Em entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan, o professor de relações internacionais José Niemeyer criticou a resistência francesa ao acordo Mercosul-UE. Niemeyer defende que Emmanuel Macron deveria conhecer a realidade brasileira para facilitar a conclusão do pacto.
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NotíciasTranscrição
00:00A gente continua nesse assunto, na viagem à França, o presidente Lula voltou a defender o acordo Mercosul-União Europeia,
00:06além de falar em genocídio premeditado em Gaza.
00:10E mais, hoje Israel bombardeou alvos do Hezbollah no sul do Líbano.
00:15Nosso entrevistado, professor de Relações Internacionais do IBMEC do Rio de Janeiro, José Niemeyer, mais uma vez nos atendendo.
00:22Tudo bem, professor? Uma honra receber o senhor aqui. Bem-vindo.
00:25Como vai, Tiago? Um grande abraço a você, aos comentaristas e aos assinantes da Jovem Pan.
00:32Muito obrigado.
00:33Professor, começando a falar sobre a União Mercosul-União Europeia, outras vezes nós já destacamos com o senhor,
00:39inclusive participando aqui na nossa programação, o presidente Lula, claro, faz um discurso dizendo que
00:45nesse período que ele está à frente do Mercosul, ele vai sair do comando deixando esse acordo assinado.
00:52Agora, tem que combinar, não com os sustos, mas com os franceses, não é, professor?
00:57É, é muito importante explicar para os assinantes da Jovem Pan o que está acontecendo.
01:02O presidente Lula está certo. Ele só não vai conseguir assinar, só se ele quiser.
01:07É importante que a União Europeia assine.
01:10Mas que garantias são essas que o presidente Macron quer?
01:14Ele quer subsidiar a agricultura, mais a agricultura francesa,
01:17como o governo norte-americano subsidia a agricultura norte-americana?
01:22Isso não é competição, isso não é livre mercado.
01:24Nós temos preço para colocar soja, milho, suco de laranja, frango, o que a gente imaginar,
01:30abacate, até vinho, queijo, se for o caso, na França.
01:33É claro que nós vamos discutir produtos em específico,
01:36que já são produtos tradicionais, como vinho e queijo, no caso do mercado francês.
01:41Mas que garantias ele quer?
01:43O presidente Macron precisa visitar o Brasil e perceber que as nossas matas ciliares
01:48que cercam os nossos rios estão defendidas no Brasil.
01:52Vai em qualquer rio europeu que você vai ver que eles plantam,
01:56eles aram a terra até o leito do rio.
01:59Não respeita o mato ciliar nenhuma, em qualquer rio europeu.
02:03Pode visitar rios na Itália, na Alemanha, na França,
02:05que você vai ver que tem agricultura até a borda do rio.
02:09No Brasil isso não é possível.
02:10O que ele quer dizer?
02:12Que aqueles que cometem grilagem, que são bandidos e não fazendeiros,
02:18usam das franjas da Amazônia para produzir carne?
02:20Não é essa carne que é exportada.
02:22Não é essa carne que é exportada.
02:24Essa carne é exportada do Goiás, do Mato Grosso, do Tocantins,
02:28em áreas que são legítimas para a pecuária de corte.
02:31E com muita eficiência.
02:33A soja que vai para a França, a soja que vai para a União Europeia,
02:36não tem nada a ver com os matamentos na Amazônia.
02:38Isso é uma bobagem. Ela é produzida no Mato Grosso,
02:42em zonas legais do Mato Piba, no Maranhão, no sul do Pará,
02:47no sul da Bahia.
02:48Não tem nada a ver com a Amazônia.
02:50Então esse discurso já cansou um pouco.
02:53Você desculpe se o Tiago falar de maneira muito afirmativa,
02:55mas o presidente não precisa mandar seus auxiliares conhecerem o agronegócio brasileiro
03:00e saberem que é o agronegócio mais eficiente do mundo.
03:04E na hora que nós tivermos a saída pelo Pacífico, aí pode esquecer, viu?
03:08Tanto norte-americanos como europeus.
03:10Quem vai produzir comida no mundo vai ser o Brasil.
03:12No Oriente Médio, né?
03:18Porque nós tivemos ataques no sul do Líbano, em alvos do Hezbollah.
03:24Muitas vezes a gente já conversou com o senhor sobre o Hezbollah,
03:27que de uma certa maneira acabou sumindo desse noticiário
03:30e voltou agora com esses ataques de Israel.
03:33Para que a gente possa entender também, qual é o objetivo?
03:36E até o próprio Líbano falou em apoio para, pelo menos, atacar esses alvos
03:42ou dizer onde esses alvos estariam?
03:45Pois é. É um caso sem fim, né, Tiago?
03:49Porque na hora que nós percebemos uma violência exacerbada do governo de Israel,
03:54do governo, não do Estado de Israel, do governo de Netanyahu,
03:57contra as civis em Gaza, que é algo verídico,
04:00e não é a teoria da conspiração, é verídico,
04:03na hora que a gente começa a tentar tratar esse tema numa perspectiva humanitária,
04:08vem o Hezbollah no norte de Israel, no sul do Líbano,
04:11atacar a alvos de Israel.
04:13E isso é tudo que o governo Netanyahu quer,
04:16para manter, para que os senhores da guerra continuem mantendo
04:19a situação como está, independente de civis,
04:22principalmente crianças, estarem sofrendo muito.
04:25Então, eu analiso esse conflito árabe-israelense há pelo menos 20 anos.
04:29Pelo menos 20 anos que eu analiso esse conflito.
04:32E vejo que a situação é muito difícil,
04:34porque é um lugar exprimido, de pouca mobilidade,
04:37a questão da migração interna é muito grave,
04:41entre países árabes e Israel e vice-versa.
04:44Muita violência de ambos os lados,
04:46violência organizada pelo Estado de Israel
04:49e pelos grupos terroristas, como Hamas e o Hezbollah.
04:52Então, infelizmente, nós que observamos esse conflito de fora,
04:57ficamos muito pessimistas em uma nova conjuntura como essa,
05:00porque nós pensamos nos civis.
05:02Todos nós estamos pensando nos civis.
05:04Está na hora dos governos árabes, dos governos israelenses.
05:07E não vou dizer que grupos terroristas têm que negociar.
05:10Quem tem que negociar com Israel é o Fatah,
05:12é um grupo mais institucional que representa a Palestina.
05:15Não o Hamas, que é um grupo só, só,
05:18que baseia a sua ação na violência.
05:20Professor José Neymar,
05:22que é de Relações Internacionais do IBMEC do Rio de Janeiro,
05:25mais uma vez, muito obrigado pela gentileza.
05:26Volte sempre, professor, e um grande abraço.
05:29Até a próxima.
05:30Eu que agradeço.
05:31Um abraço a você, os comentaristas e o assinante da Jovem Pan.
05:35Muito obrigado.