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  • há 6 semanas
O Comando Operacional Conjunto Marajoara promoveu uma simulação de ataque químico, biológico ou nuclear com as Forças Armadas e de saúde na manhã desta sexta-feira (08), no 2º Batalhão de Infantaria de Selva (2º BIS), na avenida Almirante Barroso, em Belém. A simulação foi o encerramento de treinamento ministrado pelo setor de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) do Exército.

Reportagem: Vito Gemaque

Imagens: Adriano Nascimento

Edição: Karla Pinheiro (Supervisão Tarso Sarraf)

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Notícias
Transcrição
00:00A capacitação nesse assunto específico de defesa química, biológica, radiológica e nuclear,
00:05que faz parte da grande preparação do Comando Conjunto Marajoara,
00:09Comando Conjunto esse ativado no mês de maio,
00:12integrado por militares da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira.
00:18Essa capacitação específica das Forças Armadas,
00:21que também integra seus esforços com a Secretaria de Saúde do Estado,
00:25com o SAMU, com hospitais aqui da cidade,
00:28ela tem por objetivo capacitar, melhorar a capacitação de militares das Forças Armadas
00:34no trato com esse tipo de incidente,
00:37o que foi explicado nessa grande demonstração de hoje,
00:40com agentes químicos, biológicos, radiológicos ou nucleares,
00:44na parte de prevenção e depois na assistência imediata a vítimas no caso dessa ocorrência.
00:51Frações, grupos de militares que receberão essa capacitação em diversos níveis e estágios,
00:57isto é, militares mais especializados e aqueles que têm as missões secundárias
01:03quando de um evento dessa natureza.
01:05Esse treinamento agora, ele prossegue daqui até o mês de outubro,
01:09mês que entraremos no estado de prontidão para atender,
01:13não somente nessa capacitação de defesa química, biológica, radiológica e nuclear,
01:18mas como a segurança das vias, segurança de infraestruturas críticas aqui na grande capital de Belém,
01:24também defesa antiaérea, operações especiais, guerra eletrônica, defesa cibernética,
01:31nesse trabalho, como eu disse, conjunto, complementando os trabalhos de segurança pública
01:37e apresentando as capacidades de defesa nacional absolutamente pertinentes às forças armadas.
01:43A capacitação tanto das autoridades quanto da população que estava presenciando o evento foi iniciada.
01:51E aí, três públicos-alvos foram atendidos.
01:54A autoridade, aqueles que receberam um impacto maior do agente químico
02:00e aqueles que receberam um impacto menor.
02:02A partir daí, como a gente pode acompanhar, durante o processo eles foram tratados em diversos estágios
02:09até a evacuação após o último tratamento, junto ao primeiro atendimento, junto ao SAMU,
02:16e evacuado para hospitais especializados.
02:18O que aconteceu aqui foi a capacitação final, o exercício final da capacitação que teve aqui em OCO,
02:24utilizando tropas do 52, do 2º BIS e da Marinha, do Corpo de Bombeiros local e do SAMU local.
02:31Essa capacitação aqui envolveu a deflagração de um agente químico na chegada de uma autoridade,
02:37um chefe de estado ou qualquer outro nível de autoridade,
02:39e vai afetar tanto a população brasileira quanto esse chefe de estado.
02:44E aí a gente se empenha em fazer a recuperação do pessoal e física,
02:50tanto dos materiais quanto dos equipamentos ali.
02:53Inabilidade das sinapses, dos neurônios,
02:56e também a inabilidade do sangue em fazer sua troca gasosa ali.
03:01O Comando do 4º Distrito Naval da Marinha do Brasil,
03:04representado aqui pelos militares do 2º Batalhão de Operações de Beirinha,
03:08estão participando ao longo da semana desse 2º módulo de capacitação
03:13na área de defesa nuclear, biológica, química e radiológica,
03:17aprofundando e detalhando os protocolos já vistos anteriormente.
03:22Esse treinamento é muito importante,
03:24ele é organizado pelo Comando Operacional Conjunto Marajuara
03:28e ele materializa a convergência de esforços das Forças Armadas
03:35com os órgãos do Estado, nesse caso aqui da área de saúde,
03:39em prova da preparação para a COP30.
03:41Então isso é importante, essa integração,
03:44mostrando ali a participação de todos
03:47na preparação daquilo que a gente vai ter
03:51em termos de garantir um ambiente seguro e estável para a COP30.
03:54O SAMU, pela Portaria 2048, que é a portaria que nos rege,
03:58diz que nós somos obrigados a fazer anualmente
04:02o treinamento de múltiplas vítimas,
04:04todos os motoristas, os condutores, os técnicos,
04:08todo o pessoal é obrigado a fazer,
04:09tanto as múltiplas vítimas, como o APH também.
04:14E um capítulo, no capítulo 7º da Portaria 2048,
04:18que nos credencia a fazer a urgência e emergência,
04:21tem um capítulo de QRN.
04:23Só que nós não temos essa experiência.
04:26E a gente agradece ao Exército
04:28por ter nos convidado para participar,
04:30até mesmo para saber qual é a nossa localização
04:33no dia de uma situação dessa.
04:35Porque as pessoas têm aquela ideia
04:36que a gente está sendo treinado
04:38para ir lá passar para a área quente para fazer.
04:40Não, não.
04:41Nós temos a nossa área,
04:42que nós só podemos fazer
04:43depois que o paciente for desinfectado.
04:46Então, depois que ele for descontaminado,
04:48vocês viram que eles entram na nossa área.
04:51Ele é recebido por uma equipe nossa
04:52que também está com vestuário específico.
04:54Vai refazer de novo a classificação,
04:58porque se ele ficou muito tempo exposto,
05:00quanto mais tempo exposto,
05:01maior penetra os gases, as bactérias, os vírus.
05:06E quando ele chega na nossa área,
05:07nós fazemos novamente a classificação
05:09e dependendo se for vermelho, verde, amarelo ou cinza,
05:13cinza é aquele que evoluiu o óbito.
05:15A gente redistribui cada um na sua lona.
05:20E tem uma equipe própria para cada lona,
05:22com material de EPI necessário,
05:24porque quando estartar uma situação dessa,
05:27nós seremos avisados qual é o agente causador.
05:30E até isso já vamos chegar aqui.
05:32Nós não temos esse material,
05:34aí nós vamos precisar de apoio,
05:35como nós estamos fazendo, tanto do Exército como da Marinha,
05:38que vai nos ceder esse material
05:40para a gente poder estar qualificado
05:41para atender dentro da área necessária,
05:43que é a área morna,
05:44e dar o atendimento e o direcionamento
05:47para onde os pacientes vão.
05:49Então é uma coisa mais complexa,
05:50porque na nossa área eu vou ter que ter um parqueador,
05:52que é quando as ambulâncias chegarem,
05:54onde elas devem ficar,
05:55preparado para a área de fuga,
05:57porque às vezes a ambulância chega,
05:58chega carro, chega carro, fica na frente,
06:00a gente não consegue sair.
06:01E no dia é no meio da rua,
06:03a gente não sabe onde vai acontecer.
06:04Então tem que ter o parqueador,
06:06tem que ter o responsável pelos leitos,
06:08que no caso é a SESPA, que é a nossa parceira,
06:10tem que ter uma pessoa para fazer o registro das pessoas,
06:13para onde eles foram,
06:13porque vai chegar os acompanhantes,
06:15vai chegar o familiar,
06:16qual é o meu filho que está lá,
06:17para onde eu fui,
06:18ninguém vai saber.
06:19Então é o negócio mais complexo.
06:21Foi muito bom isso aqui,
06:22a gente aprendeu muito.
06:23E o conhecimento é uma coisa
06:24que ninguém tira da gente.
06:25E a gente mais uma vez agradece,
06:28tanto ao Exército como à Marinha,
06:30por nos ter dado essa oportunidade
06:32e até cedido o material especializado
06:34para a gente fazer esse conhecimento.
06:36Todas as instituições envolvidas
06:38em um processo de resposta
06:39em possibilidades de ocorrência
06:41de evento QBRN,
06:43então essa atuação vai funcionar
06:45de forma coordenada,
06:47junto com todas essas instituições,
06:49garantindo uma resposta de prontidão
06:50para toda a população possivelmente impactada.
06:53Dependendo do agente,
06:55algumas referências são nacionais
06:58e, se necessário,
07:00terá uma retaguarda estadual.
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