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O distanciamento entre os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e do Senado, Davi Alcolumbre (União), pode travar pautas importantes. O clima entre os dois não está dos melhores após o Senado barrar a PEC da Blindagem. Agora, projetos como a isenção do IR e o PL da Dosimetria correm o risco de se arrastar. Reportagem: Rany Veloso.

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Transcrição
00:00Vamos falar agora, mais um pouquinho agora sobre movimento político.
00:03Eu quero aproveitar e mandar um abraço para o Wilton Alves, que sempre acompanha a gente aqui no 3 em 1.
00:08Obrigado pela tua companhia todos os dias.
00:10Depois do engavetamento da PEC da blindagem, o clima entre os representantes do Congresso parece que não está dos melhores.
00:17O Rani Veloso, estão trancando a portinha ali entre as duas casas novamente, Davi Alcolumbre, Hugo Mota,
00:24não querem se encontrar, se estão na mesma rodinha, só dão aqueles olhares de relance, mas sem muito papo.
00:31O que está rolando aí, hein, nesse rame-rame político, hein, dona Rani?
00:39Olha, Evandro, é aquele clima de Guerra Fria, né?
00:43Não tem bomba, não tem ataque expresso, mas tem aquela disputa, disputa de poder.
00:50É o que a gente mais acompanha aqui no Congresso Nacional.
00:53Isso porque as pautas que foram aprovadas pela Câmara dos Deputados,
00:58quando chega lá no Senado, está tendo uma certa resistência.
01:02E isso está desagradando e muito os deputados federais.
01:06Acabei de conversar aqui com uma fonte que me disse o seguinte,
01:09os deputados estão com, abre aspas, ódio dos senadores, fecha as aspas.
01:15E claro que esse clima reverbera entre os presidentes das duas casas.
01:22Mas também me disseram que eles não estão, assim, Davi Alcolumbre, presidente do Senado,
01:27e Hugo Mota, presidente da Câmara, eles não estão, assim, inimigos declarados.
01:32É realmente aquele clima só de tensão, Evandro, que já significa muita coisa.
01:37Isso por causa tanto da PEC da blindagem, que foi uma derrota para os deputados,
01:42quando ela foi enterrada por unanimidade no Senado Federal,
01:46quanto pelo imposto de renda que o Senado se antecipou.
01:49A gente mostrou ontem aqui que a Artulira chamou o Renan Calheiros de oportunista.
01:54São dois opositores no estado de Alagoas.
01:57E isso tem gerado esse mal-estar.
02:00E até, inclusive, deputados parlamentares do mesmo estado se atacando.
02:05Por exemplo, lá na Paraíba, o cabo Gilberto, deputado federal pelo PL,
02:10chamou o senador Efraim de frouxo por não ter votado a favor da PEC da blindagem.
02:18Só para você ter noção.
02:19Também acabei de falar com uma fonte do Senado e outra fonte da Câmara.
02:24E essas duas fontes me disseram que ainda não há nem previsão de encontro
02:30entre Davi Alcolumbre e Hugo Mota.
02:33Porque a gente lembra que nessa semana a gente deu aqui essa informação em primeira mão
02:38que eles iriam se encontrar em um jantar,
02:42que seria um jantar, um encontro na residência oficial,
02:45que estava sendo articulado pelo relator do PL da dosimetria,
02:48Paulo Lindo da Força, porque ele está com medo de respingar também nessa pauta.
02:52E deve respingar negativamente nessa pauta.
02:56E esse encontro não aconteceu.
02:58Foi desmarcado, não há clima e não tem previsão.
03:01Acabei de confirmar, não tem previsão, não tem expectativa.
03:06E ontem a gente lembra que Hugo Mota negou que o Senado tenha traído a Câmara dos Deputados.
03:12Isso porque também nos bastidores do Congresso eu ouvi que havia um acordo
03:17para o Senado levar adiante a PEC da blindagem,
03:20mas esse acordo não havia sido cumprido por Davi Alcolumbre.
03:24E agora a Câmara só vai levar adiante o projeto de lei da dosimetria ou da anistia
03:31se tiver um aval do Senado.
03:34Que é para não passar mais um capítulo dessa briga entre as duas casas
03:40e também para a Câmara não ser derrotada novamente.
03:43Evandro.
03:44É isso, né, Rani?
03:45Cestou com torta de climão e aí a gente acrescenta uma cervejinha jalada
03:49que também é amarga, já amarga tudo, mas pelo menos deixa o negócio mais leve.
03:54Obrigado, grande abraço para você, bom trabalho aí.
03:56Pois bem, né?
03:57O Senado tinha feito um acordinho ali com a Câmara
04:00para tocar em frente a PEC da blindagem.
04:02Só que no meio do caminho tinha uma manifestação.
04:05Uma manifestação que foi maior do que se esperava
04:08e que criticou bastante o fato de os deputados aprovarem uma PEC
04:13que os protegia de processos no Supremo Tribunal Federal,
04:16inclusive com a possibilidade de um voto secreto entre eles mesmos.
04:21Além de toda a pressão na rede social, que também é a nova rua.
04:25E aí a Langane agora fica essa torta de climão.
04:28E é compreensível porque os deputados foram extremamente expostos,
04:34porque a votação foi acachapante, foram mais de 300 votos favoráveis
04:37a essa PEC da blindagem.
04:39Vamos aqui na fechadinha para eu ver todo mundo.
04:41E acabou que o negócio não seguiu no Senado mesmo depois do acordo.
04:46E aí o que acontece?
04:47Os senadores ficam com cara de quem vem para limpar a sujeira feita pela Câmara.
04:53Você acha que esse clima tende a piorar com as pautas que estão em andamento
04:57ainda às próximas?
04:58Porque a gente ainda tem pele da anistia ou da dosimetria, a Langane.
05:02É claro que pode piorar, porque houve um acordo de bastidores.
05:06Seria muita ingenuidade acreditar que os senadores iriam barrar a PEC da blindagem
05:13por uma consciência deles, porque entenderam que isso seria o melhor para o país.
05:19Claro que não.
05:21É que houve uma baita reação na sociedade civil, teve manifestação de rua
05:27e que foi uma pauta suprapartidária, né?
05:30Não foi nenhuma pauta ideológica que uniu esquerda e direita
05:33e todo mundo ficou contra, a imprensa bateu muito também.
05:37E aí mudaram de opinião.
05:39Acontece, Evandro, que quem é que ficou com o ônus?
05:41A Câmara dos Deputados.
05:43Quem é que saiu como o malzinho da história?
05:45A Câmara dos Deputados.
05:46E os senadores lavaram as suas mãos.
05:50Então, é claro que isso pode, sim, azedar aí o clima entre as duas casas
05:57e trazer algum prejuízo nas votações, o que é ruim para o governo federal.
06:03Fala, seu PP.
06:06É, assim, tem uma questão que eu acho interessante, né?
06:09Você vê, por exemplo, que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
06:13às vezes agem como se estivessem no recreio da quinta série, né?
06:20Não tem nenhum adulto na sala.
06:22Fico fazendo bem-lhe um com o outro.
06:24Parece que a lógica da política no Brasil, infelizmente, é birra, né?
06:27Ninguém pensa no bem do Brasil.
06:29Ninguém pensa em discutir projetos para o Brasil.
06:33Tanto é que a insensão do imposto de renda está travada na Câmara dos Deputados ainda.
06:37Aí o Senado Federal vai lá e apresenta outro projeto, né?
06:42Para tentar ganhar o protagonismo.
06:44Ninguém quer sentar junto e discutir junto o projeto para o Brasil.
06:47Até a segurança pública, da mesma forma, né?
06:50Está parada e travada no Congresso Nacional.
06:54Ou seja, você vê que realmente essa birrinha entre a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
06:59é algo muito ruim para o Brasil.
07:01E é claro que isso revela também, em relação à PEC da blindagem, né?
07:07A total fragilidade do Gomota, né?
07:09De tentar colocar isso, né?
07:11Tentar negociar, colocar a PEC da blindagem junto com a PL da Anistia, né?
07:17Em negociação.
07:18E aí ver que a rua toda é contra esse projeto.
07:22E aí o projeto acaba sendo enterrado no Senado Federal, na CCJ, né?
07:27Primeiro, na primeira etapa de análise do projeto.
07:30E o Alcumbre faz uma sessão quase solene para falar que o projeto está morto, né?
07:37Que não vai seguir adiante com o projeto.
07:39Isso tudo também revela, né?
07:42A talvez fraqueza do Gomota e escancara, né?
07:46A fragilidade da Câmara dos Deputados, que na verdade é a casa do povo, né?
07:51Ou seja, a casa do povo fez um projeto antipovo, que como o Gani colocou aqui, é um projeto
07:58que uniu a população, direita, esquerda, centro, liberal, conservador, contra esse projeto, né?
08:06E o Senado, que é a casa teoricamente mais conservadora, né?
08:11Arquivou o projeto, né?
08:13Ou seja, realmente revela essa fraqueza institucional da Câmara dos Deputados.
08:17Nesse caso é importante, né?
08:18Que a Câmara tome um sustinho.
08:19Esse sustinho pode garantir que talvez eles não discutam mais projetos que sejam projetos
08:25safados contra toda a população que os colocou lá.
08:29Fala, Bruno Moza.
08:33Bom, vamos lá.
08:34Eu concordo 100% se é uma pauta suprapartidária e o que passa uma sensação muito grande,
08:40obviamente, de querer uma impunidade.
08:42Mas hoje pela manhã, eu estava indo levar minha filha no colégio, eu ouvi uma coisa interessante
08:47do nosso querido amigo Mota, companheiro aqui, que me deixou uma certa dúvida.
08:52Não tive oportunidade de falar com ele hoje a respeito disso, mas eu queria ouvir, talvez,
08:57a gente conversar a respeito disso em algum momento.
08:59Ele mencionou que muitas vezes nós estamos aqui, nós sabemos hoje da intromissão e dos excessos
09:06todos que o judiciário vem praticando, mas será que se nós tivéssemos uma confiança na política
09:12e nos políticos brasileiros, eu acho isso praticamente impossível hoje, mas se nós tivéssemos,
09:18será que isso também não poderia ser, de novo, é uma pergunta, uma proteção dos parlamentares
09:24contra o excesso do próprio judiciário, que não tem problema nenhum em exceder os seus limites?
09:29Imaginemos que nós tivéssemos uma moralidade dentro da instituição política do Congresso.
09:34Perdão.
09:35Será que isso não seria eles determinarem essa votação entre eles, se fossem éticos?
09:43Isso não seria até uma própria segurança contra a intromissão do STF?
09:48Eu deixo a pergunta no ar aqui e lembrando que no Brasil eu, infelizmente, não confio
09:52e eu acho que essa PEC seria um caminho livre para impunidade.
09:56Mas talvez num país normal, que estamos longe, talvez eles poderiam ter uma outra discussão
10:02a respeito do andamento disso.
10:05E aqui nós não estamos falando, pessoal, que não haveria ativismo judicial,
10:09que em alguns momentos não haja necessidade de algum tipo de protesta ou reclamação nesse sentido.
10:14Agora, o que eu acredito que tenha tocado mais na ferida da sociedade foi o voto secreto
10:21e foi o malabarismo que se fez ali na Câmara dos Deputados para se retomar, mesmo depois
10:27de derrubado, um voto secreto em que haveria a possibilidade dos parlamentares se protegerem
10:34sem que eles se expusessem.
10:36Não pode haver segredo no Congresso Nacional, segredo lá dentro e que não permita que a
10:43população acesse as decisões.
10:45Até porque eles são representantes do povo.
10:47Tudo aquilo que eles fazem tem de estar escancarado para todo mundo, independentemente se essa
10:53posição possa gerar crítica ou não.
10:56Até porque foram essas pessoas que escolheram dar a cara para bater.
11:00Ninguém os obrigou a se candidatarem, não é mesmo, Malangani?
11:04Ah, exatamente, né?
11:06E há outras formas de você resolver esse ativismo judicial.
11:10Então, por exemplo, uma proposição de uma PEC para acabar com as decisões monocráticas
11:16por parte da Suprema Corte, né?
11:19De um ministro da Suprema Corte ir para o colegiado principalmente em matérias complexas, né?
11:26Matérias tributárias, matérias penais também.
11:29Enfim, talvez tirar a possibilidade do julgamento penal pela Suprema Corte.
11:34Aqui, o Brasil é um dos poucos países onde a Suprema Corte age de maneira criminal.
11:41Reafirmar, mesmo que tenha um caráter simbólico, o artigo 53 da Constituição pelo menos vai
11:46chamar a atenção, dizendo sim que um parlamentar tem a imunidade por atos e opiniões.
11:55E olha a palavra que está lá no artigo 53.
11:57Quais quer, quer dizer, frisa, quais quer que sejam as suas opiniões.
12:03Quer dizer, a gente não pode simplesmente aceitar aquela opinião que é aceita, que
12:08não é incômoda, né?
12:10Então, tem opinião que é incômoda, tem opinião que é ruim, isso é parte do jogo
12:14democrático, Evandro.
12:15Portanto, tem outros meios para contornar o excesso aí que a gente vê por parte do poder
12:21judiciário.
12:22E não é só responsabilidade dos políticos, da sociedade civil também, imprensa, meio
12:27acadêmico e óbvio.
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