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No Papo Saudável desta semana, o nutricionista Marcelo Saldanha esclarece o motivo pelo qual muitas pessoas têm receio de comer de forma saudável, pela tensão de abrir mão de alguns alimentos que nem sempre precisam ficar de fora.
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NotíciasTranscrição
00:00Para falar sobre um assunto tão importante e gostoso, eu recebo o nutricionista Marcelo Saldanha.
00:13Obrigado por ter aceitado o convite, Saldanha.
00:15Eu que agradeço o convite de estar aqui com você, bater esse papo sobre alimentação.
00:19Comer é bom, né?
00:20Adoro, coisa que eu mais gosto de fazer.
00:22E aí, as pessoas hoje têm medo de comer.
00:25Eu estava dando uma palestra uma vez, sei lá, devia ter umas 400, basicamente eram mulheres, 400, 500 nutricionistas.
00:38E um dos slides da minha apresentação era um sonho, a comida, o sonho.
00:45A padaria.
00:46Isso.
00:47E quando apareceu o slide, eu ouvi um suspiro, né?
00:51Aquela, ah...
00:54E aí eu perguntei, quem aqui comeu um sonho nos últimos 3, 4, 5 meses?
01:01Só uma pessoa tinha comida.
01:03Eu falei, pô, se vocês gostam tanto, por que não?
01:06Aí, não, é ruim, é proibido, é isso, é aquilo e tal.
01:10E eu vejo que muita gente, na hora de decidir um alimento, fica com medo.
01:16Como que tem funcionado essa relação das pessoas com a comida?
01:20Eu acredito que a gente vive hoje um momento delicado em relação à alimentação, porque
01:26nós temos um excesso de informação e esse excesso de informação muitas vezes atrapalha
01:32mais do que ajuda.
01:33E as pessoas, como têm essa dificuldade de selecionar, de entender o que realmente é
01:39mais adequado para se consumir, fica com essa apreensão.
01:43Mas o que eu acredito é que nenhum alimento deve ser proibido.
01:46O que a gente precisa ter é parcimônia, ter equilíbrio nas escolhas.
01:50Mas eu não acredito que a gente deve excluir nenhum tipo de alimento, nem o sonho da padaria.
01:55Nem o sonho da padaria.
01:56Nem o sonho da padaria.
01:57E aí é engraçado, porque, mesmo jeito que você tem alguns alimentos que são colocados
02:04nessa categoria de proibidos, você tem alguns que parece que se você está comendo, pronto.
02:09Aquilo por si só resolve.
02:11Então, hoje você tem shot matinal, shot da imunidade.
02:16A gente passa meio que a terceirizar a qualidade da alimentação por um único alimento ou por
02:23alguma combinação ou mesmo suplemento.
02:26Você percebe isso e tem alguma eficácia esse tipo de shots?
02:30Eu percebo isso, sim.
02:32E eu acho que os dois pontos, na verdade, a gente tem um contraponto aí.
02:36Da mesma forma que a gente não deve proibir nenhum alimento, a gente também não pode
02:40acreditar que um único alimento vai salvar toda a nossa alimentação ou torná-la saudável
02:47por uma única escolha.
02:49Então, eu acredito que a gente tem que ter esse contraponto bem claro e entender que
02:54a alimentação, ela parte de um padrão de escolhas.
02:57Então, são várias escolhas de vários alimentos que a gente combina no dia que vai tornar a nossa
03:01alimentação mais saudável ou até menos saudável.
03:06Com relação a essa questão do shot, eu acho muito curioso isso, mas o que a gente
03:12tem em termos de literatura é que, na verdade, pouco vai haver de mudança adotando o shot.
03:19Mas eu acredito que tem um ponto importante.
03:22Eu vejo o shot, muitas vezes, como um gatilho.
03:26A pessoa acorda e aquele shot coloca ela num modo que ela vai falar assim, pô, agora eu
03:31tomei meu shot, aí eu vou tomar um café mais equilibrado.
03:35Faz melhores escolhas ao longo do dia.
03:37Ela muda o padrão de escolhas ao longo do dia por causa daquele shot.
03:41Mas o shot em si, ele provavelmente não vai causar nenhuma mudança.
03:44Mas eu vejo como um gatilho.
03:46Liga ali um comportamento que fala, poxa, agora eu comecei meu dia, eu tomei meu shot e a partir
03:53disso as minhas escolhas começam a ficar diferenciadas.
03:56Mas o shot em si, eu acredito que não vai ter nenhum efeito mágico que vai transformar
04:01a nossa saúde ou vai mudar o nosso padrão alimentar.
04:06Agora, uma coisa que eu percebo muito é a questão do não.
04:09Eu não posso comer isso, eu não posso comer aquilo, ao invés do que eu preciso colocar
04:17na alimentação.
04:18O que eu deveria, na verdade, ter como princípio básico de algumas coisas que não poderiam
04:25faltar na minha alimentação?
04:26Porque se eu começo daquilo que eu sei que eu tenho que consumir, eu acho que fica mais
04:30fácil do que partir do não, não, não, não.
04:34O que seria bacana a gente ter na alimentação?
04:37Eu acredito muito nessa abordagem, Márcio, no sentido de não excluir, mas a gente inclui
04:44o que a gente acha que é importante e isso acaba ocupando espaço e deixando as outras
04:50opções que não são tão interessantes de lado.
04:52Então, assim, eu acredito que tem um ponto muito importante na alimentação que hoje
04:58eu vejo que está muito problemático, mas é o consumo de frutas.
05:03Então, frutos, de maneira geral, eu acho um ponto muito importante.
05:06Hortaliças, de maneira geral, os vegetais, legumes, verduras.
05:11Isso a gente precisa conscientizar as pessoas para aumentar o consumo.
05:16Então, esses são dois pontos ali que são os alimentos que são ricos em fibras, vitaminas,
05:21sais minerais.
05:23Esse é um ponto que eu acho crucial em termos de qualidade.
05:26Então, eu já começo atacando isso.
05:28Quantas frutas você está consumindo por dia?
05:31Onde que a gente pode, dentro de um planejamento nutricional, encaixar essas frutas?
05:35Melhor, vai ser uma sobremesa, vai ser um lanche, vai fazer parte do café da manhã.
05:40Eu já começo a ver aonde eu posso colocar essa fruta.
05:44E aí, na hora das refeições principais, eu sempre falo, poxa, vamos colocar aqui uma salada,
05:50vamos colocar um alface, um tomate, uma beterraba, uma cenoura, vamos montar um prato colorido.
05:55Então, eu sempre vejo esse ponto aí como um ponto muito importante em termos qualitativos.
06:01Então, quando a gente já pensa na alimentação, na qualidade da alimentação, me vem essa
06:06categoria de alimentos, aí já me salta os olhos.
06:10É quando você fala ali das frutas, dos legumes, das verduras, até dos cereais integrais,
06:14né?
06:15Você falou aí de vitaminas, minerais e fibras, né?
06:20Quer dizer, você também tem uma questão de ter maior aporte de alimento, uma menor quantidade
06:26de calorias, você melhora a saúde do seu intestino, né?
06:31Porque você melhora o trânsito intestinal, você melhora a qualidade da microbiota e você
06:37tocou muito no ponto de vitaminas e minerais.
06:41E eu vejo uma certa preocupação das pessoas em eu preciso bater a meta de proteína.
06:48Eu vou escolher o meu alimento pela quantidade de proteína, sem olhar essas outras variáveis.
06:54Se fala muito da proteína, principalmente porque hoje, numa sociedade brasileira envelhecida
07:00ou envelhecendo, a preservação de massa muscular é importante.
07:04Mas ela não é a única coisa que vai determinar um envelhecimento saudável.
07:09Então, eu queria que se falasse dessas duas coisas, dessa fissura pela proteína que a gente
07:15tem e da pouca atenção que a gente tem nos micronutrientes, que vão fornecer essas
07:22vitaminas e minerais e qual a importância deles na nossa alimentação.
07:25Eu acredito que a gente tem que considerar a importância de todos os nutrientes na nossa
07:30alimentação.
07:32E a proteína, com certeza, tem o seu papel na construção dos tecidos.
07:36Então, quando a gente pensa em massa muscular, quando a gente pensa em massa óssea, quando
07:41a gente pensa na construção do nosso corpo, os elementos que constroem o nosso corpo,
07:46a estrutura do nosso corpo, a proteína é fundamental.
07:49E aí você tocou um ponto que é muito importante, Márcio, que durante o envelhecimento a gente
07:54tem, naturalmente, uma perda de massa muscular, uma perda de força, uma perda de funcionalidade
08:00que vai ocorrendo gradativamente.
08:03E aí, uma das ideias é que, nesse sentido, associado ao exercício físico, ao treinamento
08:10físico, principalmente o treinamento de força, esse consumo de proteína é importante
08:16para manter essa massa muscular.
08:20Só que o que a gente precisa entender é que atingir essa meta ou bater essa meta de
08:26proteínas não é tão difícil como a maioria das pessoas acredita.
08:31Então, se a gente pensar aí e trabalhar com um valor de 1,6, 1,5 gramas de proteína por
08:42quilograma de peso, e você tem uma pessoa ali por volta de 70 quilos, essa pessoa vai
08:48consumir por volta de 100 gramas de proteína.
08:51E aí você vai me falar, mas o que é isso, Saldain, em termos de alimento?
08:54Se essa pessoa consumir ali um filé de frango, 100, 120 gramas na hora do almoço, ela já
09:03vai ter por volta de uns 25 gramas de proteína.
09:06Se ela consumir um bife à noite, mais ou menos o mesmo tamanho, 100, 120 gramas, e eu
09:13estou falando que é um bife pequeno.
09:15Pequenininho.
09:15Pequenininho.
09:16Você vai ter mais 25 gramas de proteína ali.
09:19Então, você já tem 50 gramas, você já tem metade do que você precisa.
09:22Aí você não falou de um arrozinho e feijão.
09:24O arroz com feijão é uma fonte de proteína.
09:26Um copinho de leite.
09:27Um copo de leite.
09:29Vai comer um sanduíche e de repente você colocou uma fatia de queijo branco.
09:33Você vai somando isso no dia, atingir essa meta de proteínas é relativamente fácil.
09:41Não é tão difícil de se atingir.
09:43E aí a gente tem agora uma tendência geral dos alimentos, principalmente industrializados,
09:50enriquecidos com proteínas.
09:52Então, quando a gente começa a ver e vai no supermercado e encontra até água com proteína,
09:59então aí você começa a ver todas essas opções que a gente tem hoje.
10:03Isso está sendo amplamente trabalhado em termos de venda, de comércio.
10:09Então, comercialização.
10:11Atingir essa meta não é tão complicado.
10:13Por um outro lado, a gente vai ali numa investigação epidemiológica, populacional,
10:20e o que a gente começa a perceber é que o consumo das hortaliças, dos frutos,
10:25vem sendo reduzido.
10:27Principalmente ali, adolescência, infância, cada vez menor, se dando menos importância para isso,
10:35nessa fase crucial do nosso desenvolvimento.
10:38Então, aí você tem um contraponto.
10:41A gente está valorizando bastante a proteína e, de novo, proteína, é claro, é um...
10:45Se a gente pegar a origem da palavra protídeos, é de fundamental importância.
10:50É, sem dúvida, mas a gente tem também as fibras, as vitaminas, os sais minerais,
10:58como essenciais para o funcionamento do nosso corpo.
11:01Todos os macronutrientes têm suas funções e a sua importância, né?
11:05Todos.
11:05E hoje o que eu percebo é que eu vou zerar o carboidrato porque o carboidrato engorda.
11:10E eu vou consumir proteína porque proteína me dá músculo.
11:12Como se fosse simples assim, né?
11:14E hoje, Márcia, assim, quando a gente avalia só o consumo isolado de proteína,
11:20a gente sabe que o impacto dele, por si só, para o ganho de massa muscular que a gente está discutindo,
11:27ele é pequeno.
11:28O que é importante é você associar esse consumo de proteína e o resultado vai ser maximizado
11:34quando você associa com o treinamento de força, com a musculação.
11:38Então, esse é um ponto importante porque a gente pode criar uma expectativa
11:42de que só consumir a proteína e sentar no sofá, eu vou ganhar massa muscular.
11:46E não vai.
11:47E não vai.
11:48Então, assim, o treinamento, o estímulo do treinamento de força da musculação
11:52é muito importante para fazer com que a gente tenha essa manutenção da massa muscular
11:57ou até, eventualmente, ganho de massa muscular.
12:00E a proteína precisa estar presente também nessa equação.
12:03Mas ela sozinha não vai resolver o problema.
12:06E aí, ainda em relação à alimentação,
12:09existe a questão da gente depositar em alguns suplementos
12:14um poder de aumentar muito a minha expectativa de vida
12:19ou melhorar muito algum desempenho, seja cognitivo.
12:24E aí entra, por exemplo, magnésio.
12:26Hoje parece que é a bola a lei.
12:28Se você não toma magnésio, tem cinco tipos de magnésio diferentes,
12:31você tem que suplementar.
12:33Pergunta.
12:34Quem tem uma boa alimentação e não tem deficiência de magnésio,
12:37precisa da suplementação?
12:40Aí, acho que a gente tem um ponto muito importante em relação...
12:43A gente pode usar o magnésio aí como exemplo,
12:45mas acho que isso serve de maneira geral para a suplementação.
12:49Antes da gente pensar em suplementação,
12:52a gente precisa avaliar se existe a necessidade.
12:56Então, há uma deficiência, claro?
12:59Porque se não há, não faz sentido utilizar a suplementação.
13:03Eu gosto de uma analogia que eu uso muito em aula.
13:08Quando a gente vai num posto de combustíveis
13:11para encher o tanque do nosso carro,
13:13a gente chega lá e o frentista fala
13:14vai gasolina aí, doutor?
13:16Vai.
13:17Então, você coloca a gasolina e enche o tanque.
13:18Aí, no meio desse momento ali de encher o tanque,
13:21ele fala, vai um aditivo?
13:24Olha, vai melhorar aí a sua injeção eletrônica,
13:27vai limpar o seu motor e promete um monte de coisa.
13:30E você, naquela hora, fica pensando,
13:32poxa, esse negócio é bom, né?
13:35Isso aqui pode fazer uma diferença.
13:36Você tem uma expectativa que aquilo vai ser bom para o seu carro.
13:41E você fala, então tá bom,
13:42eu vou colocar o aditivo junto com a gasolina.
13:45Mas aí, o que eu sempre falo é,
13:46se eu chegar no posto e só colocar o aditivo,
13:49o carro vai andar?
13:50Ou uma gasolina ruim.
13:54Então, o que eu falo do suplemento
13:56é que a gente tem que entender
13:57é que ele tem muitas promessas,
14:00ele traz muitas possibilidades,
14:02em alguns momentos pode ser usado
14:04e vai ter realmente o benefício,
14:06mas a primeira pergunta que a gente precisa responder é
14:09a necessidade.
14:11E aí, Márcio, no caso do magnésio,
14:13é um pouquinho mais complexa essa questão.
14:16Por quê?
14:17Porque o magnésio, ele tem uma característica diferente
14:20de outros elementos,
14:22de outros micronutrientes do nosso corpo.
14:24Eu vou te explicar o porquê.
14:2499% do magnésio do nosso corpo
14:28está nos nossos tecidos,
14:30nos nossos ossos,
14:32nos nossos músculos.
14:33E só 1% de todo o magnésio do nosso corpo
14:36está no sangue.
14:37Está circulante.
14:38Então, quando você faz um exame de sangue
14:40para ver a quantidade de magnésio,
14:43dificilmente você vai ter uma informação
14:46muito precisa
14:48do estado, da quantidade de magnésio
14:51que você tem no seu corpo.
14:52Então, é muito mais complexa essa questão.
14:58Então, o que a gente sabe hoje do magnésio?
15:01A gente tem alguns efeitos do magnésio?
15:02Sim.
15:03A gente tem alguns efeitos em relação a
15:05melhorar a pressão arterial,
15:08melhorar a glicemia,
15:09algumas ações anti-inflamatórias.
15:12A gente tem alguns efeitos.
15:13A gente tem o magnésio, Márcio,
15:15participando de mais de 300 reações
15:18no nosso corpo.
15:19E essas reações estão envolvendo
15:21transferência de energia,
15:23para a gente realizar uma atividade física,
15:26está envolvido em síntese proteica,
15:28está envolvido em um monte de coisas
15:29no nosso corpo.
15:30Então, é sim um elemento muito importante.
15:33Mas a pergunta que a gente deve fazer é,
15:35será que existe essa necessidade?
15:39Então, esse é um ponto que é importante.
15:41porque caso não haja,
15:44você vai suplementar com esse magnésio
15:46e provavelmente isso não vai gerar diferença.
15:49Quais são os alimentos ricos em magnésio?
15:51Bom, a gente vai ter, de maneira geral,
15:53uma boa fonte de magnésio,
15:56são as sementes oleaginosas.
15:58Castanhas, nozes,
16:00essas amêndoas vão ser ricas em magnésio.
16:04Leguminosas,
16:04Então, arroz, feijão,
16:08lentilha,
16:11grão de bico,
16:12são ótimas fontes de
16:14magnésio.
16:17Chocolate amargo,
16:18aquele 70 a mais,
16:21ótima fonte de magnésio.
16:23Alguns vegetais folhosos escuros,
16:27espinafre, couve,
16:29são boas fontes de magnésio.
16:32Então, a gente,
16:33de novo,
16:34se a gente pensar numa alimentação variada,
16:38provavelmente a gente vai atender
16:40essas necessidades de magnésio,
16:42que são baixas.
16:42Para você ter uma ideia,
16:44eu vou te dar um número aí,
16:46mas para mulheres,
16:47fica em torno de 300 miligramas
16:49de magnésio por dia,
16:51a recomendação.
16:52E para homens,
16:53400 miligramas.
16:55Então, se você pegar ali,
16:56de repente,
16:59uns 30 gramas de amêndoas,
17:02se você pegar ali uns 50 gramas
17:04de chocolate amargo,
17:05se você tiver ali um arroz e feijão
17:07no seu prato,
17:09você já atendeu essa necessidade.
17:12Isso é engraçado,
17:13porque também a gente,
17:15essa relação, né,
17:17do que eu como
17:18com o suplemento
17:20e a eficácia,
17:21a gente vê muito na creatina, né?
17:23Quer dizer,
17:23aquele público que,
17:25por exemplo,
17:26é vegetariano,
17:27tem baixíssimo ou nenhum consumo
17:29de carne vermelha,
17:31eles são mais beneficiados
17:32quando acabam suplementando
17:34a creatina.
17:35Sim.
17:35Aquele público muito idoso,
17:37de repente,
17:37ele consegue, né,
17:38um benefício um pouquinho melhor.
17:40Então,
17:41tem muito a ver também
17:42com o perfil da alimentação
17:45para você saber
17:45o que você vai suplementar.
17:47Mas isso bate
17:48certinho com o que eu acabei
17:50de falar em relação
17:51ao magnésio.
17:52Por quê?
17:53Porque se você tem um estoque
17:55de creatina ou de magnésio
17:57de forma já adequada,
17:58se você suplementar,
17:59o efeito vai ser menor.
18:01Agora,
18:01se você tem,
18:02por alguma razão,
18:04uma deficiência,
18:05não vou colocar deficiência,
18:06mas uma quantidade menor
18:07de creatina no seu músculo
18:09ou uma quantidade menor
18:10de magnésio na sua célula
18:12e no seu organismo,
18:13o que vai acontecer?
18:14Você suplementar
18:16com o magnésio
18:17ou com a creatina
18:18vai sanar aquele problema.
18:20E aí,
18:21com isso,
18:21você vai ter
18:22uma melhora
18:23do seu desempenho,
18:24uma melhora
18:24da sua função fisiológica.
18:25Agora,
18:26o ponto central
18:28nessa questão é,
18:30primeiro,
18:30eu preciso entender
18:31que há essa necessidade
18:33e aí eu vou trabalhar,
18:34e aí você tem um ponto
18:35que é,
18:36você tocou num ponto
18:37importante da creatina,
18:38é que,
18:39por meio de alimentos,
18:40fica muito difícil
18:41fazer essa complementação
18:44com creatina.
18:45Já no magnésio,
18:46é diferente.
18:46Mais fácil.
18:47Mais fácil.
18:48Então,
18:49com creatina,
18:50fica muito,
18:50com alimento,
18:51pensando em creatina,
18:52fica muito difícil
18:53atingir essa meta,
18:54essa necessidade diária.
18:56Então,
18:57aí justifica-se o uso
18:58do suplemento,
19:00faz mais sentido
19:01o suplemento.
19:02Então,
19:03cada caso,
19:04cada situação,
19:05cada suplemento,
19:06a gente precisa analisar
19:07com cuidado.
19:08É,
19:08porque eu acho que o que as pessoas
19:11mais acabam buscando no whey
19:13é uma fonte de proteína
19:15que talvez não tenha na alimentação
19:19na quantidade adequada
19:20ou mesmo substituir
19:21alguma fonte de proteína
19:23que tenha mais calorias, né?
19:25Isso.
19:25Então,
19:25eu vou consumir o whey
19:26e eu acabo reduzindo
19:27a quantidade de calorias
19:29e é o que você falou,
19:30déficit energético.
19:31E aí é que eu queria
19:32bater com você.
19:34a gente fala
19:37em balanço calórico negativo
19:39e durante
19:39algumas décadas, né?
19:41As pessoas falavam,
19:42esse cara está ultrapassado,
19:44imagina,
19:45não se fala
19:45de balanço energético
19:47para emagrecer
19:48e se não emagrece.
19:49Eu falo,
19:49meu Deus.
19:50Enfim,
19:51com o advento ali
19:52desses medicamentos
19:53de última geração
19:54que fazem
19:56com que as pessoas
19:56comam menos,
19:58opa,
19:58então parece que
19:59esse balanço energético
20:00faz todo sentido.
20:01E você
20:03tocou num pontinho
20:05que eu acho
20:05que é fundamental.
20:07Fazer pequenos déficits
20:08para que isso seja
20:09sustentável
20:10no processo de emagrecimento
20:11e seja incluído
20:12a atividade física, né?
20:14Fundamental.
20:16O que a gente precisa entender
20:17é que o nosso corpo,
20:19ele entende
20:20a situação
20:21do déficit energético
20:23como uma ameaça.
20:25Então, ele vai ter,
20:26sempre quando a gente
20:27entra numa situação dessa,
20:28ele vai tentar se proteger.
20:30Então,
20:30quanto mais suave
20:33for essa,
20:35a geração
20:36desse déficit energético,
20:37mais tranquilo
20:38para o corpo lidar
20:39e sustentar isso
20:40por mais tempo.
20:42Então,
20:42quando a gente pensa
20:43num planejamento nutricional
20:45para perda de peso,
20:46para emagrecimento,
20:47que seja sustentável,
20:48que seja para longo prazo,
20:50é mais interessante
20:52começar com uma magnitude
20:53de déficit energético menor
20:55e manter ela
20:57por mais tempo.
20:58É claro que com isso,
21:00o resultado ali
21:01na balança
21:02e até na composição corporal,
21:04nas roupas
21:05que a gente está vestindo,
21:06talvez seja um pouco
21:07mais lento,
21:08mas isso não necessariamente
21:09é ruim.
21:09Mas é mais sustentável.
21:10É mais sustentável.
21:11Então, a gente começa
21:12mais lento,
21:13mas para, de repente,
21:14sustentar,
21:15ter a capacidade
21:15de sustentar por mais tempo.
21:17só que a gente precisa
21:19trabalhar um pouco
21:20porque a ansiedade das pessoas,
21:23a necessidade do resultado rápido
21:24trabalha contra essa ideia.
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