O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (27) um acordo comercial com a União Europeia, que inclui a cobrança de 15% de tarifas sobre as exportações do bloco. Apesar do anúncio, o pacto gerou críticas, especialmente de líderes europeus — com destaque para as reações negativas de alguns líderes europeus. Reportagem: Fabrizio Neitzke
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00:00Bom, apesar da assinatura, o acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia deixou muita gente insatisfeita.
00:06Nosso editor de Internacional, Fabrizio Naitz, que está por aqui já para trazer mais detalhes para a gente.
00:11Como é que repercutiu isso por lá, Fabrizio? Bom dia e bem-vindo.
00:15Bom dia, Nonato. Bom dia, Soraya. Todos que acompanham o Jornal da Manhã.
00:18Reações mistas ao redor da Europa.
00:20O primeiro-ministro da França, François Bayrou, afirmou o seguinte.
00:24Hoje é um dia sombrio, onde uma aliança de povos livres, que se juntaram para afirmar os seus valores em comum, se resumiram à submissão.
00:34É assim que o primeiro-ministro da França tem falado sobre esse acordo.
00:38Submissão do povo europeu aos Estados Unidos.
00:42Há também o primeiro-ministro da Bélgica afirmando o seguinte.
00:47Que esse acordo, esse momento, é um momento de alívio, mas não é um momento de comemoração.
00:53Alívio porque eles evitam uma tarifa maior de 30%, mas não de comemoração, porque a situação anterior era melhor para a Europa e era melhor também para o consumidor americano,
01:04que agora vai ter que lidar com essa tarifa, por mais que seja de 15%.
01:07Não é tão grande quanto 30%, não deixa de ser uma tarifa que vai encarecer os produtos no mercado interno dos Estados Unidos.
01:15A União Europeia, quando começou a negociar esse acordo com os americanos, esperava até mesmo uma tentativa de zero a zero.
01:23zerar os impostos para a importação dos Estados Unidos e ter os seus impostos zerados também para exportar para o mercado americano.
01:33Isso não aconteceu.
01:34Houve uma expectativa de uma tarifa de 10%, também não aconteceu.
01:39Mas o que acontece nesse momento é, os europeus vão agora ter uma tarifa no mercado americano que eles não tinham antes, de 15%.
01:46Ou seja, ela já sobe, não num patamar tão elevado, mas não deixa de subir, ao mesmo tempo que vão precisar fazer investimentos no mercado americano,
01:55que antes eles não estavam tão compromissados a fazer.
01:58600 bilhões de dólares é o teto dos investimentos.
02:02Ou seja, precisam investir até 600 bilhões de dólares nos Estados Unidos.
02:07E aí uma questão, segundo os negociadores europeus, muitos dos investimentos devem ser feitos pelo setor privado
02:14e já estavam na linha, na mira para serem feitos, para serem anunciados lá nos Estados Unidos.
02:21Ou seja, nesse aspecto os europeus acreditam que não muda tanto a situação deles.
02:27Mas em outros aspectos muda sim, porque agora com essas tarifas o mercado europeu vai ter algum tipo de dificuldade.
02:34A Romênia, por exemplo, que é um dos países da União Europeia, já afirmou, o nosso PIB esse ano deve cair mesmo com esse acordo.
02:43Agora, por outro lado, você tem outros primeiros ministros, por exemplo, da Alemanha, o chanceler Friedrich Merz,
02:49que está relativamente contente porque acredita que isso vai dar um fôlego para, por exemplo, o setor automotivo alemão,
02:56que é um dos principais setores da economia do país.
02:59Em linhas gerais, esse acordo fortalece Donald Trump, porque vai conseguir os investimentos que ele quer nos Estados Unidos,
03:07também porque vai conseguir fazer as cobranças que ele quer de outros mercados,
03:11mas prejudica o consumidor e isso pode ser o grande diferencial.
03:16Vamos acompanhando. Obrigado, Nais, que até a próxima.