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No Business, o CEO da Startse, Júnior Borneli, avaliou as estratégias da Apple diante da pressão por inovação e do avanço da inteligência artificial, além de analisar a desconfiança de investidores sobre o futuro da big tech.

Bruno Meyer apresenta o Business - sua revista eletrônica que traz o que há de mais importante no mundo dos negócios.

Assista à íntegra: https://youtu.be/Hj-WVXK-dro

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Transcrição
00:00A Apple vive uma crise de boas ideias e inovação?
00:05A gigante de tecnologia tem enfrentado muita pressão para mudar e tirar o atraso
00:12nos assuntos relacionados à inteligência artificial.
00:17Inclusive investidores alarmados com a queda nas ações,
00:20que já eliminou mais de 600 bilhões de dólares em valor de mercado neste ano,
00:25e também investidores muito frustrados com os atrasos nos lançamentos de recursos de AI,
00:32eles pedem que a Apple tome uma iniciativa e faça alguma coisa,
00:38ou uma aquisição de impacto, ou busque grandes talentos de uma forma agressiva,
00:44já que Mark Zuckerberg tem pegado alguns deles.
00:48Por exemplo, a companhia Apple perdeu o Homing Pem,
00:52que é o principal cientista de AI da Apple para a meta.
00:56E o chefe de operações, o Jeff Williams, executivo que era o número dois na companhia,
01:01tido como o possível substituto do Tim Cook, o atual CEO,
01:07surpreendeu ao anunciar a aposentadoria, encerrando o período de 27 anos na empresa.
01:13E a pressão é tamanha, que inclusive pode atingir o nome mais poderoso da empresa,
01:19como eu falei, Tim Cook, o CEO da Apple.
01:23Quem sabe sobre todos esses assuntos é o Júnior Bornelli, CEO da Statsy.
01:31Júnior, um prazer falar com você.
01:34Júnior, a Apple sempre foi sinônimo de inovação.
01:40O que tem acontecido com ela nos últimos tempos?
01:44A gente pode dizer que ela está ficando para trás quando falamos em inovação?
01:50Oi, Bruno, tudo bem? Bom, bom falar com você de novo.
01:53Você tem razão, a gente sempre teve a Apple como sendo essa grande empresa inovadora,
01:58mas que está passando por uma crise de inovação, uma crise de novidade.
02:02A Apple, se a gente pegar o histórico da companhia,
02:05ela se acostumou a lançar um novo produto de sucesso a cada 3, 4 anos, mais ou menos,
02:10desde o primeiro grande produto, que foi o iPod lá atrás.
02:15Depois veio o iPhone, iPad, Apple Watch, AirPods, até o Vision Pro,
02:20que é esse óculos que talvez não tenha entregado o resultado que a companhia esperava.
02:24Mas sim, a gente está vivendo um período sem muita novidade
02:28daquela que era a empresa mais inovadora do mundo até pouco tempo atrás.
02:32E tem uma explicação quando uma empresa que é sinônimo de novidade,
02:39sinônimo de mudança radical, inclusive no comportamento do planeta.
02:45Porque quando ela lançou um iPhone, ela mexeu com o comportamento do planeta.
02:50Ela criou dezenas de milhares de empresas através com os aplicativos
02:55que a gente está vendo aqui na tela do Business.
02:57Ela criou empregos, ela mudou a maneira de a gente se comunicar,
03:02de a gente trabalhar e, de repente, a gente vê nos últimos tempos
03:08nada vindo de novo, como você acabou de falar mesmo.
03:12Tem uma explicação?
03:15Bruno, acho que tem dois cenários que a gente pode explorar para tentar entender isso.
03:20O primeiro é que a Apple realmente escolheu não se mexer muito rápido agora
03:25num cenário de muita incerteza.
03:27Como ninguém sabe o que vai acontecer nesse mundo da inteligência artificial ainda,
03:31fazer grandes investimentos pode significar escolher um caminho
03:34que daqui a pouquinho tempo pode não ser mais o caminho ideal,
03:38pode não ser mais o caminho verdadeiro,
03:39aquele que vai ser a construção de fato do futuro.
03:43Segundo ponto de vista é que existe uma filosofia
03:47que Steve Jobs trouxe assim que entrou lá na Apple atrás,
03:49quando ele voltou para a companhia em 97,
03:53que era a ideia de esperar para ver qual é a grande nova coisa do mundo.
03:59Então, naquele momento, ele usou uma metodologia de deixar a empresa andar de lado,
04:05simplesmente manter o que tinha com eficiência corporativa,
04:09limpar o portfólio, enquanto esperava essa próxima grande coisa.
04:13O que naquela época foi o iPod, agora pode ser que sejam os robôs,
04:18pode ser que seja algum equipamento de IA que a gente nem sabe qual é.
04:23Mas o fato é que talvez a Apple tenha comprado paciência ao longo do tempo.
04:29A empresa, como você disse, perdeu muito dinheiro nessa volatividade agora das ações,
04:34sobe e desce, sobe e desce,
04:36mas continua sendo a terceira maior empresa do mundo,
04:39avaliada em mais de 3 trilhões de dólares, entregando muito lucro a cada trimestre.
04:44É bom registrar o quanto vale a Apple,
04:49porque a gente está falando de crise de inovação,
04:51mas ela continua sendo uma empresa que vale trilhões.
04:56Trilhões, né, Júnior?
04:57Exatamente.
04:59Exato.
04:59Então, é uma empresa que vale mais de 3 trilhões de dólares,
05:03não dá para dizer necessariamente que está em crise,
05:05mas é fato que talvez ela esteja se preparando para a próxima grande coisa do mundo,
05:12assim como Steve Jobs ensinou lá atrás.
05:14Eu falei no começo da sua entrada que há uma certa pressão,
05:21eu posso chamar de uma pressão informal do mercado financeiro,
05:25sobre o trabalho de Tim Cook,
05:28que é um trabalho exemplar nos últimos anos, né?
05:30Ele, inclusive, está no cargo desde 2011
05:32e é o executivo há mais tempo no comando de uma gigante de tecnologia.
05:38Mas, por conta do que chamam de atraso em AI,
05:43há uma pressão informal.
05:46Você que acompanha muito o setor de tecnologia, Júnior Bornelli,
05:50você acredita que teremos muito em breve uma troca de comando na Apple?
05:55Interessante, Bruno, porque, como você disse bem,
06:00ele é o mais longevo no cargo de CEO hoje de uma Big Tech,
06:04tirando o Mark Zuckerberg, que é o founder da Meta,
06:07e o Jensen Juan, que é o CEO e fundador também da NVIDIA,
06:11da Microsoft, do Google, da Amazon,
06:13são todos CEOs com menos tempo de casa do que o Tim Cook.
06:17Isso significa que o mercado enxerga a Tim Cook hoje
06:21como alguém que é muito bom em dar continuidade
06:24num processo de sustentação de uma empresa que já é inovadora,
06:30mas que tem desafios de inovar.
06:32Ele foi muito bom em gerar eficiência,
06:34de escalar o iPhone, principalmente,
06:36desde que assumiu em 2011, né?
06:38Com a difícil missão de substituir Steve Jobs.
06:41Fez muito bem esse trabalho,
06:42levou a empresa a mais de 3 trilhões,
06:45mas questiona-se muito a sua capacidade de inovar
06:47e se mexer rápido nesse mundo que muda o tempo todo.
06:51Como você disse bem no início da conversa,
06:53existem muitas pressões lá no Vale do Silício
06:56para que ele encontre um sucessor.
06:59Estava mais ou menos definido quem seria,
07:00mas esse sucessor decidiu se aposentar.
07:03Agora, Tim Cook tem esse desafio de
07:05quem será o próximo grande líder da Apple,
07:09já que ele talvez esteja vendo o seu futuro
07:11não tão longo assim na companhia.
07:14Ô, Júnior, será que vem da Índia o novo CEO da Apple?
07:17Será que vem dos Estados Unidos?
07:19do Brasil?
07:21Tem gente boa, tem gente boa no Vale do Silício do Brasil lá.
07:25Tem muito brasileiro bom no Vale do Silício, hein?
07:29Será que vem?
07:31Pois é, se a gente seguir a lógica das Big Techs,
07:34a mais provável é que seja um indiano, né?
07:36Indiano, né?
07:36Mas eles lideram muitas das companhias por lá.
07:39Mas como você disse bem, tem muito brasileiro.
07:41Tem muito brasileiro bom, inclusive, na Brax.
07:43Tem os dois fundadores da Fintech brasileira
07:45que são incríveis.
07:46Bem lembrado.
07:47Júnior, eu vou dar uma pausa,
07:49vou mudar o assunto e eu quero ouvir a sua opinião
07:52bem rápido, tá bom?
07:54Será que aqueles óculos com AI,
07:57com inteligência artificial,
07:59será que eles serão fundamentais
08:01para a meta de Mark Zuckerberg
08:03que o Júnior Bornelli acabou de falar
08:05superar os 2 trilhões de dólares
08:08em valor de mercado
08:09porque a companhia já vendeu
08:11mais de 2 milhões de pares
08:12dos seus óculos inteligentes
08:15Ray-Ban Meta
08:16produzidos em parceria
08:18com a companhia francesa
08:21Exilor Luxótica.
08:23Agora ela pretende construir
08:24sobre esse sucesso
08:26com o dispositivo mais impressionante
08:28porque os atuais óculos da Meta
08:31têm capacidade considerada limitadas
08:33sendo principalmente usadas para fotos,
08:38para vídeos, áudio,
08:40tem alguma interação mais limitada com o AI.
08:43Só que a empresa sinalizou planos
08:46para óculos inteligentes
08:47com vários recursos.
08:49Tem realidade aumentada,
08:51que exigirão uma tela embutida
08:53ou até uma capacidade
08:54de projeção holográfica.
08:57Deixa eu chamar o Júnior novamente
08:58porque, Júnior,
08:59esses óculos foram durante muito tempo
09:01desacreditados por investidores.
09:05Será da mesma forma que as outras ideias,
09:08algumas poucas ideias do Mark Zuckerberg, né?
09:11Mas será que esses óculos agora
09:14mudaram de patamar
09:16e de fato podem ser responsáveis
09:18pela Meta crescer ainda mais?
09:23Bruno, esse tema é muito interessante
09:25porque essa história dos óculos
09:26começou lá atrás com o Google Glass.
09:28Lembra que era uma inovação
09:29que o Google trouxe
09:30e que estava fora do timing,
09:32estava no tempo errado.
09:34Era uma inovação acelerada demais
09:36para um tempo onde não se podia
09:38utilizar os recursos que aquilo tinha.
09:40A gente evoluiu no tempo.
09:41A Meta entendeu que o caminho dos óculos
09:43poderia ser uma substituição
09:44para os smartphones,
09:46para o iPhone da Apple,
09:47que a gente debateu agora há pouco,
09:49mas entenderam que, de fato,
09:50ele precisava passar por um processo
09:52de miniaturização.
09:54Não dava para ser aquele trambolho enorme
09:56na cara das pessoas,
09:57precisava ser algo mais prático,
09:59mais útil,
10:00mais como as pessoas sempre usaram,
10:02que é o desenho do óculos tradicional.
10:04Você tem razão em dizer que
10:05esse pode ser um grande futuro da Apple,
10:07da Meta, desculpa.
10:09Da Meta.
10:09Porque a Meta tem condições hoje
10:12de criar um ambiente de interação
10:15entre o que o usuário vê com os óculos
10:17e a interação que ele tem com as redes sociais.
10:20Afinal de contas, a Meta é dona do Instagram,
10:22dona do WhatsApp, dona do Facebook
10:24e pode gerar esse ecossistema
10:26onde tudo que eu vejo,
10:28tudo que eu gravo,
10:30tudo que eu tiro foto,
10:31já sai sobre a minha perspectiva
10:32para as redes sociais.
10:34E se for potencializado ainda com o IA
10:36e com a realidade aumentada,
10:37passa a ter ainda mais funções.
10:39inclusive corporativas no nosso dia a dia.
10:42Muito bem.
10:42Nós conversamos com Júnior Bornelli,
10:45da Startse.
10:47É sempre um prazer tê-lo aqui no Business, Júnior.
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