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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), fez uma crítica ao presidente Lula (PT), a quem chamou de "anão na política". A declaração foi dada em um evento com empresários, onde Caiado afirmou que Lula precisa se impor na crise das tarifas com os Estados Unidos. A fala de Caiado se soma à de outros governadores de direita, que culpam o presidente pela escalada da crise comercial. Reportagem: André Anelli.

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Transcrição
00:00Eu quero contar aqui em meio a esses anúncios, um grupo de governadores culpou o presidente Lula pela taxação.
00:06Vamos então com o André Anelli que vai trazer esse destaque pra gente agora. Fala aí, meu amigo.
00:13Sim, Evandro, e justamente esse grupo que você citou é formado por aqueles que são considerados presidenciáveis em 2026,
00:23a disputa pelo Palácio do Planalto. Então, no caso, Tarcísio Gomes de Freitas, governador de São Paulo,
00:29Ratinho Júnior, governador do Paraná, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul,
00:34e aqui próximo do Distrito Federal, o governador Ronaldo Caiado, de Goiás.
00:40Esse grupo estava reunido em um evento com empresários e também representantes do agronegócio,
00:45evento esse promovido pelo Banco BTG Pactual, em São Paulo, e na ocasião foram feitas diversas críticas
00:52ao presidente Lula, desde em relação ao ajuste fiscal, que o governo federal então deveria optar por cortar gastos,
01:01ao invés de focar no aumento de arrecadação, até mesmo em relação ao tarifácio promovido pelo presidente americano Donald Trump.
01:09Sobre esse segundo assunto, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, afirmou que o presidente Lula
01:16deveria se empenhar mais no diálogo, nas negociações e também culpou o atual presidente
01:22a respeito das sanções que o Brasil vem sofrendo.
01:25Não é jogar o presidente contra o Supremo, nem o Supremo contra o Congresso, não se governa desse jeito.
01:33Agora, ele tem que se impor como presidente.
01:36Na verdade, o que acontece?
01:38É que você tem aí e fala, ah, mas o país é isso.
01:41O país é um continente, um dos maiores países do mundo.
01:45Só que tem um anão na política que é o presidente Lula.
01:47No caso de Ronaldo Caiado, a gente relembra que existe uma divisão entre o partido dele,
01:57o União Brasil, agora também formado pela Federação União Progressista.
02:01De um lado, alguns apoiadores do atual presidente Lula,
02:04defendendo que a candidatura de 2026 seja de apoio à reeleição.
02:09E do outro lado, membros do partido também têm defendido que Ronaldo Caiado
02:14seja, sim, lançado para o Palácio do Planalto,
02:18no sentido de apresentar uma candidatura própria
02:21e, nesse momento, então, apresentar também uma concorrência ao atual governo.
02:26Portanto, então, a gente relembra que, nesse contexto,
02:29os governadores que estavam presentes no evento
02:31são, pelo menos por enquanto, pré-presidenciáveis.
02:35Evandro.
02:35Muito obrigado pelas informações, André Anelli.
02:38Alangani, é interessante que a gente tem naquela imagem dos governadores,
02:41ali nessa participação, praticamente, um movimento político para 2026.
02:46Verdade.
02:46Mas como é que você avalia essa fala deles,
02:48de jogar sobre o governo federal a responsabilidade pelo o que estamos vivendo?
02:54Está vendo?
02:54É Ratinho Júnior, Tarcísio, tem Eduardo Leite, tem o Caiado, enfim.
02:58São todos que já se colocaram, em algum momento, como presidenciáveis.
03:03Ou pré-candidatos, ou formando chapa, o Quarteto Mágico.
03:08Se pudesse ter uma chapa de quatro pessoas, talvez eles seriam.
03:11Mas como é que você avalia também a fala deles?
03:14Eles têm razão ao jogar a responsabilidade sobre o governo federal?
03:18Eu acredito que sim.
03:19O Brasil fez uma escolha lá atrás com o presidente Lula,
03:24principalmente na cúpula dos BRICS, não nessa do Rio de Janeiro,
03:28mas do Cazaquistão, onde o Brasil encabeçou ali um movimento
03:33de substituição do dólar.
03:36Logo em seguida, o Trump deu uma entrevista na Fox News,
03:40dizendo que isso trazia muitas preocupações, né?
03:44Logo após o que ocorreu lá no Cazaquistão.
03:48E é claro que este atual governo é muito mais alinhado à China
03:53do que aos Estados Unidos.
03:55Foi uma opção do governo, mas isso, claro, traz consequências no mundo real.
03:59Qual que é essa consequência?
04:01É uma tarifa muito alta.
04:03É diferente, Evandro, da postura da Índia.
04:05No caso da Índia, a Índia sempre foi aliada dos Estados Unidos,
04:09mas ela é altamente dependente do petróleo russo por conta da agricultura na Índia.
04:16Se você não tiver o óleo diesel ali, o petróleo, o óleo diesel,
04:20acabou a agricultura na Índia.
04:21Então você colapsa.
04:23A Índia é um país altamente agrário.
04:25E também eles são base de apoio do presidente Modi.
04:29Então eles não tinham muita escolha.
04:30Eles precisam do petróleo russo.
04:32Mas aí os Estados Unidos taxam a Índia, só que eles não têm escolha.
04:37Se viraram para os americanos e falaram, olha, não tem jeito, a gente vai continuar comprando.
04:40No caso do Brasil, a gente tinha, sim, uma escolha.
04:43Tudo bem, a China é uma grande parceira comercial e os Estados Unidos também são.
04:48E o principal de investimentos.
04:49Dava, sim, para a gente ter um discurso mais neutro e tirar proveito tanto da China quanto dos Estados Unidos.
04:56A gente não pode desprezar nenhum dos dois.
04:58Não dá para escolher um lado.
04:59Mas exige uma grande habilidade diplomática, um pragmatismo,
05:04para a gente conseguir interesses comerciais da China e dos Estados Unidos.
05:08Ou seja, você entende que se o governo tivesse se articulado melhor com os Estados Unidos,
05:11para a China não faria diferença.
05:13Exatamente.
05:13Para a China não, até porque o chinês é muito pragmático.
05:16E até porque também não se abriria mão de algo que é destinado à China
05:19para atender aos Estados Unidos no caso de uma negociação.
05:22Exatamente.
05:23E aí, tudo bem, se a gente fosse, mesmo assim, taxado, retaliado,
05:28mas mantendo uma postura pragmática,
05:31aí, sim, a gente poderia ter um discurso de injustiça.
05:34Olha, a gente está fazendo, a gente é neutro e está sendo taxado.
05:37Aí é diferente.
05:39Nesse caso, não.
05:40A gente fez uma escolha.
05:41Bruno Musa, os críticos do governo federal
05:43trouxeram muito à tona a palavra neutralidade,
05:47que sempre foi utilizada ao longo das décadas para a diplomacia brasileira.
05:52E que essa neutralidade teria sido ferida neste momento
05:55por discursos do próprio presidente da República.
05:58Você entende dessa maneira?
05:59Entendo, 100%.
06:02Se nós olharmos um discurso, por exemplo, do Scott Bessent hoje,
06:06falando sobre a busca pela hegemonia do dólar,
06:09que não faz sentido os outros países, nesse momento,
06:12buscarem quebrar essa hegemonia do dólar,
06:14negociar com outras moedas,
06:16é justamente tudo o contrário
06:18que o governo brasileiro pregou nesses últimos discursos,
06:23principalmente depois daquela cúpula esvaziada
06:26pelos principais líderes ali,
06:28dos BRICS,
06:29onde ele bateu,
06:31percebeu as consequências
06:32quando as tarifas foram impostas
06:34e mesmo assim continua batendo no dólar.
06:38Repito o que eu sempre tenho falado.
06:39Veja, procure
06:40se há discursos tão duros quanto ao dólar
06:44dos outros países dos BRICS.
06:46A China vem fazendo isso de maneira estratégica,
06:48mas calada ao longo dos últimos anos,
06:50como, por exemplo,
06:51vendendo o título público americano
06:53ou comprando barras de ouro física
06:54para diminuir a sua posição em dólar.
06:56Outros países também vêm fazendo isso,
06:58mas o Brasil voluntariamente resolveu escolher um lado
07:02e o lado aqui da China contra os Estados Unidos.
07:05E, como a gente explicou também na balança comercial brasileira,
07:09a questão de investimentos produtivos de longo prazo,
07:13os Estados Unidos são, de longe,
07:15o país mais importante em números.
07:17Isso não se discute,
07:18é um fato.
07:19E a gente resolveu voluntariamente
07:21bater de frente
07:23com o país que é o nosso maior investidor produtivo,
07:28não dinheiro especulativo.
07:30Também são os americanos o investimento em carteira,
07:32mas investimento produtivo
07:33que é tão importante para o país
07:36e financia o déficit
07:37em conta corrente da balança de pagamentos.
07:39Então, tudo isso
07:40leva uma posição muito frágil
07:42e muito antagônica
07:44com o que o governo vem falando.
07:47Ou seja, ações não condizem com os discursos.
07:50E aí surge o critério de vitimização.
07:54Lembra que Lula disse que ia resolver os problemas
07:58com a guerra numa mesa de boteco?
08:00Pelo visto, o Trump não bebe.
08:02Não adianta oferecer isso num boteco.
08:03Diante disso, Bruno Muzi,
08:05aí eu quero ouvir a sua opinião, Fábio Piperno.
08:07O governador de Goiás, Ronaldo Caiado,
08:09diz que Lula está levando o governo
08:11com irresponsabilidade.
08:14É um discurso de candidato,
08:16aliás, por enquanto,
08:17de um candidato na NICO,
08:18segundo as pesquisas,
08:19e cujo presidente,
08:21Antônio Rueda,
08:22tem encontro marcado com o presidente Lula.
08:25Tem um almoço aí agendado com o presidente Lula.
08:28Veja,
08:29esse encontro,
08:30ele reuniu governadores oposicionistas.
08:34Então,
08:34é natural que as críticas
08:36ao presidente Lula
08:38tivessem escalado aí
08:40para muitos decibéis.
08:41Eu me espantaria muito
08:45se essa turma,
08:45muitos deles,
08:46que usaram o bonezinho vermelho,
08:49Trump,
08:49Maga e tal,
08:50viessem agora a dizer,
08:52puxa vida,
08:52o presidente Lula está certo.
08:54Na verdade,
08:55eles estão
08:56numa sinuca de bico,
08:58numa situação política
08:59muito complicada,
09:00porque eles têm que
09:01justificar
09:02para as suas bases
09:03de eleitores
09:05e também para as suas bases
09:06empresariais,
09:08de apoio,
09:08inclusive,
09:08com recurso para a campanha,
09:10no fato de que
09:11eles apoiaram
09:13aquele que hoje
09:14é o grande algoço
09:15da economia brasileira,
09:17ameaçando quebrar
09:18alguns setores,
09:19inclusive.
09:20Então,
09:20a situação política deles
09:22é, no mínimo,
09:23bastante desconfortável.
09:25E, aliás,
09:26sobre o banco
09:26que promoveu o evento,
09:28no último final de semana,
09:30o economista Samuel Pessoa,
09:31acho que trabalha lá,
09:33publicou um belo artigo
09:34dizendo o seguinte,
09:35olha,
09:36eles estão ajudando
09:37o presidente Lula
09:37não só
09:39na questão política,
09:41dando ao presidente
09:42um discurso,
09:43como até mesmo
09:44na econômica.
09:45Por quê?
09:46Porque
09:47esse tarifaço,
09:50ele faz com que
09:51alguns produtos
09:52que seriam exportados
09:53abasteçam ainda mais
09:56o mercado interno,
09:58derrubando preços.
09:59A queda de preços
10:01reduz a inflação,
10:02o que beneficia
10:04também nesse campo
10:05o governo.
10:06Fala,
10:08Zé Maria Trindade.
10:11Ronaldo Caiado,
10:12no primeiro instante,
10:14deu a impressão
10:14de que seria
10:15um candidato forte,
10:16afinal,
10:17tem o apoio
10:17da base no agro,
10:19já foi candidato,
10:21já foi deputado,
10:22senador,
10:23e fez um bom governo
10:24aqui no estado de Goiás.
10:26Derrotou,
10:27inclusive,
10:28candidatos
10:28que a gente achava
10:29que seria
10:30apoiado
10:31pelo ex-presidente
10:32Jair Bolsonaro
10:33à prefeitura
10:34de Goiânia.
10:37Pois bem,
10:38e a gente vê
10:39que nas pesquisas
10:40não está indo em frente.
10:42No mais,
10:43a informação que eu dei
10:44aqui já há bastante tempo,
10:45há uma,
10:47vamos dizer,
10:48uma articulação
10:49que é capitaneada
10:51por empresários,
10:52viu?
10:53Nem por partidos políticos,
10:54isso é novidade,
10:55para que Tassius de Freitas
10:57seja o candidato
10:58desse grupo
10:58e aí levaria
11:00a União Brasil
11:00que é o partido
11:02do Ronaldo Caiado.
11:03Ele fez um discurso
11:04de candidato,
11:06está correto,
11:07ele é um político,
11:08mas traz essa
11:09grande novidade.
11:11A gente ouvia antigamente
11:12de que, olha,
11:12governo não faz
11:14oposição ao governo
11:15e agora,
11:16nessa realidade política,
11:17a gente está vendo
11:18governadores
11:19e até governos,
11:20governos,
11:22é diferente do governador,
11:24mas o estado
11:25indo no lado contrário
11:27do governo federal
11:28e isso pode ser até
11:30uma novidade boa
11:31para a política
11:32para dar uma oxigenada,
11:33né?
11:34Mas é um discurso político
11:35e ele tem o direito
11:36de fazê-lo, né?
11:38E que o que a gente vê
11:40realmente
11:41é o Lula
11:42tentando
11:42surfar
11:44nessa dificuldade
11:46aí das empresas
11:47numa defesa
11:49da autonomia
11:50do Brasil
11:51e dos estados
11:52e a oposição
11:53dizendo, olha,
11:53estamos fazendo isso
11:55porque o Lula
11:56não foi,
11:56o governo Lula
11:57não foi,
11:59vamos dizer,
12:00competente a ponto
12:01de evitar
12:02esse tarifácio.
12:03Então,
12:03são as ideias
12:04que chocam
12:05e a opinião pública
12:07que vai
12:08tomar conhecimento.
12:09Mas esses governadores
12:11estarão juntos
12:11numa proposta nova
12:13de candidato
12:14à presidência
12:15da República
12:15que tudo indica
12:17vai ser o governador
12:18de São Paulo.
12:19Exatamente,
12:19José Maria Trindade.
12:20de
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