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Candidatos conservadores de direita lideram as pesquisas na eleição presidencial da Bolívia, que ocorre neste domingo (17). O país vai às urnas em meio a uma grave crise econômica, com inflação alta e escassez de combustíveis e alimentos. O professor de relações internacionais Gustavo Menon comentou sobre o assunto.
Reportagem: Pedro Tritto.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/NDW2TN3CVx0

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Transcrição
00:00Mergulhados em uma profunda crise econômica e política, os bolivianos se preparam para irem às urnas neste domingo.
00:08Vamos acompanhar a reportagem do Pedro Trito.
00:11Com mais de 12 milhões de habitantes, a Bolívia vai às urnas hoje, mergulhada em uma profunda crise econômica,
00:18com escassez de dólares, combustível, alimentos e uma inflação anual próxima a 25%.
00:25A maioria da população ocupa o impopular governo do presidente Luiz Arce pelo desastre.
00:31As pesquisas preveem uma vitória da direita após 20 anos de domínio do movimento ao socialismo, liderado por Evo Morales, que agora não pôde se candidatar novamente.
00:42A estudante de direito Gisela Ticona diz que o povo simplesmente quer mudança e estabilidade, sobretudo para os jovens.
00:51Queremos um câmbio, queremos que realmente podamos estar estabilidade, sobretudo para nós, os jovens.
00:56Jackson Sondoval Flores é funcionário público e afirma que a situação econômica é bastante crítica, algo nunca visto na história.
01:06Para ele, uma mudança de governo pode reverter essa situação de forma positiva.
01:11Oito candidatos disputam a presidência, mas os que lideram as intenções de voto são o milionário Samuel Dória Medina e o ex-presidente Jorge Quiroga.
01:25Os dois são opositores do atual governo e prometem acabar com o modelo econômico estatal imposto pelo movimento ao socialismo.
01:32Samuel Medina garante que, se eleito, em 100 dias vai conseguir parar a inflação, controlar os preços dos combustíveis e trazer de volta os dólares ao país.
01:44Parar a inflação, vamos a lograr que vuelvan os combustíveis, vamos a lograr que vuelvan os dólares.
01:53Jorge Tutu Quiroga também considera que a primeira meta é parar a inflação e restaurar o poder aquisitivo do povo.
01:59Ele promete dar estabilidade, paralisar os gastos excessivos e os roubos e fechar o Banco Central, como cartão de crédito do governo.
02:09Parar a gastadeira e a roubadeira, cerrar o Banco Central como tarjeta de crédito do governo.
02:17Já a esquerda parece caminhar para o pior fiasco nas urnas desde que chegou à presidência com Morales, que governou de 2006 a 2019, quando renunciou em meio a uma crise política.
02:29Após o governo interino de Giannini Áñez, Evo impulsionou a vitória de Arce, ex-ministro dele e hoje adversário.
02:38Agora, os dois candidatos da esquerda, o governista Eduardo Del Castillo e o presidente do Senado, Andrônico Rodrigues, distanciado do governo, aparecem muito atrás nas pesquisas.
02:50E Evo Morales, referência da esquerda latino-americana, faz campanha pelo voto nulo, a partir de uma região produtora de coca, onde se refugiou no ano passado para fugir de um mandato de prisão por um caso de suposto tráfico de uma menor quando era presidente.
03:06Evo afirma que este 17 de agosto será um congresso ou uma eleição sem o povo, uma democracia sem o povo, sem a Bolívia profunda, uma eleição sem o movimento indígena, sem o movimento popular.
03:20Uma eleição sem o movimento indígena, sem o movimento popular.
03:27Se nenhum dos candidatos obtiver mais de 50% dos votos, os dois mais votados disputarão o segundo turno em 19 de outubro.
03:35Professor Gustavo Menon, as chagas na América Latina, né? Corrupção, gasto público também são as pautas aí da Bolívia.
03:45O Evo Morales, ele foi eleito três, quatro vezes, né, professor?
03:49Porque ele dizia que ele não tinha terminado de fazer tudo aquilo pelo país, então ele sempre pediu uma reeleição, a última não deu certo.
03:55Ele teve que sair, tá fora da disputa.
03:58Então, há nitidamente aí um esgotamento da esquerda na Bolívia também, professor?
04:01Exatamente. Ao que tudo indica, Marcelo, veja que estamos falando de uma eleição fortemente conduzida por dois candidatos opositores.
04:13De um lado, Samuel Medina, de outro lado, Jorge Quiroga, que propõe a liberalização da economia boliviana
04:22nesse receituário de austeridade, de privatizações e em sinergia também com as concessões do Fundo Monetário Internacional, o FMI.
04:34Veja que o problema diante do Estado plurinacional da Bolívia trata-se não só da escassez dos dólares,
04:42que comprometeu uma série de cadeias produtivas, mas também, Marcelo,
04:50o problema dos alimentos e dos combustíveis, como que há uma crise inflacionária em curso no país vizinho,
04:58como que a Bolívia tentou nos últimos anos, a partir da atuação do MAS,
05:03que é o partido do atual governo de Luiz Arce,
05:06tentou mobilizar uma série de agendas, inclusive para adesão aos BRICS,
05:11inclusive no sentido de forjar uma industrialização
05:15amparada na cadeia produtiva do lítio e do gás,
05:19mas veja que a Bolívia continua sendo esse país primário exportador,
05:23fortemente dependente dos recursos da exportação do gás
05:27e agora nas cadeias do lítio, em meio a esses debates sobre
05:31uma transição energética global,
05:33mas, ao que me parece, há uma série de desgastes por parte da esquerda,
05:39já que houve uma fragmentação, não só do MAS, o principal partido governista,
05:46mas também disputas entre a esquerda, no sentido, então,
05:50de promover essa ruptura entre Luiz Arce e Evo Moraes,
05:55como que há toda uma articulação por parte dos setores governistas
06:01em rechaçar o legado do presidente Evo Moraes,
06:06e, claro, isso acabou fragilizando a composição de uma unidade da esquerda
06:11que pudesse viabilizar uma candidatura de maior musculatura para o segundo turno.
06:17A expectativa é que, nesse cenário de cruzamento de crises na Bolívia,
06:22escassez de dólares, problema na área dos combustíveis,
06:27escalada inflacionária e também uma série de mobilizações por parte desses atores da direita,
06:34a expectativa é que exista um segundo turno capitaneado por partidos opositores.
06:40Agradecemos a participação do professor de Relações Internacionais da USP, Gustavo Menor,
06:48abordando conosco esses temas importantes, o acordo, então, Rússia-Ucrânia, Estados Unidos,
06:53e também a questão da Bolívia.
06:54Professor, muito obrigado, um ótimo domingo para o senhor.
06:58Muito obrigado, bom trabalho a todos, um ótimo domingo.
07:01Até mais.
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