- há 5 semanas
Gesto aparentemente simples, pode levar a uma perigosa infecção chamada celulite facial.
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NotíciasTranscrição
00:00Um problema grave de saúde que vem de uma prática que muita gente aí em casa faz.
00:05Quem nunca, quem nunca espremeu uma espinha no rosto achando que era algo simples,
00:11tá ali incomodando, normalmente a espinha no rosto aparece quando a gente tem algum evento, né?
00:15É sempre assim, mas esse hábito pessoal pode provocar um perigo enorme.
00:22Uma capixaba desenvolveu uma celulite facial.
00:26Tá aí, ó, Juscelene. É uma infecção pessoal grave provocada por bactérias.
00:33Diferente da celulite estética, né? Quando a gente fala celulite a gente acaba associando.
00:39Ela atinge a pele e os tecidos do rosto e pode evoluir em casos mais graves até pro cérebro.
00:46A Juscelene, pessoal, ela acabou ficando com o rosto assim depois que apareceu uma espinha,
00:51um carocinho ali do lado do nariz. Ela tentou espremer achando que era uma espinha comum.
00:56E acabou ficando com o rosto assim, super inchado, foi parar no hospital, ficou internada.
01:01Tá um caso grave, é um alerta pra esse costume que muita gente tem que parece inocente,
01:07de cutucar ali as feridas na pele, as espinhas, mas pode trazer consequências sérias.
01:12Vamos ver na reportagem, vamos conhecer a história dessa capixaba de Santa Tereza também.
01:17Roda aí na reportagem.
01:18Parecia algo inofensivo. Mais uma espinha, como sempre apareceu e nada mais.
01:25Aí Juscelene pensou, já sei, vou espremer isso aí e tirar essa coisa do rosto.
01:30Só que de simples não tinha absolutamente nada.
01:34Ela espremeu a espinha e o negócio infeccionou.
01:37Daí a situação complicou de vez.
01:39Acabei mexendo, não nego, só que porém era um carocinho.
01:43E nesse carocinho não saiu nada, só sentia ele duro, não me incomodava.
01:48No decorrer do dia eu fiz as minhas coisas normais.
01:51Chegou a tarde, eu percebi que estava um pequeno inchaço.
01:54Mas passou a desperceber.
01:56Continuei fazendo as minhas coisas.
01:58À noite fui dormir.
02:00No decorrer da noite, acordei de madrugada,
02:03já com incômodo no meu olho, no lado direito,
02:06e percebi que estava totalmente fechado.
02:08Viu aí a gravidade da situação, né?
02:11A consequência de espremer a espinha foi uma celulite facial,
02:15que é uma infecção grave na pele causada por bactérias.
02:19E no rosto, o risco pode ser ainda maior do que em outras partes do corpo.
02:23O risco é da translocação bacteriana.
02:26O que é isso?
02:28É quando você favorece que essa bactéria, no ato de espremer,
02:32você empurra ela para dentro dos pequenos vasinhos daquela região
02:36e com isso ela vai acendendo, ganhando vasos maiores e se espalhando pelo organismo.
02:45Na face, o risco muito grande é de ir para o cérebro,
02:49causando encefalite, meningite e até uma sepsis, né?
02:54Que é uma infecção generalizada.
02:56Como eu falei agora há pouco, a celulite facial é causada por bactérias,
03:00geralmente estreptococcus e estafilococcus,
03:03que entram na pele por meio de pequenas feridas e podem se espalhar rapidamente.
03:09A celulite é uma infecção das camadas mais profundas da pele, tá?
03:14Pega ali aquelas partes moles, então...
03:17E o risco é evoluir justamente para uma sepsis.
03:20É uma infecção generalizada.
03:22Por isso, por favor, resista a tentação de botar o dedão na espinha.
03:28Dá vontade de espremer mesmo, porque incomoda, né?
03:30Querendo ou não, não fica esteticamente agradável.
03:32E a gente tem a tendência de colocar a mão, de ficar puxando, né?
03:36Mexendo mesmo, não pode.
03:38Tem muito risco, pode inflamar, entrar bactérias, então não pode.
03:43Aos 29 anos, Jocelyne aprendeu a lição.
03:46Uma lição muito importante que também serve para a gente, viu?
03:49Espinhas, é melhor manter os dedos longe delas, não acha?
03:53Nunca espremer.
03:55O que a gente pode fazer?
03:57Usar loções secativas, que acha no mercado, né?
04:00Para uma espinha eventual.
04:02E se eu não tenho essa loção secativa,
04:05compressa de água morna no local.
04:08Cuidado com a temperatura dessa água, para não queimar a pele,
04:11porque o calor, ele vai organizar aquela inflamação,
04:15organizar aquele pus e favorecer a drenagem espontânea da lesão.
04:20Espremer nunca, porque eu estou empurrando essa bactéria para dentro da circulação.
04:25E a lição que eu tiro disso tudo, né?
04:28Que independente do que aconteça no nosso corpo, né?
04:32Que a gente não mexa.
04:33A gente pega, né?
04:35De imediato, procura o pronto-socorro, né?
04:38O médico mais próximo,
04:40porque não foi apenas uma espinha.
04:44Não é algo inofensivo, né?
04:46Então, a celulite facial é algo grave.
04:50Pois é, pessoal.
04:51Estou aqui com a doutora Ana Carolina de Torres,
04:54que é infectologista.
04:55Obrigada pela presença, doutora Ana.
04:57Bom dia, obrigada pelo convite.
04:59Bom dia.
04:59A gente vê o caso dessa capixaba,
05:01que é um exemplo ali grave de uma celulite facial.
05:06Eu nunca tinha ouvido falar.
05:08Explica pra gente na prática, doutora Ana,
05:10o que é a celulite facial?
05:11A gente viu ali que no caso dela,
05:13ficou com o rosto super inchado, né?
05:16Celulite é uma infecção na pele, né?
05:18A gente gradua, coloca esses nomes,
05:20celulite, empetigo, furunco,
05:22de acordo com a profundidade que ele adentra a nossa pele.
05:26Então, a celulite é aquela infecção
05:28que conseguiu ir pra parte mais profunda,
05:31pra até o tecido gorduroso,
05:33ou a parte mole mesmo da pele, né?
05:36O que que acontece?
05:37A nossa pele, ela não é estéreo, né?
05:39O nosso corpo tem bactérias e é preciso que tenha,
05:42pra gente ter a nossa imunidade,
05:44a nossa tranquilidade de viver.
05:47Mas, em algumas situações,
05:49acontecem oportunidades de bactérias externas
05:52entrar onde não tem que entrar,
05:54que é a pele, né?
05:56E nessas situações surgem as espinhas,
05:58as celulites e o nome a gente dá de acordo
06:01com a profundidade que atinge a bactéria.
06:03Perfeito.
06:04No caso ali da Juscelene,
06:06essa saga dela começou depois que ela foi tentar espremer ali,
06:10sabe?
06:10Quando a gente amanhece com o rosto inchado,
06:12aquele sinalzinho,
06:13vai nascer uma espinha.
06:14Ali a pessoa já começa naquele cutuca, mexe.
06:17A gente pode dizer que a Juscelene,
06:20assim como a gente também,
06:21quando espreme espinha,
06:22ela abriu ali uma porta no corpo
06:25pra que essa bactéria entrasse.
06:27A gente tem esse hábito de falar, né?
06:29Espremeu a espinha, ferida,
06:30tá a porta aberta ali.
06:32É isso mesmo, Lutu?
06:33Ela facilitou a disseminação.
06:35Esse conselho de mãe de não espreme a espinha é antigo, né?
06:38Quando você espreme,
06:39você facilita essa bactéria
06:41entrar em contato com o sangue.
06:43E o sangue vai pra todo o corpo.
06:45Principalmente nessa região aqui do rosto,
06:47esse triângulo,
06:48a gente chama de triângulo perigoso,
06:50porque tem muita vascularização,
06:52tem muito vaso sanguíneo
06:53e ele se comunica com o sistema nervoso,
06:55com o cérebro.
06:56Então, se você espreme
06:58e dá a oportunidade da bactéria chegar até o sangue,
07:00ela pode chegar até o cérebro e causar meningite.
07:03Então, realmente,
07:04principalmente nesse triângulo central do rosto,
07:06a gente recomenda que não se esprema.
07:08O máximo, usar o calor, a compressa morninha,
07:11pra fazer a drenagem espontânea.
07:13E isso é rápido, assim?
07:14Essa bactéria se disseminar e se espalhar?
07:17Tem um tempo que a gente poderia dizer?
07:19Como é que é isso?
07:20Depende da característica da bactéria.
07:22Algumas, tipo o Streptococcus,
07:24tem a característica de ser mais rápida,
07:25evoluir de uma forma mais rápida.
07:27O estafilo também.
07:29Então, depende muito da bactéria.
07:30Pode ser de horas
07:31ou pode demorar alguns dias,
07:33o crescimento mais lento.
07:34Perfeito.
07:35Agora, a gente está falando da espinha,
07:37da celulite.
07:39A espinha, que é muito comum,
07:40está presente no nosso dia a dia.
07:42Agora, a gente pode dizer
07:44que outros problemas de pele,
07:46outras feridas,
07:47também trazem esse risco?
07:48Por exemplo, furúnculo.
07:49Tem gente que tem furúnculo de repetição,
07:51sofre com isso.
07:52Pode ser um problema também, doutora?
07:54Pode.
07:55A furunculose de repetição,
07:57quando dá vários episódios durante o ano,
07:59pode ser sinal de uma deficiência na imunidade.
08:01Então, precisa passar por uma avaliação médica
08:04para saber se não tem alguma coisa
08:05abaixo da imunidade,
08:06tipo um diabetes, uma tireoide ou um HIV.
08:11Então, precisa passar por uma avaliação médica
08:13se você está tendo com muita repetição.
08:15Mas também é uma infecção da pele, né?
08:18Então, se você espremer,
08:19tudo de lesão de pele,
08:21você espremendo,
08:22pode acontecer a disseminação
08:23para a corrente sanguínea.
08:24Agora, a gente está falando de espremer,
08:26mas aí tem outros casos também.
08:29Tem gente que bota já a loção secativa ali em cima da espinha.
08:34Não, mas é a loção secativa,
08:35é um creme dermatológico.
08:38Tem gente que vai para a receita caseira,
08:40bota ali pasta de dente.
08:42Isso aí é um perigo danado também, né?
08:44É um perigo porque a gente não sabe exatamente
08:46a composição dessas receitas caseiras.
08:49Então, muitas vezes,
08:49você pode lesionar mais a pele,
08:52provocar queimaduras químicas,
08:54agredir a pele.
08:55E, agredindo a pele,
08:56você perde a barreira natural,
08:59que é a composição completa da pele,
09:01facilitando a entrada de outros germes,
09:03além daquele que já está no processo ativo.
09:06Estou com uma espinha, doutora, né?
09:09Estou com um ferimento aqui.
09:10No caso da Jocilene,
09:12foi durante a madrugada que ela percebeu
09:14o rosto queimando ali.
09:16Que sinais que o meu corpo vai dar
09:18de que tem alguma coisa errada
09:20e de que eu preciso buscar ajuda médica?
09:23O tamanho, né?
09:24Com certeza,
09:25o tamanho dessa espinha,
09:27desse abscesso,
09:27desse furúnculo,
09:29precisa de atenção.
09:30Maiores que 5 centímetros,
09:32certamente,
09:33precisam passar pela avaliação de médica.
09:35Talvez até para a drenagem cirúrgica,
09:38em que a gente corta com bisturi
09:39para drenar esse pus.
09:41Mas,
09:41se você tem uma dor muito persistente,
09:45a localização,
09:46se está no rosto,
09:47próximo ao olho,
09:48essas localizações chamam a atenção
09:50e precisam de uma avaliação médica também.
09:53E se está associado a febre,
09:54sinais sistêmicos,
09:56prostração,
09:57caiu a pressão,
09:58ficou confuso,
09:59tudo isso precisa de avaliação também.
10:01Colocar álcool,
10:03água oxigenada,
10:05tem gente que acha que está arrasando
10:06fazendo isso.
10:07Pode ou não pode?
10:08Não, não pode.
10:09O álcool,
10:10muitas pessoas têm aquela ideia
10:13de que o álcool vai matar a bactéria,
10:15mas o álcool da nossa pele
10:16resseca a pele.
10:17Pele ressecada,
10:18faz microlesão
10:19e facilita a entrada de bactéria.
10:21Então, a gente não recomenda
10:22que passe álcool
10:23e ferimento nenhum.
10:24Se você tem um machucadinho,
10:26não jogue álcool.
10:27Existem outras soluções
10:28que você pode.
10:29A loção secativa
10:30depende da mesma.
10:31Existem umas
10:32que são comercializadas
10:33em farmácias,
10:34com registros,
10:35testados dermatologicamente,
10:37mas também a gente
10:38não pode passar
10:39qualquer produto na pele
10:40achando que vai secar
10:41porque tem algumas coisas
10:42que culturalmente
10:43a gente acredita
10:44que vai secar,
10:45mas não necessariamente
10:46vai trazer benefício
10:48nesses casos.
10:49No caso das feridinhas,
10:51cortei ali minha mão
10:52cozinhando com uma faca,
10:55o que eu tenho que fazer?
10:56Eu lavo com água,
10:57boto um band-aid,
10:57qual seria a recomendação?
10:59A primeira coisa
10:59é lavar com água e sabão.
11:01Sabão neutro,
11:02não usar sabão de coco,
11:04nada desses outros tipos
11:05de sabão
11:05achando que vai limpar mais.
11:07É água e sabão,
11:08água corrente
11:08e deixar seco a ferida.
11:10Não ficar passando
11:11em plastro,
11:12pomada,
11:13porque você tem que avaliar
11:14a evolução,
11:15principalmente corticoide.
11:16É muito comum
11:17ter aquela pomadinha de corticoide
11:18que passa em todas as feridas
11:19e corticoide atrapalha
11:21a cicatrização.
11:22Então,
11:22se você tem uma ferida,
11:23um corte,
11:23lava com água e sabão
11:25e cubra,
11:25mantendo sempre seco.
11:26Se o curativo ficou úmido,
11:28trocar.
11:28Quais fatores de risco,
11:30doutora Ana,
11:31que o paciente pode ter ali
11:32que vai facilitar
11:34para que ele vá
11:34para um estágio mais grave
11:36dessa infecção?
11:37Uma é a localização,
11:39se você está em uma área
11:39muito vascularizada,
11:41ela facilita a entrada
11:42na corrente sanguínea
11:43que aconteceu com a geocilene,
11:45que foi esse triângulo do rosto.
11:47idades,
11:49extremos de idade,
11:50tanto crianças
11:51quanto idosos,
11:52tem uma imunidade
11:53um pouco mais debilitada,
11:55então facilita
11:55a disseminação
11:58e infecção generalizada.
12:01E algumas condições de saúde,
12:02um diabetes
12:03que não está controlado,
12:04pacientes que estão
12:05em quimioterapia,
12:06pacientes HIV sem tratamento,
12:08então todos esses fatores
12:09que baixam a imunidade
12:10favorecem a disseminação.
12:12A gente recebeu
12:13uma pergunta
12:13que eu achei muito interessante,
12:15Mercedes Nogueira,
12:18Mercedes é da Serra,
12:19não colocou o bairro,
12:20obrigada pela participação,
12:22ela perguntou o seguinte,
12:23doutora Ana,
12:24procedimentos estéticos
12:27como botox
12:28ou depilação a laser,
12:30que às vezes
12:31deixam feridinhas
12:32na pele,
12:33podem ser uma porta
12:35de entrada
12:35para essas bactérias?
12:36Bom, o botox
12:38eu acredito
12:38que faça
12:39com um profissional
12:40regulamentado
12:40e que vai seguir
12:41as técnicas assépticas
12:43e nesse cenário
12:44de limpeza adequada
12:46e do procedimento
12:47de forma adequada
12:48não existe esse risco.
12:50Lógico que qualquer
12:50ferida na pele,
12:52se não bem cuidada,
12:53pode evoluir.
12:54E o outro foi o que?
12:55Perdão.
12:55Ela falou depilação a laser.
12:56A depilação a laser
12:58ela pode causar sim.
13:00Não é que é a depilação
13:01causando a infecção,
13:03mas a microlesão
13:03deixada na pele.
13:05Então como são áreas
13:06mais extensas
13:07aumenta a chance sim.
13:09Mas mais do que
13:09a depilação a laser
13:10tem muita gente
13:11que usa lâmina de barbear.
13:12Boa.
13:13E essa lâmina de barbear
13:14é o terror das furunculoses
13:16principalmente de axila
13:17porque elas ficam em casa
13:19então vai proliferar a bactéria
13:21a gente pega aquela
13:21gilete velha do banheiro
13:23e usa.
13:24Às vezes tem umas até
13:24enferrujadas, tá?
13:25Exatamente.
13:26Dá pra pegar até tétano.
13:28E você usa aquela
13:29lâmina que já tem
13:32uma colonização por bactéria
13:33e faz microlesão
13:35na pele.
13:35Não precisa sangrar
13:37pra ter a microlesão.
13:38Muitas vezes você pode pensar
13:39não sangrou,
13:40mas tem a microlesão
13:41porque tira um pedacinho
13:43da pele na hora do atrito.
13:45E isso favorece muito
13:46a ocorrência de furunculose
13:48principalmente rechão de axila
13:49e nas mulheres na virilha também.
13:51Olha só gente,
13:52que interessante.
13:53Pelo encravado.
13:54Tem gente que tem
13:55essa mania também
13:56de ficar ali.
13:56A gente falou da gilete,
13:57lembrei.
13:58Cutucando pelo encravado.
14:00O pelo encravado
14:00é a mesma questão
14:01da espinha, né?
14:03Quanto mais você mexe,
14:04principalmente com algum
14:06objeto que não é estéreo,
14:07você tá levando
14:08pra dentro do seu corpo
14:10bactérias.
14:11Outra coisa que as pessoas
14:12esquecem também
14:13é que na nossa mão
14:14tem bactéria
14:15embaixo da unha,
14:16unha de gel.
14:17Então se você fica ali
14:18com a mão
14:19espremendo,
14:20às vezes tá na sua mão
14:21e você tá empurrando
14:22mais coisa pra dentro.
14:24Tem esse hábito
14:24de ficar espremendo
14:25a espinha do parceiro também.
14:27Tem gente que tem
14:28não sossega
14:29enquanto não vê
14:30aquela espinha
14:31toda pra fora.
14:31Pelo amor de Deus,
14:32cuidado, gente.
14:33Crianças, doutora,
14:34crianças vivem
14:35se machucando,
14:36ralando o joelho,
14:38é quase que todo dia.
14:39Seriam os mesmos cuidados?
14:41Os mesmos cuidados.
14:42Criança é difícil, né?
14:43Mas a gente tem que começar
14:44desde cedo
14:45a ensinar a higienização
14:46de mãos, né?
14:47Quando você ensina
14:48que precisa ter mãos limpas,
14:50o cuidado que se precisa ter
14:52no ambiente
14:53da transmissão de germes,
14:54elas vão aprendendo
14:55e se educando, né?
14:56Criança é mais fácil
14:57do que adulto, né?
14:58Que a gente já é mais temoso
15:00e gosta de espremer as coisas.
15:02Mas criança,
15:03são os mesmos cuidados.
15:04A gente orienta
15:05as crianças a lavar a mão,
15:06não botar a mão no machucado.
15:08E, por exemplo,
15:09ferimentos de joelho,
15:10se tiver extenso,
15:11cobrir com band-aid,
15:12com curativo,
15:13pra evitar se expor a terra
15:15ou outras coisas.
15:16Perfeito.
15:16Tem gente que toma
15:17anti-inflamatório
15:18quando tá com aquela espinha ali
15:19mais latente,
15:21mais dolorida.
15:23Não é bom tomar
15:24sem uma orientação médica, né?
15:25Pelo amor de Deus.
15:26Anti-inflamatório, não.
15:27Até pra proteger o rim.
15:28Se você toma
15:29anti-inflamatório demais,
15:30você pode causar
15:31uma lesão no seu rim.
15:32Então, não é um remédio
15:33que a gente recomenda
15:34a automedicação
15:35de qualquer forma.
15:36Você precisa saber
15:37se você pode,
15:38se você já tem
15:38alguma conta-indicação, né?
15:40Pelas suas condições de saúde.
15:42Mas o anti-inflamatório
15:44é uma medicação
15:45que a gente prefere
15:46que se oriente
15:46por um médico, né?
15:48Analgésico comum
15:49pode ser tomado, né?
15:50Os analgésicos
15:52que você encontra
15:53em farmácia
15:53não tem problema.
15:54Mas também não é normal
15:55doer excessivamente
15:57a precisar
15:57de muitos remédios, né?
15:59Se tá doendo
15:59nesse ponto,
16:00também precisa passar
16:01por uma avaliação médica.
16:02Claro.
16:03Essas infecções, doutora,
16:04elas podem deixar
16:05sequelas
16:06mais graves?
16:08Por exemplo,
16:08no caso ali
16:09da nossa amiga
16:09de Santa Tereza,
16:10Juscelene,
16:11claro, além
16:11da questão estética
16:13de uma cicatriz,
16:15pode deixar
16:16um comprometimento
16:17na saúde
16:17de maneira mais ampla?
16:19De maneira geral
16:20há uma recuperação.
16:21É um quadro
16:22que você tem
16:22uma recuperação
16:23sem deixar
16:24grandes sequelas.
16:25Obviamente
16:25que se for
16:26para quase
16:27mais extremos,
16:28por exemplo,
16:28uma meningite,
16:30essa sim
16:30pode deixar
16:31uma sequela
16:32com surdez,
16:33cegueira,
16:34parar de andar.
16:35Então depende
16:36da profundidade
16:37que se agrava
16:38essa infecção.
16:39Perfeito.
16:39Então de maneira geral,
16:41doutora Alana,
16:42falando da espinha,
16:43apareceu uma espinha
16:44e não mexe
16:46essa seria a orientação.
16:47Tá incomodando muito
16:48e de repente
16:49uma compressa
16:49de água morna.
16:51E cuidado
16:51com a temperatura
16:52para não queimar a pele.
16:54Não queimar a pele.
16:55E feridinhas também
16:56de casa,
16:57mesma coisa,
16:57lava ali com sabão,
16:59band-aid.
17:00E deixar sequinho,
17:01deixa que a natureza
17:03faz o trabalho dela
17:04muito bem feito.
17:05Perfeito,
17:06doutora Ana.
17:07Ah, olha só,
17:08tem uns exemplos também
17:09que a gente vai mostrar aqui
17:12de casos que repercutiram
17:13nacionalmente,
17:14doutora Ana,
17:15que foram casos graves
17:17de pacientes
17:18que tiveram problemas
17:19com essas infecções graves.
17:21Olha só,
17:22no ano passado,
17:23Lucas Lobato,
17:24um jovem de Minas Gerais,
17:27mexeu numa espinha interna
17:29e desenvolveu um abscesso.
17:32O que é abscesso?
17:33A gente está vendo ali
17:34que é um...
17:34A gente borrou um pouquinho
17:35porque a imagem é forte.
17:37O abscesso
17:37é o tamanho da infecção,
17:40né?
17:40Essa espinha interna
17:41é uma bolsinha de pus,
17:43né?
17:43Só que dentro do nosso corpo.
17:45Então,
17:46é uma infecção
17:47que se alastrou.
17:48E é a mesma coisa.
17:48Quanto mais você mexe,
17:50mais dá a oportunidade
17:51da bactéria espalhar.
17:52Pois é,
17:52ele é estudante de medicina,
17:54precisou passar
17:55por uma cirurgia no rosto
17:57depois que formou ali
17:58esse abscesso.
18:00Depois ficou tudo bem,
18:01mas olha só como é que ficou
18:02bem inchado o rosto dele,
18:04né, pessoal?
18:05Realmente tinha muito pus ali
18:07em um dos lados do rosto,
18:08mas deu tudo certo.
18:09Vamos para o próximo caso
18:10que chamou bastante atenção
18:12também nacionalmente.
18:15Esse rapaz aí,
18:17o Gerard Moulins,
18:20ele foi parar no hospital
18:21dias depois de cutucar
18:24uma espinha.
18:25Ele desenvolveu também
18:26um abscesso do tamanho
18:27de uma bola de golfe.
18:29Pode ficar tão grande assim,
18:30doutora?
18:31Pode, pode ficar assim.
18:32A gente,
18:33tanto que a recomendação
18:34é que acima de 5 centímetros
18:35a gente drene cirurgicamente.
18:37Então, pode espalhar,
18:38pode ficar gigantesco.
18:39Perfeito.
18:40E no caso dele,
18:42evoluiu rapidamente
18:43para sepsis.
18:44Sepsis é...
18:44Infecção generalizada.
18:46Ou seja,
18:46a bactéria caiu
18:47na corrente sanguínea
18:48justamente porque
18:49teve essa oportunidade.
18:51Meu Deus,
18:51isso é muito grave.
18:52Na sequência,
18:53a gente traz também
18:54um caso de Blumenau
18:55em Santa Catarina.
18:57Uma jovem de 18 anos,
19:00Daniela,
19:00acabou morrendo
19:01depois que ela teve
19:02uma infecção generalizada
19:04decorrente
19:05de uma superbactéria
19:07de Santa Catarina,
19:10essa jovem,
19:11também depois que ela
19:12espremeu uma espinha.
19:13Né, doutora Ana?
19:14Olha só,
19:14é um caso que aí
19:15foi bem mais grave, né?
19:17É bem dramático,
19:18mas acontece, né?
19:19Quanto mais a gente
19:20dá essa oportunidade
19:21da bactéria
19:22chegar à corrente sanguínea,
19:24lógico que existem
19:25fatores individuais, né?
19:26Que facilitam isso.
19:28Mas a gente não pode
19:29dar chance
19:30para o acaso, né?
19:31E não deve espremer
19:33justamente pelo risco
19:34da infecção generalizada.
19:35Com certeza.
19:37Casos graves
19:38e alerta importante
19:39que a gente traz
19:40aqui no Tribuna Amanhã.
19:42A gente escutou
19:42a doutora Ana Carolina
19:43de Torres,
19:44médica infectologista.
19:46Obrigada pela aula
19:47aqui para a gente hoje.
19:48Obrigada.
19:48Acho que todo mundo
19:49que assistiu,
19:50a gente não vai mais
19:52espremer espinha.
19:53Olha só, hein, pessoal.
19:54Obrigada, doutora Ana.
19:54Obrigada.
19:55Até a próxima.
19:56Até.
19:56Valeu.
19:57Gente, olha...
19:58E aí
20:13E aí
20:15E aí
20:19E aí
20:20E aí
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