Com premiação de US$ 1 bilhão, a Copa do Mundo de Clubes virou vitrine global para os times brasileiros. Felipe Gomiero, sócio-diretor da agência 100 Sports e executivo de marketing esportivo, analisou no Real Time o impacto econômico do torneio e o papel das SAFs no novo cenário do futebol nacional.
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00:00Um campeonato bilionário. A Copa do Mundo de Clubes, que está sendo disputada nos Estados Unidos,
00:05vai distribuir uma premiação de um bilhão de dólares.
00:08Essa montanha de dinheiro será paga aos seis clubes convocados para o torneio
00:13quatro brasileiros, Palmeiras, Botafogo, Flamengo e Fluminense.
00:17Mesmo eliminados da competição, Botafogo e Flamengo devem voltar para casa com cifras milionárias na mala.
00:23Ainda na disputa, Palmeiras e Fluminense devem engordar ainda mais o caixa.
00:28Sobre a importância econômica desse torneio, a gente vai conversar agora com o Felipe Gomieiro,
00:33que é sócio-diretor da agência Sem Esportes e executivo de marketing esportivo.
00:37Bom dia para você, Felipe. Seja bem-vindo ao Real Time.
00:40Bom dia, Marcelo. Prazer falar contigo.
00:42Bom, esse campeonato tem um impacto econômico muito relevante pelo que a gente acabou de mostrar aqui.
00:47Eu queria que você falasse da importância desse evento para o futebol, já que ele antecede a Copa do Mundo.
00:54É uma oportunidade muito interessante. O torneio vem para poder testar toda a logística e tudo que permeia a Copa do Mundo do ano que vem,
01:06a Copa do Mundo de clubes aqui. É uma excelente oportunidade para os clubes brasileiros se mostrarem para o mercado mundial.
01:13É uma vitrine global. Bem como você comentou, Palmeiras e Fluminense ainda na disputa.
01:18Todos os times já estão permeando aí na casa dos 150 milhões só pela participação.
01:24Então, esses clubes vêm com o segundo semestre e início do próximo ano com o caixa um pouco mais tranquilo para poder voltar para o Brasil.
01:34Para os clubes, obviamente, isso é um grande negócio, porque além de reforçar o caixa, eles também ganham muito mais visibilidade internacional.
01:42Nesse ponto também, isso é importante, porque a gente sabe que tem ligas de futebol que são muito mais conhecidas mundialmente do que a brasileira.
01:52A gente fala do campeonato inglês, do campeonato italiano, espanhol.
01:55Você acha que essa é uma chance também dos clubes brasileiros ficarem mais conhecidos internacionalmente?
02:00Com certeza. Houve um aumento nas pesquisas da Liga Brasileira na vitória do Botafogo com o PSG e também no Flamengo contra o Chelsea.
02:11Nas pesquisas de quem eram os times brasileiros e o que era a Liga Brasileira.
02:16Então, é uma excelente oportunidade dos clubes se mostrarem para uma vitrine global e até arrecadar.
02:22Em termos de vendas de produtos licenciados, merchandising, é muito importante furar a bolha do público brasileiro e se comunicar agora com públicos que falam espanhol, falam inglês
02:34e que os clubes possam saber aproveitar isso para que aumentem as linhas de receita nos próximos anos com patrocínios, conteúdos com marcas estrangeiras.
02:44É uma excelente oportunidade para todos esses e também para a Liga Brasileira que vão disputar, que continuam disputando jogos com esses quatro times.
02:52Você acha que essa Copa do Mundo de Clubes veio para ficar? É um evento que comercialmente se mostrou viável e se mostrou interessante?
03:01Essa é uma pergunta que eu particularmente acredito que isso veio para ficar.
03:06levou um tempo para poder pegar aqui no Brasil, quando começou de fato que a gente entendeu a magnitude que é ter uma Copa do Mundo.
03:13O brasileiro gosta muito de uma Copa do Mundo, então é uma excelente oportunidade.
03:19A gente viu os estádios cheios em jogos de times brasileiros e tem tudo para poder ficar.
03:25Eu acho que aqui na América do Sul, a oportunidade da gente ver times que a gente vê jogando aqui no Brasil e na América do Sul,
03:34jogar e enfrentar e ganhar até de alguns times europeus, ela veio para ficar.
03:40Resultado disso, até a CBF se colocou como candidata para a próxima edição em 2029.
03:48Como é que você compara a Copa do Mundo de Clubes com a Copa do Mundo da FIFA do ano que vem?
03:54Aqui, esse é o primeiro torneio da Copa do Mundo de Clubes.
03:58Então, a FIFA é nesse formato de 32 times.
04:01Então, é uma excelente oportunidade para a FIFA entender que isso pode continuar.
04:07Outras edições foram feitas.
04:09No próximo ano, a gente vê uma Copa do Mundo um pouco mais inchada em termos de seleções.
04:13Três países participantes, 48 seleções.
04:18E a Copa do Mundo de Clubes é um excelente teste para os Estados Unidos.
04:26Só em termos de impacto financeiro, a gente está falando de, na soma das duas competições,
04:32mais de 60 bilhões de dólares impactados na economia local, segundo dados da FIFA, estimativas da FIFA.
04:39Só nesse torneio, a gente está falando de 9 bilhões.
04:41Então, é uma excelente oportunidade para a gente entender como que os Estados Unidos vai preparar a Copa do Mundo
04:48até a gente ver um resultado nas entradas dos times também, um teste, teste de tecnologia com o impedimento semiautomático.
04:58A FIFA vem testando bastante coisa nessa Copa do Mundo.
05:01Felipe, aproveitando que você é especialista em marketing esportivo,
05:04eu queria perguntar para você se esse modelo das SAFs, que está crescendo bastante aqui no Brasil,
05:09ele também tem impulsionado o marketing esportivo.
05:12A injeção de dinheiro por conta das SAFs é uma grande oportunidade também para os clubes,
05:22inclusive dos quatro times que estavam disputando, estão disputando o Mundial de Clubes.
05:28O Botafogo era uma SAF, o Fluminense vive uma discussão da SAF.
05:32É uma excelente oportunidade, inclusive da Copa do Mundo, de se mostrar,
05:36uma vitrine global para poder se mostrar para os grandes investidores.
05:40E com certeza, o que o Botafogo era há dois, três anos atrás e o que o Botafogo conseguiu conquistar nesse período
05:48e o que ele vem se mostrando agora é fruto de uma injeção nova, um dinheiro novo.
05:55Então tem tudo para o futebol brasileiro se estruturar para que a gente possa bater de igual para igual para times europeus.
06:02Bom, queria agradecer então o Felipe Gomiero, sócio-diretor da agência Sem Esportes,
06:06executivo de marketing esportivo, pela sua participação aqui no Real Time.
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