.
11:32Agora,
11:33eu não consigo imaginar
11:34que essa regra
11:36no esquema de financiamento
11:38como a gente tem aqui
11:39seja muito diferente
11:40em nenhum lugar.
11:41Se você coloca
11:42o poder
11:43que a legislação brasileira
11:45coloca
11:45em cima dos dirigentes
11:47partidários,
11:48é óbvio
11:49que os dirigentes
11:49vão privilegiar
11:51aquelas pessoas
11:52que eles querem.
11:53A dificuldade
11:54que eu tenho
11:54é de imaginar
11:55que aqui no Brasil
11:56seja possível,
11:58aqui no Brasil
11:59e na maioria dos países,
12:00seja possível
12:02criar um sistema eleitoral
12:04que realmente
12:05seja 100%
12:07a favor do povo,
12:08do eleitor,
12:09da diversidade
12:10de ideias.
12:11Meus amigos,
12:11em todos os lugares,
12:12são as raposas
12:13que fazem as leis.
12:15Como é que nós vamos
12:16querer que os políticos
12:17que se beneficiam
12:19das regras,
12:20como é que a gente vai
12:21querer que eles
12:21façam uma regra
12:23que não beneficie eles?
12:24Nos Estados Unidos
12:25é a mesma coisa.
12:26Eu,
12:27eu adoro
12:28o sistema de voto
12:30distrital,
12:31que é o que
12:32existe nos Estados Unidos,
12:34mas
12:35há pessoas
12:36que fazem críticas
12:37muito fortes
12:38ao sistema
12:39distrital.
12:40Elas dizem,
12:41olha,
12:41o sistema distrital
12:42é o que causou
12:44o fato de que
12:45nos Estados Unidos
12:46só tem dois partidos
12:47de verdade mesmo,
12:48o republicano
12:49e o democrata.
12:50Qualquer outro partido
12:51tem chance zero
12:52de conseguir
12:53um espaço
12:54na política,
12:55porque no sistema
12:56distrital
12:57isso não funciona,
12:58isso só funciona
12:59no sistema proporcional.
13:01Já no nosso sistema
13:02aqui,
13:02a gente sempre critica
13:03a história
13:04do campeão de votos,
13:06né?
13:06Você bota um sujeito lá,
13:07comediante,
13:08ator de novela,
13:09que tem um caminhão
13:11de votos,
13:12ele leva junto
13:13com ele
13:13três ou quatro
13:14ou cinco pessoas
13:15das quais você
13:16nunca ouviu falar
13:17e que agora
13:18vão ter um assento
13:19no Congresso Nacional.
13:20Então,
13:21não existe
13:22sistema perfeito,
13:24não existe
13:24sistema eleitoral
13:26perfeito,
13:27nem de financiamento
13:27de campanha
13:28perfeito.
13:29A gente tem que
13:29ter essa consciência.
13:31A partir do momento
13:32em que os políticos
13:33fazem as regras,
13:35qualquer regra
13:36sempre vai beneficiar
13:38dos políticos.
13:39Pois é,
13:39o Koba mencionou
13:40esse poder exacerbado
13:42na mão dos presidentes
13:43dos partidos,
13:44que mandam e desmandam,
13:46dizem quem é que vai
13:47prosperar e quem não vai
13:49em uma campanha eleitoral,
13:50porque vão liberar
13:51ali o dinheiro
13:52para determinada
13:52campanha.
13:54Você, Koba,
13:55olhando essa situação,
13:56as muitas críticas
13:57que são feitas
13:57em relação
13:58ao volume
14:00de dinheiro
14:01para o fundão eleitoral,
14:02como disse o Túlio,
14:04esse dinheiro
14:04poderia ser utilizado
14:05para determinada área.
14:07isso daqui poderia
14:09ter um incremento
14:10de recursos.
14:10Por que não usar
14:11o fundo eleitoral?
14:12Enfim,
14:12muitas discussões
14:13a respeito
14:13dessa possibilidade.
14:15Tem um modelo
14:15que te agrada mais,
14:16Koba?
14:17A possibilidade
14:18das empresas
14:18voltarem a financiar,
14:20mas com algum controle
14:22ou financiamento
14:24com doações,
14:25pessoas físicas,
14:26isso beneficiaria
14:26aqueles que são
14:27mais ricos?
14:29Olha,
14:29Caniato,
14:29de fato,
14:30a empresa,
14:31as pessoas jurídicas
14:32financiarem com valores
14:34milionários
14:35das campanhas
14:36não faz bem
14:37para as questões
14:39de compliance,
14:43enfim,
14:43de prevenção
14:44contra a corrupção.
14:47Principalmente
14:47porque essas empresas
14:48são praticamente
14:49obrigadas,
14:50eram no passado.
14:51Se a gente pega
14:51algumas campanhas
14:52de 2010 para trás,
14:55os bancos,
14:56por exemplo,
14:56eles davam tantos milhões
14:57para o candidato A
14:59e tantos milhões
14:59para o candidato B,
15:01dois que concorriam
15:02num segundo turno,
15:03por exemplo.
15:04não dá para dizer
15:05que o banco
15:05acreditava
15:06nas ideias
15:07do A ou do B,
15:07ele simplesmente
15:08não queria ficar mal
15:09com um ou com o outro,
15:10enfim,
15:11a gente tinha
15:11esse tipo
15:12de contraste
15:15exótico
15:16aqui no Brasil
15:16com os financiamentos
15:18das empresas,
15:20principalmente.
15:21Então,
15:21no meu ponto de vista,
15:22eu acho que a gente
15:23poderia, assim,
15:23pensar em ampliar
15:25um pouco mais
15:25a doação
15:26de pessoa física,
15:27porque daí a gente
15:28sabe que pessoa
15:29se conecta com pessoa,
15:30a chance
15:30da pessoa estar doando
15:32do dinheiro dela
15:33pessoa física
15:33para um candidato
15:34vai ter maior
15:35probabilidade
15:36de estar ligada
15:37a uma ideia
15:39ou a um projeto
15:40que faça sentido
15:41ou a, de fato,
15:43uma proposta
15:43que tenha a convencido.
15:45Então,
15:45no meu ponto de vista,
15:46o financiamento
15:47por pessoas físicas
15:48poderia ser ampliado
15:50em campanhas eleitorais.
15:51Segundo ponto,
15:52no meu ponto de vista,
15:53a gente deveria, sim,
15:54ter divisão
15:56igual,
15:59divisão
15:59da mesma proporção
16:02para todos os candidatos
16:03de uma chapa,
16:04sem esse tipo
16:05de um ter mais dinheiro
16:06do que o outro.
16:07Você quer ser candidato?
16:08Todos os candidatos
16:10aqui terão,
16:11por força de lei,
16:12a divisão igualitária
16:13da verba pública.
16:15Isso já poderia resolver,
16:16mas o Motagent já bem disse,
16:17quem fazem as leis
16:18são as raposas.
16:20Imagine só qual a chance
16:21disso acontecer.
16:23Não acredito nisso
16:24num futuro tão próximo.
16:26Pois é,
16:26poderia, inclusive,
16:27diminuir o número
16:27de candidatos, né?
16:29Porque daí todos
16:30teriam um valor
16:31um pouco mais robusto
16:33para empregar
16:34nas suas campanhas.
16:36E aí, naturalmente,
16:37o presidente do partido
16:39também seria mais cuidadoso
16:41na escolha daqueles
16:42que representariam
16:43a sigla
16:44para disputar
16:46uma eleição.
16:47Quer fechar, Túlio,
16:48um último apontamento
16:49em relação a essas reflexões
16:51ao modelo
16:53ou para ajudar
16:54nesse debate?
16:56Chegaremos em um momento
16:57em que essas questões
16:59serão colocadas
17:00em discussão.
17:01Parece que há
17:01um entendimento
17:02que o fundão,
17:03neste momento,
17:04atende às necessidades
17:06dos partidos.
17:07Mas atende
17:08à necessidade
17:08do cidadão brasileiro,
17:10Túlio?
17:11Exatamente esse ponto
17:12que eu quero complementar,
17:14Caniato.
17:14Na verdade,
17:15eu acredito que essa
17:16é uma necessidade
17:17fabricada.
17:18Esse volume de dinheiro
17:19não é necessário
17:20para fazer campanha.
17:21Eu quero lembrar aqui
17:22na campanha de 2018,
17:24em que Jair Bolsonaro
17:25tinha um partido pequeno,
17:27tinha pouquíssimo tempo
17:29de televisão
17:29e ganhou as eleições
17:31com pouco recurso.
17:32Por quê?
17:33Porque nós vivemos hoje
17:34num mundo de rede social,
17:35num mundo de internet.
17:37As informações circulam
17:38muito mais livremente
17:39do que outrora.
17:40Além do fato
17:41da imprensa também
17:42todos os dias
17:43falar sobre política.
17:45Esses personagens
17:46hoje da política
17:46são extremamente falados,
17:48famosos.
17:49O eleitor tem condições
17:50de saber, sim,
17:51quem votar?
17:52Não é por conta
17:53dos cinco bilhões.
17:54Há vários outros meios
17:55capazes de resolver
17:57essa situação
17:57e de minimizar
17:58essa necessidade
17:59que, para mim,
18:00Canhato,
18:01ela é muito fabricada.
18:02Pois é, não é interessante?
18:03Só para a gente fechar,
18:05o Túlio lembra
18:06do episódio de 2018
18:07que fugiu completamente
18:08a regra, né, Mota?
18:10A campanha de Jair Bolsonaro,
18:12se a gente analisar friamente,
18:14foi uma campanha
18:15relativamente simples, né?
18:17Ele se apoiou
18:18na campanha digital,
18:19algo que ele já fazia,
18:21inclusive na pré-campanha, né?
18:24Convivia muito bem
18:25no ambiente digital
18:26e deu muito certo
18:27em 2018.
18:28Curiosamente,
18:29o PSL já gigante
18:32em 22,
18:33ele não teve
18:34a mesma performance
18:35que em 18
18:36por N razões.
18:39Mas é preciso considerar
18:40que seria possível, sim,
18:42diminuir o valor
18:43do fundo eleitoral
18:44e que os candidatos
18:45apostassem mais
18:46no ambiente digital.
18:48É algo a se pensar, né, Mota?
18:51Claro, seria possível
18:52reduzir o fundo a zero.
18:55Eu penso assim.
18:57Cada um que se vire.
18:58Você quer fazer
18:59campanha política?
19:01Tem algum dinheiro guardado?
19:02Use o seu dinheiro.
19:03Não tem?
19:04Passa o chapéu,
19:06peça às pessoas aí
19:07uma graninha
19:07e coloque o seu dinheiro.
19:10Se você mesmo
19:11não acredita em você
19:12para colocar o seu dinheiro
19:13na sua campanha,
19:14como é que você vai querer
19:15que os outros acreditem?
19:17Mas isso não vai acontecer,
19:18caniado.
19:19Uma outra razão
19:20muito importante
19:21pela qual isso
19:22não vai acontecer
19:23é que existe
19:24uma enorme indústria
19:26nesse país
19:27que funciona
19:28em torno das eleições.
19:30A cada dois anos
19:31é uma fortuna
19:32de dinheiro
19:33que é gasto
19:34para contratar
19:35marqueteiro,
19:36contratar fotógrafo,
19:38contratar o advogado
19:40que tem que ser contratado
19:42de acordo com a tabela
19:43da OAB,
19:44mínima.
19:45É um monte de gente
19:47que sobrevive com as
19:48campanhas eleitorais
19:49de dois em dois anos.
19:51Então eu acho
19:52muito difícil
19:52você conseguir
19:53passar por cima
19:55desses interesses todos.
19:57Mas que seria
19:59ideal,
20:00seria.
20:01Pois é,
20:01as produtoras de vídeo
20:02também,
20:03elas faturam muito
20:04nessa época.
20:05Digo isso porque
20:05eu já trabalhei
20:06há uns 20 anos
20:07em uma campanha eleitoral
20:08e uma produtora de vídeo.
20:09E aí
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