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A Comissão Europeia apresentará nesta quarta-feira (3) o acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul para aprovação. O pacto, negociado por cerca de 25 anos, precisa passar por votação no Parlamento Europeu e obter maioria qualificada entre os governos da UE. Alan Ghani analisou.
Reportagem: Eliseu Caetano
Comentarista: Alan Ghani

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Transcrição
00:00Vamos agora para temas internacionais, porque finalmente, e a gente pode falar, né, porque é um assunto que está rolando há algumas décadas,
00:08mas a Comissão Europeia vai apresentar o Acordo de Livre Comércio com o Mercosul, traduzido para as 24 línguas do bloco.
00:16Elizeu, Caetano, está de volta aqui com a gente para detalhar melhor esse assunto.
00:20Elizeu, o que falta, hein, para esse acordo finalmente sair do papel, algo que a gente fala já há alguns anos e parece que dessa vez vai, né?
00:29Olha, Nanato, é um avanço histórico, mas ainda temos um longo caminho pela frente, viu?
00:35Muito bom dia novamente para vocês e para todo mundo que acompanha o Jornal da Manhã.
00:39Esse avanço, ele obviamente é histórico, ele é um passo considerado pelos analistas como essencial, técnico e essencial,
00:47porque finalmente a Comissão Europeia aprovou esse documento, que já é o documento final para um possível acordo entre a União Europeia e o Mercosul.
00:57O acordo foi traduzido para as 24 línguas, para os 24 idiomas dos representantes da União Europeia e agora sim ele vai poder ser analisado e depois, posteriormente, ser aprovado, votado com calma nos parlamentos europeus.
01:15Depois dessa etapa, o que é que vem? E daí, Nanato, a gente pode dizer sim o finalmente, viu?
01:21Porque daí vem a revisão jurídica, viu? Os advogados e também os técnicos lá da União Europeia vão fazer uma chamada revisão legal e linguística, viu?
01:32Para garantir que o texto seja consistente em todos os idiomas, para que todo mundo consiga entender, de fato, que acordo é esse e em que pé ele está.
01:42Depois vem o passo de apreciação pelo Conselho da União Europeia e daí, nesse momento, nessa etapa, é preciso aí ter maioria qualificada por pelo menos 15 dos 27 países lá da União Europeia,
01:56ou seja, representado aí por pelo menos 65% da população do bloco. Por isso, a aprovação por essa maioria se torna necessária.
02:05E daí é nessa fase que, geralmente, a França costuma criar dificuldades, viu?
02:10Principalmente porque o setor agrícola francês teme a entrada de produtos mais competitivos vindos do nosso mercado, vindos daqui do Mercosul.
02:20Em seguida, vai para o Parlamento Europeu, onde lá os deputados europeus vão analisar o acordo e aí vão votar, né?
02:28E aí decidir, de fato, se deve ou não deve ser aprovado.
02:32Nessa etapa, questões como meio ambiente, desmatamento da Amazônia e direitos trabalhistas podem voltar ao debate, viu?
02:42Em seguida, vem a etapa 4, ratificação dos países do Mercosul, porque depois que os europeus aprovarem isso,
02:51se é que, de fato, vai ser aprovado, países como, por exemplo, Brasil, Argentina, Paraguai e até Uruguai vão precisar ratificar,
02:59ou seja, assinar os termos desse acordo, lido e aí, talvez, aprovado pelos parlamentos nacionais lá na Europa
03:09e, claro, vão precisar passar pelos parlamentos nacionais em seus devidos países.
03:14Daí, se tudo correr bem e daí, se não houver também novos impasses políticos ou até mesmo impasses ambientais,
03:22o acordo entrará em vigor.
03:24O que, de acordo com os analistas lá na Europa, se tudo correr conforme o previsto, inclusive na questão do tempo,
03:30já pode entrar em vigor a partir de 2026.
03:34Agora, a gente não pode deixar de lembrar que foram mais de 20 anos de negociações.
03:38Não foi um acordo que surgiu ontem, do dia para a noite.
03:42Há muitos anos, há mais de duas décadas, acontecem esses debates por lá.
03:47Essas negociações ainda seguem durante todas essas etapas que eu disse,
03:52ou seja, não é uma fase final e, por isso, eu falei no início da minha entrada aqui.
03:56É um processo longo, é um processo árduo.
03:59E daí, depois do fim, os economistas, como o nosso querido Alan Gani, vão dizer, né,
04:05que finalmente, ou se finalmente, esse acordo vai ser, sim, o acordo comercial da história dos dois blocos.
04:13O maior acordo comercial da história dos dois blocos.
04:17Bom, todo mundo torce para que sim, né?
04:18Vai ser bom para todo mundo.
04:19Agora, vamos ver se os envolvidos diretamente acreditam e confiam nisso ou não.
04:25Bom, nesse sentido, o Tarifácio deu essa tração aí para esse...
04:29Deu um empurrãozinho, né?
04:29É, foi uma parte boa, isso a gente pode dizer, né?
04:32Deu um empurrão para ver se vai, de fato, assinar e atingir todos os países aí da Europa e da América do Sul.
04:38Obrigada, Eliseu.
04:40Bom, vamos para o Gani, então, né?
04:42O Gani vai analisar para a gente, já que o Eliseu chamou a atenção aqui.
04:46O Gani, a gente falou desse empurrãozinho, né, do Tarifácio, mas o Eliseu chamou a atenção para a França,
04:53que talvez seja o país que mais resista a esse acordo.
04:57Porque ele não se lembra, né, do protesto de alguns agricultores franceses, contrários a essa possibilidade de acordo com o Mercosul.
05:04Será que dessa vez vai, Gani, se efetivamente se concretizar?
05:08É bom para todo mundo no momento em que se procuram novos mercados?
05:12Bom dia.
05:12Bom dia, Nonato. Eu acredito que sim, eu estou bastante otimista em relação a este acordo.
05:18É claro que a França acaba atrapalhando principalmente pela questão do agronegócio.
05:25A gente sabe que a agricultura brasileira é muito pujante e a França não seria competitiva contra a agricultura brasileira.
05:35Mas num acordo de livre comércio, esta é a lógica.
05:38Tem setores que saem ganhando de alguns países, setores que saem perdendo.
05:44Da mesma maneira que a nossa indústria automobilística teria mais dificuldades, por exemplo, para competir com uma indústria da Alemanha.
05:52Mas no agregado, ambos os países ou ambos os blocos acabam saindo ganhando.
05:58Significa um aumento da atividade econômica e também redução de preço, o que é excelente para o consumidor.
06:05E é claro, Nonato, que este acordo vem justamente num momento bastante oportuno, dado toda a guerra tarifária iniciada por Donald Trump.
06:16Gani, qual seria de fato esse impacto para esse acordo aqui para a economia brasileira, se caso for firmado, enfim, efetuado?
06:27Olha, o que aconteceria?
06:29Provavelmente, alguns setores aqui do Brasil teriam algumas dificuldades de competir com os setores lá fora da União Europeia.
06:38Principalmente quando a gente fala de bens industrializados.
06:42Vamos pensar, por exemplo, a gente competindo com a indústria de cosméticos da França.
06:46Por outro lado, o nosso agronegócio, e quando eu falo em agronegócio, não é simplesmente aquele agro extrativista, mas é um agro, é toda a cadeia.
06:56É um agro bastante industrial.
06:59Esse sairia ganhando.
07:01No agregado, teria um aumento da atividade econômica aqui para o Brasil, ou seja, um impacto no PIB, com um aumento de renda e emprego,
07:10e também a possibilidade do consumidor brasileiro comprar produtos europeus a preços mais acessíveis.
07:18É lógico que isso demora um tempo, demora 10 anos, mas o impacto para a população, que é o que interessa de verdade, seria altamente positivo.
07:27Obrigada, Gani, por enquanto.
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