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Priscyla Laham acredita que a grande oportunidade do Brasil está em usar a inteligência artificial como alavanca para aumentar a competitividade do país. Presidente da Microsoft no Brasil desde janeiro de 2025, ela aposta na combinação entre infraestrutura de nuvem, capacitação tecnológica e desenvolvimento de soluções com IA para impulsionar a inovação nas empresas, ampliar a produtividade e transformar a forma como o setor público e privado se relacionam com os cidadãos e consumidores.

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00:00Olá, boa noite! Está no ar o Show Business, o mais tradicional talk show de negócios da TV brasileira.
00:08E no programa de hoje vamos receber Priscila Larran, a nova presidente da Microsoft no Brasil.
00:15Em sua primeira entrevista na TV, a executiva revela as estratégias e prioridades da operação brasileira da companhia,
00:25cofundada por Bill Gates, e como tem sido usado o investimento de 14 bilhões e 700 milhões de reais anunciados pela empresa no país.
00:38Eu sou Bruno Meyer e seja muito bem-vindo ao Show Business, que começa em instantes.
00:55Ela é a nova presidente da Microsoft no Brasil, uma das três empresas mais valiosas do mundo.
01:05Nós vamos conversar nesta edição do Show Business com Priscila Larran.
01:11Priscila, obrigado pela presença em nosso estúdio, sua primeira entrevista na televisão e sinto honrado.
01:18Obrigada, obrigada Bruno, um prazer estar aqui.
01:20Priscila, você desde janeiro, como eu falei, é a líder no país de uma gigante de tecnologia.
01:29Qual que é o panorama que você faz do mercado brasileiro nesses primeiros meses no cargo?
01:37Bom, tem sido, em primeiro lugar, tem sido muito divertido estar nessa posição liderando a Microsoft Brasil.
01:43Eu sempre falo que eu tenho duas paixões, uma é representar o Brasil para a Microsoft e representar a Microsoft no Brasil.
01:52Eu acho que são duas grandes paixões e eu tenho visto muitas oportunidades.
01:56Então, a gente trabalhando bem perto dos nossos clientes, a gente tem visto um interesse grande em entender melhor como a inteligência artificial pode ajudar a mudar os negócios.
02:07Não só na parte de eficiência, produtividade, mas de inovação, de mudar o engajamento com os clientes.
02:15Então, acho que tem um desejo dos clientes terem cada vez mais personalização.
02:20Essa hiperpersonalização, obviamente, pode ser empoderada por inteligência artificial.
02:24Então, acho que esses primeiros seis meses têm sido interessantes para ver o quanto atraente é o tema,
02:30o quanto ele pode realmente transformar os negócios dos nossos clientes.
02:34E eu acho que tem um aspecto de competitividade do Brasil também que me encanta.
02:39Talvez a inteligência artificial seja aquele ponto de inflexão, de entrada, onde a gente pode fazer o nosso país mais competitivo.
02:46E acho que representar uma empresa tão grande de tecnologia como a Microsoft me dá muita alegria nisso.
02:52Bom, você está falando de investimento, de oportunidades e tem uma notícia, que é uma notícia de setembro do ano passado,
03:02porque o CEO global da Microsoft, o Satya Nadella, esteve no Brasil e anunciou um investimento de 14 bilhões e 700 milhões de reais no país,
03:16muito focado em infraestrutura de nuvem e, claro, em inteligência artificial.
03:22Eu estou diante da presidente da Microsoft e eu gostaria que você falasse para a nossa audiência,
03:28o uso desse dinheiro, desses 14, quase 15 bilhões de reais, ele já está sendo usado e ele está sendo usado para quê?
03:38Já está sendo usado, sim.
03:40A gente anunciou, são 14,7 bilhões de reais em infraestrutura de nuvem e inteligência artificial.
03:47Então, a gente está construindo novos data centers aqui no Brasil, então a nossa ideia é que a gente consiga empoderar outras empresas,
03:55os nossos grandes clientes, mas também as pequenas e médias empresas e as startups,
04:01a realmente desenvolverem novos serviços com inteligência artificial, empoderados pela nuvem.
04:07Então, esse investimento realmente é olhando para a oportunidade que tem o Brasil.
04:11E acho muito bom, porque no final das contas a gente é um país com uma matriz de energia limpa,
04:18com excedente de energia e ter um data center aqui, poder servir os clientes de dentro do Brasil,
04:25é obviamente um compromisso da Microsoft.
04:29Então, quando o Sátia veio em setembro, ele anunciou esse investimento,
04:32que eu acho que é muito importante para habilitar as empresas,
04:36e também anunciou um investimento em capacitação.
04:39Em capacitação, que eu acho louvável, eu acho notável, porque é legal você falar isso,
04:47porque você, ele anunciou, o Sátia Anadela, o investimento de capacitar aí 5 milhões de brasileiros
04:55em inteligência artificial.
04:58É focado em inteligência artificial.
05:00Em tecnologia, na verdade.
05:01Em tecnologia, tá.
05:02Bom, esse anúncio foi há poucos meses, né, em setembro.
05:07Teve adesão?
05:08Teve uma adesão?
05:09Os brasileiros estão interessados em saber de tecnologia e AI?
05:15De novo, eu como brasileira, né, então, fico muito orgulhosa,
05:20porque às vezes a gente fala, ah, o brasileiro não está interessado em estudar,
05:23e a gente, o Conect AI, né, que é Conect AI, mas a gente está chamando,
05:28obviamente, com a nossa brasilidade de Conect AI,
05:30ele é um programa que tem uma parceria da Microsoft com 42 instituições
05:36governamentais e não governamentais, né,
05:39incluindo a Escola do Trabalhador 4.0, SESI, SENAI, Unicef,
05:44tem várias entidades, e tem uma plataforma online desses treinamentos, né,
05:49então você tem desde letramento em IA, mas você tem cursos de cibersegurança,
05:53por isso que eu disse que é tecnologia, no final, porque tem diversas trilhas,
05:56são 130 trilhas.
05:58Então, o brasileiro é muito early adopter de tecnologia e gosta muito de tecnologia.
06:03Então, em setembro do ano passado, a gente falou, ah, nos próximos três anos
06:05a gente quer treinar, né, dar acesso a esses treinamentos
06:09para 5 milhões de brasileiros.
06:11Hoje, a gente já tem 3.9 milhões de brasileiros,
06:143.9 milhões de brasileiros que já passaram por algum tipo de treinamento,
06:20já tiveram alguma conexão com essas trilhas que a gente tem no Conect AI.
06:25Então, eu vejo isso com muito otimismo, né,
06:28eu acho que a gente tem que ser otimista com inteligência artificial
06:31e olhar como é que isso vira uma vertente de competitividade
06:37para o mercado brasileiro.
06:39É óbvio que se a gente não conseguir capacitar a população,
06:42vão ter trabalhos que deixam de existir, outros são criados
06:45e a gente teria um problema.
06:47Mas quando eu vejo esses programas acontecendo e a atratividade,
06:50me dá bastante esperança de que a gente pode estar num caminho certo
06:53de aumentar a competitividade.
06:55Esse programa, o público é variado.
06:59Você tem desde o jovem que sai da faculdade,
07:02ou está na faculdade,
07:04até aquele profissional mais velho, com muita experiência,
07:08que quer aprender, ou que quer mudar de profissão,
07:12ou quer realmente aprender essa nova tecnologia AI.
07:16O público é variado?
07:17Variado. É absolutamente inclusivo.
07:19Qualquer pessoa, eu posso entrar lá e fazer o meu treinamento.
07:22E além desse que está disponível para a população brasileira,
07:25obviamente que a gente tem treinamentos específicos para os nossos clientes.
07:28Então, a área de treinamento e capacitação é muito importante,
07:32inclusive dentro das empresas.
07:34E isso também ajuda o Brasil a ser mais competitivo, né?
07:36Então, é óbvio que quando a gente tem um cliente que implementa Copilot,
07:40que é a nossa interface de inteligência artificial,
07:42que acho que vem um outro aspecto muito importante da Microsoft,
07:45a gente vê a inteligência artificial como um ampliador da capacidade humana.
07:51Nunca substituir a capacidade humana, mas ampliar a capacidade humana.
07:55Então, a gente também tem investimentos dentro dos nossos clientes,
07:57o que ajuda a realmente fazer essa melhoria,
08:01ou este caminho da força de trabalho do futuro.
08:04Você tocou num ponto-chave, num ponto de substituição,
08:09que muita gente, sobretudo nos últimos dois anos,
08:13quando a AI generativa virou popular,
08:17e eu acredito, inclusive, Priscila, acompanhando como jornalista de negócios,
08:22eu acredito que vocês foram os responsáveis por popularizar no mundo
08:28a inteligência artificial quando vocês anunciaram aquele investimento
08:34de 10 bilhões de dólares na OpenAI à dona do chat GPT.
08:39Quando vocês fizeram esse anúncio,
08:42o mundo inteiro ficou interessado em saber o que é essa inteligência artificial generativa.
08:51E um dos interesses, eu imagino, que até chamo aqui de conversa de boteco,
08:57que todo mundo fala sobre isso, seja qual for a idade, seja qual for a classe social,
09:02eu imagino que esse interesse também é o receio de perda de emprego.
09:08E você, como presidente da companhia, você está falando que a ideia nunca foi substituir.
09:13O profissional humano da máquina.
09:17Você, nesses últimos dois anos, acompanhando esse frenese,
09:21essa corrida de ouro da inteligência artificial,
09:24você segue achando que não vai ter substituição,
09:28ou que terão novas profissões?
09:31Eu continuo achando que não, que não vai ter a substituição.
09:35Talvez você tenha a substituição de determinadas carreiras,
09:38ou de determinadas funções, com o uso de inteligência artificial.
09:43E aí eu posso te falar um pouco mais sobre agentes autônomos,
09:46que eu acho que ajuda a explicar isso.
09:48Mas eu acho que a gente cria um mundo de humanos para humanos, né?
09:51Não faria nenhum sentido a gente acreditar que é o final dos tempos
09:55e que as máquinas vai dominar tudo.
09:59Você não acredita nisso?
09:59Não acredito nisso.
10:00É importante você falar.
10:01Eu não acredito nisso.
10:02Pelo papel do nosso.
10:03E a Microsoft não acredita nisso, que é mais do que eu.
10:04Não acredita.
10:06Não acredito.
10:06Satya Nadella não acredita nisso.
10:07Não acredita nisso.
10:08Acredita que é um ampliador da capacidade humana.
10:11E se a gente olhar alguns...
10:13Vamos tentar usar, assim, talvez um bom senso, né?
10:17Só para a gente pensar em alguns aspectos.
10:21A gente tem uma pesquisa que a gente faz todos os anos
10:23que chama Work Trend Index.
10:25E essa pesquisa mostra que no Brasil,
10:2772% dos brasileiros que trabalham,
10:31eles estão ou cansados, ou exaustos,
10:35ou sem energia para fazer as tarefas repetitivas
10:38que eles têm no dia a dia.
10:39A gente, através da nossa telemetria,
10:42porque a gente tem M365 e o Outlook,
10:44toda a nossa plataforma de Teams,
10:47que é de mensagem instantânea,
10:49a gente consegue ver que muitos dos nossos clientes,
10:53muitos dos usuários,
10:55eles acessam e-mails aos sábados de manhã,
10:57aos domingos de manhã.
10:58E tem uma coisa dentro desse estudo
11:00que fala muito sobre a jornada infinita.
11:02Então, você combina um lado que tem muitas tarefas repetitivas,
11:06o seu dia é dominado por mensagens instantâneas, reuniões,
11:10e você tem pouco tempo para pensar criativamente,
11:13e você está exausto das tarefas repetitivas.
11:15Esse é um lado.
11:16Depois você tem o envelhecimento da população.
11:18Se a gente coloca esses componentes nesse jogo,
11:22e inteligência artificial entra para ser o seu copiloto,
11:26talvez essa seja uma forma realmente de ampliar a capacidade humana
11:30e dá para a gente um cenário melhor no mundo do trabalho.
11:34Mas, obviamente, passa pela questão de capacitação.
11:37Se algumas profissões, eventualmente, deixam de existir
11:40e outras aparecem,
11:41a gente tem que garantir que a população brasileira vai estar capacitada.
11:45E qual é, afinal, a profissão do futuro?
11:49Acho que tem várias.
11:50E se alguém te falar que sabe o que vai acontecer...
11:53Eu sei, está enganado.
11:54Eu diria que está enganado.
11:55Está enganado.
11:56Mas tem algumas, né?
11:57Mas tem algumas.
11:58Uma das que falam muito é, por exemplo,
12:00você tem um especialista de IA em marketing.
12:04Então, assim, você tem um profissional de marketing,
12:05mas talvez você tenha um especialista de inteligência artificial para marketing.
12:09Um especialista de inteligência artificial para finanças.
12:12Que são as pessoas que pensam,
12:14como é que eu desenvolvo agentes autônomos
12:17ou soluções de inteligência artificial
12:19para o segmento de finanças ou dentro de uma empresa
12:21ou criando uma nova empresa.
12:23Então, essas profissões aparecem.
12:24E uma delas que eu gosto muito,
12:26que é o chefe de agentes.
12:27Que é agente como humano virar um gestor de agentes autônomos.
12:33Que, no final, nada mais são do que colegas de trabalho,
12:36experts em uma determinada área.
12:40Por exemplo, revisão de notas fiscais.
12:43Por que eu preciso ter um humano revisando notas fiscais
12:46e encontrando as discrepâncias?
12:47Talvez eu possa fazer isso com um agente
12:49e deixar a tarefa para o humano
12:52quando eu tenho alguma coisa que precisa da intervenção dele
12:55ou alguma coisa que adicione criatividade,
12:58engenhosidade,
13:00aquela nossa capacidade de olhar as coisas de forma mais ampla, né?
13:04É isso que eu ia perguntar para você.
13:06Você acredita que existe uma característica humana
13:09que a AI, de maneira alguma, consegue replicar?
13:13Eu acho que a criatividade, engenhosidade, a empatia,
13:19a visão mais ampliada, eu acho que é a gente que tem.
13:23E se você pensar na gestão humana, né?
13:26A gestão de pessoas no trabalho, isso é feito por humanos.
13:31É óbvio que a gente vai ter esses times híbridos, né?
13:34Entre agentes autônomos e pessoas, multiagentes.
13:37Talvez alguns processos de negócios, sim, sejam substituídos
13:42pelo uso de um agente autônomo,
13:44mas eu acredito que essas características humanas
13:48são determinantes para a nossa continuidade.
13:52Então, assim, não vejo ninguém substituindo,
13:54não vejo uma máquina substituindo um humano deste ponto de vista, né?
13:58Então, acho que esse não está no meu repertório de pensamentos.
14:02Sim. Deixa eu chamar a atenção que a Microsoft está há 35 anos no Brasil.
14:09Ela completou 50 anos de fundação e está há 35 anos no Brasil.
14:16O que a operação brasileira, hoje comandada por você,
14:20representa para os negócios globais da companhia?
14:24Bom, pelo investimento que a gente está fazendo,
14:26você pode imaginar que a gente representa uma oportunidade grande para a Microsoft
14:30e a gente, obviamente, nos mercados onde a gente está,
14:33a gente tem o investimento no desenvolvimento do país
14:37e das empresas, dos nossos clientes e da população, obviamente.
14:42Então, assim, é muito importante o mercado brasileiro para a Microsoft.
14:46Hoje a gente reporta numa estrutura de Américas, né?
14:49Que olha para o negócio de Américas e o Brasil é um mercado relevante.
14:53E a gente tem feito bastantes investimentos aqui,
14:56não só em investimentos em infraestrutura, capacitação,
14:59mas em pessoas, né?
15:01Então, a gente tem um time muito bem preparado e treinado
15:06para as questões que a gente tem hoje de tecnologia,
15:10inteligência artificial e de como transformar esse país
15:13num país mais competitivo.
15:14Você está falando de time.
15:16A Microsoft, no Brasil, hoje tem 1.300 profissionais.
15:211.300 profissionais.
15:22Vou até trazer uma informação para o nosso espectador
15:25que meses atrás, no ano passado, a gente recebeu aqui a Tânia Cosentino,
15:31a ex-presidente da Microsoft no Brasil.
15:34Ela segue na empresa, né?
15:36Numa área ali de cibersegurança, que eu quero já entrar nesse assunto,
15:40que eu imagino que deve ser essencial, estratégico para vocês.
15:44E quando eu entrevistei, tive o prazer de entrevistar a Tânia,
15:51a Microsoft no Brasil tinha 1.200 funcionários,
15:54ou seja, aumentou o número de funcionários aqui no país,
15:59corroborando aquela sua ideia que você trouxe há poucos minutos aqui no Show Business
16:04de que não vai ter substituição.
16:07Você trouxe uma notícia boa.
16:08Mas chamando a atenção, são 1.300 funcionários no Brasil
16:12e a Microsoft tem 25 mil empresas entre parceiros aqui no país.
16:20Gostaria que você falasse, Priscila, quais são os tipos de clientes que procuram vocês?
16:28Todas as indústrias, então, todas as indústrias vão ser, obviamente, transformadas com inteligência.
16:33Do financeiro à saúde?
16:35Todos.
16:35Todos os segmentos de indústria, tamanhos de empresa.
16:38Então, a Microsoft, quando você fala dos 25 mil parceiros,
16:41a gente tem realmente um ecossistema de parceiros,
16:44sejam empresas de software, que são os ISVs que a gente fala,
16:48que tem alguma solução específica rodando na nossa plataforma,
16:51empresas de serviços, empresas de gestão de negócios, de consultoria.
16:58Então, tem muitos parceiros aqui no Brasil que ajudam a gente a fazer o crescimento do negócio.
17:04Mas a gente já tem desde empresas pequenas até empresas grandes e também consumidor, né?
17:10Porque a gente tem Xbox no Brasil, a gente tem Game Pass, a gente tem outros produtos que são produtos de consumidor.
17:17Mas eu vejo, quando você me fala dos 1.300 funcionários, eu acho que tem uma outra característica muito interessante.
17:22Normalmente, as pessoas olham para empresas como a Microsoft e falam, ah, é um escritório comercial, né?
17:28Dos 1.300, metade são comerciais e a gente tem a outra metade entre profissionais, que são profissionais de data center e engenharia.
17:36E muitos desses brasileiros em engenharia são brasileiros trabalhando para a nossa matriz, desenvolvendo recursos dos nossos produtos,
17:46como Teams, como Xbox e como diversos dos nossos produtos.
17:50E isso me dá orgulho, porque pensar que a gente tem engenheiros no Brasil representando o Brasil,
17:56desenvolvendo esses recursos para uma empresa global, é muito legal, né?
18:00E amplia um pouco dessa, se eu quero ficar no Brasil, e eu sou muito brasileira, eu gosto de morar no Brasil,
18:06já morei nos Estados Unidos, já morei na Argentina, mas eu gosto muito de morar no Brasil.
18:10Se você é engenheiro de software, agora você tem essa possibilidade de trabalhar para a Microsoft.
18:15Exatamente, exatamente.
18:16Quando você fala em desenvolver recursos, é algo específico ou é amplo?
18:23Porque eu sei de muitas, de algumas empresas, que tem aqui no Brasil um núcleo que fica muito focado em pesquisa,
18:33muito focado em inovação.
18:35No caso de vocês, esses engenheiros, eles estão desenvolvendo o que exatamente?
18:41Por exemplo, no Teams.
18:42Você citou o Teams, né?
18:43Essa plataforma que é o sucesso global.
18:47Por exemplo, um recurso de reconhecimento de voz.
18:49Então, pode ser alguém trabalhando no recurso de reconhecimento de voz,
18:55pode ser alguém trabalhando no recurso de vídeo do Teams.
18:59Então, quando eu falo em recursos, são os aspectos, os pequenos produtos que existem dentro do grande produto
19:06de videoconferência dentro do Teams.
19:10Hoje, Priscila, quais os maiores negócios da Microsoft?
19:15Porque é uma empresa, a gente está falando de uma gigante de tecnologia,
19:20que a essência dela é ser gigante mesmo.
19:23Porque a gente está falando muito de inteligência artificial, porque é simplesmente o assunto do momento.
19:28Mas se a gente pegar os principais produtos da companhia, você tem o Windows,
19:33você tem o pacote Office, que são produtos líderes há quase 40 anos,
19:39e agora chegou a vez da AI.
19:43Isso.
19:45Quais são, afinal, os principais produtos de vocês?
19:48A gente, desde o começo...
19:49A nossa ano fiscal começa em julho, né?
19:51E assim, agora, no começo desse ano, a gente redefiniu um pouco as nossas áreas de solução.
19:56Então, a gente não divide mais muito por produtos.
19:58Óbvio que você tem os produtos dentro dessas áreas,
20:01mas as grandes áreas de solução,
20:04que é um olhar nosso de como que eu transformo esse roadmap de tecnologia
20:08em soluções para os meus clientes.
20:10Então, a gente tem três grandes áreas.
20:13Uma delas é a parte de nuvem e inteligência artificial no desenvolvimento, né?
20:18De...
20:18De computing.
20:19Que agora representa muito.
20:21Representa muito.
20:22Depois, uma outra área que a gente chama de AI Business Solutions,
20:26que são as soluções como o M365, que é o Office, com o Teams,
20:31como que é ele pensando à luz de AI, né?
20:35Porque a gente acabou colocando inteligência artificial em todo o nosso portfólio de produtos.
20:39Então, dentro dessa área de inteligência artificial ou soluções de negócio,
20:43a gente tem tudo que é produtividade pessoal dentro das empresas
20:47e tudo que é reformulação de processos de negócio.
20:50Onde entra a nossa plataforma de Dynamics, por exemplo.
20:54Você tem CRM, você tem RP, você tem um call center as a service
20:58empoderado por inteligência artificial, tem todo um pacote ali de soluções e serviços
21:05voltados para processos de negócio.
21:08E a terceira grande área é a cibersegurança.
21:10Então, a gente entende que sem segurança, não existe um futuro para a inteligência artificial, né?
21:17Quando vocês perceberam isso, Priscila?
21:19Eu acho que há alguns anos atrás, já, mas há mais ou menos três anos atrás,
21:25o Satya declarou que se ele tivesse que investir num recurso, né?
21:31Nesses pequenos produtos que eu falo, ou em cibersegurança,
21:33a gente deveria investir em cibersegurança.
21:36Então, é a prioridade número um de vocês hoje?
21:39É uma prioridade... Eu diria que não é a prioridade número um,
21:42porque eu acho que o que vai trazer a transformação de negócio é a inteligência artificial.
21:45Mas a moeda de confiança é cibersegurança.
21:49Você está falando muito sobre os clientes de vocês, né?
21:54Eu trouxe o dado aí de 25 mil parceiros, de empresas parceiras, né?
21:59Você falou que praticamente todos os setores estão com vocês aqui no Brasil, né?
22:04A gente está falando da operação brasileira.
22:07Só que, além da iniciativa privada, vocês trabalham muito com o setor público.
22:14Sim.
22:15Você está falando...
22:16E eu queria que você mostrasse, apresentasse para a nossa audiência,
22:22como que é a ligação de vocês da Microsoft com os governos.
22:28É.
22:28A gente trabalha com o setor público como cliente, né?
22:31Nosso, além de outras estratégias, como a de capacitação,
22:35onde você entra com o Ministério do Trabalho, em parceria.
22:38Mas é muito como cliente, como é que a gente ajuda o país, um país que já tem tantos serviços digitais,
22:43porque o Brasil está fazendo um ótimo trabalho na parte de serviços digitais,
22:48a que a gente consiga ajudar nessa jornada de serviços ao cidadão,
22:53que sejam realmente serviços inclusivos e que a gente já consiga atingir a população.
22:58Então, o nosso trabalho com o governo é um trabalho realmente como um cliente que tem o cidadão como ponto final dessa cadeia
23:09e como que a gente pode prestar serviços ou ajudá-los a construir os serviços digitais.
23:14Mas, dando um exemplo, por exemplo, eu sei do trabalho que vocês têm com a AGU, ECU também, né?
23:24Por exemplo, focado, gostaria até que você traduzisse, assim, desse um exemplo dessa ligação de vocês com o setor público.
23:33Como é que vocês ajudam, por exemplo, um órgão como a AGU?
23:37É, ou a Seduq, por exemplo, São Paulo, que acho que é o setor de educação, mas eu posso falar...
23:42A Seduq vocês...
23:44Também é um cliente, né?
23:45Então, é um cliente que tem hoje desenvolvimento de inteligência artificial para ajudar em correção de trabalhos,
23:54revisão de provas, no suporte ao professor na sala de aula, em coaching para os alunos.
24:02Então, este tipo de solução que a gente desenvolve.
24:04Ou, no caso da Advocacia Geral da União, em processos, né?
24:08Como é que a gente facilita, na verdade, o trabalho no número enorme de processos que eles têm, nas entradas que eles têm todos os dias, com inteligência artificial.
24:18Então, no final, está ligado à produtividade, está ligado à inovação, mas sempre pensando, que eu acho que é o grande objetivo do governo, em oferecer um melhor serviço para o cidadão.
24:29E comparar setor público com setor privado, em relação à produtividade no Brasil, existe um abismo?
24:38Eu acho que não.
24:39Eu acho que não.
24:40E acho que, do ponto de vista de inovação, ambas as áreas estão trabalhando em inovação e pensando no futuro.
24:46Então, eu vejo muito projetos muito legais dos dois lados, né?
24:51Então, dos dois lados, a gente vê projetos muito interessantes.
24:55Deixa eu chamar a atenção à carreira de Priscila Larrant.
25:00Como eu apresentei, você é presidente da Microsoft no Brasil desde janeiro, mas tem uma relação de 25 anos com a empresa.
25:09Ela teve uma pequena saída ali entre 2016 e 2017, quando ocupou uma diretoria na meta.
25:17Ou seja, você acompanhou praticamente metade da segunda maior, né?
25:24Que está ali a disputa.
25:26Quando eu falo segunda, às vezes está em...
25:28Boa parte do ano passado estava como a empresa mais valiosa do planeta, então está entre as três.
25:35Quais são as transformações que você mais sentiu nesses últimos 25 anos na companhia?
25:45Bruno, quando você fala 25 anos, pega pesado aqui, né?
25:50Metade da vida da Microsoft.
25:52Metade da vida da Microsoft.
25:54Eu vi muitas transformações, né?
25:56Então, acho que a gente começou com uma empresa que queria colocar um computador em cada mesa.
26:02E a gente viu essa missão ser razoavelmente cumprida ao longo dessa história, né?
26:09E era uma empresa de software que tinha Windows e Office como os grandes carro-chefes, a questão do computador.
26:16Obviamente, durante este período, a gente viu a revolução de internet.
26:21A gente viu o nascimento do mobile como uma grande tecnologia.
26:28Inclusive, uma das tecnologias que eu acho que a Microsoft não pegou, né?
26:33O bonde do mobile naquele momento em que existiu.
26:38E aí, ao longo do tempo, a Microsoft entrou aí nessa vertente de cloud computing,
26:45de como que seria a computação, a transformação digital, né?
26:48Através da nuvem.
26:49E acaba, agora, recentemente, liderando essa onda de AI, né?
26:57Sendo a primeira empresa a realmente embarcar e fazer com que o seu portfólio fique um portfólio empoderado por inteligência artificial, né?
27:05E liderando essa onda.
27:06Então, assim, eu vi muitas fases da empresa, de fato.
27:10E acho que me dá muita alegria de ver a capacidade de se renovar, né?
27:17Então, se a gente pensa, às vezes você nasce, né?
27:19Muitas empresas falam, ah, eu nasci cloud native.
27:22Eu sou nativa em nuvem.
27:24Já nasci na nuvem.
27:26Quando eu penso hoje em IA agêntica, baseada em agentes e as frontier firms,
27:31que são as empresas centradas em inteligência artificial,
27:34que vão desafiar o status quo, que estão mudando a sua cultura de inovação,
27:38que estão pensando em inteligência artificial como parte da reestruturação de processos de negócios,
27:45as empresas que eram cloud native também vão ter que saber se reinventar.
27:49Então, no final das contas, assim como profissional,
27:51acho que as empresas, o que mais eu admiro na Microsoft
27:54foi a capacidade de se reinventar ao longo do tempo.
27:57Então, cumpre sua missão de colocar um computador em cada mesa,
28:01renova sua missão como uma missão de empoderar empresas e pessoas,
28:05as organizações e pessoas a chegarem mais longe.
28:09Nem tem tecnologia dentro dessa missão.
28:11Mas ela é toda sobre tecnologia e sobre o impacto que a tecnologia tem na sociedade.
28:16Então, acho que a capacidade de se reinventar, continuar a aprender.
28:20E aí, acho que tem um...
28:21Você falou do Satya, a Nadella.
28:23Eu sou grande admiradora dele, mas eu acho que na entrada dele,
28:27um dos pontos muito importantes que ele mudou na Microsoft
28:30é que a gente deveria ser uma cultura do aprendizado.
28:33É isso que eu ia perguntar, porque uma empresa do tamanho, do porte de vocês,
28:38certamente tem uma cultura muito clara para os profissionais, né?
28:45Vocês têm mais de 100 mil profissionais no planeta.
28:48Sim.
28:49Qual é a cultura de vocês?
28:51A gente tem alguns pilares, né?
28:52Mas eu acho que o principal...
28:54Eu olho ali...
28:55Tem duas coisas, dois componentes que eu acho muito importantes, né?
28:58Um deles é o que a gente chama de Growth Mindset,
29:01que é essa mentalidade de crescimento,
29:04que foi, obviamente, na entrada do Satya,
29:06uma revisão da nossa cultura corporativa.
29:09Embora a Microsoft tenha sido sempre inovadora,
29:12eu acho que as pessoas...
29:13E a gente ainda vê isso no mundo corporativo,
29:14as pessoas querem ser...
29:17Eu sei, né?
29:18Você fica com vergonha do não saber.
29:21Então, o Satya veio...
29:22Questionar.
29:22De questionar.
29:23E não me dizer...
29:24Eu não sei.
29:25Eu ainda não sei sobre esse tema.
29:28E na Microsoft é permitido falar isso.
29:30É permitido.
29:31E eu acho que a identificação que o Satya fez ali naquele momento
29:35era que as pessoas se preocupavam em parecer inteligentes.
29:38E você nunca vai inovar ou aprender alguma coisa nova
29:41se você estiver se preocupando em parecer inteligente.
29:43Então, a cultura de mentalidade de crescimento vem com...
29:46Eu ainda não sei.
29:47E eu posso aprender.
29:48Em qualquer idade.
29:49Em qualquer momento.
29:50E por isso que eu falo que numa jornada de 50 anos,
29:52como da Microsoft,
29:53é uma empresa que tinha legado,
29:55mas que soube se reinventar.
29:56E a maioria dos nossos clientes,
29:57a maioria das empresas que estão no mercado,
29:59e a maioria das pessoas estão exatamente nesse ciclo, né?
30:03Você precisa se reinventar.
30:04Então, eu acho que mentalidade de crescimento é um
30:06e outro é diversidade e inclusão.
30:08Sempre foi parte da cultura da Microsoft.
30:12E é esta crença de que quanto mais diversidade eu tiver
30:17e quanto melhor as pessoas se sentirem incluídas,
30:21mais chance eu tenho de representar a sociedade.
30:23Então, quando você pensa numa empresa que desenvolve inteligência artificial,
30:28o quesito inclusão e diversidade é muito importante
30:31para que a gente tenha um melhor impacto na sociedade
30:34e não um pior impacto na sociedade, né?
30:37Você é formada em marketing,
30:40tem uma trajetória notável
30:42até virar presidente no Brasil
30:46de uma das companhias mais valiosas do mundo.
30:50Qual foi o segredo da sua ascensão?
30:54Hum, pergunta difícil, né?
30:57Eu acho que foi aprender.
30:59Porque se você pensar,
31:00meu background é de negócios, né?
31:01Então, eu sou uma pessoa que veio do mundo de...
31:04Eu estudei negócios, estudei marketing.
31:06Eu acho que o aprender a cada etapa
31:12talvez seja o segredo do sucesso.
31:15Então, eu brinco que eu entrei na Microsoft
31:16trabalhando em marketing,
31:19depois eu movi para o negócio de MSN,
31:21que é de serviços digitais.
31:22Eu fui gerente de produto,
31:24que é uma coisa bastante tecnológica
31:26e você tem que ter profundidade de conhecimento e tecnologia.
31:29Eu tinha que aprender sobre isso.
31:31Produtos como o MSN Messenger, né?
31:33Então, que é um produto específico, o Hotmail.
31:36E depois eu fui produto em Windows,
31:38que é uma outra dinâmica completamente diferente,
31:42que tem um sistema operacional,
31:43mas que tinha um browser também.
31:45Então, tinha muito conhecimento técnico
31:47que você tem que ter.
31:49Depois eu fui na área mais comercial, né?
31:52Então, tinha um pedaço lá de marketing no começo,
31:54depois produto, depois a área comercial,
31:56que é uma boa parte da minha carreira.
31:59Olhando não só para a indústria B2B,
32:01mas para a indústria B2C.
32:02Então, eu trabalhei na Argentina,
32:04lançando Xbox na Argentina.
32:06Então, a parte de games é uma coisa que eu tive que aprender.
32:08Eu não sou uma gamer,
32:10mas eu tinha que entender como funciona,
32:11como esse consumidor pensa,
32:13o que é o produto, o que é a inovação,
32:16como eu crio um novo modelo de negócio,
32:17que não seja só um modelo de hardware,
32:19mas que seja um modelo de serviços, né?
32:22Que acabou virando, a gente brincava que o Game Pass era o Netflix dos games, né?
32:27Você tem todos os games lá e, obviamente, você tem a venda dos grandes blockbusters, né?
32:32De games no começo, mas depois eles entram naquele pacote de subscrição.
32:37E aí, em nuvem, né?
32:39Há sete anos atrás, quando eu voltei para a Microsoft,
32:41eu queria muito sentar na cadeira que eu estou hoje e eu sabia que eu tinha que aprender muito de nuvem.
32:46Então, esse era uma parte do meu aprendizado.
32:49Tinha que aprender de nuvem, tinha que entender de ecossistema, na verdade, de negócios,
32:53como que é um integrador, como que é uma consultoria, enfim, como que a gente fazia essa gestão.
32:58E aí, fui trabalhar nos Estados Unidos, fui trabalhar com as empresas de desenvolvimento de software,
33:04como a Dynatrace, o Red Hat e outras tantas, vendendo efetivamente nuvem,
33:10ajudando eles a vender melhor as soluções deles e transformadas por inteligência artificial.
33:16Então, no final das contas, eu acho que o segredo do sucesso é aprender e ser intencional na sua jornada.
33:21Você ocupou, ao longo da sua trajetória, muitos cargos de liderança.
33:29Alguma vez você foi desacreditada por ser mulher?
33:34Acho que quando eu fui para a Argentina, quando eu fui trabalhar na Argentina pela Microsoft,
33:40eu acho que tinha um aspecto duplo, tá?
33:44Eu mesma me ofereceram uma vaga de diretório, eu ia reportar para a presidente da Microsoft na Argentina,
33:50que, inclusive, era uma mulher, e eu era a única brasileira no escritório da Argentina.
33:56Isso foi no ano da Copa do Mundo, inclusive, daquele 7 a 1.
34:01E eu morava na Argentina.
34:03Eu acho que, no começo, o time da Argentina pensava,
34:08poxa, uma brasileira, mulher, não conhecia o mercado da Argentina,
34:12eu não conhecia o mercado de varejo na Argentina, eu não falava espanhol,
34:16eu aprendi tudo nos meus primeiros 90 dias.
34:19Então, eu acho que tinha uma descrença, será que a Microsoft está colocando ela porque ela é mulher?
34:24E, na verdade, a decisão não era essa, tinha a ver com a minha trajetória de desenvolvimento de carreira.
34:29E a Microsoft é muito preocupada com o desenvolvimento de carreira e a sua preparação, né?
34:34Então, acho que tinha um aspecto duplo.
34:36Eu, talvez, não acreditasse muito em mim, e alguém tinha visto uma coisa que eu não tinha visto.
34:42E, por outro lado, acho que o time também tinha esse olhar.
34:45E, no final, eu me descobri como líder, eu acho que nesta posição na Argentina, sei lá, faz 12 anos,
34:50como liderança onde você não conhece o mercado, você não conhece necessariamente, profundamente,
34:56o negócio ou os seus clientes.
34:58Eu tinha que aprender a língua, mas eu realmente tinha um ponto de vista
35:02que poderia ser colaborativo com aquele time de exports que tinha lá.
35:07Então, acho que esse, para mim, é um exemplo.
35:09A Argentina, para mim, foi uma experiência maravilhosa.
35:12E hoje, Priscila, você, como presidente da Microsoft no país,
35:17o que você mais valoriza num profissional?
35:21Capacidade de adaptação e empatia.
35:24Empatia?
35:24Empatia, você diz, contato de equipe, saber lidar com gente.
35:28Com gente e com seu cliente.
35:30Ah, e com o cliente.
35:31Quantas vezes você vai ter um cliente que, eventualmente, a situação macroeconômica
35:35faz com que ele esteja num cenário mais complexo?
35:38Que tipo de discussões que a gente pode ter com esse cliente?
35:41Como é que eu ajudo ele num momento de dificuldade?
35:44E, ainda assim, construo a competitividade dele no longo prazo?
35:47Então, você falou, a gente está...
35:49São 36 anos de Brasil, na verdade, faz esse ano, 35 ano passado.
35:53Mas, se a gente quer estar mais 36 anos, mais 100 anos no Brasil,
35:58a gente tem que ajudar com que as empresas brasileiras sejam mais competitivas.
36:02Agora, a pergunta oposta.
36:04O que um candidato a uma vaga na Microsoft, seja qual for a área, não pode ter de jeito nenhum?
36:12Não pode ter de jeito nenhum?
36:15Eu acho que é crenças limitantes, né?
36:18É o que se chama de fixed mindset.
36:23Quando você olha aquela mentalidade de isto eu não consigo, isto eu não posso fazer.
36:28Ah, eu já fiz isso e não deu certo.
36:31Um cenário em mutação tão profunda quanto o nosso, não existe...
36:36A gente deveria evitar as crenças limitantes, né?
36:38Tudo é possível.
36:40A inteligência artificial generativa traz um ambiente onde tudo é possível.
36:45Obviamente que existem condições e a gente deveria olhar desse ponto de vista.
36:48Então, eu diria que são as pessoas que têm aquela mentalidade muito fixa de que isso eu não posso, isso não dá, assim não funciona.
36:58Priscila, eu imagino que você trabalha muito, né?
37:01Eu trabalho muito, mas eu gosto.
37:02Trabalha quantas horas por dia?
37:03Não sei, acho que...
37:05Varia?
37:05Varia, varia muito.
37:07Varia muito, mas eu trabalho bastante.
37:09É.
37:09Mas eu estou feliz com o meu trabalho.
37:10Então, você falou há pouco para mim que você está muito feliz na função que você está.
37:14Porque a função anterior da Priscila, ela comandava como diretora de uma área de Américas.
37:23Mas o seu contato era muito nos Estados Unidos.
37:26Então, você fazia viagens muito frequentes aos Estados Unidos e agora, nessa nova função, a sua base fica muito no Brasil.
37:37Estou te falando tudo isso, estou apresentando para a nossa audiência tudo isso, porque também você tem uma vida pessoal.
37:42Você é casada, você tem filhos?
37:45Não tenho filhos.
37:46Você é casada, você tem uma vida pessoal.
37:48Como é que é lidar com um trabalho, com uma responsabilidade tão imensa como a sua e, ao mesmo tempo, lidar com a sua vida pessoal?
38:00É.
38:00É difícil equilibrar?
38:02Ou você aprendeu a equilibrar?
38:03Eu aprendi a equilibrar, acho que ao longo do tempo.
38:05Eu acho que na minha última posição, as empresas, por que eu viajava muito para os Estados Unidos?
38:10Porque as empresas de software, muitas delas são americanas, né?
38:13Então, a maioria dos meus clientes, 95% deles, eram clientes, empresas americanas.
38:19Então, tinha que viajar muito para o Vale do Silício, que eu adoro, acho maravilhoso.
38:24Enfim.
38:24Mas agora, o que acontece é que a gente tem que estar na frente do cliente, a gente tem que estar presente, né?
38:30Então, isso exige, obviamente, de mim estar sempre lá, presente, para o time e para os clientes.
38:39Então, óbvio que tem muito trabalho e eu acho que no primeiro ano, eu sou uma pessoa que gosto de colocar um pouco de framework, né?
38:47De organização nas coisas.
38:48Então, meu primeiro ano, eu não tenho barreiras ou limites, eu acho que o primeiro ano nesta posição é um ano muito importante para a gente fazer a aceleração, né?
38:57Das transformações que a gente quer fazer na companhia e como que a gente vai ajudar os clientes.
39:02E é um momento de inteligência artificial muito importante, então a gente tem que estar nisso.
39:06A forma como eu balancei um pouco essa história, embora eu tenha muitas horas de trabalho, tenha que estar nos clientes, tenha que viajar pelo Brasil, né?
39:14Que é um tipo de viagem diferente, tenha uma equipe grande que eu tenho que motivar, eu tenho que inspirar, tenho que ser modelo, né?
39:22De comportamento para eles, tenho que ajudar no coaching.
39:26Eu tento criar algumas válvulas de escape, então eu sou uma pessoa que gosta de acordar às 5 ou 5 e meia da manhã.
39:33Esse é o seu horário de 5 ou 5 e meia da manhã?
39:35Porque eu tenho tempo de fazer uma esteira, fazer ginástica, de tomar um café, né?
39:41Como tomar aquele cafezinho expressinho.
39:42Sossegada.
39:43Sem ninguém falar comigo, bem quietinha naquele momento.
39:47Então assim, isso para mim já é um momento de alívio, né?
39:51Já é uma coisa que eu curto fazer e me dá aquela manhã que é começar as manhãs um pouquinho mais lentas, né?
39:59Então assim, eu não poderia começar a manhã mais lenta acordando às 8.
40:01Então eu acordo às 5, 5 e meia e consigo fazer a manhã mais lente.
40:04Você vai dormir em que horas?
40:06É umas 10 e meia.
40:07E o que tira o seu sono?
40:10A oportunidade, o crescimento, as coisas que a gente pode fazer, como que a gente pode contribuir para o país, né?
40:18Como é que a gente capacita as pessoas para garantir que tudo que a gente vem fazendo realmente vai ser benéfico para o ser humano.
40:28E eu acho que como brasileira, obviamente, como qualquer pessoa, tem todas as dinâmicas dos seres humanos que tiram o meu sono, né?
40:35Então a gente quer que as coisas deem certo, a gente quer que as pessoas sejam felizes.
40:41Então acho que não é muito diferente das outras pessoas, né?
40:45Segurança é sempre um tema que acho que tá...
40:47Mas enfim, eu acho que se eu pensar em uma coisa que é core que eu posso controlar, porque tem coisas que a gente não pode controlar,
40:54é como que eu ajudo na competitividade do país, qual que é o meu papel sentada nessa cadeira, porque é um privilégio.
40:59Então se é um privilégio, como que eu faço disso melhor, né?
41:04Muito bem, nós estamos conversando nesta edição do Show Business com Priscila Larram, presidente da Microsoft no Brasil.
41:13O Show Business faz uma breve pausa e volta em instantes.
41:16E nós voltamos com o Show Business nesta edição com Priscila Larram, presidente da Microsoft no Brasil.
41:31Priscila, a gente falou um pouco sobre data centers, né?
41:35E um pouco do investimento, ou muito do investimento que vocês anunciaram em setembro, de 14 bilhões e 700 milhões de reais,
41:45esse investimento vai pra data centers.
41:48Na sua avaliação, o Brasil pode virar um celeiro de data centers?
41:55Eu acho que sim, pode ser um hub tecnológico pra América Latina, porque acho que a gente tem as condições aqui, né?
42:01Então acho que a gente tem o espaço, a gente tem o excedente de energia, é energia limpa.
42:07Isso obviamente é uma grande preocupação da maioria das empresas, né?
42:12Por exemplo, a Microsoft já declarou que até mesmo com este crescimento, a gente tem crescimento de data centers em muitos países do mundo.
42:20Mas a gente já se comprometeu a estar neutro em carbono até 2030 e negativar toda a nossa história desses 50 anos hoje até 2050, né?
42:33Você tá falando isso porque existe uma discussão relevante, inclusive, sobre a questão de energia, né?
42:42Porque um data center, um centro de dados, ele consome muita energia, começar por água.
42:48Exatamente.
42:49Pra resfriar o centro de dados, né?
42:51O plano de vocês, então, é zerar?
42:55É ser neutro em carbono até 2030, é zerar toda a pegada até 2050.
43:00No Brasil, vocês têm quantos centros de dados?
43:03A gente tem alguns centros de dados, entre São Paulo e Rio de Janeiro, né?
43:07Ah, tá.
43:37Mas tem uma estratégia de vocês, por exemplo, colocar data centers em regiões diferentes do país, para o Brasil, com o tamanho que tem?
43:46Tem, aí tem, depende um pouco, né?
43:48Na verdade, tudo isso é bastante, a gente não abre muito os dados de localização desse tipo de informação.
43:55Mas, obviamente, que você sempre faz à luz de latência o quanto que a informação, o quanto que você tem de conexão e rapidez, né?
44:03Da informação, então, você pensa em alguns processos de negócio, por exemplo, o PIX tem que ser em poucos segundos.
44:08Então, você tem toda uma preocupação com localização e com latência.
44:14Você deu o melhor exemplo.
44:15Eu acho que é um bom exemplo, né?
44:17Tem outros muitos exemplos.
44:18Então, para eu fazer um PIX, para você, neste momento, qual que é o papel, quando que o Data Center entra?
44:27Bom, ele é importante para trafegar essa informação, né?
44:30Onde ele está, na nuvem, e como ele chega até você, no seu dispositivo, né?
44:35Então...
44:35Vamos falar de cibersegurança, porque a Tânia Constantino, inclusive, que esteve com a gente no ano passado, né?
44:44Era presidente da Microsoft, segue na companhia e assumiu uma área extremamente relevante de cibersegurança dentro da Microsoft.
44:55Eu imagino, dá para garantir a segurança dos clientes e das pessoas?
45:05Alguém consegue garantir, Priscila?
45:07Sim, a gente tem feito muitos investimentos na área de cibersegurança.
45:11Eu acho que quando a gente pensa em cibersegurança e inteligência artificial,
45:15cibersegurança, obviamente, é um alicerce muito importante para todo o desenvolvimento tecnológico que a gente vem fazendo.
45:27Então, eu comentei que o Satya declarou, né?
45:29Se eu tiver que desenvolver um recurso novo, eu vou investir em cibersegurança, eu vou investir em cibersegurança.
45:35E a gente tem investido muito.
45:36Então, a gente tem 34 mil engenheiros envolvidos na área de cibersegurança.
45:41Hoje, a Microsoft, o ano passado, a Microsoft investiu 4 bilhões de dólares em desenvolvimento, em pesquisa, em cibersegurança.
45:52E a gente monitora hoje 84 trilhões de sinais, né?
45:58Pensando na segurança dos nossos clientes, dos nossos serviços ao redor do mundo.
46:05Então, assim, eu acho que é um ponto muito importante da discussão.
46:08Muitas vezes a gente fala de inovação, né? E todo mundo é animado com a inovação.
46:12Mas eu diria que cibersegurança é a nossa moeda de confiança do negócio ao longo do tempo.
46:18Priscila, você como líder de uma gigante de tecnologia, na sua avaliação, qual é...
46:24Você está falando de habilidade.
46:26Qual é a habilidade essencial do líder do futuro?
46:31A habilidade essencial do líder do futuro, no meu ponto de vista, e eu acho que aí tem um pouco de ponto de vista, né?
46:40É realmente a capacidade de se adaptar a novos cenários, né?
46:44Essa flexibilidade de encontrar no cenário que for exposto ou no desenvolvimento de uma nova tecnologia
46:56ou de um novo cenário econômico, quais são aqueles pontos que podem te trazer sucesso.
47:04Então, acho que tem uma mistura entre...
47:06Obviamente, a capacidade de se adaptar é muito importante, mas é esse estrategista, né?
47:12É aquela pessoa que consegue colocar a estratégia e encontrar quais são os pontos de entrada,
47:18os pontos de saída, né?
47:20Num determinado lugar.
47:22E eu acho que tem uma característica de...
47:25Que é uma...
47:28Que, obviamente, é uma habilidade bastante importante, sempre foi,
47:33de como você traz as pessoas com você, né?
47:36Como é que você consegue trazer o jovem?
47:39Muitas pessoas discutem.
47:41Ah, os jovens hoje são diferentes, eles não querem ter a jornada infinita de trabalho.
47:46Eu, de verdade, acho que todos os jovens são mais inteligentes do que foi minha geração.
47:50Onde a gente trabalhou exaustivamente muitas horas, né?
47:54Muitas vezes vivendo sprints numa corrida que é uma maratona.
47:59Então, eu acho que a capacidade de inspirar e trazer essas pessoas juntas,
48:06olhando aí com empatia pra qual que é o ponto de vista dela, o que que ela enxerga,
48:11e o que que é importante, eu acho que pra mim é uma habilidade do líder, né?
48:15Quando você pensa em liderança mesmo, é essa.
48:18Importantíssimo isso que você está falando, porque esse é um tema recorrente aqui no Show Business
48:23com os meus convidados, porque tem alguns que falam de um certo abismo que há entre a geração
48:31que chega ao mercado de trabalho e o contato com aquele profissional mais experiente, mais antigo.
48:44Tem uns que acham que existe esse abismo, tem outros que acham...
48:48Você, pelo visto, não.
48:50Você acredita que essa nova geração que está chegando é uma geração...
48:55Como é que você pode definir essa nova geração que chega?
48:57Eu acho que é uma geração que tem uma perspectiva diferente pela vivência que teve,
49:01pela formação, tem uma perspectiva diferente da sua relação com o trabalho,
49:06da sua relação com esse balanço entre vida pessoal e vida profissional.
49:11é super conectada.
49:13E eu acho que tem um pouco de choque de gerações aqui.
49:16Eu sempre gosto de dizer que quando eu era estagiária,
49:18obviamente o presidente, né?
49:21E tinham muito mais homens, infelizmente, do que mulheres.
49:25Ela era uma figura meio mítica, né?
49:27Um mito, né?
49:29E estava ali, afastado.
49:32E me parecia que era a pessoa que tinha a capacidade de decisão,
49:36a pessoa que dava direção, né?
49:38Quando eu olho hoje, sentada nesta posição,
49:42eu não acho que eu sou a pessoa que dá a direção.
49:44Eu acho que a direção, ela vem de um composto de expertise de diferentes pessoas.
49:51E que eu sou uma facilitadora.
49:53E sim, eu deveria ser um modelo, eu deveria ser coach.
49:56Talvez eu tenha uma visão um pouco mais ampliada,
49:58porque o meu trabalho não é especialista.
50:01Mas no final das contas, não existe.
50:04Eu não sou um mito.
50:05Eu não sou a pessoa que manda em tudo, como eu pensava antes.
50:09Então, talvez...
50:10E você nem quer ser.
50:11Eu nem quero ser.
50:12Então, talvez tenha um conflito de gerações,
50:14porque quem viveu na mesma época de estagiário que eu,
50:18se não pensar dessa maneira,
50:20olha e fala assim,
50:20poxa, bem agora, quando eu cheguei,
50:22eu não sou eu que mando.
50:24Todo mundo manda,
50:25porque no final é verdade.
50:27Hoje, se eu parar para pensar,
50:29a gente falou de cibersegurança,
50:30ou mesmo quando a gente fala de exemplos tecnológicos,
50:32eu não sou a pessoa que é especialista em tecnologia.
50:35Então, no meu time,
50:36tem pessoas que conhecem muito mais do que eu.
50:40E deveria ser assim.
50:42Então, numa conversa,
50:43eu entro como a pessoa que aprende,
50:45ou a pessoa que sabe fazer as perguntas.
50:48Mas você tem um expert ali.
50:50E eu acho que se adaptar a este novo cenário,
50:53onde você tem uma geração
50:55que tem uma relação diferente com o trabalho,
50:57que vem de um expertise ou especialista em algum aspecto,
51:01porque em tecnologia,
51:03o que você sabe hoje,
51:04daqui a dois anos talvez não valha,
51:06e daqui a dois anos mudou de novo.
51:08Então, você tem que ir aprendendo,
51:11continuar aprendendo,
51:12mas sabendo fazer as perguntas certas.
51:14Então, eu acho que essa,
51:14talvez aí tenha uma questão,
51:16cada um vai ter uma perspectiva,
51:17dependendo de qual a lente que está vendo a vida.
51:20Priscila,
51:21o que move a sua vida e a sua carreira?
51:27Deixa eu pensar nessa.
51:28Eu acho que é aprendizado.
51:31Aprendizado é a coisa que eu mais gosto.
51:33Eu acho que é...
51:33A vida também, não só na carreira.
51:35Porque você falou muito da sua carreira.
51:36Na vida também.
51:37Aliás, você usou isso com muita frequência nesta entrevista,
51:40o aprendizado.
51:42É.
51:42Na vida também.
51:43Na vida também.
51:45Tem aquele livro dos Trend Finders,
51:47né, dos seus...
51:48Eu sou learner em todos eles.
51:50Eu já fiz, durante a minha carreira inteira,
51:52acho que umas dez vezes aquele livro,
51:55sempre da learner como o primeiro.
51:56Mas eu acho que é o aprendizado mesmo,
51:58é você aprender uma coisa nova.
51:59E na vida também, né?
52:00Então, eu brinco que eu não sei...
52:02Eu sou uma péssima esportista,
52:03eu faço esporte, obviamente,
52:05mas eu nunca fui muito boa em nada.
52:07Nenhum esporte.
52:08Nada.
52:08E aí, recentemente,
52:10me convenceram de que eu...
52:12Eu gosto...
52:13Eu tenho um lugar que a gente vai,
52:15que é um lugar que venta no Ceará,
52:17e me convenceram a fazer aulas de kitesurf.
52:20Eu sou ruim.
52:20Olha só.
52:21Mas estou fazendo as aulas com muito afinco
52:24para ver se pelo menos eu fico mediana.
52:26Então, assim, eu acho que aprender é importante sempre.
52:28Como é que você se desafia,
52:30como é que você traz...
52:31Eu nunca vou ser fantástica, talvez, no kitesurf,
52:35mas, poxa, eu posso ser uma pessoa boa
52:37e eu posso me divertir, né?
52:38Então, eu acho que aprendizado é, de fato,
52:41o que me move, pensar em coisas diferentes
52:43e de como eu me desafio.
52:44Eu acho que é o que eu gosto.
52:45Priscila, pergunta clássica aqui do show business.
52:51Quem são as suas referências
52:54na vida e no mundo dos negócios?
52:58Na vida e no mundo dos negócios.
53:00Eu acho que na vida, obviamente,
53:02meu pai e minha mãe são muito referências para mim.
53:06Eu fiz escola pública.
53:08Então, isso vem de uma...
53:09Durante...
53:11Durante...
53:11É, e entrei numa faculdade paga, né?
53:13Como a história da vida de quem faz escola pública
53:16não consegue entrar, às vezes, numa faculdade pública.
53:18A sua vida inteira foi na...
53:20Escola pública.
53:20Escola pública.
53:21Escola pública.
53:21Em São Paulo?
53:23Em São Paulo.
53:24É...
53:25E eu acho que os meus pais me deram os meus valores.
53:28Eu venho de uma família de classe média
53:30com essa vontade.
53:31E eu tinha sempre a ambição de ser uma profissional
53:34de uma empresa multinacional e global.
53:37Então, eu acho que meus pais me ajudaram muito
53:39a encontrar qualquer essa forma de fazer isso
53:42de forma leve.
53:43E não de forma pesada.
53:45Que isso não soasse como um impossível.
53:47Então, eu brinco que boa parte do meu sucesso
53:50eu acho que foi ignorar o impossível.
53:52Porque poderia parecer impossível,
53:54mas não é impossível.
53:55Sempre que alguém quer alguma coisa
53:57consegue chegar lá.
53:58De uma forma ou de outra,
53:59pode demorar um pouco mais, um pouco menos,
54:00dependendo de qual o acesso que você teve, né?
54:03A quantidade de privilégios e de acesso que você teve.
54:06Mas todo mundo consegue chegar.
54:08Então, eu acho que essa é uma.
54:09E eu acho que a outra é o Satya.
54:10Eu gosto bastante da forma como ele vê a vida,
54:16porque muitas vezes as pessoas olham para os executivos
54:20e o executivo tem que dar aquela demonstração de poder, né?
54:24Tem que ser o high profile, a pessoa que mais fala.
54:28Tem que ser aquele que se expõe, né?
54:30Então, aquela coisa dos altos homens e esse tipo de coisa.
54:35E eu acho que ele faz um papel...
54:36O Satya, ela não é assim?
54:38Ele tem um papel diferente.
54:38Você que já esteve com ele.
54:39Eu acho que ele tem um papel diferente.
54:41Eu acho que ele tem uma preocupação genuína
54:43com qual é o impacto na sociedade
54:44e de qual que é o nosso trabalho e a nossa missão como empresa
54:49nesse ambiente, né?
54:52Então, assim, eu gosto muito.
54:53E eu acho que a própria teoria dele ter trazido
54:55o desenho do livro dele, né?
54:57Que é aquele hit refresh,
54:59de reconstruir a cultura da Microsoft,
55:01de colocar o growth mindset como o centro da nossa cultura,
55:05que todo mundo pode aprender tudo o tempo todo.
55:07E é normal dizer não sei.
55:09Exatamente.
55:10É que a gente não sabe tudo.
55:12Eu não preciso parecer inteligente numa reunião.
55:15Quantas pessoas não escutam a outra pessoa
55:17porque você só quer dar uma resposta inteligente?
55:20Ou você só quer fazer um comentário inteligente?
55:21Isso não te permite continuar o seu aprendizado.
55:24Então, assim, eu acho que tenho muita admiração
55:26pelo que ele fez, né?
55:27E lembrando uma coisa, Satya Nadella é indiano,
55:32ou seja, a gente tem, e também no Vale do Silício,
55:34ali entre as gigantes, a gente tem outros CEOs,
55:38como a Priscila na função.
55:42A Priscila não é indiana, a Priscila é brasileira com orgulho,
55:45como a gente viu, mas ele é indiano.
55:47Isso, de certa forma, mostra a diversidade da companhia, né?
55:53De você ter, não um americano, não um europeu,
55:57um indiano ali, genial.
56:00Porque eu acho, eu já falei isso pra você,
56:02eu já tive a oportunidade de falar,
56:04não nessa entrevista, nem em outra oportunidade,
56:05que eu acho Satya Nadella genial.
56:09Eu também acho.
56:10E além de ter esse aspecto humano, né?
56:12Que eu acho que é isso.
56:13E Bill Gates.
56:14Eu adoro o Bill Gates também.
56:16Usei o Satya pra você pedir um,
56:18mas obviamente eu sou fã do Bill Gates,
56:21é super inteligente, é uma pessoa que soube,
56:24inclusive, fazer essa transformação na vida, né?
56:26Pra todo o trabalho de filantropia.
56:28E tem uma característica dele que eu gosto muito,
56:30que eu acho que é, ele gosta de problemas difíceis de resolver,
56:33e ele não se desanima quando eles falham,
56:36e que talvez demore pra encontrar uma solução,
56:39mas ele gosta, né?
56:40Eu fico impressionado com essas, de certa forma,
56:44poucas personalidades globais,
56:46como é o caso do Bill Gates,
56:49que transformam o comportamento do mundo.
56:53Bill Gates, Steve Jobs,
56:56entre outros nomes que são citados aqui no Show Business,
57:00quando eu faço essa pergunta,
57:01são figuras que mudam o comportamento do mundo.
57:05E você trabalha, e você vive, e você viveu,
57:10nos últimos 25 anos,
57:12muitas transformações nessa gigante de tecnologia.
57:17Tem sido muito divertido.
57:19E eu gosto de uma frase,
57:20tem uma pessoa que foi meu mentor agora, recentemente,
57:23ele sempre fala que as empresas são uma soma de CPFs.
57:28E eu acho que é isso,
57:29o Bill Gates, o Satya,
57:31eu acho, fico muito orgulhosa dos CPFs,
57:35CPFs, eles não têm, porque é outra coisa,
57:37mas é os CPFs dessa companhia.
57:40E dos muitos que a gente tem aqui no Brasil, tá?
57:42Sim, exatamente.
57:43Tem muitos CPFs, muito bem intencionados.
57:44E você destacou nessa edição,
57:47os grandes profissionais brasileiros que nós temos,
57:50incluindo muitos engenheiros,
57:52a metade é engenheiro, né?
57:53É, a metade é engenheiro,
57:54ou está em data center, ou está em engenharia.
57:58Sensacional.
57:58Adorei, adorei, Priscila.
58:00Eu agradeço mais uma vez a sua presença aqui em nosso estúdio.
58:03É a primeira entrevista na televisão da Priscila Larrant,
58:07a nova presidente da Microsoft no Brasil.
58:10Então eu quero te agradecer publicamente,
58:13pela confiança e por estar aqui com a gente,
58:16compartilhando tantas ideias,
58:18compartilhando tantos insights,
58:21e, de certa forma, também revelando os planos da companhia aqui no país.
58:25Bruno, obrigada.
58:26Foi um prazer, um prazer estar aqui com toda a audiência.
58:29Obrigada mesmo pelo convite.
58:31A gente conversou nesta edição com Priscila Larrant,
58:34presidente da Microsoft no Brasil.
58:37O Show Business vai ficando por aqui.
58:38Muito obrigado sempre pela sua audiência,
58:40pela sua confiança.
58:42A gente volta na semana que vem.
58:44Até lá.
58:44Tchau.
58:58A opinião dos nossos comentaristas
59:01não reflete necessariamente a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.
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