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  • 18/06/2025
No "Direto Ao Ponto", a bancada analisa o recente ataque à Islamic Republic of Iran Broadcasting (IRIB), a TV estatal do Irã, atribuído a Israel. Especialistas debatem as implicações dessa "guerra comunicacional" e cibernética, somada às retaliações iranianas com mísseis e drones.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/JKm3g1b7qw8

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Transcrição
00:00E eu quero trazer uma imagem pra gente também, chegando já ao fim da nossa discussão aqui,
00:04de uma imagem que ganhou hoje a imprensa mundial, que foi esse momento aí em que a TV estatal iraniana
00:11fazia uma transmissão, colocando inclusive do lado esquerdo as imagens dos ataques conduzidos por Israel.
00:17A apresentadora está falando e enquanto ela vai trazendo as informações,
00:21barulhos de bomba vão sendo ouvidos cada vez mais próximos do local onde fica essa TV estatal.
00:26Até o momento em que de fato a explosão atinge o prédio, segundo as informações das autoridades iranianas,
00:35provocando, claro, a interrupção da transmissão, até porque o próprio espaço é tomado também por restos ali de construções,
00:44uma fumaça, uma areia que acaba tomando conta do prédio.
00:47Então a gente vai ouvindo os bastidores, vários profissionais gritando, bombas explodindo
00:54e aí vem o momento em que um dos mísseis atinge totalmente o espaço
01:01e é interessante porque casa-se justamente com a imagem que está sendo transmitida ao lado.
01:06Acompanhe agora.
01:07E é esse momento em que então a transmissão é interrompida e a gente ouve vários gritos
01:25e as informações das autoridades iranianas de que pessoas acabaram morrendo.
01:29Depois houve também o pedido de evacuação de outras duas emissoras que atuam no Irã,
01:34porque o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu falou da importância também de se cortar a informação que chegava até essa população,
01:43informação que, segundo as autoridades israelenses, seriam manipuladas, até porque a gente está falando de uma TV estatal.
01:49O quanto a guerra de comunicação é tão relevante quanto a guerra de estrutura, de bombas, de mísseis?
01:59Estroviec?
02:00Toda guerra moderna é também uma guerra pelos corações e mentes.
02:04Então isso acontece em todos os conflitos.
02:07E essa é uma guerra que tem camadas de interesse ainda muito maiores.
02:12Existe uma obsessão mundial por essa região.
02:14Hoje, por exemplo, estão ocorrendo outras guerras no mundo também.
02:18A guerra do Iêmen praticamente não se fala nada.
02:21Na Nigéria você tinha o confronto armado do Boko Haram com o governo, também não se fala nada.
02:26O nível de cobertura desse assunto, pelo interesse que tem sobre isso, é muito grande.
02:31E começam as guerras de narrativa.
02:33Israel vai tentar também vender o seu peixe da melhor forma possível,
02:37mostrar o seu ponto de vista, educar a população sobre o seu ponto de vista,
02:41e o Irã também.
02:41A única diferença, claro, como você bem falou, é um regime ditatorial.
02:46Então se eu sair em Tel Aviv com uma placa dizendo abaixo o Netanyahu,
02:51ninguém está nem aí.
02:52Você pode falar isso, pode falar o que você quiser.
02:54Se você sair no Interã com uma placa abaixo o Camenei, você vai para a cadeia.
03:00Se não acontecer coisa, pior.
03:02E como uma TV estatal, ela vai seguindo o que o regime falar.
03:07O nível de mentira num regime ditatorial é muito maior,
03:10até porque não tem liberdade para confrontar os fatos.
03:13E para a gente arrematar nossa conversa aqui, o que esperar nas próximas horas ou dias, hein,
03:17professor Alexandre Pires?
03:18Eu acho que o conjunto de ataques vai se intensificar.
03:24Os alvos ali demorariam pelo menos uma, duas semanas para serem atingidos.
03:29O sistema balístico, de mísseis balísticos, agora se tornou um alvo principal.
03:32A dimensão é muito grande do sistema, então eles vão destruir isso, não vai ser destruído de uma hora para outra.
03:39Há estimativas de 20 a 30 mil mísseis que o Irã teria até destruir tudo isso.
03:44Ainda que tenha um gasto de uso, você destruir todo esse arsenal demora muito tempo.
03:50Então nós não vamos ter sossego, em termos de comentário, pelas próximas duas, três semanas.
03:57E cessar fogo, eu não acredito que vai acontecer do jeito que está sendo discutido, só pela força mesmo.
04:03E nas suas estimativas, professor João Estevam?
04:05Bom, eu também imagino que a gente vai ver um processo de escalada dessa tensão,
04:10não somente pela própria relação entre Israel e o Irã, como também é importante lembrar, né?
04:15Existem outros fatores envolvidos nesse processo.
04:18Os veatores armados não estatais, aliados do Irã, né?
04:22A gente está falando aqui não só do Hamas, mas também do Respolar, falando também dos rebeldes utis também,
04:26que inclusive já desferiram um ataque, embora tenha sido aceptado pelo sistema de defesa anti-air israelense.
04:34Ainda assim, foi um ataque feito pelo IEM, então a gente está vendo aí um processo que está começando também
04:40a se desenrolar para outras regiões, que já começou, na verdade, né?
04:43Então, totalmente de acordo, o que a gente deve ver nas próximas semanas é um aumento das tensões regionais.
04:49Quais são as suas expectativas, comandante Farinazo?
04:52Wander, eu vou falar uma coisa para você.
04:55Volta aquele homem.
04:56Em off, o senhor falou para mim que não eram otimistas.
04:58Não, não sou mesmo.
04:59É bem pior agora do que eu vou falar.
05:01Eu acho que quem está no comando de toda essa situação, quem poder resolver é o Donald Trump.
05:06E eu vou te dizer uma frase que espero que não se torne assim, que a gente não seja lembrado por ela.
05:15Não existe situação ruim que Donald Trump não possa piorar.
05:19É o que eu penso.
05:20E para você, Maurício Felberg?
05:23Eu já sou um pouco mais otimista por natureza.
05:25Por quê?
05:25Porque eu penso sempre que há um caminho, assim, o mundo comparado hoje com o que ele era há 100 anos atrás, há 500, há 5 mil, o mundo vem melhorando.
05:35Então, eu penso sempre que o mundo está em evolução.
05:37Óbvio que os personagens que são responsáveis pela condução dos processos precisam se entender para resolver.
05:43As previsões, o professor Alexandre foi claro, eu concordo com ele.
05:46Eu acho que dificilmente se resolve com acordo, porque não são as duas partes que querem efetivamente conversar e fazer acordo.
05:53Então, eu imagino que essa série que já vem se arrastando, esse seriado, que vem se arrastando há várias temporadas,
05:58deve, infelizmente, estar indo para mais temporadas com variações sempre sobre o mesmo tema, aquilo que nós falamos já depois do 7 de outubro.
06:05A gente estava antevendo que o Ira estava por trás de tudo, agora, pelo menos, essa carta foi aberta.
06:10Espero que termine rápido, mas não é coisa para se resolver antes de algumas semanas ou meses.
06:15O Felberg, deixa eu só aproveitar o seu otimismo por uma outra questão também, que eu ouvi muito ao longo dessa semana,
06:21ao conversar com vários moradores, cidadãos israelenses, que estão nessas regiões atingidas.
06:27Eles ainda falam sobre o resgate dos reféns.
06:30Esse é um ponto principal. E você acredita que essa operação será bem-sucedida depois de todo esse aumento de tensão,
06:39que agora também acaba se encaminhando para uma disputa entre Irã e Israel?
06:43Sim e não. Sim, porque já se recuperou, pelo menos alguns reféns, já se recuperou corpos, o que se lamenta muito de outros,
06:52e não porque não foi 100% de sucesso.
06:54Mas é uma situação que é muito cara para o governo israelense, porque são vidas que estão lá,
07:00que estão sequestradas. Enfim, é algo que também está pendente de resolver e é uma ferida aberta que deixa muita dor e muito sofrimento.
07:07O que vamos assistir nas próximas horas, no seu ponto de vista, Troviec?
07:11Guerra é sempre uma tragédia. Tem muitos israelenses sofrendo, tem iranianos sofrendo.
07:16Eu gostaria de ver isso parar o mais rápido possível.
07:19Mas eu sou cautelosamente otimista.
07:21Eu acredito que, no sentido de que, após essa... tem uma coisa pior do que guerra hoje.
07:27É guerra para sempre.
07:29E tem uma coisa pior que guerra para sempre, que é guerra nuclear.
07:32Então, se o Irã realmente vai ter o seu programa nuclear adiado,
07:36significa que vai ser quatro ou cinco países da região que vão adiar também seus programas nucleares,
07:41é menos arma nuclear.
07:41Eu acho que a gente está numa situação... eu traço muitos paralelos até com a própria Alemanha de Hitler.
07:47Na época de Hitler, o único jeito de tirar os nazistas do poder foi na pancada.
07:53Não tinha como abaixar as armas e vamos abraçar a árvore e o Hitler vai ficar bonzinho.
07:57Quando você tem uma ideologia fanática, perversa, que quer expandir o seu território,
08:03como, por exemplo, o regime dos Ayatollahs, você tem que fazer frente.
08:06As democracias, os países livres, se a gente quer ter liberdade, o preço da liberdade é a vigilância.
08:12Então, eu acredito que, se Israel realmente conseguir até fazer uma mudança de regime
08:16e vencer essa batalha mais importante de todas, que é a batalha pelo coração do mundo islâmico.
08:22Para onde vai o mundo islâmico?
08:23Vai para o lado que a Arábia Saudita está tentando ir, o Emirado dos Árabes, o lado da tolerância.
08:28Pô, vamos viver em paz.
08:29Olha só, aqui Israel e os judeus vão ter o país deles, que é um povo milenar.
08:33Nós também temos nossos países.
08:34Vamos construir prosperidade.
08:36Essa é uma visão.
08:37A visão do Irã é uma visão apocalíptica, de financiar terrorismo, de explodir Israel,
08:42de atacar primeiro Israel, porque estão mais perto, mas depois Estados Unidos, depois
08:46o mundo ocidental.
08:47Todas as liberdades que você que está me assistindo ama, é tudo que o Irã quer destruir.
08:52Então, Israel é o primeiro obstáculo, mas não vai parar em Israel.
08:56A queda do Irã, eu acho que é uma boa notícia, se ela acontecer, é uma ótima notícia
09:00para todo mundo que quer ver prosperidade e liberdade.

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