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O senador paraense Zequinha Marinho (Podemos) defende ações para acelerar projetos que beneficiem o desenvolvimento do setor produtivo estadual e nacional. Para combater a morosidade nas decisões que bloqueiam o avanço de novos empreendimentos, ele criou duas frentes parlamentares no Senado em defesa da exploração de petróleo na Margem Equatorial e de investimentos na mineração. A principal crítica do parlamentar é a favor de decisões que visem o progresso, com mais análises técnicas e menos embates ideológicos.

Repórter: Maycon Marte

Imagem: Carmem Helena

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Transcrição
00:00Olá, os espectadores de O Liberal, agradeço a companhia de vocês e também agradeço a companhia do senador Zequinha Marinho,
00:05que nós vamos conversar hoje, para tratar sobre os projetos que favorecem o desenvolvimento e a economia do Estado.
00:12E, para começar, nada melhor do que falar sobre um dos projetos que já ali caminha há bastante tempo,
00:20desde 2014, acredito, que é o caso da Ferrogrão, que pretende favorecer principalmente a produção de grãos aqui no Estado,
00:27porque ele facilitaria esse escoamento da produção do Mato Grosso...
00:32E também do Pará, né?
00:33E também do Pará, até ali no porto de Miritituba, de onde a produção escoaria.
00:38Queria que você avaliasse um pouco tanto o projeto quanto as bonanças que a gente pode colher com o projeto, só para a gente começar.
00:45Perfeitamente. Primeiro, agradecer a oportunidade de estarmos aqui no Liberal.
00:50E a gente começa pelo projeto mais importante para o Brasil.
00:53Não é só para a região norte, não é só para o que a gente chama de arco norte, aqui de logística, portos, ferrovias, etc.
01:02A Ferrogrão terá uma extensão de 933 quilômetros, nasce lá em Sinop, no Mato Grosso,
01:11e vem até Itaituba, na vila de Miritituba, onde estão os portos ali já instalados.
01:17Lamentavelmente, ela tem uma gama de adversários muito fortes, muito, muito pesados,
01:29mas é um projeto que eu não vejo nenhum defeito, até parece aquela brincadeira.
01:34A unanimidade é burra, mas nesse caso não é.
01:37A unanimidade lá é sensata, é natural, espontânea e assim sucessivamente.
01:45Mas, como ela vai, digamos assim, trabalhar para que o custo da produção brasileira na Europa, na Holanda,
01:58em Roterdã, aquela região toda onde desembarca tudo isso,
02:02caia violentamente em função do modal que o ferroviário diminui esse custo,
02:08ela naturalmente tem inimigos fortíssimos.
02:12As ONGs que são financiadas pelo capital no exterior, elas trabalham fortemente
02:20para impedir essas obras estruturantes no Brasil, a fim de que o Brasil não seja tão competitivo,
02:26porque mesmo com a logística difícil como é, rodando de caminhão,
02:31a gente bota quente lá fora e compete muito bem.
02:35E isso preocupa o mercado externo, a Europa é muito diferente do Brasil.
02:40Nós fazemos aqui, por exemplo, uma agricultura tropical,
02:43onde se tem até três safras, até três safras.
02:48Duas é normal, duas é normal, mas dependendo da espécie você tem três safras,
02:55com o mesmo financiamento.
02:57Quer dizer, você tira X no banco para uma safra e termina fazendo duas, três safras.
03:05O custo disso cai muito, o custo de produção.
03:08Na Europa não se faz isso, a janela lá é curta, o clima não permite,
03:14aqui no clima tropical permite isso.
03:17Então, mesmo com a logística difícil, modal rodoviário, caro, complicado,
03:24altamente emissor de CO2, a gente consegue chegar bem lá fora e ser forte nessa competitividade.
03:33Então, um dos grandes adversários do ferrogrão é as ONGs,
03:37ou são as ONGs, financiadas pela produção internacional,
03:43para que a gente não avance aqui.
03:44Essas ONGs, elas terminam se aliando a muita coisa,
03:49se alia a imprensa especializada em denegrir a imagem do Brasil lá fora,
03:55se alia o Ministério Público, que lamentavelmente é grande parte dos nossos jovens procuradores,
04:02eles são muito jovens, a experiência de vida é muito pequena,
04:06e eles são cegos pela lei seca ali.
04:10Não tem uma capacidade de analisar a conjuntura, a questão da relação custo-benefício, não, ali é.
04:19Então, a ONG se alia ao Ministério Público e a ONG se alia ao governo,
04:24que num governo mais à esquerda, como é hoje o governo brasileiro,
04:28tem uma, digamos, uma predileção por esse tema.
04:33E depois vem o tal do lobby, né, das concorrentes, né, das outras ferrovias.
04:42No Mato Grosso você tem ferrovias saindo tanto para o Paraná quanto para São Paulo e Santos, né,
04:48Paranaguá e Porto de Santos.
04:51Essa turma não quer que aumente a vazão aqui pelo lado norte também, né.
04:56Então, você tem ONG, você tem partido político aliado à ONG, né,
05:00e você tem o lobby das grandes empresas do modal ferroviário também.
05:05Onde é que isso caiu?
05:07O PSOL, um partido político muito pequenininho,
05:11mas um partido que atua não na questão eleitoral, na representação,
05:15mas atua fortemente dentro do Supremo Tribunal Federal, né.
05:19E aí questionou a constitucionalidade, né, da questão legal,
05:24de uma medida provisória feita pelo governo Temer
05:26para ajeitar aquela questão onde faz-se uma volta
05:31e lá foi preciso usar alguns hectares.
05:34A área de reserva da terra.
05:35É, a área de reserva, porque ela é feita ao longo da margem da BR, né.
05:42Mas, em determinado ponto, é obrigado a fazer um corte, né,
05:45que é coisa pequena, muito pequena.
05:47E isso foi trabalhado através de uma medida provisória.
05:51Que naquele tempo, né, vamos lá, vamos só voltar na história.
05:55Ministro da Justiça do governo naquele tempo, Alexandre de Moraes.
06:01Né, o governo a quem ele servia, que ele podia ter contribuído para dizer,
06:06olha, não se pode fazer dessa forma, temos que dar um erro formal,
06:10temos que fazer através de um projeto de lei ordinária aqui,
06:13ou complementar, tal.
06:14Não, a coisa rodou, passou, né.
06:19E aí o pessoal questiona isso e ele acata, né, e ele acata.
06:25Achando, tal, que realmente, não sei o que, poxa,
06:27lá atrás tinha uma cabeça e um pensamento completamente diferente,
06:31que aquilo não tinha a menor importância do ponto de vista jurídico.
06:35Agora, tem, né, quer dizer, o lobby das empresas de ferrovia lá dentro do Supremo,
06:45o lobby do partido político aliado às ONGs, que são financiadas, são contra,
06:51prestam serviço para os patrões lá fora, né, termina emperrando um projeto que, para nós, é crucial.
06:58Mas como é que está a movimentação nesse cenário político interno contra essa...
07:03Porque é um empecilho pequeno se a gente considerar que só está sendo criticado um instrumento legal da época.
07:08Se ele for substituído por um que agrade, né, a esses críticos, então o projeto poderia...
07:15Dentro do Tribunal do Supremo tem um comitê, né, de conflitos, ou de solução de conflitos.
07:21Então, o ministro fez um belo relatório, mas na hora, em vez de canetar para liberar para os estudos
07:27e o projeto avançar, ele encaminhou para esse comitê, para o comitê se posicionar.
07:32E a gente tem sofrido muito, em função da morosidade do comitê, em poder soltar isso.
07:38O Brasil precisa disso.
07:39E nós temos gente, quer dizer, gente que é incapaz de avaliar um projeto dessa envergadura,
07:45dessa importância para o país e, principalmente, para a região norte, que é uma região pobre,
07:50uma região que precisa se desenvolver, onde você vê os piores IDHs,
07:54onde você vê índice de progresso de desenvolvimento social péssimo também.
08:01Essas pessoas não têm capacidade, ou pelo menos demonstram não ter capacidade de avaliação, né,
08:07de que a questão da logística, da infraestrutura e de logística é fundamental para o desenvolvimento.
08:12E está lá um projeto enorme, né, importante.
08:17Criei recentemente uma frente parlamentar para trabalhar essa questão ferroviária
08:22ligada ao modelo de autorização, né, baseado no marco legal feito lá atrás,
08:29que no tempo do Bolsonaro, né, na verdade foi durante o governo do Bolsonaro,
08:34mas não tem nada a ver com o Bolsonaro, né, por quê?
08:37Porque a autoria do projeto é do senador José Serra, de São Paulo, do PSDB,
08:41e a relatoria do projeto foi do senador Jean-Paul Prats, do PT, do Rio Grande do Norte, correto?
08:49Então, aconteceu durante o período, mas aconteceu normal.
08:53É um cara de São Paulo, do PSDB, é um cara do PT, do Rio Grande do Norte,
08:57e aprovamos porque é importante para o Brasil facilitar e desburocratizar tudo isso.
09:03No entanto, a gente está vivendo essa dificuldade toda, né, o problema ideológico,
09:07o problema de associações que são, digamos assim, prejudiciais ao Brasil, é muito difícil.
09:16Aqui nós temos uma ONG muito forte, vou te dar um exemplo só assim,
09:20para comprovar isso que eu estou dizendo, chama-se ISA, Instituto Socioambiental.
09:25Tem sede por aqui, por Belém e sede...
09:28Altamira.
09:29E Altamira.
09:30O ISA gastou 11 milhões de reais só na ferrogrão, mobilizando índios, mobilizando...
09:35E lá não passa, não tem nada de jeito na estrada, mas você cria uma confusão em torno disso,
09:42e termina atrasando, enrolando.
09:46O governo hoje quer, o Ministério do Transporte precisa,
09:49está postando todas as suas fichas para que a ferrogrão possa acontecer.
09:55Nós, da política, do Congresso Nacional, estou mobilizando todos os senadores,
10:00principalmente da Amazônia, da região norte como um todo,
10:03para a gente ir para cima, temos que resolver isso.
10:06Enquanto a gente está discutindo ferrogrão aqui no Brasil,
10:09o mundo, nesses últimos 10 anos, que é exatamente esse período da ferrogrão,
10:12construiu 34 mil quilômetros de ferrovia, e nós estamos aqui debatendo o sexo dos anjos.
10:21Se vai ou não vai.
10:23Só para traduzir isso aos espectadores, os números dos primeiros estudos técnicos da ferrogrão
10:27apontam aportes de 8 bilhões para as economias locais entre Mato Grosso e Pará,
10:34que são os estados beneficiados, mas, num número geral,
10:38superariam os 60 bilhões em ganhos socioeconômicos.
10:41O saldo de emprego na estruturação dela, emprego, serviços,
10:49porque o ISS, onde ela passa, ela vai pagar para os municípios, enfim,
10:54deixa um saldo muito positivo para a economia,
10:58e depois você vai ter uma logística que é irreparável.
11:01Vamos analisar isso do ponto de vista ambiental.
11:04Enquanto, por exemplo, num total de 100% de emissão do modal rodoviário,
11:13a ferrovia só emite 23%.
11:17Há uma economia de 77% em emissão de CO2.
11:21Por isso que eu não consigo achar um ponto negativo.
11:24Estava até brincando ainda há pouco.
11:26Não consigo ver.
11:28Lamentavelmente, acontece, porque no Brasil acontece de tudo.
11:32O ministro recebe uma ação do PSOL.
11:37Qual é a representação do PSOL?
11:39Não é verdade?
11:40Mas acatam.
11:41O ministro que enxerga o Brasil e é um servidor público importante,
11:47precisa olhar como esse país depende dessas obras estruturantes para tocar o barco.
11:54Vou te dar mais um exemplo, além do que já dei aqui.
11:56Conhece Barca Arena?
11:58Sim.
11:58Aqui do lado.
11:59Tem uma empresa, Barca Arena, que tem uma estrutura muito boa de portos.
12:05Eu recebi o CEO da empresa aqui no escritório,
12:09anunciando, que é nosso conhecido já há algum tempo,
12:12anunciando o investimento de 1,5 bi,
12:17um bilhão e meio de reais para melhorar as estruturas,
12:21porque a ferrogrão ia acontecer.
12:24Eles pegam essa carga lá, os grãos lá,
12:28trazem para cá, daqui jogam no navio e o navio vai embora.
12:321,5 bi.
12:34Na hora que deu esse problema,
12:36o cara voltou e falou assim,
12:37eu vou ter que esperar, não sei se vai dar,
12:40porque a gente não sabe o fim disso.
12:43Quer dizer, você já pensou,
12:45Barca Arena é da região metropolitana de Belém,
12:47está aqui do ladinho.
12:49Perdeu, nessa brincadeira, só de uma empresa,
12:52uma empresa,
12:53um bilhão e meio de reais de investimentos.
12:56Era o dinheiro que seria derramado aqui,
12:58e geraria emprego, geraria oportunidade, etc.
13:02A Cargill, recentemente,
13:06estava trabalhando um porto aqui do lado de Abaitetuba,
13:10naquela região ali,
13:12anunciou a desistência também disso.
13:16A gente precisa medir,
13:18o ministro do Supremo Tribunal Federal
13:20não pode ser um homem qualquer,
13:23tem que ter capacidade de avaliação
13:24e dos prejuízos que uma decisãozinha lá
13:27pode dar à nação diante disso.
13:31O senhor me deu o gancho para a minha próxima pergunta
13:33e a gente entra no nosso próximo projeto também,
13:35porque o senhor falou sobre as emissões de gás carbônico.
13:40E aí a gente está falando de modais
13:41e cada modal de transporte emite uma quantidade,
13:45maior ou menor.
13:46Menor ainda do que as emissões da ferrovia
13:49são as da hidrovia.
13:50E aí a gente chega na história da hidrovia do Rio Tocantins,
13:53que recentemente o IBAMA autorizou a licença
13:56para iniciar as atividades do derrocamento do Pedral do Lourenço,
14:00que contextualizando também
14:02é a hidrovia que não fica navegável
14:05durante uma parte, um período do ano,
14:07porque o rio seca
14:08e tem as rochas atrapalhando essa passagem.
14:11E esse derrocamento seria exatamente
14:13a explosão dessas rochas.
14:15Mas queria que o senhor avaliasse
14:16os benefícios de toda essa ação
14:18e também fizesse suas considerações
14:20a respeito desse avanço recente
14:21que foi a licença finalmente ter saído.
14:24Acho que o projeto também já se arrasta
14:26mais ou menos no mesmo período que a ferrovia.
14:27Exatamente. Já tem uns 10, 11 anos acontecendo.
14:31Primeiro, voltar só um pouco no tempo.
14:34Você sabe que a usina ali,
14:38a estrutura da barragem,
14:40ela não tinha a eclusa,
14:42que é onde se dá a oportunidade
14:45de não isolar uma parte do rio,
14:48nem a montante, nem as usantes.
14:50Não tinha muita luta para construir.
14:53O governo investiu ali
14:551,6 bilhão de reais.
14:58Um grande investimento.
15:00Para nós aqui, isso é muito grande.
15:02Para preparar,
15:03a fim de que se pudesse utilizar
15:05a hidrovia, fazer a hidrovia,
15:08usar o rio,
15:10que é a coisa,
15:10estava falando da Poucaquê,
15:12que é a coisa mais antiga da história humana,
15:14é você usar rios, água, mar,
15:16como transporte,
15:18como meio para se andar,
15:19para se ir e para se vir.
15:21E hoje, criou-se tanta,
15:24enxerga-se tanta coisa,
15:25até cabelo em ovo,
15:26mas atrasa-se
15:29de forma violenta
15:31esse tipo de coisa.
15:32O que é a derrocagem
15:34do Pedral do Lourenço?
15:36É que no meião do rio,
15:37quando principalmente a água baixa,
15:40você tem algumas pedras
15:42durante um certo período,
15:44parece que uns 30, 35 quilômetros,
15:46pedra aqui, pedra ali.
15:47Essas pedras precisam ser,
15:49digamos assim,
15:51retiradas do canal,
15:53empurradas para uma banda lá,
15:54para um lado, para outro,
15:56para você liberar aqui uma faixa
15:58de 100 metros de largura,
16:00suficiente para uma barcaça
16:03passar para lá
16:04e outra passar para cá,
16:06como se fosse uma rodovia,
16:07um na mão,
16:07outro na contramão,
16:09normalzinho aquele negócio.
16:11Eu me lembro que,
16:11em uma audiência pública
16:12que chamei um tempo desse,
16:14ano passado,
16:14alguém falou de um peixinho amarelo
16:17que só tinha,
16:18não sei aonde,
16:20e onde é que foi localizado
16:22o peixinho amarelo?
16:24Ah, o peixinho amarelo
16:25foi localizado na beira do rio,
16:27nas pedras ali.
16:27Eu digo, olha,
16:28não vai ter problema nenhum
16:29com o peixinho amarelo.
16:31O rio Tocantins
16:32é um rio bem largo,
16:33bem grande.
16:35Ele vai continuar tranquilo.
16:37A desobstrução é só no meio do rio,
16:41no canal,
16:42e não passa de 100 metros,
16:44só isso.
16:45O resto não se mexe absolutamente em nada.
16:49Porque a compreensão,
16:50principalmente da juventude
16:51e das pessoas bem mais simples,
16:54é que essa derrocagem
16:56seria detonar com tudo quanto era pedra,
16:59que realmente são muitas.
17:01Uma margem ou de outro rio
17:02tem muitos pedrais.
17:03e eles achavam que era exatamente isso.
17:06Mas não é isso.
17:07É só você alinhar,
17:09ajeitar aqui o meião,
17:10para poder a barcaça passar para lá.
17:13E a barcaça tem um calado
17:15muito simples.
17:18Um calado aí de 2, 3 metros
17:20já passa a barcaça carregada,
17:22que ela é uma chata.
17:23Ela não é igual o navio,
17:25que é bem mais profundo
17:26no seu casco.
17:29Por exemplo, agora no inverno,
17:30que não foi tão grande,
17:31o rio não estava assim tão cheio,
17:33mas já tinha gente embarcando
17:34grãos em Marabá
17:36e mandando para a barca arena aqui.
17:38Nessa hidrovia.
17:39É, sem usar,
17:41sem ainda necessitar
17:43de fazer a derrocagem,
17:45de tirar as pedras.
17:46Porque o rio estava cheio.
17:48Então o cara ia desviando
17:49e passando.
17:51E o Antônio Carlos fez
17:53vários embarques.
17:54Eu estive lá no primeiro embarque,
17:56um cara assim, visionário,
17:57muito lutador.
17:59Ele fez isso.
18:00Quer dizer,
18:02a gente vive hoje
18:03naquele problema
18:04da pressão sobre
18:05emissão de gás carbônico.
18:08Na hora que você tem
18:09uma oportunidade
18:10de você diminuir isso
18:12violentamente,
18:13quantos caminhões,
18:14uma barcaça,
18:16tira de circulação
18:17emitindo
18:1724 horas
18:19CO2
18:20produzido por
18:21combustível fóssil.
18:23Quando você reduz isso
18:24apenas para um rebocador.
18:26eu tiro 400 caminhões,
18:29250, 300, 400 caminhões
18:31e ligo apenas um.
18:34É uma redução violenta.
18:36A gente falou um pouco
18:37da ferrovia,
18:39que nesse caso ali
18:40de Miritituba,
18:42a Sinop economizaria
18:4477% de emissões.
18:48Aqui você cai para
18:4910, 15%.
18:51Então,
18:52como é que eu sou
18:53uma ONG ambiental?
18:55Como é que eu sou
18:56um IBAMA?
18:57Como é que eu sou
18:58alguém que trabalha
19:00com isso?
19:00E sou contra.
19:04Ou eu não entendo
19:05de nada,
19:05não sei de nada,
19:07completamente ignorante
19:08sobre o que eu estou discutindo,
19:10ou eu não estou sendo
19:11correto
19:12nos meus posicionamentos.
19:14A hidrovia vai facilitar
19:15e são mais de 500 quilômetros
19:17que serão...
19:19A gente vai ter um...
19:21Não sei se você
19:21anda de carro por aí,
19:23mas eu ando muito de carro.
19:25Além, não tem estrada
19:25que dê conta,
19:26as nossas estradas
19:27não são as estradas
19:28de padrão nacional,
19:30são estradas
19:30bem mais simples.
19:32Os acidentes
19:33são frequentes,
19:35é um caminhão
19:35atrás do outro.
19:36Os perigos
19:37de quem trafega
19:39em carro pequeno
19:39é um negócio
19:40constante.
19:42Então, a gente,
19:43além de baratear
19:44o custo do transporte
19:46em mais de 500 quilômetros
19:47para chegar aqui no porto,
19:49aí quando o cara
19:50chega aqui no porto,
19:51tem que passar
19:51não sei quantos dias
19:52estacionado ali
19:53para chegar a hora
19:54de despejar a carga,
19:58de desembarcar
19:59a mercadoria.
20:01Tudo isso acaba
20:02de uma hora para a outra.
20:04Facilita,
20:05é inteligente,
20:05é prático,
20:06é sustentável,
20:07isso ajuda o Estado
20:09a avançar,
20:10isso baratia custos,
20:12enfim,
20:13a gente só precisa
20:14acordar,
20:15porque nós estamos
20:16nos embaralhando.
20:18Meu pai falava
20:18um negócio engraçado,
20:20uma vez eu estava
20:21enrolado com alguma coisa,
20:22ele falava assim,
20:23ei rapaz,
20:25estás enrolado
20:26no cabelo das pernas?
20:28Vira,
20:29bora produzir,
20:30bora avançar.
20:31Tem hora que você,
20:32a gente precisa acordar,
20:34a gente está dando
20:35importância a coisas
20:36ínfimas,
20:37sem importância
20:39e prejudicando
20:40algo importante,
20:41significativo.
20:43Por exemplo,
20:44o Pará,
20:45até um tempo desse,
20:45era um Estado
20:46com 4, 5 milhões
20:47de habitantes,
20:48hoje nós estamos
20:49fechando 9 milhões.
20:51E o senhor sabe
20:52que essa história
20:53do Pedraldo Lourenço,
20:54apesar de ter ganhado
20:55esse novo capítulo
20:56com a licença ambiental,
20:58a licença ambiental do IBAMA
20:59autorizando o derrocamento,
21:01ganhou um novo agora,
21:03porque o DENIT
21:04está propondo
21:04retirar 90 milhões
21:06do recurso
21:06que seria destinado
21:07para a realização
21:08dessa atividade
21:09e enviar para uma obra
21:11num porto de Manaus.
21:13A justificativa
21:14principal
21:15é de que demorou demais
21:16esse licenciamento
21:17para sair,
21:18só que ele já saiu.
21:19Então,
21:21como é que o senhor avalia
21:22essa movimentação?
21:23Bom,
21:24é importante,
21:25uma informação nova.
21:27Importante a gente
21:27levar em consideração
21:28que a licença
21:29de instalação
21:30já é para a empresa
21:31começar a trabalhar.
21:32Não é?
21:33quer dizer,
21:34a de operação
21:34vem logo em seguida,
21:35porque na hora que você
21:36começar a tocar a obra,
21:38em função da primeira,
21:41da prévia,
21:42da de instalação,
21:44a de operação
21:45é imediata.
21:47Você já pode
21:47contar com ela
21:48e o IBAMA
21:49já vai te dar.
21:50agora,
21:51essa é uma decisão
21:52também política,
21:53a gente precisa ver isso
21:54de forma bem clara,
21:57porque,
21:57de repente,
21:58não,
21:59vamos lá,
22:00como é que acontece?
22:02Quanto que a empresa
22:03que vai fazer
22:04a derrocagem lá,
22:06o derrocamento,
22:08vai gastar
22:09durante o ano
22:10de 2026
22:11ou então
22:12segundo semestre
22:13de 25,
22:15né?
22:16E 26,
22:17ou até...
22:18Um ano e meio aí.
22:19Um ano e meio,
22:19ou então até no ano
22:20que vem,
22:21mês de julho
22:22do ano que vem.
22:23Um ano,
22:23hipoteticamente.
22:25O que ela vai poder
22:26gastar
22:26em toda
22:27força de operação
22:29é X.
22:31E tem um valor
22:32grande aqui,
22:32eu posso remover
22:33esse valor
22:34que vai exceder
22:35o que ela vai gastar
22:36e vou trabalhando
22:37em outra obra,
22:38né?
22:39Para poder
22:39não parar
22:40aquela de lá também.
22:42Mas se isso
22:42não for feito
22:44dessa maneira assim,
22:45o governo vai arrumar
22:46uma confusão conosco.
22:48Aliás,
22:48já arrumou.
22:49Porque a gente
22:50não vai perdoar isso.
22:51Absolutamente.
22:53Porque não vamos
22:53comprometer uma obra
22:54que está aqui
22:55no gatilho
22:56só dependendo
22:57de licenciamento
22:57há 10 anos,
22:59né?
23:01E agora que
23:01sai a possibilidade
23:04da execução
23:05da obra,
23:05você tirar
23:06a gasolina
23:07do motor.
23:08E a justificativa
23:09não se sustenta
23:09aparentemente, né?
23:11Porque se a gente
23:11considerar que,
23:12tudo bem,
23:12lá a obra
23:14desse porto em Manaus
23:14já estaria pronta
23:15para entrar em atividade,
23:16mas a gente
23:17acabou de receber
23:17a licença,
23:18então não tem
23:18porquê atrasar.
23:19Nós vamos
23:20checar isso,
23:21Maico,
23:21porque é muito
23:21importante.
23:23É muito importante
23:24a gente saber
23:24disso há tempo,
23:26porque não dá
23:28para...
23:29Não é que é
23:29descobrir um santo
23:30para tentar
23:31cobrir o outro,
23:32termina não ficando
23:33nenhum santo
23:34coberto, né?
23:36E aí a gente
23:37chega agora
23:37num terceiro projeto
23:38que eu acho
23:39interessante
23:40e talvez seja
23:41um dos mais atuais,
23:43porque a discussão
23:45ela não explodiu
23:46tem tanto tempo
23:47a respeito
23:48de margem equatorial.
23:49Queria aí a sua avaliação
23:50porque a gente
23:51falou aqui
23:51sobre a modais
23:53que reduzem,
23:54por exemplo,
23:55impactos ambientais
23:56emitindo menos gases
23:57do efeito estufa.
23:59E a gente está
24:00aqui na sede
24:01da COP30,
24:01no ano da COP30
24:02e falar de margem equatorial
24:05também intercala
24:05com falar
24:06de transição energética.
24:07E aí eu queria
24:08que o senhor avaliasse
24:09por que esse discurso
24:11precisa avançar,
24:12por que essa exploração
24:13precisa avançar,
24:14em que pé que isso está
24:15e quais são as movimentações
24:16políticas que vocês
24:17também estão agilizando,
24:19estão pressionando
24:20dentro da Câmara,
24:22do Congresso,
24:23do Senado?
24:24Como dizia
24:24a gente quando era
24:26menino em casa,
24:27vamos começar pelo começo,
24:28né?
24:28É redundante,
24:30mas essa é a verdade.
24:31O Brasil
24:32precisa disso.
24:34A Petrobras
24:34tem um planejamento
24:36de prospecção
24:38de novas áreas
24:39para a exploração
24:41de petróleo.
24:43Então,
24:43nós temos aqui
24:44condições de trabalhar
24:45até 2032,
24:47entendeu?
24:48Com o que tem.
24:49Se a gente não descobrir
24:50novas minas,
24:53novas áreas
24:54de petróleo
24:54e para ir
24:56trabalhando
24:57a exploração
24:57daquilo,
24:58na hora que terminar,
25:00o que nós temos hoje,
25:02nós vamos ficar
25:02com dependência
25:03internacional
25:04de petróleo.
25:06Então,
25:06não é uma questão
25:08da margem equatorial
25:09isolada,
25:11interesse do Pará,
25:12do Amapá,
25:13do Maranhão,
25:14não.
25:14É o interesse
25:15do Brasil,
25:17correto?
25:17Começa por aí.
25:18O começo
25:19de toda essa discussão
25:20não é apenas
25:21o interesse nosso aqui,
25:23o interesse nacional.
25:25A gente depende disso.
25:26O pré-sal
25:27demonstra
25:28uma vida
25:30que não está tão longa,
25:31não.
25:31Está perto ali
25:31do final.
25:32É um recurso finito,
25:33não é?
25:33É de onde se tira
25:34aqui,
25:35não bota mais,
25:36vai, vai, vai,
25:37vai estourando.
25:39Então, a gente precisa disso.
25:40Esse é o ponto número um.
25:42Dois,
25:42a gente precisa
25:43passar isso a limpo,
25:46porque, de repente,
25:47você espera uma coisa
25:48e não é tudo aquilo.
25:50Mas,
25:51a expectativa,
25:53e está na mesma região
25:54da Guiana,
25:55da onde nós queremos
25:56explorar,
25:57até os portos,
25:59os poços
26:00da Guiana,
26:01dá 50 quilômetros.
26:02isso é nada.
26:04E, se nós não explorarmos,
26:06a Guiana vai chupar isso
26:07via canudinho.
26:09Entendeu?
26:10É,
26:10porque,
26:11não sei se você conhece
26:13alguma área agrícola,
26:16eu aprendi isso,
26:17vi isso,
26:18porque, assim,
26:18poxa vida,
26:19o pessoal é inteligente.
26:21A área é encharcada,
26:22muita água,
26:23eles precisam tirar
26:24aquela água,
26:25então,
26:26eles fazem uns drenões,
26:27pegam uma PC,
26:29aquela do pescoço
26:30grande,
26:31e ela vai tirando aquilo.
26:33Ela faz aí
26:34mais ou menos
26:3580,
26:3770 centímetros
26:38de largura
26:39por um metro e pouco
26:40de profundidade.
26:42Enorme,
26:43comprido,
26:44aquilo.
26:44Aí dá uma distância
26:45e faz outro.
26:46Daí,
26:47alguns dias,
26:48toda aquela área
26:49lagadiça
26:49está enxuta.
26:50Por quê?
26:51Porque,
26:52tanto para um lado
26:54quanto para outro,
26:54aquilo vem
26:55para dentro da vala,
26:57para dentro do dreno.
26:59Não é diferente
27:00no subsolo
27:01aqui embaixo.
27:02O cara está
27:03explorando petróleo
27:04perto de você,
27:06se você não se cuidar,
27:07o seu petróleo
27:07vai para lá,
27:08ele vai vazar para lá.
27:10A gente chama isso
27:11de efeito canudinho,
27:12o cara puxa
27:13aqui.
27:15Bom,
27:16todos nós sabemos
27:17que o petróleo,
27:19que o combustível fóssil,
27:21o futuro
27:22não está assim
27:22tão longo
27:23pela frente.
27:24Você falou aqui
27:25de transição energética
27:26e ela está acontecendo.
27:28O Brasil,
27:29então,
27:29é campeão
27:30em alternativas
27:31disso.
27:33Daqui 50 anos,
27:34certamente,
27:36pouco vai se falar
27:37em combustível fóssil.
27:39É o que eu vejo,
27:40é o que eu sinto.
27:41Então,
27:42enquanto isso
27:43está valendo alguma coisa
27:44e a gente tem,
27:46e há uma necessidade
27:47econômica e social
27:48aqui nessa região,
27:50muito grande,
27:52bora explorar,
27:53bora buscar isso,
27:54transformar isso
27:55em qualidade de vida
27:55e financiar
27:57os investimentos
27:58que a gente precisa
27:59para a transição energética.
28:01Com o recurso do...
28:02Claro,
28:03com o recurso,
28:04com o recurso.
28:05Isso é um...
28:06Como diz o...
28:08Não,
28:08o pessoal da região
28:09centro-oeste ali,
28:11isso é um trem bom
28:11para todos os lados,
28:14né?
28:14Para todos os lados.
28:16Isso é bom
28:16para o Brasil,
28:17que precisa de petróleo,
28:19o seu planejamento
28:19está demonstrando isso
28:21na prática,
28:22e isso é bom
28:22para o Pará,
28:25para o Amapá,
28:26porque os efeitos
28:27econômicos
28:27e com impacto social
28:29também serão bons,
28:31correto?
28:32E, por último,
28:34é bom para a transição energética,
28:35porque nós precisamos
28:36de dinheiro
28:36para financiar
28:37outras alternativas.
28:39Então,
28:39não vejo problema.
28:41E aí, por último,
28:41só para mim,
28:42fazer uma conclusão
28:43do raciocínio,
28:44a Petrobras
28:45é uma empresa antiga,
28:47né?
28:47E eu não tenho...
28:48Olha que...
28:49Sou muito mais velho
28:50do que você,
28:51você é meu neto.
28:53Eu nunca ouvi falar
28:55que a Petrobras
28:56tenha deixado
28:57acontecer
28:57algum vazamento,
28:59que a Petrobras,
29:00em determinado momento,
29:02foi responsável
29:03com isso,
29:03com aquilo,
29:04e a Petrobras
29:05causou
29:05um acidente
29:07ambiental.
29:10Se você,
29:11se eu,
29:11nessa idade,
29:12nunca ouvi falar disso,
29:14quanto mais você
29:15quer dar geração aqui,
29:16é jovenzinho.
29:18Então,
29:18a Petrobras
29:18é uma empresa madura,
29:20porque esse medo
29:21pode acontecer...
29:22Bom,
29:22pode acontecer
29:23um acidente.
29:24Um acidente,
29:24a gente sai ali
29:25para dar uma volta
29:26na rua,
29:27o carro pode pegar a gente.
29:29Não é verdade?
29:30São acidentes.
29:31Agora,
29:31não vejo a Petrobras
29:32cometendo
29:33esse tipo de coisa,
29:35porque eu reputo
29:37a Petrobras
29:38como uma das vezes
29:38mais competentes
29:39do mundo
29:40e mais sustentáveis
29:41do mundo,
29:42não só em águas rasas,
29:44mas também
29:44em águas profundas,
29:46explorando com muita competência.
29:48Por que
29:48não dá essa licença?
29:50Qual é o problema?
29:51Se você tem
29:52ali pertinho de você
29:53alguém trabalhando,
29:55se você vê
29:55a situação da Guiana,
29:57o PIB da Guiana,
29:58a mudança de vida
30:00do povo da Guiana,
30:02é de fazer inveja
30:04para qualquer um.
30:05Aí você não quer.
30:06Eu não vejo isso
30:07como razoável,
30:09como sensato.
30:10Eu acho que é
30:10uma das piores
30:11insensatezes
30:12que a gente pode cometer
30:13não explorar esse petróleo.
30:15aqui na região
30:16a gente tem também
30:17a mineração
30:19muito forte.
30:20A gente falou
30:20de produção de grãos,
30:22projetos de deslocamento
30:23dessas produções.
30:25Queria que o senhor falasse
30:25também
30:25o que tem acontecido
30:27ali
30:27nesse núcleo político
30:29de Câmara,
30:29Senado,
30:30Congresso,
30:31em prol disso.
30:32Por exemplo,
30:32tem alguma movimentação
30:34da bancada paraense,
30:35algo nesse sentido,
30:35para impulsionar
30:36a mineração também?
30:37Porque a gente está falando
30:38aqui agora
30:39por construção energética,
30:40de recursos que são finitos.
30:42e a mineração pode
30:43beber um pouco
30:44dessa fonte,
30:45sofrer um pouco
30:45com esse impacto
30:47da transição energética,
30:48se a gente pensar
30:49que também não é uma coisa
30:50que está ali brotando
30:51o tempo inteiro.
30:53Só lembrando,
30:54eu fiz duas frentes,
30:56já provei,
30:56agora estamos só
30:57captando apoio
30:58e assinaturas
30:59e vamos mobilizar.
31:01Uma é com relação
31:02ao petróleo.
31:04Eu vou...
31:06Já foi criada,
31:07já foi aprovada
31:07no plenário do Senado,
31:09frente parlamentar
31:10em defesa da exploração
31:11de petróleo
31:11na margem equatorial.
31:13Nós vamos para cima disso,
31:15todos os senadores
31:15da região norte,
31:17mas todos aqueles
31:18que quiserem participar.
31:20No dia que eu apresentei
31:21isso na Comissão
31:22de Infraestrutura,
31:23era mais quem queria
31:24assinar o requerimento.
31:26Eu digo,
31:27não, assina aqui,
31:28mas o que vai precisar
31:29realmente
31:29é na formação da frente.
31:32Essa já tem quantas
31:33assinaturas até agora?
31:34Acho que tem lá,
31:35no dia que a gente apresentou,
31:37foi só o tema,
31:37o requerimento,
31:38só basta uma assinatura
31:39ou duas.
31:40Mas tinha umas 10 ou 12
31:41dos caras que estavam lá,
31:43dos senadores que estavam lá,
31:43todo mundo queria,
31:44não, é isso mesmo,
31:45vamos lutar por isso.
31:46Então, agora eu vou
31:46chamar esse povo,
31:47vamos fazer um investimentozinho
31:49lá num café da manhã,
31:51correto,
31:51para chamar essa turma
31:52e dizer,
31:52olha,
31:53vamos distribuir tarefas,
31:55quem é que pode ir por aqui,
31:56quem é que pode ir por ali,
31:58e nós temos que fazer isso.
31:59Nós não podemos deixar.
32:00nos preocupa muito a COP30
32:02nesse aspecto,
32:04não é?
32:05A COP30 é uma conferência
32:06restritiva à produção,
32:09não é?
32:10Num país democrático,
32:11os caras vêm,
32:12fazem o maior auê,
32:13não é?
32:15Os caras, no caso,
32:17seriam os movimentos sociais.
32:18Os movimentos sociais,
32:19as ONGs,
32:20como é o nome daquela menina,
32:21Greta?
32:22Thunberg.
32:22É.
32:24A Greta faz tempo que sumiu.
32:26Por quê?
32:26Porque as COP têm sido
32:27em países não democráticos.
32:30Entendeu?
32:31Se ela for fazer alguma zoada,
32:32ela fica lá,
32:34vai ser presa.
32:36Mas tu duvida que a Greta
32:37não vem para cá?
32:39A Greta vem para cá.
32:40Tem uma plataforma mais...
32:42Não, aqui tem liberdade,
32:43pelo menos uma liberdade.
32:47Vamos lá.
32:49A Marina Silva,
32:50com a USP,
32:51um bocado de gente,
32:53está trabalhando aí,
32:55sorrateiramente,
32:56apesar das críticas,
32:57dos discursos que a gente faz,
32:59a criação de um parque marinho
33:00que pega toda essa margem equatorial.
33:04Correto?
33:05Desde lá na divisa com a Guiana,
33:07passa aqui em frente,
33:09e sobe e vai até a divisa
33:11das águas de Piauí com o Ceará.
33:15Correto?
33:15São 35 milhões de hectares
33:18nessa margem.
33:21Um parque marinho
33:22entendido?
33:25Se acontecer, por exemplo,
33:26aparecer na mesa
33:28para o Lula assinar um decreto desse,
33:31a gente vai ter que fazer um PDL,
33:33PDL é um treco que a gente faz
33:35no parlamento
33:36para anular a ação administrativa
33:38do governo.
33:39O que seria o PDL?
33:40A sigla?
33:41Projeto de decreto legislativo,
33:43que anula decisões do Executivo.
33:46Esse dia foi obrigado
33:47a aprovar um lá também,
33:49porque a insensatez
33:50estava acima do razoável.
33:54Foi com relação às terras indígenas
33:56em Santa Catarina.
33:59Santa Catarina?
34:00É.
34:01Santa Catarina tem alguns municípios
34:02que, além do município perder
34:05a terra para a reserva indígena,
34:09os produtores também todos.
34:10você tinha a escritura de terra lá
34:12com 130 anos.
34:14Se há 130 anos
34:16não tinha índio naquele lugar,
34:18gerações de produtores,
34:21que eles são todos descendentes
34:22de alemães,
34:23de poloneses,
34:24de italianos,
34:25pessoal que vivem
34:26na terra a vida toda.
34:27O filho passa...
34:29O meu pai passa para o filho,
34:30que passa para o outro,
34:31que passa para o outro.
34:32Quer dizer,
34:33e aí de repente
34:34quer transformar isso
34:35em uma terra indígena,
34:36nós aprovamos um marco temporal
34:37para terras indígenas
34:38e o governo não respeitou isso.
34:40Quer dizer,
34:41enfrentou o Congresso Nacional.
34:43Além de estar cometendo
34:44uma injustiça social descabida
34:47com relação aos produtores,
34:49todo mundo documentado,
34:5190, 80, 100, 120, 130 anos.
34:54Pô, para com isso.
34:55Para com isso.
34:56Essas frentes aqui
34:57estão pensando nesse tipo de movimentação?
34:58Não, não.
34:59Essas frentes não trabalham isso.
35:02Essa frentes quer produzir petróleo,
35:04não é verdade?
35:05Quer que o progresso aconteça,
35:08e quer que outros temas
35:10na área da economia avance.
35:12Isso aí é uma discussão jurídica pesada,
35:15que tem que ser colocada em prática.
35:17Então, só dizer para você
35:18que se vier a acontecer
35:21um decreto,
35:22que o Lula assine
35:23criando esse parque marinho aí,
35:26porque aí até a pesca
35:27vai ser impactada.
35:31Você sabe que
35:31essa margem aí toda
35:33é, digamos assim,
35:35é um celeiro de vida econômica.
35:38A pesca,
35:38o nosso caboclo da vigia
35:42vai pescar em águas do Amapá.
35:45Ele sai daqui,
35:46aqui,
35:47aqui em Belém.
35:49Pessoal de vigia,
35:50pessoal de Bragança,
35:52pessoal de Augusto Correa,
35:54os pescadores
35:54se mandam.
35:56Se faz um negócio desse aí,
35:58você vai ver
35:58o volume de restrições
36:00que a gente teria
36:01até para a pesca.
36:02pensar em petróleo,
36:04exploração de petróleo
36:05nessa região,
36:06nunca mais.
36:07Nunca mais, quer dizer,
36:09o Congresso teria que
36:10ir para cima
36:11numa ação radical
36:13para cancelar,
36:14através de um PDL,
36:15um decreto louco desse.
36:17Mas isso,
36:18a gente está trabalhando,
36:19resistindo,
36:21porque isso é parte
36:22da questão ideológica
36:23daqueles que lideram
36:26a política ambiental brasileira.
36:27E aí o senhor falou
36:28da frente do petróleo
36:29e a outra seria de mineração.
36:30Exatamente.
36:31Entendo.
36:32E aí tem um outro projeto,
36:35uma outra movimentação
36:37que reúne todos esses projetos
36:39que a gente estava conversando
36:40um pouco
36:41antes da gente começar
36:42a entrevista de fato,
36:44que é sobre o marco
36:44do licenciamento ambiental.
36:46Tudo que é feito
36:47precisa de licenciamento ambiental,
36:49seja rural,
36:49seja urbano.
36:51Eu queria que o senhor
36:51comentasse um pouco
36:52sobre os avanços
36:53que estão acontecendo
36:53em torno desse projeto de lei.
36:55Primeiro sobre a questão,
36:56a legislação atual,
36:58que é um maranhado,
37:00uma serra
37:01que você não consegue
37:03chegar ao fim.
37:04Isso burocratiza e atrasa.
37:07O Brasil,
37:09se você for, por exemplo,
37:10digamos que você assumisse
37:12o governo do Estado do Pará
37:13hoje,
37:14me perguntasse aqui,
37:15amanhã eu amanheço governador
37:17e eu preciso gerar emprego,
37:20desenvolvimento,
37:21tem muita gente desempregada,
37:239 milhões de habitantes,
37:26renda per capita baixíssima,
37:28a gente é um momento de dificuldade.
37:32Onde é que eu vou?
37:33Vou na Fiesp, em São Paulo,
37:35vender ideia de projetos aqui?
37:37Não, vai para dentro da SEMA,
37:39ali,
37:40Secretaria de Meio Ambiente.
37:42Vai lá.
37:43Chega lá,
37:43manda levantar os 100 maiores projetos
37:45engavetados que estão lá dentro
37:48por falta de licenciamento ambiental.
37:51Faça um mutirão
37:51e mande licenciar.
37:52Chame os caras de volta
37:53para ressuscitar essas ideias
37:57e esses projetos.
37:59Não está lá fora o problema.
38:00O problema está aqui dentro.
38:01São outros projetos como esses
38:03que a gente tem?
38:03Não!
38:04São toneladas de projetos
38:05que morrem na gaveta.
38:08A Secretaria de Meio Ambiente
38:10dos Estados,
38:12dos Municípios
38:13e o IBAMA,
38:14que é o licenciador nacional,
38:16é o maior cemitério de projetos.
38:19Correto?
38:19Por quê?
38:20Porque morrem na questão ambiental.
38:23Acabei de contar naquela hora
38:24que a gente estava conversando aqui
38:26sobre a BR-319,
38:28que liga Manaus,
38:29Porto Velho,
38:30o Amazonas,
38:32a Rontônia.
38:35Licenciamento para uma rodovia
38:36que já foi aberta,
38:38já causou o impacto ambiental
38:40que tinha que causar.
38:41Por que eu não dou licença
38:43para o negócio?
38:44Ah, porque a lei não sei o quê,
38:46porque a portaria não sei o quê,
38:47porque a instrução normativa,
38:49porque o decreto,
38:50porque...
38:51Bora pegar tudo isso,
38:53tirar o que presta,
38:54botar aqui
38:54e jogar o resto
38:55no lixo
38:57e aprovar alguma coisa decente.
39:00E não permitir
39:01que a questão infraconstitucional
39:04ou infralegal,
39:05porque os caras vão trazendo
39:06coisa de fora para dentro.
39:08Ah, mas não está bom,
39:10bora fazer aqui
39:11uma instrução normativa,
39:12vamos fazer uma resolução,
39:14vamos fazer uma portaria
39:15e aquilo que era
39:16um negócio enxuto
39:17termina virando
39:19um problemaço
39:20e complicando
39:22o andamento
39:23dos projetos de licenciamento.
39:25Então, agora,
39:25a gente vai ter que
39:26dar uma corrida
39:27contra o tempo.
39:28A rodovia já foi aberta,
39:30já foi,
39:30está tudo bem,
39:31tudo bem.
39:31O licenciamento agora
39:33é o mais simples possível.
39:34é mais uma informação
39:37do que um pedido
39:38de licença,
39:40porque senão,
39:41qual é a lógica que tem
39:42licenciar alguma coisa
39:43que já foi feita,
39:44já foi aberta,
39:45o que tinha de impactar
39:46já impactou,
39:47agora só porque
39:48acho que se asfaltar
39:50a rodovia,
39:51alguém vai andar
39:52pela rodovia
39:53e pode fazer
39:55uma lavoura
39:56e a reserva
39:58bota para fiscalizar,
40:00cadê o satélite?
40:01O satélite mostra isso
40:03de uma hora para a outra,
40:04vai lá e pega o cara,
40:06prende,
40:06faz o que quiser com ele,
40:07ele é criminoso,
40:08ele está invadindo
40:09uma reserva.
40:10Então,
40:11eu festejo muito
40:13aquilo que o Senado
40:14fez recentemente,
40:16simplificando o máximo,
40:18certo?
40:18Mas garantindo
40:20a segurança jurídica,
40:22nada absolutamente
40:23de forma irresponsável,
40:25mas ágil.
40:27Quer dizer,
40:27um posto de petróleo
40:28na Guiana
40:29é dois anos
40:29para licenciar,
40:30no Brasil
40:31são 12 anos.
40:32para com isso,
40:33cara.
40:33Você vai desenvolver
40:34um país onde,
40:36tendo que esperar
40:3712 anos
40:37para dar
40:38um licenciamento,
40:40para fazer uma obra,
40:42né?
40:42Vamos lá,
40:43vamos lá,
40:43o Linhão
40:44que liga Manaus
40:45Boa Vista.
40:4613 anos,
40:48porque tinha que passar
40:49dentro da reserva indígena.
40:51Aí,
40:52como é que é
40:52a realidade lá?
40:53O cara
40:54que era presidente
40:55da FUNAI
40:55na época,
40:57correto?
40:58O que ele fez?
40:59ele botou 100 metros,
41:02100 ou 200 metros
41:03para o lado direito
41:04da rodovia,
41:05a reserva indígena
41:06começa bem lá,
41:07não começa aqui na vira,
41:08começa aqui,
41:10200 metros para cá,
41:11200 metros para cá.
41:12Tu tem 400 metros
41:14aqui,
41:15a rodovia no meio,
41:17que tu pode passar o Linhão.
41:19Mas aqui é um índio aqui,
41:20outro índio aqui,
41:21né?
41:22Fizeram um inferno.
41:23Enquanto isso,
41:24Boa Vista
41:25no escuro,
41:2713 anos
41:28queimando
41:28o motorzinho
41:29e tacu-tacu-tacu lá,
41:30né?
41:31Ou depois comprando
41:32energia da
41:33Venezuela,
41:34que agora nem a Venezuela
41:35não está fornecendo.
41:37Felizmente,
41:38bateram na mesa
41:39agora,
41:40no final do governo
41:41Bolsonaro,
41:42para fazer o Linhão
41:43que está em construção.
41:45Não é razoável
41:46o que nós
41:47presenciamos
41:48nessa questão ambiental.
41:50Certo?
41:50É um negócio
41:50meio esquisitinho.
41:52Nesse caso,
41:53o maior problema
41:53é o tempo mesmo,
41:54né?
41:54É.
41:55Então,
41:55aqui,
41:55reunindo algumas
41:56das características
41:57que você apontou,
41:58a gente tem a morosidade
41:59do processo,
42:01a gente tem a dificuldade
42:02de diálogo
42:02com outros setores,
42:04no caso,
42:04movimentos sociais.
42:05Que se dizem
42:05movimentos sociais,
42:06ONGs, etc.
42:07E a gente também tem
42:08uma dificuldade
42:08de diálogo interno,
42:09né?
42:10Entre a política
42:11que você fala
42:13que é mais enviesada
42:14e a política
42:15que é a parte técnica.
42:17O correto
42:19era você lidar
42:19apenas com a discussão técnica,
42:21a viabilidade técnica,
42:22né?
42:23Quando você lida
42:24primeiro com a questão
42:25política,
42:27ideológica,
42:28isso vira uma discussão
42:29interminável,
42:30né?
42:31Não vou dar licença
42:32para a exploração
42:34de petróleo
42:35na margem equatorial
42:35do Brasil.
42:37Por quê?
42:37Por quê?
42:38Por quê?
42:38Por quê?
42:39Por quê?
42:39Porque monta-se
42:40uma narrativa,
42:41aí não dá.
42:42Bora, para.
42:43Você está lá
42:44para analisar
42:45um projeto
42:46tecnicamente,
42:48né?
42:48um projeto
42:48do governo
42:49ou você está lá
42:50para ver
42:52a questão legal
42:52e aplicar
42:53e resolver,
42:54né?
42:55Então, se cada
42:56ministério
42:57for um governo
42:57diferente,
42:59por exemplo,
42:59o presidente Lula
43:00disse que quer
43:00a exploração,
43:02a Marina
43:03disse que não quer,
43:04o presidente do Ibama
43:05também disse que não quer,
43:06que não é não sei o quê,
43:06não sei o quê.
43:07Que negócio é esse?
43:09Bora acabar
43:10com essa brincadeira,
43:11simplifica a lei
43:12e depois,
43:13se o cara não quiser
43:14cumprir a lei,
43:14vai ganhar as contas,
43:15eu acho.
43:15vai pagar por isso.
43:17A Marina
43:18perdeu o emprego
43:19de ministra
43:20no licenciamento
43:22da Belo Monte
43:22aqui no Pará.
43:25O presidente
43:25ficou pé da vida,
43:27né?
43:28E aí bateu na mesa,
43:29disse,
43:30olha, vai ser,
43:30manda fazer,
43:31porque eu não aguento mais,
43:33né?
43:33E preciso disso,
43:35é uma obra estruturante,
43:36né?
43:37Nesse sentido,
43:38senador,
43:39quais caminhos
43:39que o senhor apontaria
43:40para o Pará
43:41conseguir assumir
43:42uma posição
43:43mais estratégica
43:44nessa agenda
43:45de desenvolvimento
43:46da Amazônia
43:46ou da região norte
43:47como um todo,
43:48porque esses projetos
43:49impactam, né?
43:50Outros estados
43:50em paralelo.
43:51O Pará nunca faz
43:52um debate,
43:53né?
43:54De, digamos,
43:55a construção
43:56de uma parceria
43:58de ações
43:59do governo federal
44:00com ações
44:01conjuntas
44:03do governo do estado.
44:04Nunca fez,
44:06né?
44:06E até hoje
44:07nunca faz isso.
44:08Vai lá,
44:08discute um ponto,
44:10né?
44:11Vai,
44:11discute outro.
44:11O que o Pará
44:13tem que fazer,
44:13o que o governo
44:14tem que fazer
44:15é conversar com...
44:16Olha,
44:16eu tenho um planejamento.
44:17Isso aqui é meu,
44:18mas isso aqui é do governo federal.
44:20E eu quero puxar,
44:22né?
44:23Eu quero fazer aqui
44:23um acordo com vocês
44:24de investimentos
44:26e quero fazer
44:27alguma cooperação técnica
44:29ou financeira,
44:30se for o caso,
44:31né?
44:31Mas eu preciso resolver
44:32isso dentro do meu anato,
44:34né?
44:35Por exemplo,
44:36vamos voltar lá atrás
44:37no governo,
44:39no governo Almi e Gabriel.
44:41Quer dizer...
44:43Lá atrás mesmo.
44:44É,
44:45lá atrás.
44:45Eu comecei na política
44:46com o Almi e Gabriel,
44:48parceiro do PSDB,
44:4924 anos,
44:51tocando.
44:55Asfaltamento,
44:55pavimentação da Transamazônica.
44:57Quando o Fernando Henrique
44:58veio licitar a Transamazônica,
45:02está no finalzinho do governo.
45:04Correto?
45:05Os lotes,
45:06a licitação,
45:07ele já deixou tudo
45:09encaminhado
45:10e as empresas
45:11começando as obras
45:13nos seus respectivos lotes.
45:15O governo do PT,
45:16através do deputado
45:17José Geraldo,
45:18inventaram uma denúncia
45:19tão grande
45:19de superfaturamento
45:21que não existia
45:22uma empresa grande
45:23de pavimentação
45:24do ABR complicada
45:26como a Transamazônica,
45:28num solo amazônico aqui
45:29que não é igual
45:31ao resto do Brasil.
45:32é diferente,
45:34é um pouco mais caro
45:36do que o comum,
45:37do que pavimentar uma rua ali,
45:39fazer uma estradinha qualquer.
45:40Não é assim.
45:42É um custo bem mais alto.
45:44E o PT depois
45:45cancelou os contratos
45:47de tudo isso,
45:48e aí foi chorar
45:50atrás de empresa grande
45:52para voltar.
45:53Não conseguiu.
45:53agora que está
45:56devagarzinho,
45:57o governo Bolsonaro
45:57deu uma avançada
45:58e tal,
46:00mas isso era o quê?
46:012003,
46:02eu cheguei em Brasília
46:02como deputado federal
46:03em 2003,
46:05correto?
46:06Se os contratos
46:08que o Fernando Henrique
46:09tivesse deixado,
46:10tivesse avançado
46:11para terminar,
46:12a gente ia acabar
46:13esse pesadelo
46:13da Transamazônica
46:14até 2010,
46:162008, 2010.
46:17Então falta exatamente
46:18o quê?
46:19Vontade política?
46:20Falta uma coisa
46:21que os governos brasileiros
46:23não fazem,
46:24que é continuidade.
46:27É como se você fosse
46:28prefeito de Belém,
46:29você começasse uma obra
46:30e não desse tempo
46:31de terminar,
46:32eu tenho mandado
46:32que você acabasse.
46:34E aí o prefeito
46:35que entra,
46:36cancela o contrato
46:37e para aquela obra,
46:39porque não,
46:39isso aqui foi o Maico
46:40que fez,
46:42aí a obra fica ali,
46:43um elefante branco,
46:44o dinheiro da sociedade.
46:45Então o Brasil
46:46tem esse problema.
46:47a falta de continuidade
46:49nas grandes obras
46:50estruturantes
46:51aonde quer que seja.
46:53Um governo...
46:54Ponte do Rio Araguaia,
46:55agora, vamos, vamos.
46:56Agora.
46:57Lá em São Geraldo,
46:58do lado,
46:59Pará,
47:00Xambioá,
47:01do lado do Tocantins.
47:02Vai lá.
47:05Tem um pedreiro
47:06e um servente
47:06trabalhando
47:07numa obra,
47:09certo?
47:09Numa velocidade
47:10que dá para dormir,
47:12correto?
47:13Era para estar pronta,
47:14fazer as cabeceiras de lá,
47:15a cabeceira de cá,
47:16ajeita,
47:17inaugura e entrega.
47:18Aquilo lá não é do presidente
47:19da república,
47:19cara,
47:20aquilo é da sociedade.
47:22O cara está passando
47:23uma balsa aqui debaixo do...
47:25Entendeu?
47:26IP da vida,
47:27porque está faltando
47:28tão pouco.
47:29Mas aí tem aquele problema.
47:31Por que não dá continuidade?
47:32Então, se o Brasil
47:33tivesse uma cultura
47:34da continuidade das obras,
47:37era outro país.
47:39Completamente outro país.
47:41Mas é lamentável
47:42que não ocorra.
47:44Perfeito, senador.
47:45Para encerrar nosso diálogo,
47:46uma pergunta que é de prática,
47:48assim,
47:48para todo mundo que eu entrevisto,
47:50que é essa visão de futuro.
47:51E aí, como a gente falou
47:52de projetos,
47:53a gente falou do que precisa,
47:54nesse circuito todo,
47:56nesses procedimentos,
47:57me aponta,
47:59na sua avaliação,
48:00o que é fundamental?
48:01Ou qual é o projeto fundamental?
48:02Ou o que é fundamental
48:03para que todos esses projetos
48:04aconteçam?
48:05Seja aqui,
48:05seja em qualquer lugar.
48:07Compromisso político
48:08com o Estado.
48:12Tem que ter esse negócio.
48:13Porque cada político,
48:14às vezes,
48:15tem um projeto pessoal também.
48:17E, às vezes,
48:17ele quer adequar
48:18o projeto do Estado
48:19a ser o projeto pessoal.
48:21Político.
48:22Entendeu?
48:24Como já foi dito
48:25no passado aqui,
48:26no tempo que o PSDB tocava,
48:28o projeto pessoal
48:33não pode ser maior
48:34do que o projeto da sociedade.
48:36Por mais que você seja
48:38o Romário, o Nelcara,
48:40entendeu?
48:41Mas não dá.
48:43Você tem que abraçar
48:44o projeto da sociedade.
48:47Entendido?
48:48E aí,
48:49ter a inteligência e competência
48:50para fazer
48:51a articulação que precisa.
48:54Aí, eu preciso falar
48:55com a bancada,
48:55então, vamos falar
48:56com a bancada.
48:57Eu preciso convergir
48:58as ações do governo federal,
49:01que aqui é parte dele
49:02e parte minha.
49:04Então, eu vou fazer,
49:05posso ajudar.
49:06Vamos lá,
49:07regularização fundiária,
49:09que economia é um negócio
49:10assim interessante.
49:11Ah, por que isso não acontece?
49:13Porque nós estamos resolvendo
49:14o problema ambiental,
49:15que está ligado à economia também.
49:16porque você precisa
49:18de duas coisas básicas
49:19para montar uma obra
49:21e fazê-la fluir.
49:22Primeiro,
49:23segurança jurídica,
49:26documento da terra
49:27onde você vai construir isso.
49:29Ah, mas eu não vou construir,
49:31mas eu vou produzir
49:32em alta escala,
49:34produto A, B ou C.
49:35Do mesmo jeito.
49:37Aqui, as terras do Pará
49:38são de quem?
49:39Uma pequena parte
49:40do governo do Estado,
49:41bem menor,
49:42e é o resto todo
49:43do governo federal.
49:44Se o governador do Estado
49:47não sentar com o presidente
49:49da República
49:50e amarrar uma parceria
49:53de complementação de ações
49:55que o governo federal
49:55tem um país desse tamanho,
49:57o problema seria
49:59só aqui no Estado.
50:01Então, você se oferece.
50:02O que você quer ajuda?
50:05Passa para mim
50:06e eu vou definir aqui,
50:07eu ajudo o governo federal.
50:09Bora titular a terra?
50:10Bora.
50:11Vocês têm aqui,
50:13o Pará tem 1.100
50:14e 38 projetos de assentamento.
50:17O Pará tem 248 mil famílias
50:21assentadas nesse negócio.
50:24Não é coisa pequena, não.
50:27E o governo federal
50:27tem dificuldade,
50:28a operação,
50:29o INCRA é fraquinho,
50:31não tem gente.
50:32Eu chamaria, por exemplo,
50:34o exército
50:34que está aí
50:35produzindo tão pouco
50:37para dentro disso,
50:38para dois, três anos,
50:40está tudo resolvido.
50:41mas, digamos,
50:42deixa lá o exército,
50:43então, vem para cá.
50:45Eu vou fazer um...
50:46Você me dá tanto
50:47e a gente resolve o problema.
50:48O seu e o meu,
50:50com X valor.
50:52Eu estou lá,
50:53sou governador,
50:55quero coordenar,
50:56preciso resolver isso.
50:58Entendeu?
50:58Preciso resolver isso.
50:59Então, regularização fundiária,
51:01segurança jurídica
51:02no campo, na cidade.
51:03Belém, por exemplo.
51:04Mais da metade de Belém
51:04não tem documento de terra.
51:08Se é aqui,
51:08que tem 400 e tantos anos,
51:10não tem isso,
51:10você calcula o resto da cidade.
51:12Você calcula o interior.
51:15Entendido?
51:16Difícil isso.
51:17Difícil.
51:18Então, regularização fundiária.
51:20Questão ambiental.
51:21O Congresso está me dando
51:22um marco legal,
51:23moderno,
51:24simples,
51:25para avançar.
51:26Adapto aqui
51:26a questão estadual.
51:27Pronto, você já deu um passo.
51:30Sabe o que é aquele passo
51:31de gigante
51:32para mudar a economia
51:33e a cara
51:34e atrair investimento?
51:36E o cara vem de lá
51:37aqui no Pará
51:37e chega aqui
51:38e não tem segurança jurídica,
51:40ele volta.
51:41Ele volta decepcionado.
51:43E ele diz,
51:43não, aqui não dá.
51:45Aqui não funciona.
51:46Entendeu?
51:47Eu estou te dando um exemplo.
51:49Esse exemplo
51:49seria o passo número um
51:52para começar qualquer,
51:55aí depois vem a infraestrutura.
51:57eu tenho interesse,
51:59o governo federal tem interesse,
52:00o que eu posso fazer
52:01para a gente juntos
52:02resolver essa parada?
52:04Vai lá e senta
52:06e briga e peleja.
52:08Se não fizer assim,
52:10a gente fica assim,
52:13como estamos hoje.
52:15Fica assim.
52:16Perfeito.
52:17Senador,
52:18muito obrigado
52:18pela conversa,
52:20pelo seu tempo,
52:21pelas suas respostas.
52:22Obrigado também
52:23aos espectadores do Liberal
52:24que vão poder ler
52:24um pouco mais
52:25dessa conversa
52:26no Jornal Liberal
52:26e também no portal
52:27liberal.com.
52:29Eu que agradeço.
52:30Obrigado pela oportunidade
52:31mais uma vez
52:32de estar aqui.
52:32Obrigado a todo
52:33o Grupo Liberal
52:34e a vocês todos
52:35que fazem a notícia
52:36acontecer aqui.
52:37Obrigado.

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