- há 4 meses
O senador do Podemos disse preferir não fazer críticas ao ex-juiz, que deixou o partido para se filiar à União Brasil
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NotíciasTranscrição
00:00Muito bem, estamos com o senador Álvaro Dias do Paraná, ele que lidera a bancada do Podemos lá no Senado
00:06e mais uma vez nos dá a gentileza de participar do nosso programa.
00:10Boa noite, senador. Muito obrigado mais uma vez pela sua presença no Papo Antagonista.
00:15Oi, boa noite, Diego. Tuas ordens é uma satisfação conversar com o Antagonista.
00:22Senador, na última quarta-feira o partido do senhor, Podemos, fez uma grande reunião aqui em Brasília,
00:28uma reunião que havia sido anunciada semanas antes.
00:33Eu queria que o senhor dissesse para a gente o que ficou decidido nessa reunião, se é que algo ficou decidido.
00:40É, ficou decidido a opção pela prudência, pela cautela.
00:45Eu venho advogando isso já há bom tempo, desde que houve um movimento com o ex-juiz Sérgio Moro deixando o partido.
00:56Eu advoguei que não participássemos dos entendimentos do Senado Democrático,
01:02ficássemos em observação, monitorando a movimentação na política,
01:09aguardando a solução do Senado Democrático, para depois, então, fazermos uma avaliação
01:16para uma definição de rumos do nosso partido.
01:21Eu imagino que, em razão das circunstâncias, a prudência recomenda aguardarmos, se possível, até o mês de julho.
01:32Eu tenho colocado o mês de julho como o timing adequado para uma decisão terminativa do nosso partido
01:41em relação aos rumos que nós podemos adotar em relação à sucessão presidencial.
01:47O que eu defendo, nesse momento, é que o partido prepare um projeto de nação.
01:54Porque o que nós estamos verificando é que colocam os nomes à frente do projeto de nação.
02:02E aí não se estabelece convergência, porque cada postulante imagina que a convergência
02:08deva se dar em torno do seu nome.
02:12Portanto, o projeto é essencial.
02:15Isso não se vê, por exemplo, nessa discussão do chamado Centro Democrático.
02:20Por isso, defendi que o nosso partido ficasse à margem acompanhando esta movimentação.
02:28Certo.
02:29Julho é o prazo que ali vai coincidir com as convenções partidárias.
02:34Julho, agosto é, de fato, o prazo final para essa decisão de cada partido.
02:38Senador, pela sua experiência política, qual é a sua avaliação da turma lá do Centro Democrático,
02:45turma da qual os senhores do Podemos decidiram não fazer parte?
02:49A gente tem o MDB com a Simone Tebet, o PSDB em tese com o João Dória,
02:54a União Brasil sinalizando aí nos últimos dias de que deve abandonar o barco também do Centro Democrático
03:00e fazer um voo solo com o Luciano Bivar.
03:04O que o senhor atribui o fracasso até aqui de uma tentativa de unidade no Centro?
03:10É, eu acho que até já respondi, né?
03:12A razão essencial do fracasso é a inexistência de um projeto de nação.
03:20E por que esse projeto não saiu, senador? Por que não saiu esse projeto?
03:23Porque vocês tiveram, vocês que eu digo, eu sinto todo, né?
03:27Tiveram tempo, tiveram condições, as pesquisas indicando uma viabilidade eleitoral consistente
03:32de muitos brasileiros que não queriam a polarização, partidos grandes, né?
03:37Nós não estamos falando de gente que entrou ontem na política.
03:41É inacreditável, se o senhor me permite dizer isso, é inacreditável.
03:44Eu também acho, Diego, eu também acho.
03:48Eu digo a você que nós temos um projeto, eu digo o nosso partido, um projeto de nação
03:56desde 2018.
03:57Ele foi apresentado, ele não foi visto, mas ele foi apresentado, né?
04:02Nós não tivemos plateia para a nossa proposta, porque se estabeleceu essa beligerância política
04:09entre os extremos.
04:11Então, você tem que ser a favor do fulano para ser contra o ciclano e vice-versa.
04:17E se esqueceu, como se entre a extrema esquerda e a extrema direita não existisse vida inteligente.
04:23Então, esse projeto foi anulado.
04:25Mas ele é atual, ele não mudou.
04:28Aliás, Diego, surpreendentemente, há poucos dias chegou às minhas mãos
04:31uma entrevista que concedi em 1989, antes da Convenção Nacional do MDB,
04:40que escolheria o candidato à presidência da República em 89.
04:44O escolhido foi o Lídio Guimarães.
04:46Eu li aquela entrevista e imaginei que fosse uma entrevista atual.
04:51Porque nada mudou de lá para cá.
04:54Essencialmente, nada mudou.
04:55O sistema é o mesmo, a prática é a mesma e não há mudança.
05:01A verdade é que não é, obviamente, difícil responder a sua indagação
05:09por que isso está ocorrendo.
05:11Porque a política no Brasil é esse campo minado da inversão de valores,
05:16da incompreensão, da injustiça.
05:20Eu poderia dizer também da traição,
05:22mas o que é fundamental em resposta à sua pergunta
05:26é definir que é exatamente a inversão de valores.
05:29ao invés de buscarmos um projeto, um conceito de administração pública,
05:37ao invés de idealizarmos um sistema,
05:40porque o nosso está agarrado ao atraso,
05:43está superado, está condenado,
05:46nós não temos um projeto estratégico de desenvolvimento econômico e social
05:50para o país há mais de 30 anos.
05:53O nosso atraso, portanto, é de décadas.
05:55Ao invés de discutirmos isso, estamos discutindo nomes.
06:00E, olha, não temos nenhum Rui Barbosa para encantar durante uma campanha eleitoral.
06:06Então, ou nós temos um projeto que nos reúna,
06:10ou então estaremos, obviamente, distantes uns dos outros.
06:14A gente não tem esse Rui Barbosa,
06:16mas imaginou-se em algum momento,
06:18talvez ali em novembro do ano passado,
06:20quando o Moro filiou-se ao Podemos,
06:22que ele poderia ser esse nome.
06:26Eu sei que já passou,
06:27que para muitos é página virada, senador,
06:30mas eu queria que o senhor falasse um pouquinho da saída do Moro
06:33e se o senhor tem conversado com ele
06:35depois da decisão que ele tomou de migrar para a União Brasil.
06:38Olha, Diego, eu, sinceramente, em benefício do país
06:43e da luta contra a corrupção no Brasil,
06:49eu prefiro preservar a imagem extraordinária do juiz Sérgio Moro.
06:54A política é aquilo que eu disse há pouco,
06:58o chão minado da incompreensão, da injustiça,
07:01da inversão de valores.
07:04Então, eu prefiro o legado do magistrado Sérgio Moro
07:07do que ficar, evidentemente,
07:10explorando fatos recentes da política.
07:15É fundamental para o país que preservemos a imagem
07:19daqueles que prestaram serviço à nação.
07:22E poucos prestaram serviço tão relevante
07:25quanto prestou Sérgio Moro.
07:28Por isso, o meu respeito a ele,
07:30e eu me recuso a fazer qualquer crítica
07:32em relação ao seu comportamento
07:35durante esse curto período
07:36do que tivemos de convivência
07:37na política de novembro até agora.
07:41O senhor consegue imaginar o que ele vai fazer em outubro, senador?
07:45Não, não tenho a opinião a respeito,
07:49até porque na política nunca nós dependemos de nós mesmos,
07:54apenas de nós mesmos.
07:56É evidente que somos importantes
07:58em razão das iniciativas que idealizamos,
08:02mas nós dependemos das circunstâncias,
08:05nós somos filhos das circunstâncias.
08:08Às vezes vítimas delas,
08:10e muitas vezes beneficiários delas.
08:13Então dependemos das circunstâncias.
08:15Confesso que não saberia prever
08:17o que ocorrerá com ele até outubro,
08:21até as eleições de outubro.
08:23Eu desejo a ele o melhor,
08:24porque certamente ele merece.
08:27Senador, só para concluir esse assunto,
08:30muito se fala em boicote do Podemos ao Sérgio Moro.
08:33A gente sabe que, sobretudo na Câmara,
08:35havia uma ala ali que não concordava
08:38com a candidatura do ex-juiz,
08:40fazia ali um cabo de guerra
08:42com o dinheiro do fundo partidário.
08:45Em algum momento o Podemos esteve
08:48bastante unido em torno da candidatura do Moro,
08:52ou desde o início havia divergências internas
08:55em relação a esse ponto, senador?
08:57Com esse modelo político devastador que nós temos,
09:01com fundão eleitoral, orçamento secreto,
09:04com essa depredação da política
09:07que alveja a democracia de forma mortal,
09:12é impossível unanimidade em qualquer lugar.
09:16Onde há unanimidade?
09:17Há unanimidade no PT em relação
09:19à candidatura de Alckmin como vice-presidente?
09:23Há unanimidade no bolsonarismo
09:26em relação aos comportamentos,
09:30à postura e tal?
09:32Enfim, não há unanimidade.
09:34Como é que se poderia imaginar
09:35a unanimidade no Podemos,
09:36um partido em construção?
09:38Nós temos quatro anos de existência,
09:40quatro anos e meio de existência.
09:43Aliás, estamos caminhando para o quinto ano
09:45de existência do Podemos.
09:47Não é evidente que não há unanimidade.
09:49Na política brasileira, onde há unanimidade?
09:51Nós tivemos agora, no mês da janela,
09:55105 parlamentares mudaram de partido.
09:58Então, veja que há uma volubilidade na política.
10:03Agora, o apoio essencial existia a uma candidatura
10:07à presidência da República.
10:09Existia e existe,
10:10tanto que se discute a possibilidade de uma candidatura.
10:15E, portanto, eu só não admito esse pretexto
10:19de que o Podemos não oferecia condições
10:22para uma candidatura à presidência da República.
10:25Ofereceu condições em 2018,
10:28condições modestas,
10:30mas nós não podemos, evidentemente,
10:32sonhar com campanhas milionárias.
10:35Ao contrário, nós deveríamos trabalhar contra elas.
10:38O que nos provoca maior indignação
10:41e até revolta na política de hoje no Brasil
10:46é exatamente a substituição das ideias,
10:50das propostas, dos projetos,
10:53das bandeiras que carregamos,
10:56dos ideais que sustentamos.
10:58É a substituição disso pelo fundão eleitoral.
11:02Nós não podemos admitir essa substituição.
11:05Então, evidentemente, uma campanha eleitoral
11:08pode ser milionária e pobre em ideias,
11:11mas ela pode ser pobre em recursos
11:14e milionária em ideias.
11:16E é isso que o povo brasileiro gostaria de ver.
11:19Senador, na última quarta-feira,
11:21nessa reunião que nós mencionamos
11:22aqui no início da nossa entrevista do Podemos,
11:25alguns dos senhores defenderam a candidatura própria,
11:28visto que, já que não vai ter a candidatura única
11:31do Centro Democrático, pelo jeito,
11:32está caminhando para isso,
11:33há uma tendência, pelo menos no cenário político de hoje,
11:37que os partidos, então, acabem fazendo
11:38suas opções e lancem seus candidatos.
11:42Foram colocados alguns nomes,
11:44o próprio Deltan Dallagnol também chegou a ser citado,
11:47o general Santos Cruz,
11:49ambos foram para o Podemos na esteira
11:51da filiação do ex-juiz Sérgio Moro,
11:53o nome do senador Iovisto Guimarães,
11:55seu colega de bancada do Paraná,
11:57também foi citado,
11:58e o nome do senhor, novamente, também foi lembrado,
12:00o nome do senhor é sempre lembrado.
12:02Existe alguma possibilidade?
12:04O senhor toparia uma nova missão
12:06de se candidatar à presidência
12:07pelo segundo pleito consecutivo?
12:12Depende do comportamento,
12:14porque eu começo a dizer a você
12:17com muita sinceridade,
12:19quando se apresentam muitos nomes,
12:22é porque não existe nenhum.
12:23não é possível que um partido
12:28possa ter tantos nomes
12:29para a presidência da República,
12:32ou ele tem um nome que congrega,
12:35que estabelece convergência,
12:38ou ele vai buscar um nome
12:40que possa somar,
12:43fora dos seus quadros.
12:45Esse é um ponto,
12:47por isso eu acho que não é hora
12:49de discutir nomes,
12:50de colocar nomes,
12:51a menos que se queira
12:52queimar esses nomes.
12:54Jogar nessa fogueira
12:55da política atual,
12:57qualquer nome
12:58é suscetível
12:59de queimação.
13:01O ambiente é propício
13:03para queimar mesmo.
13:05Vamos tirar ele do páreo.
13:06O termo de hoje é o cancelamento.
13:08É verdade, Diego.
13:10Vamos lançar o nome agora
13:11para queimar.
13:12Então, já que o Podemos
13:14tem alguns nomes,
13:14vamos queimar todos
13:15de uma vez só.
13:16Vamos jogar todos na arena
13:20e vamos queimar todos
13:21de uma vez só.
13:22Então, eu não concordo
13:25com a precipitação
13:27da cogitação de nomes.
13:30É aquela estratégia
13:31que eu já expus anteriormente.
13:34Temos que monitorar
13:36os acontecimentos,
13:37aguardar o momento adequado
13:39e, evidentemente,
13:40se nós pudermos apresentar
13:41uma surpresa para o país,
13:43apresentemos.
13:44Se não pudermos,
13:46paciência.
13:47Mas eu acho que existe
13:48um momento.
13:49E esse não é o momento.
13:51Se quiserem discutir
13:52projeto de nação, sim.
13:54Esse é o momento
13:55e já estaríamos atrasados
13:57se já não tivéssemos
13:58discutido em 2018.
14:01Mas discutimos o projeto
14:02de refundação da República.
14:04Nós podemos rediscutir
14:06esse projeto,
14:07aprimorá-lo
14:08e deixar os nomes
14:10para depois.
14:12Senador,
14:12quando o senhor faz
14:13críticas contundentes
14:14ao sistema político,
14:16é natural
14:16que a opinião pública,
14:18até quem possa estar
14:19nos assistindo aqui,
14:20reaja com aquela
14:21fala de que
14:24uai, senador,
14:24o senhor está aí
14:25há tantos anos,
14:26o senhor,
14:27quanto tempo o senhor
14:28está no Congresso
14:28e o senhor está
14:29criticando o sistema.
14:31Diante disso,
14:31eu pergunto ao senhor,
14:32o que faz o senhor
14:33ainda continuar na política,
14:34senador?
14:35A gente fez uma conversa,
14:36eu e o senhor,
14:37meses atrás,
14:38mas o senhor me falava
14:39dessa sua decepção também.
14:41mas o senhor caminha,
14:43pelo menos pelo que eu sei,
14:45o senhor caminha
14:45para uma nova eleição
14:46agora em outubro.
14:47O que que leva o senhor
14:48a continuar no mundo político?
14:51Primeiro,
14:52essa pergunta
14:53é uma das injustiças,
14:54porque
14:55se eu não concordo,
14:57então eu deixo
14:58abandonar
14:59e deixo
14:59o lugar
15:00para os que concordam,
15:02para a perpetuação
15:04do modelo
15:05do modelo
15:06incorreto,
15:07do modelo
15:08promíscuo,
15:09do modelo
15:09depredador
15:11dos interesses
15:12nacionais,
15:13desse modelo
15:14de fundão
15:14eleitoral
15:15exagerado,
15:16nesse modelo
15:16de orçamento
15:17secreto
15:18desonesto,
15:19se eu não combato
15:21isso
15:21e vou embora
15:22porque não
15:23concordo com isso,
15:24então vou deixar
15:25o lugar
15:25para alguém
15:26que concorda.
15:27E aí,
15:28evidentemente,
15:29nós não estamos
15:30defendendo os interesses
15:31nacionais.
15:32Agora,
15:32você tem razão,
15:33o desalento
15:34é grande,
15:35isso,
15:35o desestímulo
15:36é enorme
15:37e eu até
15:38há poucos dias
15:39confessei
15:41à minha família,
15:42não é?
15:42Eu falei,
15:43eu gostaria
15:43de parar,
15:45mas como é
15:45que eu faço
15:46para parar?
15:47Eu consigo
15:48parar?
15:49Essa é a questão,
15:51porque quem
15:52está nisso
15:52como eu estou
15:53há tantos anos
15:54e por vocação,
15:56evidentemente,
15:57política
15:57e exatamente
15:59porque penso
16:01que um político
16:02tem que cumprir
16:03missão,
16:04ele tem
16:05que ser
16:05movido
16:06a convocações
16:07e não
16:09aquele político
16:10que só busca
16:11o próprio interesse.
16:12Eu sei que é difícil
16:13acreditar nisso,
16:14né?
16:15Alguém diz aí,
16:16isso é um blá,
16:16blá, blá,
16:17isso é uma conversa
16:18fiada,
16:18os políticos
16:19são iguais,
16:20aliás,
16:20é uma das injustiças
16:22que se comete,
16:23né?
16:24Essa generalização
16:25é burra,
16:25me perdoem,
16:27aburri-se
16:28nessa generalização
16:29porque ela
16:30desestimula
16:31aqueles que ainda
16:33possuem
16:34vocação política
16:36ideal
16:36e estão
16:37na atividade,
16:39muitos não comparecem,
16:40não se apresentam,
16:42talentosos que são
16:43exatamente
16:44em razão
16:44desse desestímulo.
16:46E se nós
16:47continuarmos
16:47generalizando,
16:48evidentemente,
16:49nós vamos afastar
16:51também aqueles
16:51que correspondem,
16:53aqueles que cumprem
16:54compromissos,
16:55que respeitam
16:56a sociedade
16:57e eles serão
16:58substituídos
16:59pelos malandros,
17:01né?
17:01Que defendem
17:02esse sistema
17:02de promiscuidade
17:03no país,
17:05essa política
17:06depredadora
17:07dos interesses
17:08brasileiros,
17:09não é?
17:10Então,
17:10veja o Diego,
17:12é claro que seria
17:13mais confortável
17:14dizer,
17:14olha,
17:15chega,
17:16parei,
17:17não é?
17:18Mas há uma
17:18convocação,
17:20eu me sentiria
17:20um verdadeiro
17:21covarde se fugisse
17:22agora,
17:23não é?
17:24Então,
17:24nós temos que
17:26alimentar a esperança,
17:28né?
17:28De recuperar
17:31a fé perdida
17:32nas estradas
17:33da decepção.
17:35Aquela música
17:36do,
17:37que,
17:38não é?
17:38Tem participação
17:39do Paulo Coelho
17:40e do,
17:45enfim,
17:45o Paulo Coelho
17:46deve ter sido
17:46o autor da letra,
17:48né?
17:49E o Raul Seixas
17:50da música.
17:51Então,
17:52tenha fé na vida,
17:53tenha fé em Deus
17:54e tente outra vez,
17:55não é?
17:56Talvez isso esteja
17:57motivando a nossa
17:59participação
17:59mais uma vez,
18:00ô Diego,
18:01e é provável,
18:02sim,
18:03que eu dispute
18:03as eleições
18:04deste ano,
18:05não sei a que mandato
18:07disputarei,
18:08não é?
18:08Mas,
18:09de qualquer maneira,
18:10nós temos até o mês de julho
18:11para uma definição
18:13e aquela entrevista
18:15que eu concedi a você
18:16do desalento,
18:17do desestímulo,
18:19foi um retrato
18:20do sentimento
18:22do momento,
18:24não é?
18:25Que,
18:25evidentemente,
18:26não se afasta
18:27facilmente,
18:28mas que essa
18:29provocação
18:30de adversários
18:32e essa
18:33convocação
18:35dos parceiros,
18:37não é?
18:37Isso acaba
18:38nos motivando
18:39a prosseguir.
18:41Ok.
18:41Eu tenho uma última
18:42pergunta,
18:42senador,
18:43que é a seguinte,
18:44toda eleição
18:46a gente tem
18:47esse debate,
18:48mas dessa vez
18:48parece a impressão
18:50que eu tenho
18:50como jornalista
18:51político
18:51de que vai ser
18:53mais forte.
18:54Qual a opinião
18:54do senhor
18:54sobre o voto
18:55nulo,
18:56senador?
18:56Em um eventual
18:57segundo turno,
18:58Lula e Bolsonaro,
18:59tem muita gente
18:59aí já anunciando
19:01o voto nulo
19:01e aí
19:02há uma reação,
19:05um levante
19:05de que o voto
19:06nulo não é
19:07democrático,
19:08não é uma opção.
19:09Qual a opinião
19:09do senhor
19:10sobre o voto
19:10nulo,
19:11senador?
19:11A minha opinião
19:12é contrária
19:14a essa tese,
19:15eu sou favorável
19:16ao voto facultativo.
19:18Há muitos anos
19:19tem um projeto
19:20aqui no Senado
19:21Federal,
19:22ele não caminha,
19:23ele chega e bate
19:24na trave e volta,
19:25eu reapresento,
19:27sou favorável
19:28ao voto facultativo.
19:29Portanto,
19:30se eu não estou
19:30satisfeito com
19:31nenhuma das opções,
19:32eu não tenho
19:33por que ir votar
19:34ou se for votar,
19:35se o voto
19:35é obrigatório,
19:37eu me considero
19:38no direito
19:38de anular o meu voto.
19:40Então,
19:40eu sou defensor
19:41dessa tese
19:42do voto
19:43facultativo
19:45como há
19:46nas democracias
19:48mais avançadas
19:49do mundo.
19:50O Brasil está
19:51preparado
19:51para esse debate?
19:53Eu tenho certeza
19:54que sim,
19:54o brasileiro
19:55é competitivo,
19:57não é?
19:57Se nós tivéssemos
19:58o voto facultativo,
19:59eu não creio
20:00que teríamos
20:01uma abstenção
20:02maior do que
20:02temos hoje,
20:03provavelmente estaríamos
20:04aí ao redor
20:06da mesma abstenção.
20:07Agora,
20:08eu não sei
20:08se os políticos
20:09estão preparados
20:10para o debate
20:10eleitoral
20:12dessa campanha.
20:12eu já estou
20:14vendo aí
20:14candidatos
20:15dizendo que
20:15provavelmente
20:16não irão a debate,
20:18talvez a um
20:19ou a dois debates,
20:20isso é muito ruim.
20:21O debate
20:22deveria ser
20:23a essência
20:23da disputa
20:25eleitoral,
20:26quer dizer,
20:27o eleitor
20:27deveria ter
20:28no debate
20:29o melhor momento
20:31para a sua
20:31avaliação,
20:32porque é
20:33onde ele pode
20:34estabelecer
20:35algum parâmetro
20:36de comparação,
20:37não é?
20:38E, evidentemente,
20:39se nós eliminamos
20:40a hipótese
20:40do debate,
20:41nós estamos
20:42restringindo
20:43a possibilidade
20:44do eleitor
20:44escolher bem.
20:46E nós sabemos
20:46que o equívoco
20:47no ato
20:48de escolher
20:49nos torna
20:50vítima
20:51da escolha
20:52equivocada
20:53que fizemos.
20:54Por isso,
20:55é fundamental
20:56o debate
20:57numa campanha
20:58eleitoral.
20:59Restringir
20:59o debate
21:00é limitar
21:02a possibilidade
21:03da escolha
21:03correta.
21:05Muito bem.
21:06Esse é o senador
21:06Álvaro Dias,
21:07do Paraná,
21:07líder da bancada
21:08do Podemos.
21:09Senador,
21:09mais uma vez,
21:10muito obrigado,
21:11um bom fim de semana
21:11para o senhor.
21:12Um abraço.
21:13Obrigado,
21:13desejo mesmo.
21:15Grande abraço.
21:15E aí
21:21Legenda Adriana Zanotto
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