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Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) alerta para uma nova onda de sanções dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, incluindo ministros do STF e parlamentares. Ele destaca que a escalada pode intensificar a crise política e agravar as tensões diplomáticas entre Brasil e EUA.
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NotíciasTranscrição
00:00Pois é, e tem uma informação complementar que diz respeito a ministro em especial da Suprema Corte.
00:07O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro disse no dia de hoje em uma entrevista ao Financial Times
00:12que os Estados Unidos devem sim intensificar a pressão contra o Supremo e também outras autoridades, inclusive, com a imposição de novas sanções.
00:22Entre essas possíveis retaliações, ele cita a chance de ações contra a esposa de Alexandre de Moraes, Viviane Barsi,
00:29apontada como braço financeiro do magistrado, além de medidas contra outras pessoas.
00:34Embastidor publicado pelo jornal O Globo, aliados de Eduardo Bolsonaro analisam que o decano Gilmar Mendes
00:41e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, deverão ser os principais alvos dessas sanções americanas.
00:48O deputado terá na próxima quarta-feira várias reuniões em Washington e ambos farão parte dos assuntos abordados com o ministro
00:56sendo acusado de ajudar na blindagem de Moraes e Alcolumbre em travar a abertura do processo de impeachment contra o magistrado.
01:04Começar essa com o Cristiano Beraldo.
01:07Sinalizações, Beraldo, de que as autoridades norte-americanas poderiam tomar medidas contra a esposa de Alexandre de Moraes,
01:15também ministro Gilmar Mendes, por supostamente blindar, proteger Alexandre de Moraes,
01:21e o presidente do Congresso e do Senado, Davi Alcolumbre, que todos nós sabemos, trouxemos a notícia na semana passada,
01:30ele brecou o avanço daquele pedido de impeachment contra o ministro do Supremo.
01:34Beraldo.
01:34Benento, eu acho que tem alguns aspectos importantes da gente observar,
01:40porque toda essa movimentação que existe do poder, do uso do poder conferido pela Constituição
01:50para extrapolar os seus limites e tomar decisões cujo interesse é pessoal, é de grupo,
01:58não tem nada a ver com aquilo que está estabelecido na lei.
02:01E, obviamente, isso acontece mediante um fluxo financeiro assustador que está indo para as famílias dos ministros brasileiros.
02:13E aí não é só Alexandre de Moraes.
02:15A gente tem na corte hoje diversos ministros, se não todos, que seus parentes diretos, esposa, filho, filha,
02:27tem uma prática de direito, de advocacia com atuação na corte e os próprios ministros declararam,
02:39por vontade própria, que isso era normal, aceitável, não era imoral e repugnante.
02:45Então, a situação que se cria é uma situação que o uso excessivo desse poder pode ter,
02:53e eu vou colocar aqui no sentido hipotético, porque, obviamente, não tenho como sustentar nem provas
03:00e nenhum processo em relação a isso, mas, potencialmente, há, então, muito dinheiro fluindo para esses escritórios
03:11em razão de ações que eles atuam na corte dos seus parentes.
03:16Essa é uma situação que coloca por terra qualquer senso de justiça.
03:22Quando os Estados Unidos olham o que está acontecendo no Brasil,
03:25ele, obviamente, está vendo que a corte constitucional, a corte suprema do país,
03:30se perdeu por completo e que a população comum, ela não tem mais acesso à justiça.
03:36Porque se você, se a sua causa não for grande o suficiente, se você não for rico o suficiente
03:42para pagar honorários multimilionários, você estará numa situação de desvantagem em relação a outro que tenha.
03:52Então, não podemos mais considerar que no Brasil existe justiça plena, cega, para todos os brasileiros, não há.
03:59E aí, diante disso, há também a forma, como é que chegamos até aqui?
04:04Não é que os Estados Unidos lidam com as coisas na base do ouvir dizer, não.
04:11Eles estão investigando e acompanhando todos os passos e já entenderam a cadeia de comando que existe
04:18e como essas decisões são protegidas por aqueles que deveriam estar fiscalizando e tomando medidas
04:25para que o Supremo Tribunal Federal se mantivesse restrito à sua atuação constitucional,
04:32que é o Senado, Senado omisso, Senado que não age da forma prevista na Constituição,
04:39está negligenciando a sua função de fiscalizar o Supremo Tribunal Federal e seus ministros,
04:46está prevaricando.
04:48É preciso que haja uma conscientização dos senadores,
04:52que eles não podem ficar atuando no comodismo dos seus mandatos de oito anos,
04:58com mais de meio bilhão de reais em emendas parlamentares que eles distribuem ao bel prazer durante o seu mandato.
05:06Muitos deles, ficando milionários, riquíssimos, sairão da função de senador,
05:13que deveria ser uma função nobre para encher qualquer um de orgulho,
05:18mas que foi transformada por muitos numa forma de enriquecimento ilícito.
05:24Então, essa realidade do Brasil precisa cessar, precisa parar,
05:29porque senão não haverá o resgate da atuação estritamente institucional de cada um dos poderes da República.
05:38Pois é, o Henrique Krigner de volta aqui com a gente.
05:41Krigner, sinalizações que foram feitas por Eduardo Bolsonaro,
05:44falei há pouco, deputado licenciado, mas não, já passou o tempo de licença,
05:49ele já está recebendo as faltas, inclusive,
05:51mas o deputado indicando que novas sanções poderiam ser adotadas pelos Estados Unidos
05:56contra autoridades brasileiras,
05:58e a reportagem indica que Gilmar Mendes poderia ser um dos sancionados
06:02por supostamente ajudar Alexandre de Moraes em um processo de blindagem.
06:09Fala-se também na possibilidade do presidente do Senado, Davi Alcolumbre,
06:13por ter se negado a dar prosseguimento àquele pedido de impeachment,
06:17que conseguiu um número suficiente de assinaturas,
06:21além da esposa de Alexandre de Moraes,
06:24que também nós trouxemos a indicação na sexta-feira,
06:27que seria um braço financeiro por conta da sua atividade como advogada,
06:34sócio, inclusive, de um escritório de advocacia.
06:37Parece fazer sentido essas informações que foram divulgadas, Krigner?
06:42Sim, parece bastante, porque justamente o objetivo da sanção
06:46é que o sancionado seja impedido de ter acesso ao sistema financeiro
06:53e há também outras maneiras, outras ferramentas.
06:56E através da sua esposa e sócios da sua esposa,
07:00que também estão sendo investigados nesse momento,
07:02pode ser que haja alguma mudança vindo por aí, Caniato.
07:06Agora, uma questão interessante da gente considerar
07:09é justamente sobre a figura do ministro Gilmar Mendes,
07:13que é uma figura notória, e muitos conhecem,
07:16que é quem dá as cartas ali dentro do Supremo Tribunal Federal.
07:19Há muitos anos que o ministro Gilmar Mendes,
07:22e isso não sou eu que estou dizendo,
07:23você pode resgatar matérias da revista Cruzoé,
07:27tem matérias de outros que foram feitos,
07:30inclusive um relatório feito pelo partido Chega de Portugal,
07:35apontando o ministro Gilmar Mendes
07:38como uma das principais vozes no judiciário,
07:41a principal, perdão, voz no judiciário, na Suprema Corte
07:45e também no judiciário brasileiro,
07:47mas também alguém responsável por inúmeras negociações
07:52que foram feitas entre Brasil e Portugal.
07:54É muito interessante de analisar essas mesmas informações,
07:58porque esse relatório, inclusive, critica o ministro Gilmar Mendes
08:02até em relação às suas propriedades no país português.
08:06Ou seja, não é uma questão que se limita à jurisdição brasileira.
08:10Existem outros países, além dos Estados Unidos,
08:13também analisando quais são as relações comerciais,
08:16quais são as relações políticas dos ministros da Suprema Corte,
08:20em especial o ministro Mendes,
08:22e se são lícitas, se são todas lícitas,
08:25se são todas que podem e devem continuar.
08:28Então, essa lei magnética vem realmente para incomodar
08:32e ser uma pedra no sapato de determinados ministros,
08:35em especial o ministro Gilmar Mendes.
08:36Pois é, inclusive ele, que é o decano da corte, né, Davila?
08:41Agora, é preciso olhar para essas sinalizações,
08:45e a gente vai, naturalmente, acompanhar nessa semana,
08:48se, de fato, as sanções serão impostas a essas figuras.
08:52Pelo menos há uma indicação de que isso poderia acontecer.
08:55Mas qual é o exercício que nós devemos fazer aqui
08:59a partir da imposição dessas novas sanções?
09:01Quais podem ser as consequências?
09:03Porque, a partir de uma imposição,
09:05determinado governo espera que o resultado seja imediato.
09:10Então, essas figuras tomariam uma medida
09:13que iriam, justamente no sentido de atender ao anseio
09:17daquela outra nação, é simplesmente um alerta.
09:21O que é preciso trazer aqui sobre resultados práticos, Davila?
09:25Caniato, nós somos altamente críticos
09:30da judicialização, hoje, excessiva no país,
09:35de uma Suprema Corte que vem atuando como um órgão político
09:38e não mais como uma corte constitucional,
09:41dos abusos do judiciário, principalmente o desrespeito
09:45à Constituição, ao devido processo legal,
09:47direito à ampla defesa.
09:48O Beraldo discorreu muito bem sobre isso.
09:51Mas isto é problema nosso, da nação brasileira.
09:56É um problema que nós temos de resolver por meio das nossas instituições.
10:02Portanto, a Lei Magnits, ao meu ver,
10:05faz todo sentido ser aplicado ao ministro Alexandre de Moraes,
10:10porque as suas decisões infringiram empresas norte-americanas
10:16atuando no Brasil, não respeitando o devido processo legal,
10:19faz, ali tem toda a justificativa do mundo
10:22para se aplicar a Lei Magnits,
10:24que para o ministro Alexandre de Moraes.
10:27Começar a estender a Lei Magnits,
10:30porque, por causa das disfunções do poder judiciário,
10:35me parece um erro.
10:37Me parece ir muito além do que deveria ser a Lei Magnits.
10:43A Lei Magnits era para pegar corrupto,
10:45para pegar o governo autoritário,
10:47para impedir movimentação financeira de pessoas assim.
10:52Então, assim, eu entendo que utilizar esse mecanismo
10:56para tentar forçar reformas do poder judiciário brasileiro
11:01é algo que vai muito além,
11:06exacerba o que deveria ser o impacto da Lei Magnits.
11:10Então, eu entendo todos os problemas do judiciário,
11:14somos aqui voz crítica dessas desfuncionalidades do poder judiciário,
11:23mas somos nós, brasileiros, por meio das instituições
11:26que temos de reformar e fazer com que o judiciário
11:30volte a ser corte constitucional.
11:31Então, eu entendo que esta história de alastrar a aplicação da Magnits
11:38para coisas que não têm a ver diretamente com assuntos internos dos Estados Unidos
11:44para tentar fazer com que nós tenhamos uma reação institucional
11:48para melhorar as instituições,
11:51ao meu ver, me parece um abuso do poder desta lei.
11:56Porque muitos também classificam e entendem que isso pode dar mais munição
12:02para a narrativa do governo.
12:05Pode até fortalecer grupos de centro-esquerda e de esquerda, Beraldo.
12:09Quais podem ser as consequências de uma escalada também nesse sentido?
12:14A adoção desenfreada da Magnits
12:16para assuntos que vão além do desrespeito à legislação norte-americana.
12:22Eu queria trazer uma outra ótica nessa fala do Dávila.
12:30Dávila, porque a gente tem que observar o seguinte.
12:32O ministro, ele não tomou essas decisões que afetam as empresas
12:38e os cidadãos norte-americanos de forma isolada.
12:42Então, o que permitiu que ele tomasse essa decisão
12:47ou essas decisões foi justamente uma circunstância
12:53que o protege do ponto de vista interno da Corte
12:57e também há uma posição do presidente do Senado Federal
13:03que se recusa a cumprir o papel do próprio Senado
13:09e mantém o ministro protegido de suas ações.
13:12Então, me parece que a ótica utilizada pelos Estados Unidos
13:17quando considera ampliar a aplicação da lei Magnitsky
13:20para outras pessoas, aliás, inclusive a esposa do ministro,
13:23porque a esposa do ministro é claramente o braço financeiro dessa operação.
13:28Então, eu acho que são coisas conectadas.
13:33A reforma do judiciário brasileiro,
13:36as iniciativas que venham a ser tomadas
13:38para mudar a dinâmica que existe hoje no Brasil em relação ao judiciário
13:43não vão vir em razão de uma interferência dos Estados Unidos
13:48em assuntos domésticos brasileiros.
13:52Vai vir em razão da preocupação individual
13:57desses ministros e desses atingidos
14:00que querem se livrar dessas sanções.
14:04De novo, não haverá mudança pelo bem do Brasil.
14:07Não haverá mudança em razão do clamor popular.
14:12Se houver alguma mudança,
14:14ela acontecerá porque será um caminho
14:17que esses poderosos tentarão trilhar
14:20para se livrar das sanções pessoais.
14:24O interesse brasileiro, da população brasileira,
14:27está lá jogado para o escanteio.
14:29Então, eu não vejo que haverá essa interferência, não.
14:34Eu acho que pode haver uma iniciativa
14:37para tentar sobreviver,
14:39para tentar se livrar desse problemaço
14:42que é ser alvo da Magnitsky.
14:44Vou pedir para o Dávila fazer o complemento
14:46em cima do comentário que o Beraldo fez
14:48a partir da reflexão do Dávila.
14:50Depois eu trago a enquete que tem tudo a ver
14:52com esse debate que a gente faz aqui.
14:53Vai lá, Dávila.
14:55De novo, eu concordo com o diagnóstico,
14:57não concordo com a aplicação da lei Magnitsky.
14:59Vamos dar um exemplo claro aqui.
15:00O presidente do Senado, Davi Alcolume,
15:03ele disse que nem que se tivesse oitenta...
15:06Mas ele falou.
15:07Primeiro que a matéria nem foi colocada em votação.
15:09Então, você está tomando uma decisão,
15:12a priori, é o fato.
15:13Não aconteceu.
15:14E se ele mudar de ideia?
15:15E se ele amanhã for pressionado...
15:17Mas o detalhe é prerrogativa dele.
15:19Colocar ou não.
15:20Lógico.
15:20Ainda que oitenta assine.
15:22Mas aí ele já falou em outra fala
15:24que se as circunstâncias, o contexto mudar,
15:27ele pode mudar de opinião.
15:28Então, assim, não dá pra você acabar com a vida financeira de uma pessoa
15:32por falar sobre algo que sequer foi apresentado ou votado no plenário.
15:38A gente começa a entrar, Beraldo,
15:41naquela área do relativismo,
15:43que a gente mais critica aqui no Pingos nos Is.
15:46O que é a coisa que a gente mais critica?
15:48Excesso de relativismo e pouco apego à lei.
15:52A aplicação da lei.
15:54Então, de novo, a gente não pode, nessa hora,
15:59apelar pro relativismo.
16:00Não, mas quem vai ver, que ele disse que iria votar?
16:03Primeiramente, precisa conseguir as assinaturas.
16:05Precisa apresentar o negócio.
16:06E aí, se ele não colocar em votação...
16:08Aí é uma outra história.
16:09Mas, assim, não dá pra começar a disparar a metralhadora
16:12a favor desse relativismo,
16:16que nós aqui somos os mais críticos.
16:18É isso que é...
16:19O problema constitucional inteiro do Brasil
16:22é o relativismo na interpretação do direito da Constituição.
16:25É exatamente o que a gente tá falando aqui.
16:27Então, não acho que a gente pode aplicar
16:30esta medicina em algo que está no campo do relativismo
16:35e não dos reais fatos.
16:38Mas é que, pelo menos, eu compreendi aqui.
16:41Na ótica dos americanos,
16:42há um fio condutor que conecta.
16:44Gilmar Mendes e Davi Alcolumbre
16:47a Alexandre de Moraes
16:49na imposição dessas medidas
16:51que prejudicariam, inclusive,
16:54cidadãos norte-americanos e as empresas de lá.
16:57Vou passar pra você, Beraldo.
16:58Só deixa eu trazer a pergunta da enquete do dia,
17:01publicada no portal da Jovem Pan,
17:03jovempan.com.br.
17:05Queria muito que você participasse.
17:07A pergunta é a seguinte.
17:08A sinalização do governo dos Estados Unidos,
17:11que indica que poderá anunciar novas sanções
17:13contra autoridades brasileiras
17:15pode estimular, pode forçar,
17:18pode motivar integrantes da Suprema Corte
17:21a serem mais cuidadosos com julgamentos em curso?
17:24Entre no portal, manifeste a sua opinião.
17:27Se você acha que sim, se você acha que não,
17:29daqui a pouco a gente traz as primeiras parciais.
17:32Deixa eu passar mais uma vez pro Beraldo
17:33e fazer o encerramento desse debate dentro do debate.
17:37Depois eu passo pro Krigner.
17:38Vai lá, Beraldo.
17:38Não, eu concordo com o Dávila.
17:42A gente não pode, simplesmente porque,
17:45naquilo que a gente acha que está errado,
17:48ampliar essas decisões de forma irresponsável.
17:52Eu não acho que é isso.
17:54É que eu não vejo condição de um ministro isoladamente
17:58adotar a postura que o ministro Alexandre de Moraes adotou
18:02e essa postura prevalecer.
18:05Se não houvesse ali uma orquestração
18:08dessas medidas e da aprovação e sustentação dessas medidas,
18:13e também uma atuação para que
18:16não houvesse consequência prática
18:20em relação ao ministro Alexandre de Moraes,
18:23que convenhamos,
18:24esse não é um problema que vem de agora.
18:26Esse estresse em relação à atitude do ministro Alexandre de Moraes
18:33começa lá em 2019.
18:35Pega Davi Alcolumbre,
18:37ainda na sua primeira gestão à frente do Senado Federal,
18:42em que o Supremo resolve abrir de ofício uma investigação,
18:47um inquérito.
18:47O presidente do Supremo,
18:51à época, se não me engano era de Astófoli,
18:54resolve indicar, não por sorteio,
18:56mas resolve indicar Alexandre de Moraes
18:59para ser responsável por esse inquérito.
19:02Nós estamos aí há seis anos
19:03nesse processo que não tem absolutamente
19:06nenhuma conexão com a legalidade.
19:09Isso só é possível
19:11porque as suas ações foram sustentadas
19:15dentro de uma organização de poder
19:18que existe no Supremo Tribunal Federal
19:20e também porque as consequências
19:22que poderiam haver no Senado
19:25foram contidas,
19:26não por falta de vontade,
19:29mas sim porque havia ali um entendimento.
19:32Aliás, depois que saiu Davi Alcolumbre,
19:35entra Rodrigo Pacheco
19:36e Davi Alcolumbre saiu em conflito com Jair Bolsonaro,
19:40entra Rodrigo Pacheco,
19:42que é um aliado do presidente Lula,
19:45foi um opositor,
19:47aliado do próprio Supremo Tribunal Federal
19:49porque, segundo consta,
19:51é a corte para onde ele quer ir,
19:53ele quer ser indicado
19:53para o Supremo Tribunal Federal.
19:55Então houve uma série de medidas
19:57que fizeram com que interesses pessoais
20:00se sobrepusessem à lei.
20:03Pois é, inclusive você mencionou
20:04esse desejo de Rodrigo Pacheco,
20:07ele está na possível lista
20:08do presidente da República,
20:10além dele Jorge Messias,
20:12porque as indicações apontam para,
20:14talvez,
20:15uma saída antecipada do ministro Barroso.
20:18Você, Kriegner,
20:19pegando a pergunta que nós fizemos
20:20para o nosso público
20:21no nosso site
20:23sobre a lei Magnitsky,
20:27a pergunta que nós fizemos
20:28à nossa audiência
20:29trata da possibilidade
20:31dessa imposição
20:33ou a sinalização de imposição da lei
20:35acabar estimulando os ministros
20:39a tomarem uma decisão
20:42ou mudarem a maneira
20:43como eles se posicionam
20:44frente a alguns processos?
20:46Você acha que, sim,
20:47eles podem promover ajustes
20:49na maneira como eles lidam
20:52com alguns processos em curso
20:54porque não querem ser alvo da lei?
20:56Ou você acha que não?
20:57Eles atuarão da mesma forma,
21:00vão ignorar completamente
21:01a existência dos Estados Unidos
21:03e da lei Magnitsky?
21:06Olha, eu diria, Caniato,
21:07que alguns sim, outros não.
21:10Sei que pode parecer
21:11que eu estou em cima do Moro,
21:12mas não.
21:13Alguns vão sentir a dor no bolso
21:15e o órgão mais sensível
21:17do ser humano
21:18é justamente o bolso.
21:19Então, quando toca ali
21:21as decisões,
21:23elas começam a pesar
21:24de uma maneira diferente.
21:25Agora, existem outros
21:26que não têm mais o que perder.
21:29Existem casos,
21:30como é o caso do ministro
21:30Alexandre de Moraes
21:31e outros ministros
21:32que estão ali
21:33e já estão fazendo a conta.
21:36Eles têm um cargo vitalício.
21:38É uma vontade
21:39e uma decisão
21:40que, dentro da legislação brasileira,
21:42é suprema.
21:43Suprema a qualquer outra vontade.
21:45E, por enquanto,
21:46pelo que tem se mostrado,
21:48supremo, inclusive,
21:49sobre aqueles que
21:50deveriam investigar
21:51essas decisões supremas.
21:54Então, é uma posição
21:55de privilégios,
21:56é uma posição de vantagem
21:58em relação ao restante
22:00da população brasileira
22:02e ao sistema político brasileiro
22:04que faz com que alguns falem
22:07olha, nós vamos para o tudo ou nada.
22:09Aqui, nós não vamos mais
22:11arrefecer
22:12ou não ter espaço
22:13para diálogo
22:14ou interpretações
22:15porque nós vamos mesmo
22:16para o tudo ou nada.
22:17Então, eu acredito
22:18que nós temos os dois,
22:20os dois comportamentos
22:21que devem vir.
22:22Agora, existem outros.
22:23Outros que já consideram
22:24um pouco mais
22:25na questão financeira,
22:28outros, inclusive,
22:29na questão de negócios,
22:32porque nós temos que considerar
22:33também aqui
22:34que existe uma disposição
22:36por parte de empresários
22:39e bancos
22:40em conversar com,
22:43encontrar maneiras
22:44e alternativas
22:45para,
22:46perdão,
22:47se existe uma disposição,
22:48uma predisposição
22:49por parte desses
22:50do sistema financeiro
22:51encontrar alternativas
22:53para eventuais sanções
22:54ainda que atinjam
22:55outros ministros
22:56é por uma
22:57de duas razões.
22:59Ou é porque eles
23:00estão sendo pressionados
23:01por esses ministros
23:02ou dois,
23:03é porque é interessante
23:04para eles.
23:05A gente não pode aqui
23:06dizer que é por uma questão
23:07de amizade
23:08ou simplesmente
23:08de reconhecimento.
23:10E é interessante
23:11porque talvez
23:12esses ministros
23:13movimentem uma quantia
23:14de dinheiro
23:15que seja interessante
23:16a essas instituições
23:18financeiras.
23:18Ou seja,
23:19eu aqui
23:20com o meu salário
23:21eu acho que nenhum
23:22presidente de banco
23:23se preocuparia
23:25em dedicar um tempinho
23:26para conversar comigo
23:27se caso um dia
23:28eu sofresse
23:29essas sanções.
23:30Agora,
23:30no caso dos ministros
23:31aparentemente
23:32a movimentação deles
23:33justifica
23:33o tempo
23:35desses presidentes.
23:36Então,
23:37nesse cenário
23:38nós podemos ter
23:39aqueles que vão sim
23:40sentar e falar
23:41olha,
23:42eu preciso
23:43seguir com a minha vida
23:44que não dá
23:45para continuar
23:45apimentando esse discurso.
23:47Foi um bom exercício
23:49esse,
23:49eu acho que tem a ver
23:50claro,
23:51com a movimentação
23:52deles,
23:52mas mais do que isso
23:53é aquele ponto
23:55trazido pelo Beraldo.
23:57São muitos
23:58processos
23:59que correm
23:59na Suprema Corte,
24:00como você faria
24:01essa desfeita
24:02de não receber
24:04os magistrados
24:05dessa Corte Suprema.
24:06Tem isso,
24:07não é Davila?
24:08Mas em algum momento
24:09há um conflito
24:10de interesse.
24:11É preciso colocar
24:12o dedo nessa ferida.
24:14Com certeza,
24:15aliás,
24:15é a única Suprema Corte
24:16do mundo
24:17que os familiares
24:18e membros do ministro
24:18têm casos
24:19defendidos
24:19na Suprema Corte,
24:21como o Beraldo
24:21bem falou.
24:21Isso é um escândalo,
24:22isso é uma coisa
24:23que devia ser proibida.
24:25Aliás,
24:25não precisava nem ter lei,
24:27é uma questão moral.
24:28Como é que você vai ter
24:29parido defendendo
24:29o caso
24:30que você é o juiz
24:31na Suprema Corte?
24:32Isso é completamente
24:34descabido.
24:35Agora,
24:36no Brasil,
24:36precisa fazer lei
24:36para tudo,
24:37porque parece que as pessoas
24:38perderam o senso de moralidade,
24:40o que é certo,
24:40o que é errado.
24:41Parece que o certo e errado
24:42hoje virou relativo,
24:44como a gente está falando aí.
24:46agora,
24:47o ponto pior
24:48que eu vejo
24:49desse escalamento
24:50da lei Magnits,
24:51é que isso vai favorecer
24:52justamente o governo.
24:55Essa história
24:56do grande defensor
24:57da soberania nacional
24:59contra o imperialismo americano,
25:00esse discurso furado,
25:02essa bravata,
25:03vai ficar em moda.
25:05Então,
25:06além de tudo,
25:08vai mostrar que
25:08a direita
25:09e principalmente
25:10a família Bolsonaro
25:12está se mobilizando
25:13nos Estados Unidos
25:13para prejudicar o Brasil,
25:14só para beneficiar
25:15o ex-presidente Jair Bolsonaro,
25:18que isso está fazendo
25:19com que o Brasil
25:19vai perder milhares
25:21de empregos.
25:22Além do problema
25:24do relativismo,
25:26aplicar uma lei
25:26nesse relativismo judicial
25:28que eu acho errado,
25:29tem um problema político.
25:30Isso aí é dar munição
25:32de graça
25:33para o governo
25:33ficar bombardeando
25:34a direita.
25:35No momento em que
25:36a direita precisa
25:36estar se unindo aqui,
25:38principalmente,
25:38em torno de candidaturas
25:41ou de uma candidatura
25:42presidencial viável
25:43e de candidaturas viáveis
25:45para as eleições de dois mil e vinte e seis.
25:46Então,
25:47eu vejo isso
25:48como algo
25:49muito ruim
25:50do ponto de vista
25:51político
25:52para a direita
25:53e do ponto de vista
25:55que dá munição
25:56para a esquerda
25:57continuar
25:57com essas bravatas
25:58de defesa
25:59de soberania nacional
26:00e achar que a direita
26:02está sabotando
26:03o futuro do Brasil
26:05com essas medidas,
26:06com essa pressão,
26:07principalmente,
26:07de Eduardo Bolsonaro
26:08nos Estados Unidos.
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