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  • há 4 meses
A Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático de Luis Marcos dos Reis, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, para investigar transações entre ele e uma empresa com contratos do governo, diz a Folha.

Luis dos Reis foi um dos presos na Operação Venire, que apura fraudes em carteiras de vacinação contra a Covid.

As solicitações da PF, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes no fim do ano passado, têm como base as mensagens de Mauro Cid, que atuou como braço-direito do ex-presidente da República

Os investigadores encontraram indícios de transações suspeitas entre Luis dos Reis e a empresa Cedro Líbano Comércio de Madeira e Materiais de Construção. A companhia recebeu recursos federais durante o governo Bolsonaro por meio de contratos com a Universidade Federal do Espírito Santo, Instituto Federal de Tocantins e Codevasf.

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Transcrição
00:00E a gente começa esse giro de notícias com a informação de que a investigação da Polícia Federal
00:05sobre a suspeita de um esquema de desvio de recursos no Palácio do Planalto
00:09sob a gestão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro
00:12identificou a realização de depósitos em dinheiro vivo para então Primeira-Dama Michele Bolsonaro.
00:19Esses repasses foram operacionalizados, de acordo com a Polícia Federal,
00:23pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid, preso no último dia 3 de maio por fraude
00:29em certificados de vacinação.
00:32A defesa de Jair e de Michele negaram e negou, no caso, irregularidades
00:37e afirmou em nota que tem absoluta convicção que todos os pagamentos referentes
00:43ao dia a dia da família eram feitos com recursos próprios.
00:47Os investigadores encontraram indícios de transações suspeitas entre Luiz dos Reis,
00:53um dos investigados pela Operação Venire, e a empresa Cedro Líbano Comércio de Madeira
00:59e Material de Construção.
01:00Inclusive, essa empresa participou de algumas licitações do governo pela Codevasf, inclusive.
01:09A companhia recebeu recursos federais durante o governo Bolsonaro por meio de contratos
01:13com a Universidade Federal do Espírito Santo e também junto ao Instituto Federal de Tocantins.
01:20No mesmo período em que essa empresa recebeu esses recursos, o ajudante de ordens de Bolsonaro
01:27aparece envolvido nas transações que são investigadas pela Polícia Federal, sob suspeita
01:32de desvio de dinheiro da presidência, segundo a Polícia Federal.
01:36O assessor repassou esses valores para pessoas indicadas pelas assessoras de Michele e Bolsonaro,
01:42entre elas a sua própria tia, a Maria Graças de Moraes Braga.
01:47Luiz dos Reis, ainda de acordo com a corporação, fez três depósitos para Rosemary Cardoso Cordeiro,
01:54responsável por emitir um cartão de crédito utilizado por Michele.
01:58Então, todo esse cenário ainda é resquícios da Operação Venire,
02:03que a gente tem acompanhado aqui, a operação que investiga fraudes no cartão de vacinação.
02:08Mas, pouco a pouco, a Polícia Federal tem tentado puxar outras vias e agora, dessa vez,
02:14identificou esse esquema de recebimento e repassos de depósitos.
02:18Os depósitos eram de montantes baixos, mais ou menos R$ 8.600 cada depósito.
02:25Esse valor baixo configuraria, de acordo com a Polícia Federal e com os levantamentos que foram feitos,
02:32um possível esquema de rachadinha.
02:33Tudo isso vai ainda ter repercussão ao longo da semana, possivelmente ao longo do mês,
02:39já que é uma operação puxando a outra.
02:41Parece que quanto mais vai se levantando dados, outras informações aparecem.
02:46E, com certeza, vai ter uma grande repercussão, inclusive, na vida política da Michele,
02:51já que ela tinha toda uma pretensão e uma ambição de dar início,
02:57começar a explorar essa vertente política, inclusive com o PL Mulher.
03:01A gente não sabe se ela vai recuar diante desse caso, diante dessa denúncia,
03:05mas o fato é, isso gera, sim, uma repercussão para a ex-primeira-dama.
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