O currículo fake de Decotelli e o foro fake de Flávio Bolsonaro

O Antagonista

Felipe Moura Brasil comenta as informações falsas no currículo do ministro da Educação, Carlos Decotelli, a tensão entre as alas militar e ideológica do bolsonarismo, e os pedidos ao STF para que o caso de Flávio Bolsonaro retorne à primeira instância. Assista. -- Cadastre-se para receber nossa newsletter: https://bit.ly/2Gl9AdL  Confira mais notícias em nosso site: https://www.oantagonista.com  Acompanhe nossas redes sociais: https://www.fb.com/oantagonista https://www.twitter.com/o_antagonista https://www.instagram.com/o_antagonista

Transcript

00:00Salve, salve, sejam bem-vindos, leitores e espectadores de O Antagonista.

00:03Eu sou Felipe Moura Brasil e hoje quero conversar com vocês rapidamente

00:06sobre o caso do novo ministro da Educação,

00:08que quando você estiver vendo esse vídeo pode já ser o velho,

00:11Carlos Decotel, do governo do Jair Bolsonaro,

00:15e a história envolvendo o seu currículo,

00:17e também sobre a chegada do caso de Flávio Bolsonaro,

00:20investigado pela rachadinha, que é desvio de dinheiro público,

00:24ao Supremo Tribunal Federal.

00:25O caso dele chegou lá e vai haver uma decisão

00:28se retorna à primeira instância ou não.

00:31Muito bem, começando aqui pelo caso do ministro,

00:33vocês viram aí pelas notícias no Antagonista

00:35que ele havia colocado no seu currículo,

00:39e assim foi divulgado pelo Ministério da Educação,

00:41o MEC, do governo Bolsonaro,

00:43que ele tinha doutorado na Argentina e pós-doutorado na Alemanha.

00:48O que aconteceu foi que o reitor da Universidade Argentina

00:51disse que ele não tinha concluído doutorado coisa nenhuma,

00:54o MEC ainda mandou um veja bem, ele concluiu os créditos,

00:57e aí o reitor deu entrevista ao Antagonista,

01:00dizendo que ele não teve tese aprovada

01:02e que, portanto, não tem o doutorado.

01:05Então, se o sujeito não teve a tese aprovada,

01:07que é condição sine qua non para se ter realmente um doutorado,

01:11que ele não colocasse a palavra doutorado no currículo,

01:14muito menos o governo divulgar assim.

01:18Se colocasse lá a conclusão de créditos,

01:21de um curso, mas sem apresentação de tese,

01:24qualquer coisa que fosse mais específica e mais clara.

01:27Quando se coloca uma coisa geral,

01:29é para tentar parecer melhor do que aquilo que realmente é,

01:34aí se dá margem justamente para essa interpretação,

01:39que é pura análise dos fatos,

01:42de que se está tentando turbinar um currículo

01:44sem que tenha havido, de fato,

01:47aquela conclusão geral, completa.

01:50Muito bem, depois veio a Universidade Alemã

01:54e também diz que ele não tem o pós-doutorado lá.

01:58Então, se criou uma crise,

01:59ele foi indicação ali do entorno do presidente,

02:04com apoio dos militares,

02:06mas não da chamada ala ideológica pela imprensa.

02:09Essa ala reacionária,

02:10esse bando de ressentido que não conquistou o seu espaço

02:13na iniciativa privada,

02:15aí fica querendo boquinha em cargo público

02:18para transformar a sociedade,

02:20a sua imagem e semelhança.

02:22Está havendo, inclusive, agora uma tensão

02:24muito engraçada para quem olha de fora,

02:27nas redes sociais,

02:29porque esse pessoal dessa ala

02:30está justamente já fritando o novo ministro da Educação,

02:34porque não foi uma indicação direta deles.

02:37O Bolsonaro estava querendo alguém menos polêmico

02:39que o Abraham Beitraub,

02:40que era dessa turma,

02:42e agora está fritando o novo ministro,

02:44porque quer justamente ocupar o MEC,

02:47trata o MEC como um feudo particular,

02:50como eu escrevi uma vez no Twitter.

02:52São esses flanelinhos da militância bolsonarista,

02:55esses cheerleaders.

02:57Um deles até percebeu aí outro dia

02:59que passaram um ano e meio falando para a bolha

03:02e agora tem que falar para fora da bolha

03:04o que está acontecendo.

03:06Bom, o que está acontecendo,

03:07como eu tratei em outro vídeo

03:08e em muitos artigos e vídeos

03:11ao longo desse ano e meio,

03:12é a sabotagem da Lava Jato,

03:14a sabotagem do combate à corrupção.

03:16Mas eu também comentei que,

03:20num país em que quem desvia dinheiro público

03:22quer assumir um cargo eletivo de alta exposição,

03:25onde vai haver, sem dúvida,

03:27um escrutínio da sua vida pública, pelo menos,

03:30um país onde quem é, foi,

03:36ou apadrinhou funcionário fantasma, por exemplo,

03:38também quer cargo eletivo,

03:41de alta exposição,

03:42ou cargos internacionais,

03:44não surpreende que alguém que forje um currículo

03:48também queira a sua boquinha.

03:51Então, é óbvio que a nomeação do Carlos Decotelli

03:56já devia ter sido descartada pelo governo,

04:00que, no entanto, adiou ali a posse

04:02para resolver esse imbróglio

04:04e é isso que está sendo resolvido nas próximas horas.

04:07Se você estiver vendo esse vídeo,

04:09depois de uma decisão final,

04:11já está sabendo que isso está acontecendo,

04:14gerando todo esse desgás,

04:15mais um,

04:16para o governo Bolsonaro.

04:19Aliás,

04:19falando aqui em funcionário fantasma,

04:22já que eu fiz essa analogia,

04:24vocês viram a notícia de um antagonista também,

04:27que um ex-premier francês,

04:28um ex-premier francês,

04:29foi condenado a cinco anos de prisão,

04:33acusado de desviar recursos públicos

04:35por meio de empregos falsos.

04:38Ele contratou a sua esposa

04:39como sua assistente parlamentar

04:41entre 1998 e 2013,

04:44mas ela nunca exerceu o cargo.

04:47O Brasil também devia prender quem faz isso.

04:49No Brasil,

04:50tem ex-funcionário fantasma

04:52querendo ser embaixador,

04:54querendo ser até presidente da República.

04:56Aliás,

04:57o Ministério Público do Rio de Janeiro,

04:59no caso do Flávio Bolsonaro,

05:01está ali apontando nas investigações também

05:03a existência de funcionários fantasmas

05:06em gabinete bolsonarista.

05:09Vamos aguardar aí

05:11as conclusões do Ministério Público,

05:13que apresentou um pedido.

05:15Aliás,

05:16antes de mudar de assunto,

05:17me lembrei aqui

05:18que no governo do Michel Temer,

05:20enquanto ele era presidente,

05:21eu zombei

05:22de que ele e o seu entorno

05:24não fizeram sequer uma pesquisa no Google

05:27para avaliar o passado,

05:31o background da Cristiane Brasil,

05:33filha do Roberto Jefferson,

05:34hoje aliado da família Bolsonaro,

05:37quando o Temer a nomeou

05:39para o Ministério do Trabalho.

05:40E ela tinha já condenações

05:43em processo trabalhista,

05:44uma condenação,

05:45se não me engano,

05:45em processo trabalhista,

05:46mas também respondia

05:47a outros processos.

05:48E aí entrou uma série

05:50de outras polêmicas também

05:51envolvendo a Cristiane Brasil,

05:53que fizeram com que subisse

05:55no telhado a indicação dela.

05:59Então,

05:59o governo Bolsonaro

06:01não faz ali

06:02a pesquisa prévia,

06:03o mínimo,

06:04de averiguação

06:06em quem está nomeando

06:07para um cargo tão importante

06:09quanto o Ministério da Educação

06:10no país como o Brasil,

06:11que fica geralmente na lanterna,

06:13nos últimos lugares,

06:14dos exames internacionais.

06:15E aí vocês lembram

06:16que na reunião ministerial,

06:18naquele vídeo que foi divulgado

06:20pelo ministro do STF,

06:21Celso de Mello,

06:21no âmbito do inquérito

06:22que apura a interferência

06:24indevida do Bolsonaro

06:26na Polícia Federal,

06:28teve ali um determinado momento

06:30que ele falou

06:30que o sistema particular

06:32de inteligência,

06:33de informações dele,

06:35funciona,

06:35porque ele estava reclamando

06:36de não receber informações

06:38suficientes da polícia.

06:40Agora você vê

06:40que esse sistema particular

06:41não funciona nem para checar

06:42um currículo de um ministro.

06:44quer dizer,

06:45só funciona

06:46para trazer informações

06:48a respeito de investigações

06:49que possam atingir a família

06:51de alguma maneira,

06:53como no caso relatado

06:54pelo Paulo Marinho,

06:56por exemplo,

06:56de vazamento

06:57por parte

06:59de um delegado

06:59da Polícia Federal

07:00lá no Rio de Janeiro,

07:02de que havia

07:03uma investigação

07:04em andamento

07:04que atingiria

07:05o Fabrício Queiroz,

07:07aliás,

07:08Fabrício Queiroz

07:09que deu agora

07:10o seu primeiro depoimento

07:11e negou conhecimento

07:13a respeito

07:14desse vazamento

07:15sobre a investigação

07:17que o atingiria.

07:18Mesmo ele tendo sido exonerado

07:20logo em seguida,

07:21ao mesmo tempo

07:22em que a sua filha

07:23Natália Queiroz,

07:25que também aparece

07:26na investigação,

07:27foi exonerada

07:28do gabinete

07:28do então deputado federal

07:29Jair Bolsonaro

07:30em Brasília.

07:32Ele falou que ele mesmo pediu,

07:33que ele estava cansado

07:34lá da vida

07:35de assessor e tal.

07:37Quer dizer,

07:37acredite

07:38quem quiser.

07:39Uma coincidência,

07:40pai e filha

07:41saem do gabinete

07:42do filho,

07:44do Flávio Bolsonaro,

07:44e do pai lá em Brasília,

07:46Jair Bolsonaro,

07:47logo depois

07:48dessa informação

07:49que foi dada

07:50segundo o Paulo Marinho,

07:52mas foi a pedido.

07:53E vocês conhecem

07:54essa história

07:54de sair a pedido,

07:56porque a gente viu isso agora

07:57no caso

07:58da exoneração

07:59do diretor

08:00da Polícia Federal,

08:01Maurício Valeixo,

08:03que o Jair Bolsonaro,

08:05o presidente da República,

08:05o seu governo,

08:06colocou no Diário Oficial

08:07da União

08:07que foi uma exoneração

08:09a pedido,

08:10sendo que o Maurício Valeixo

08:12não pediu voluntariamente

08:14coisa nenhuma,

08:16simplesmente houve uma ligação

08:17ali na madrugada

08:18em que ele foi questionado

08:19se tudo bem

08:20colocar a pedido,

08:21quer dizer,

08:22essa velha negociação

08:24para ver se dá

08:26para colocar a pedido

08:27sem que o sujeito

08:28esteja efetivamente

08:29apresentando

08:30por livre e espontânea vontade

08:32um pedido formal

08:34de saída.

08:35Então,

08:36esse a pedido

08:37na publicação

08:38de uma exoneração

08:39muitas vezes

08:40é negociado

08:41e o bolsonarismo

08:41já deu um exemplo

08:42de que faz isso.

08:44É claro que a investigação

08:45precisa correr,

08:46é claro que o Queiroz

08:47acabou de ser preso

08:48e não vai sair

08:49abrindo a boca

08:50de repente

08:51a respeito de tudo.

08:52Há informações aí

08:53sobre negociação

08:54de delação

08:55por parte,

08:56inclusive,

08:56da mulher dele

08:57que ainda se encontra

08:58foragida,

08:59mas até que eles

09:01venham a falar

09:01de fato,

09:02vocês sabem muito bem

09:03que demora.

09:05Então,

09:05passando aqui

09:05para o caso

09:07do Flávio

09:07que chegou

09:08ao STF,

09:10o MP fez

09:11o pedido

09:12para que o caso

09:13retorne

09:14à primeira instância

09:15ao Ministério Público

09:16Estadual do Rio

09:17depois

09:17daquela decisão

09:19do Tribunal de Justiça

09:20do Rio de Janeiro,

09:21na verdade,

09:21a terceira Câmara Criminal

09:23do TJ do Rio

09:24que deu um foro

09:26privilegiado

09:26retroativo,

09:27até como chamou

09:28o antagonista

09:29ao Flávio Bolsonaro,

09:30porque o Flávio Bolsonaro

09:31era deputado estadual

09:32no momento

09:33em que os crimes

09:34investigados

09:35aconteceram.

09:36Só que ele agora

09:37é senador

09:38e aí ele primeiro,

09:41e essa é a história

09:41que eu queria contar

09:42para vocês terem bem

09:43em mente,

09:43primeiro a defesa dele

09:45pediu ao STF

09:46lá início

09:48de 2019

09:49para que o caso

09:51fosse analisado

09:52no STF,

09:53que o foro fosse

09:54perante o Supremo

09:55Tribunal Federal,

09:57porque ele atualmente

09:58é senador.

09:59Então,

10:00ele primeiro tentou

10:01o foro privilegiado

10:01privilegiado

10:02em razão

10:03do cargo

10:03que ocupa atualmente.

10:05E aí,

10:05o Marco Aurélio Mello,

10:06foi o ministro

10:07que tomou a decisão,

10:09negou,

10:10disse na época

10:10em entrevista,

10:11inclusive,

10:12que estava atirando

10:13no lixo

10:14todos esses pedidos,

10:16porque a opinião dele

10:17era de acordo

10:18com a restrição

10:19do foro privilegiado,

10:20então, assim,

10:21até criticou

10:22esse tipo de pedido

10:24e remeteu

10:24à primeira instância.

10:26Não remeteu

10:26remeteu

10:27o caso

10:28ao foro correspondente

10:31a quem tem

10:32foro privilegiado

10:33como deputado estadual,

10:35quer dizer,

10:35correspondente

10:36ao mandato anterior

10:37do Flávio.

10:37Não,

10:38o Marco Aurélio Mello,

10:38do STF,

10:39já mandou

10:40para a primeira instância,

10:41no caso,

10:42o juiz Flávio Itabaiana,

10:43charado Flávio Bolsonaro,

10:45que foi quem tocou

10:46aí essa fase

10:47de investigação.

10:49Então,

10:51agora,

10:52volta o caso

10:53para o STF

10:54por pedido do MP,

10:56depois daquela decisão

10:57em que o desembargador

10:58Paulo Sérgio Rangel

10:59deu o voto

11:00de desempate

11:01ali a favor

11:02do foro privilegiado

11:04do Flávio Bolsonaro,

11:05contrariando,

11:05eu já disse aqui,

11:06já saiu na imprensa,

11:08aquilo que ele escreveu

11:09no seu próprio livro.

11:10Eu até resgatei

11:11aqui o trecho

11:12só para vocês verem

11:12como é absurdo

11:15a decisão

11:15conforme a ocasião,

11:17conforme a conveniência.

11:18Abro aspas

11:19para o Paulo Rangel

11:20para aquilo que ele escreveu

11:21no seu livro.

11:22Se o agente

11:22não mais ocupa,

11:24exatamente o cargo

11:25do Flávio Bolsonaro,

11:26não mais ocupa

11:27o cargo

11:27para o qual

11:28foi estabelecida

11:29a competência

11:30por prerrogativa

11:31de função,

11:32não faz

11:33e não fazia

11:34sentido que permaneça

11:36ou permanecesse

11:37com o foro privilegiado.

11:39Fecho aspas,

11:40esse é o trecho

11:41do livro

11:41do Paulo Rangel.

11:42Ainda há outros

11:42que ele fala

11:43para a questão

11:44de beneficiar político

11:46e tal,

11:46e foi exatamente

11:47o que ele fez

11:48agora,

11:49traindo o que escreveu,

11:51traindo a jurisprudência

11:53consolidada no STF,

11:55como eu esmiusei

11:56no Antagonista,

11:57na postagem

11:58Caso Flávio TJ

12:00afronta a decisão

12:01unânime

12:02da primeira turma

12:02do STF,

12:04contrariando

12:05essa decisão,

12:06portanto,

12:07lá foi relatado,

12:09um caso relatado

12:10pelo ministro

12:10Luiz Roberto Barroso

12:11e que foi acompanhado

12:13também pelos outros

12:15ministros da primeira turma,

12:16não o Celso de Mello,

12:18que é quem vai,

12:18já vou chegar no caso

12:19do Celso de Mello,

12:20mas só lembrando aqui

12:21os ministros

12:22que acompanharam

12:23o voto do Barroso

12:23naquela decisão

12:24da primeira turma,

12:25foram Alexandre de Moraes,

12:26Marco Aurélio Mello,

12:27Luiz Fux

12:28e Rosa Weber.

12:30Então,

12:31os cinco,

12:32naquela ocasião,

12:33era um outro caso,

12:35era um deputado

12:36estadual de Sergipe

12:38que havia virado,

12:39que tinha virado

12:40deputado federal.

12:42O Flávio Bolsonaro

12:42era deputado estadual também,

12:43virou senador,

12:44mas a lógica que se aplica

12:46é exatamente a mesma.

12:48Aliás,

12:49nas palavras do Barroso,

12:50naquele acórdão,

12:51no caso sob exame,

12:52as condutas foram

12:53supostamente praticadas

12:54quando o investigado

12:55exercia mandato

12:56de deputado estadual,

12:58cargo que já não mais exerce,

13:00impondo-se,

13:01nos termos do precedente

13:02estabelecido

13:03na AP 937QO,

13:05o declínio de competência

13:06para o juízo criminal

13:08de primeiro grau

13:09do Estado,

13:10no caso era de Sergipe,

13:11a quem couber

13:12por distribuição.

13:13E ainda botei lá

13:15os trechos do voto

13:16do Barroso,

13:17da jurisprudência

13:18que ele citou,

13:19enfim,

13:20até o Dias Toffoli,

13:21em 2018,

13:23remeteu o caso também

13:24de um ex-deputado

13:27estadual,

13:28que agora era

13:28deputado federal,

13:30um caso parecido

13:31ali com aquele

13:31de Sergipe,

13:32mas o deputado,

13:34no caso do Toffoli,

13:35era do Paraná,

13:36também remeteu

13:37à primeira instância.

13:38E o Celso de Mello,

13:40ele é o ministro

13:42do STF,

13:44que foi sorteado

13:45agora

13:45para decidir

13:47no pedido

13:48do Partido Rede,

13:49sustentabilidade da rede,

13:51como a gente chama,

13:53também para que

13:54o caso do Flávio Bolsonaro

13:55retorne à primeira instância.

13:56Então,

13:56tem dois pedidos lá,

13:57o pedido da rede,

13:58que caiu com o Celso de Mello,

13:59e o pedido do Ministério Público,

14:01que foi feito

14:01nessa segunda-feira.

14:03E ainda

14:04vamos acompanhar

14:05os desdobramentos

14:06para ver se esses dois pedidos

14:08vão ser analisados

14:09em conjunto

14:10ou se um vai sair

14:11na frente do outro.

14:12Mas o que importa

14:13é que está para o STF

14:15julgar isso

14:15e é bom que faça logo,

14:17porque o caso

14:18precisa avançar,

14:19as investigações

14:19precisam continuar.

14:21Não faz sentido nenhum

14:22que um político

14:23tenha essa mordomia

14:24de ganhar um tempo

14:25para fazer

14:27as articulações

14:28que julga necessárias.

14:30Aliás,

14:30tem notícia

14:31no Antagonista

14:31a respeito disso,

14:32jantar lá

14:33com Maia,

14:34com Alcolumbre,

14:35com o pessoal

14:36do Centrão,

14:38o pessoal fazendo

14:40o afago,

14:40o carinho

14:41no Flávio Bolsonaro,

14:42quer dizer,

14:42todos solidários

14:43entre eles

14:44e ainda há

14:45quem acredite

14:46no bolsonarismo

14:47anti-establishment,

14:49quando está lá

14:49a família Bolsonaro

14:51costurando

14:52com o restante

14:54do establishment

14:55maneiras

14:56de

14:57restringir

15:00o alcance

15:00das investigações,

15:02como fez

15:03o Jair Bolsonaro

15:03na sanção

15:04no final

15:05de 2019,

15:06a restrição

15:07à prisão

15:07preventiva,

15:08a restrição

15:09à delação

15:09premiada

15:10que se vier

15:11aí do Queiroz

15:12ou de alguém

15:12da sua família

15:13pode atingir

15:14a família

15:15Bolsonaro

15:15e isso foi

15:16sancionado,

15:17quer dizer,

15:17foi aprovado

15:18pelo presidente

15:19da república,

15:20além da criação

15:21da figura

15:22do juiz

15:22de garantias,

15:23que é mais ou menos

15:24o que eles estão

15:24querendo fazer

15:25agora,

15:26a turma do Flávio

15:27Bolsonaro,

15:28mas usando essa questão

15:29do foro privilegiado,

15:30quer dizer,

15:30o juiz

15:31da fase

15:32de investigação

15:32é o Flávio

15:33Itabaiana,

15:34agora eles querem

15:35passar o resto,

15:36mas ainda

15:37na fase

15:38de investigação

15:39para outra

15:40instância

15:41e ainda

15:42anular,

15:43o que é pior,

15:44todas as decisões

15:45tomadas pelo juiz

15:46de primeira instância

15:47em razão

15:48de ele ser julgado

15:49incompetente,

15:50o que vai contra,

15:51repito,

15:52a jurisprudência

15:53do Supremo Tribunal

15:54Federal.

15:55Então,

15:55vamos aguardar

15:56para ver qual vai ser

15:57a decisão

15:57do Celso de Mello,

15:58mas lembrando

15:59que ele sempre foi

16:00a favor

16:01da restrição

16:02do foro privilegiado,

16:04também já tomou

16:05decisões

16:06de remeter

16:07casos,

16:09de tirar

16:09do Supremo

16:10Tribunal Federal

16:10os casos,

16:11a tendência

16:12é que ele

16:13siga a jurisprudência

16:14consolidada

16:15no Supremo

16:16Tribunal Federal

16:17e faça com que

16:18o caso retorne

16:19devidamente

16:19a primeira instância.

16:20Essa decisão

16:21do TJ

16:22nem foi muito

16:23comemorada

16:23pela CLAC,

16:24bolsonarista

16:25nas redes sociais,

16:26certamente

16:27porque sabe

16:28que ela

16:29não dura

16:29muito.

16:30Foi comemorada,

16:32pelo menos

16:32dito que estava

16:33comemorando,

16:34pelo advogado

16:35do Flávio

16:36Bolsonaro,

16:37que inclusive

16:37está tentando

16:38afastar o juiz

16:39Flávio Itabaiana

16:40também

16:41do caso

16:42eleitoral,

16:43porque são

16:43dois inquéritos

16:44que miram

16:45o Flávio

16:45Bolsonaro.

16:46Tem esse

16:47da rachadinha,

16:47que ele tentou

16:48parar praticamente

16:48dez vezes

16:49na justiça

16:50e não conseguiu,

16:51conseguiu

16:52apenas agora

16:52esse foro

16:53privilegiado,

16:53que pode cair

16:54a qualquer momento,

16:55e também

16:56um inquérito

16:56eleitoral relacionado.

16:58Aí alega

16:59que o advogado

17:00agora do Flávio

17:00Bolsonaro

17:01é amigo

17:02do juiz,

17:02não pode

17:04então ser

17:04o juiz,

17:05quer dizer,

17:05você consegue

17:05um advogado

17:06que tem

17:07alguma relação

17:07histórica

17:08com o juiz

17:09para tentar

17:09afastar o juiz

17:10do caso,

17:11é preciso

17:11ficar ligado

17:12em todas

17:13essas manobras.

17:14Então está

17:15aí o governo

17:15Bolsonaro

17:16com um

17:17ministro

17:17da educação

17:18que está

17:19gerando,

17:20que está

17:20sendo

17:21ilustrativo,

17:22aliás,

17:22dessa tensão

17:23entre a ala militar

17:25e aquilo

17:25que a imprensa

17:26chama de ala

17:27ideológica,

17:29com um currículo

17:29fake,

17:30que está

17:30tentando

17:31fazer passar

17:32por meio

17:34dessa

17:34embromação,

17:35e de outro lado

17:36a tentativa

17:38do filho

17:38de se blindar

17:40com toda a ajuda

17:41do pai,

17:41com toda a ajuda

17:42da família,

17:43e etc.

17:44Vamos acompanhar

17:45os desdobramentos

17:46de todos esses casos,

17:47você acompanha tudo

17:48em antagonista.com,

17:50e aqui eu volto

17:51com mais vídeos

17:51no canal

17:52de YouTube,

17:52youtube.com

17:53barra

17:54o antagonista.

17:54Um grande abraço

17:55e até a próxima.

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