Com mediação do professor e jornalista Alberto Ajzental, o painel do Brasil 2030 discutiu como o país pode liderar temas-chave na nova economia global, equilibrando inovação, comércio internacional e sustentabilidade.
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00:00Obrigado pela presença.
00:02O mundo passa por grandes e importantes transformações
00:08econômicas, tecnológicas e geopolíticas.
00:14E o Brasil é um importante ator nesse cenário,
00:18que apresenta uma nova geração de pessoas
00:22que se transformam em grandes e importantes
00:26E o Brasil é um importante ator nesse cenário,
00:29que apresenta novos desafios e incríveis oportunidades
00:36para setores estratégicos.
00:40E esse rico tema é o que vamos abordar agora
00:44nesse nosso segundo painel.
00:48E essa pequena introdução já é a pergunta
00:54para o professor Luciano Coutinho,
00:57que vai nos trazer um contexto
01:01do que acontece no mundo e na indústria
01:04e a atuação dos principais agentes,
01:07quer seja governo, instituições e iniciativa privada.
01:12Por favor, Coutinho.
01:16Muito bom.
01:17Queria dizer da minha grande satisfação
01:21compartilhar esse painel aqui
01:24com tanta gente ilustre do Legislativo,
01:28do Senado, Câmara de Deputados,
01:31o painel anterior e também do governo,
01:35aqui está o Capelli, Roberto.
01:39Vou direto aqui ao tema.
01:45Eu queria dramatizar.
01:50Não é uma etapa de grandes transformações apenas.
01:56Nós estamos vivendo uma situação de guerra.
02:02De guerra...
02:07Assim, guerra tarifária, guerra comercial,
02:12não é isso.
02:15Consegui ler a motivação.
02:20O que está por trás da guerra tarifária
02:23iniciada pelo presidente Trump é uma guerra industrial.
02:28É uma guerra, evidentemente,
02:32declaradamente uma guerra industrial.
02:35Ele quer reconstruir a hegemonia industrial americana
02:42que foi tomada pela China.
02:46Ele quer fazer isso no espaço de um mandato?
02:51Não vai dar tempo.
02:53Mas o fato é que ele, e nisso aqui eu reconheço um mérito,
02:59ele quer fazer um omelete novo.
03:02Quebrou, não foi só um ovo ou dois,
03:05ele quebrou dúzias.
03:08De uma vez só, de uma maneira radical.
03:13O que está em jogo, no fim, é exatamente reconstruir,
03:21é um projeto estratégico de reconstrução da hegemonia americana.
03:26É isso que está em jogo.
03:29E nisto há um embate muito profundo com a China.
03:39Não é um embate que vai se resolver em pouco tempo,
03:44mas vamos, então, focar agora na questão da guerra tarifária,
03:49que é o sintoma.
03:51A guerra tarifária é a consequência dessa guerra maior.
03:56E ela vai, em algum momento,
04:01realinhar o diferencial tarifário entre China e Estados Unidos.
04:07E os Estados Unidos e o Trump,
04:09o governo americano, não vai se conformar
04:13se ele não conseguir ampliar esse diferencial tarifário a seu favor.
04:19E a China tem, porém, a China pode negociar,
04:25tem condições de negociar,
04:27e ela tem recursos para poder negociar
04:31e evitar uma ruptura dramática para si própria,
04:36porque ela tem outras formas de compensar.
04:39E eu vou falar disso em outro momento, talvez.
04:44Mas vai haver um rearranjo.
04:47E nós não sabemos ainda,
04:49mas nós estamos prestes para chegar no fim desse rearranjo.
04:54Daqui a pouco nós vamos saber.
04:56E o que é que nós temos que saber ao fim
05:00e ao cabo de todo esse realinhamento?
05:04Qual vai ser o realinhamento tarifário líquido
05:08dos parceiros lá no antigo NAFTA, Canadá e México?
05:13É importantíssimo para nós.
05:15Como é que vai ficar o realinhamento tarifário em relação à Europa?
05:19Em relação aos países asiáticos, exclusivamente China?
05:23Como é que vai ficar com a Índia?
05:25Provavelmente vai beneficiar a Índia,
05:27porque ele quer mover a Índia como uma peça do tabuleiro
05:31dentro do jogo com a China.
05:34Como é que vai ficar a Coreia, Japão?
05:36Nós precisamos entender rapidamente,
05:39fazer as contas no fim,
05:42e aí o Brasil precisa reagir com muita velocidade,
05:47muito rapidamente.
05:49Por quê?
05:51Porque a nossa indústria está na defensiva há muito tempo,
05:57pelo menos duas décadas e meia na defensiva.
06:02A indústria já se retraiu.
06:05Alguns complexos industriais brasileiros estão sob risco,
06:10risco concreto de desindustrializar mais.
06:16Quais são eles?
06:18O automotivo siderúrgico, os metais não ferrosos,
06:23o setor complexo de bens de capital,
06:28menos celulose, mas papel é também afetado,
06:35e eu deixei para o fim, mas não menos importante,
06:39o complexo químico brasileiro.
06:42E o complexo químico brasileiro é um complexo
06:45fundamental para o país,
06:49porque ele origina cadeias fundamentais
06:53que vão da saúde ao agro, a embalagens,
06:58a tudo na indústria.
07:00E estão presentes os transformados sofisticados de plástico,
07:04estão presentes no eletroeletrônico, no automotivo,
07:07estão presentes em tudo.
07:10Então, nós não podemos.
07:13E mais, a situação é mais crítica no setor,
07:18por tudo que já foi dito aqui no painel anterior.
07:23Notamos que o setor químico, especialmente a base do setor,
07:28está funcionando no limite do uso de capacidade.
07:34A petroquímica básica não pode funcionar,
07:38eu, quando eu estudei, eu estudo economia industrial
07:42há mais de 40 anos,
07:44e eu aprendi que o limite era 80%.
07:49Nós estamos em 70, estamos abaixo de 70.
07:52Nós já estamos, no caso do setor químico,
07:55no limite da sobrevivência.
07:59Contigo, você menciona o limite inferior de produção,
08:02é uma questão técnica.
08:05Não é um limite apenas de custo,
08:08é um limite operacional em vários dos segmentos relevantes
08:16para o conjunto da cadeia.
08:18Então, o que nós trazemos disso?
08:23Primeiro, é que, uma vez que fique claro,
08:27nas próximas semanas, qual é o balanço líquido
08:33da guerra tarifária, nós vamos ter que,
08:37sejam invocando a lei da reciprocidade ou não,
08:41mas nós vamos ter que fazer um rearranjo muito rápido.
08:45E essa é uma questão urgente,
08:48que precisa estar imediatamente definida
08:53para que essa decisão seja tomada em menos de dez dias.
09:01É isso, Capelli, que eu quero dizer para o governo.
09:07Essa é uma questão urgentíssima, porque esse rearranjo vai ficar.
09:10Nós não podemos esperar um ano para avaliar,
09:15a posteriori, se houve guerra comercial,
09:18se houve importação predatória, porque aí a indústria
09:25vai para uma situação de debacle.
09:30Então, é preciso ser muito rápido.
09:32Mas a gente precisa entender também,
09:36eu acho que aqui o meu tempo está terminado,
09:39mas eu posso complementar depois,
09:41é que a tarifa doaneira, a proteção tarifária,
09:46não é uma ferramenta milagrosa que resolve tudo.
09:52Os países todos têm políticas industriais,
09:58essas políticas usam o tratamento tributário,
10:03usa subsídio, usa financiamento e custo de capital,
10:12usa, e no caso específico, preço de matéria-prima,
10:18para citar as mais relevantes para o setor químico,
10:23porque existem outras ferramentas ainda relevantes,
10:26que é o fomento à inovação, fomento à descarbonização,
10:31subsídios para esses dois elementos,
10:35e ainda o comércio exterior pelo lado da exportação.
10:41Todos os países relevantes têm ferramentas de política.
10:46Nós precisamos revisitar essas ferramentas de política.
10:50Ou seja, é um fenômeno complexo,
10:53não tem uma resposta simples,
10:55e tem que ser usado e estudado em todo o conjunto.
10:57Não, mas precisa de resposta muito rápida,
11:03no caso do realinhamento tarifário,
11:07que é algo que está ao alcance do governo.
11:11Mas eu acho que há uma agenda mais ampla,
11:14nós temos aqui pessoas altamente qualificadas,
11:18e eu, se tiver uma chance, depois complemento.
11:21Obrigado, desculpe ter estourado.
11:23Imagina, obrigado, Coutinho.
11:26Deputado Júlio Lopes.
11:29Bom dia.
11:31O senhor entende que um programa,
11:33um programa como o Precic, IPL, 892-2025,
11:39para a indústria química é importante
11:42para a manutenção de empresas e geração de empregos
11:45e renda no país, especialmente em um cenário
11:49tão desafiador de disputa econômica mundial
11:53como a gente vivencia atualmente?
11:56Bem, Alberto, bom dia.
11:58Quero agradecer muito a possibilidade
12:00de estar participando desse painel,
12:02ao lado de tantas personalidades aqui.
12:05E agradecer muito ao meu colega Afonso Mota
12:10por ter proposto exatamente o Precic.
12:13Afonso, eu acho que você foi sábio, preciso e fundamental.
12:18E eu tive a alegria de ser escolhido para ser relator
12:20lá na Comissão de Indústria.
12:22E espero fazê-lo de forma competente.
12:24A gente precisa de dar nova dimensão,
12:28como dizia o Luciano aqui, à nossa indústria química.
12:31E a gente precisa aliar à nova indústria
12:34essa política de incentivo à nova química.
12:39E ela é uma perspectiva muito bem concebida pelo autor.
12:43O Afonso foi muito feliz.
12:44O que é estabelecer a modalidade de investimento
12:47e a modalidade industrial?
12:49Ela permite a compra de insumos,
12:52com uma dedução do valor de até 4 bilhões até 2029,
12:57no valor de até 5% do total,
12:59e na modalidade de investimento, 3%,
13:02com um valor de investimento de até 1 bilhão por ano.
13:06E isso faz uma alavancagem do PIB da ordem de 115 bilhões.
13:12E eu queria aqui, Alberto, chamar a atenção de todos
13:15e agradecer muito à CNBC por estar nos ajudando.
13:20Porque eu já estou com cinco mandatos
13:23e eu sei que não basta fazer lei.
13:25Muitas leis, inclusive, que eu tive a oportunidade de fazer
13:28e que estão em vigor, não são implementadas.
13:31Eu tenho uma lei do número único do Brasil, por exemplo,
13:34que revoluciona o Brasil,
13:35que tem um condão de economizar 60 bilhões no primeiro ano,
13:40logo nos anos preliminares de sua implantação.
13:42Outro dia, fiz uma palestra lá em São Paulo com o Luciano sobre isso
13:48e a gente vê que não é implementada.
13:50Então, a participação da CNBC aqui, a sua, de todos,
13:55no sentido de fazer a sociedade entender e comprar a ideia
13:59de que é bom negócio investir na capitalização
14:03e no investimento à indústria de base, André,
14:06é muito importante.
14:08E agradeço muito que vocês nos ajudem,
14:10porque não adianta o Afonso ter sido superfeliz na sua proposta,
14:14eu me esforçar muito, a gente tem um bom relator em plenário,
14:17se a gente não fizer a sociedade entender
14:20que nada é mais estratégico do que subsidiar a nossa indústria de base,
14:24a nossa indústria química.
14:26Eu quero chamar a atenção aqui que o presidente Trump,
14:28dentre outras coisas, e aí, Luciano,
14:31depois a gente pode ter uma discussão sobre isso,
14:33porque eu acho que ele, enfim, infelizmente.
14:37Mas esse é outro quadro.
14:38Aqui o que a gente tem que dizer
14:40é que eles estão planejando fazer um domo de ferro
14:44de um trilhão de dólares.
14:46E gastaram dois domos de ferro
14:49no subsídio à indústria química, muito sabiamente,
14:52porque estão subsidiando o Xisto,
14:54estão subsidiando os insumos para a indústria química
14:57e fazendo com que a indústria química seja ainda mais competitiva.
15:01Igualmente, a Europa,
15:03que está sendo de uma praticidade enorme agora nessa questão do...
15:06Eu acho que está sábia no sentido de o mundo
15:09estar tendo que ter velocidade.
15:11Vamos, então, fazer logo esse acordo com o Irã aqui,
15:14tratar disso como tem que ser tratado.
15:16E ela fez subsídios da ordem de 1,7 trilhões
15:19na sua indústria de base.
15:20Então, é o momento do Brasil entender
15:23que, mesmo durante a guerra,
15:25a Rússia fez crescer a sua indústria química
15:27da ordem de 3%.
15:29A China cresceu 9% em 24.
15:33Então, minha gente, é a hora de avançar.
15:35A gente precisa muito de um esforço de comunicação,
15:38de um esforço de entendimento
15:40de que isso é um investimento na veia
15:43daquilo que nos faz mais fortes,
15:45daquilo que nos faz mais independentes,
15:47daquilo que nos faz mais competitivos,
15:50porque, sem uma indústria de base competitiva,
15:52nós não teremos como fazer o nosso agronegócio
15:55continuar prosperando e sendo cada vez mais competitivo.
15:58Sem uma indústria de base, nós não faremos
16:00com que todos os outros segmentos das nossas indústrias
16:04sejam só erguidos e sejam competitivos.
16:07Portanto, acho esse evento da maior importância.
16:10Quero muito participar de vários outros,
16:12porque a gente precisa fazer o contágio positivo
16:16de que a cadeia industrial precisa
16:19de que a sua base seja fortalecida,
16:21de que a sua base seja estruturada
16:24para que a gente tenha grande competitividade
16:26nesse cenário internacional.
16:28Então, basicamente, é isso. Estou muito animado.
16:30Viu, Alfonso?
16:32Nós estamos aqui com um desafio bacana.
16:34Quero dizer aqui ao nosso presidente da Braskem
16:36que é muito importante os seus investimentos no Rio de Janeiro.
16:40A gente agradece muito e vamos lutar muito
16:43para que todo esse processo seja desembarassado
16:46e licenciado o mais rapidamente possível.
16:49É um programa absolutamente estratégico para a União,
16:52mas, em especial, para o meu Estado.
16:54Muito obrigado, gente. Foi um prazer estar com vocês.
16:57Obrigado, Júlio. Obrigado por tudo.
17:02Bom dia, deputado Alfonso Mota.
17:08Como minimizar o impacto do custo Brasil
17:13no crescimento da indústria química?
17:17Em primeiro lugar, eu queria fazer um registro necessário
17:24que começa pelas mazelas da governabilidade,
17:29que é do conhecimento geral
17:31e é um desafio para todos nós, para a sociedade brasileira,
17:36e a importância da articulação
17:41que determina a efetividade para que essa política pública,
17:47que eu sempre trato isso de uma forma bem simples,
17:50a política pública chegue onde está a vida das pessoas.
17:54Mas para que isso efetivamente aconteça,
17:57outras políticas, como a política industrial,
18:00a reindustrialização,
18:02que o Capelli tem trabalhado com tanta intensidade,
18:09produzam os fundos, os fundamentos
18:14que permitam essa realização.
18:18E, no caso, todo o processo que se estabeleceu
18:24no Congresso Nacional, nos privilegiando
18:28a gente poder ter a liderança compartilhada,
18:31Júlio Lopes, nosso relator,
18:35de uma articulação que passa por 250 congressistas,
18:40vários estiveram aqui, eu quero saudar a nossa deputada,
18:43minha companheira lá do Mercosul, do Parla-Sul,
18:46uma alegria, tivemos agora poucos dias lá.
18:50E a sustentação que, primeiro, a Abquim,
18:56liderada pelo André, aqui no conjunto de representação
19:00das indústrias,
19:02e agora um instituto mais amplo,
19:05que é o Instituto de Desenvolvimento da Química,
19:08isso tem garantido a possibilidade,
19:12primeiro, de realizar um debate muito importante,
19:17o centro desse debate todo é a questão da competitividade,
19:23e, sem dúvida nenhuma,
19:25o nosso país não vem apresentando aquelas condições
19:30essenciais para que possamos disputar esse mercado.
19:35Com todas as consequências, hoje é tarifa,
19:37mas é muito mais do que isso,
19:39é a capacidade do nosso país de afirmação,
19:43aproveitando todas essas potencialidades
19:45que no painel anterior já foram colocadas aqui,
19:48e, portanto, o trabalho que nós fazemos
19:52enquanto frente parlamentar,
19:57ele tem essa natureza.
20:00E agora, mais recentemente,
20:02através da autoria desse projeto de lei,
20:0689225,
20:09também várias colocações já foram feitas aqui,
20:12mas nós, para substituir o regime de investimento
20:16que hoje vige, com limitações, com precariedades,
20:21que não atende os anseios da indústria química brasileira,
20:25nós estamos procurando constituir algo com mais efetividade,
20:31a partir de um sistema de crédito,
20:36que já colocaste,
20:37que possa, através da pesquisa e do desenvolvimento,
20:41e também, claro, gerando recursos,
20:44estimular a atividade produtiva.
20:48Claro que nesse contexto está a sua pergunta.
20:51Nós também aqui, no painel anterior,
20:54acho que nós tivemos uma exposição muito adequada,
20:57quando também nós, permanentemente,
21:02estamos trabalhando no enfrentamento
21:07par e passo com a questão do equilíbrio fiscal,
21:10que também é um debate permanente,
21:12mas é um debate muito mais de governo
21:14do que de sociedade nesse momento,
21:18para que nós vençamos todos esses entraves,
21:22entraves da burocratização,
21:24o entrave da bitributação,
21:29o entrave do aumento de impostos,
21:32enfim, toda essa conjuntura
21:34que nós precisamos superar.
21:35Mas eu acho que nesse momento,
21:37esse ponto é consequência.
21:40Eu acho que nesse momento nós precisamos trabalhar
21:42em uma política industrial que recupere
21:45a capacidade de competição do nosso país
21:49no cenário internacional.
21:50E por isso passa a questão do equilíbrio fiscal,
21:53passa a questão do custo Brasil,
21:56quer dizer, é uma questão muito mais estrutural
21:59do país e institucional?
22:01Sem dúvida, eu acho que tem aí uma questão de mistificação.
22:05É claro que um país como o nosso,
22:08com a disputa federativa,
22:10um país continental, tem muito desequilíbrio.
22:14Tem muito desequilíbrio.
22:16Mas nós temos que desmistificar o fato
22:19de que determinados incentivos,
22:21como aquele que nós estamos apresentando nesse momento,
22:24possam representar investimentos,
22:29possam representar,
22:31muito mais do que ser o setor,
22:35a atividade econômica que mais contribui
22:39para o recolhimento de impostos,
22:41muito mais do que isso possa representar
22:43uma fonte de crescimento expressiva, exponencial,
22:49que garanta ao nosso país o processo de desenvolvimento.
22:52Todos nós sabemos.
22:53Sem investimento, sem uma estratégia,
22:57sem a constituição de um pensamento mais profundo,
23:01nós não vamos chegar a lugar nenhum.
23:03Eu acho, em síntese,
23:04eu não quero deixar de fazer esse registro,
23:06em síntese, também uma questão de mentalidade.
23:11Isso não é crítica a esse governo nem a outro governo.
23:13É a capacidade que o setor privado,
23:16que o setor público,
23:18que a sociedade tem que constituir
23:22para que o nosso país alcance um outro patamar.
23:28Toda essa questão da sustentabilidade,
23:30toda essa capacidade que nós temos de produzir um ativo.
23:36E esses ativos, que até bem pouco tempo não tinham valor,
23:41hoje se constituem em coisas de muito valor,
23:45que podem, em determinado momento,
23:47transformar o Brasil realmente em uma grande potência.
23:51Já temos várias finalizações,
23:54mas ainda precisamos avançar muito
23:56em uma questão de mentalidade.
23:58Também cumprimento o doutor Roberto.
23:59Sempre é uma alegria estar com o Braskem
24:01e com todos aqui,
24:02a representação da nossa indústria química brasileira.
24:05Muito obrigado.
24:06Muito obrigado, Afonso.
24:08Ricardo, primeiro o Luciano Coutinho,
24:12ele deu um contexto geral,
24:14ele abordou a questão de ambiente econômico,
24:17regulatório,
24:19e comentou sobre os agentes,
24:22nós passamos para os agentes governo,
24:26e com você a ideia é abordar a questão de uma instituição.
24:33Então, a dependência crescente de importações
24:37no setor industrial é uma ameaça ao nosso país?
24:41E essa pergunta é dirigida a você pela instituição,
24:45pela Associação Brasileira
24:47de Desenvolvimento Industrial que você dirige.
24:53Bom dia a todos, a todas.
24:57Agradecer aqui o convite da CNBC
24:59para estar aqui presente nesse painel.
25:02Saudar o Alberto, saudar nosso deputado Júlio Lopes,
25:07nosso sempre professor Luciano Coutinho,
25:11deputado Afonso Mota,
25:14Alberto, presidente da Braskem, enfim.
25:18Veja, no que diz respeito às importações,
25:22que você está tocando,
25:25no ano passado isso cresceu bastante,
25:31incidindo, inclusive, sobre o nosso superávit,
25:35isso faz parte, já era um ciclo histórico,
25:38de todo o crescimento do país,
25:40que sempre que o país cresce como cresceu no ano passado,
25:43crescendo a 3.4,
25:45você aumenta bastante a importação,
25:47principalmente no que diz respeito a bens de capital,
25:50relacionado a máquinas e equipamentos
25:52que são próprias para o desenvolvimento da indústria brasileira.
25:57Esse é um desafio permanente do Brasil,
26:00que é a gente conseguir conjugar o crescimento do país
26:06com o fortalecimento e a estruturação da indústria brasileira.
26:12Mas eu quero, Alberto, voltar um pouco
26:16em uma questão que me parece estratégica, importante,
26:20que foi levantada pelo Luciano Coutinho,
26:24que diz respeito à agenda da indústria
26:28e à força que a agenda da reindustrialização,
26:31da neoindustrialização está ganhando no mundo nesse momento.
26:38Eu ouvia saudar o nosso André também,
26:41cordeiro aqui, parceiro da ABKIN.
26:44Eu ouvi o André falar sobre a questão do crescimento,
26:50que vai e volta, anda para trás.
26:53Eu acho que isso, André, é parte de um problema,
26:58e eu ouvi o Luciano falando que estuda economia industrial há 40 anos,
27:01eu estudo há bem menos tempo,
27:03mas eu creio que isso é um problema histórico do Brasil,
27:09de um debate não resolvido
27:12sobre a necessidade de uma política industrial de Estado no Brasil.
27:18Por que tem reiki, acaba o reiki, aí é novo reiki,
27:21aí muda o governo e acaba o reiki?
27:24E acaba os incentivos para a indústria.
27:27Por que nós ficamos no Brasil mais de sete anos
27:30sem ter uma única política industrial?
27:33Por que o Ministério da Economia, no governo anterior,
27:36adotou uma política de exitarifário absolutamente irresponsável,
27:41que quase dizimou a indústria nacional?
27:45Então, veja, eu acho que essa é uma questão central que o Luciano traz,
27:52que é a necessidade de consolidarmos no Brasil
27:57a política industrial como uma política de Estado,
28:00e esse é um debate não resolvido no nosso país ainda.
28:04Veja, a gente tem o Plano Safra, deputado Júlio Lopes,
28:09entra governo, sai governo, pode ser a direita,
28:12acho que ninguém mais questiona o Plano Safra.
28:14Por que que, quando diz respeito à política industrial,
28:17muda o governo para um lado e para o outro,
28:20e acaba a política industrial e depois reconstrói a política industrial?
28:24Então, esse é um debate não resolvido no Brasil ainda
28:27e que a gente precisa trabalhar muito nele para resolver esse debate.
28:32Isso é um estudo do FMI, só em 2023 nós tivemos
28:382.500 novas políticas industriais no mundo,
28:4348% delas China, Estados Unidos e União Europeia,
28:492.500 novas políticas industriais no mundo
28:53em apenas um ano, apenas em 2023.
28:56Isso com impacto em 71% do comércio global.
29:00Então, a política industrial voltou com tudo no mundo.
29:05Eu creio que ela vai, esse é um dilema que ainda vai se aprofundar,
29:09e para os países em desenvolvimento o desafio é ainda maior,
29:13porque a gente não está vivendo só uma neoindustrialização,
29:17ou uma reindustrialização naquilo que a gente aprendeu
29:24a conhecer da indústria, deputado Afonso Motta.
29:28O que a gente vai ver daqui para frente, nos próximos anos,
29:31é uma revolução da própria indústria e do conceito de indústria
29:36com a adoção das novas tecnologias de inteligência artificial,
29:40daqui a pouco da computação quântica.
29:42Então, a gente está vivendo uma era que impõe aos países em desenvolvimento,
29:47como o Brasil, que ainda tem um gap educacional bastante elevado,
29:53a gente não só colocar a indústria no centro,
29:56mas não só do agora, mas do futuro.
30:00O Brasil, veja, voltou a ter política industrial,
30:06o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin,
30:09lançaram a nova indústria Brasil,
30:11e os resultados falam por si,
30:14porque também os resultados da indústria não caem do céu,
30:18não foi isso apenas pelo espírito empreendedor do nosso empresariado,
30:23mas os resultados estão aí.
30:26Isso tem a ver com o plano de mais produção,
30:28mais de 500 bilhões de créditos,
30:30isso tem a ver com a depreciação acelerada,
30:33isso tem a ver com mover mais de 4 bilhões para a indústria automotiva,
30:38a indústria automotiva que está anunciando até 2028
30:41mais de 130 bilhões de investimentos no Brasil,
30:45a indústria automotiva que até outro dia estava fechando planta,
30:50todo mundo lembra da planta da Forte sendo fechada na Bahia.
30:53Nós estamos abrindo planta em São Paulo,
30:56estamos abrindo nova planta na Bahia,
30:59e tem expansão da indústria automotiva no país inteiro nesse momento.
31:04No ano passado, que diziam que o Brasil ia crescer 1,5% no início do ano,
31:10o Brasil fechou o ano crescendo 3,4%.
31:13E o mais importante disso é que quem puxou o crescimento do Brasil no ano passado
31:17foi a indústria de transformação, que cresceu 3,8%.
31:22Para falar, não falar do ano passado, falar desse ano,
31:25agora em março a indústria em geral cresceu 3,1%,
31:30estamos falando março agora de 2025, 3,1%,
31:33e a indústria de transformação cresceu 2,7% em março.
31:38Em janeiro e fevereiro foram gerados no Brasil 576 mil novos empregos formais.
31:45Desses, 133 mil empregos formais gerados pela indústria de transformação.
31:51Isso dá dimensão da força da nossa indústria,
31:55do potencial que o Brasil tem,
31:57apesar de um absurdo freio de mão puxado no Brasil,
32:02que é a inexplicável taxa básica de juros da Selic a 14,75%.
32:10Se a gente contar pelo mundo, Luciano,
32:12que o Brasil tem uma taxa de juros básica de 14,75%,
32:16e mesmo assim a indústria está crescendo da forma que está crescendo,
32:20é difícil as pessoas acreditarem.
32:22Não há nada que justifique no país um custo de capital como esse,
32:26mas, apesar disso, com as políticas que vêm sendo desenvolvidas pelo governo,
32:30a indústria vem crescendo.
32:32O meu tempo esgotou. Obrigado.
32:35Capelli, muito obrigado.
32:37E só para complementar, quando você fala de indústria,
32:42é só a palavra indústria,
32:44porque essa indústria que tem que vir é uma outra indústria
32:48que não existia até então.
32:50Se o Brasil não puser, não colocar e implantar essa indústria,
32:54vai ficar para trás,
32:55porque os outros países estão implantando essa nova indústria.
32:59Completamente automatizada.
33:02Muito obrigado.
33:04Roberto Ramos.
33:07Agora a voz da iniciativa privada.
33:12A pergunta é, a indústria química precisa da manutenção
33:17de um regime de estímulo?
33:20Obrigado, Alberto. Muito obrigado pelo convite.
33:23Queria saudar o deputado Dilu Lopes.
33:25Fique certo que nós vamos fazer o projeto no nosso estado,
33:28porque eu também sou carioca.
33:30Professor Luciano Coutinho, velho amigo,
33:33companheiro da Braskem há muito tempo,
33:35a quem a gente deve ter sido nosso consultor
33:37no início da criação da Braskem.
33:39Depois, no episódio de fusão e incorporação da Quatro,
33:43ele, como presidente do BNDES, teve um papel fundamental
33:47e nós seremos sempre gratos por isso, Luciano.
33:50Deputado Afonso Motta, nossa vó no Congresso.
33:53Sempre muito bom vê-lo de novo,
33:55depois que vivemos juntos lá no Rio Grande do Sul, em janeiro.
33:58Ricardo, muito obrigado.
34:00Muito obrigado pelas considerações que você fez.
34:04A indústria petroquímica do mundo está mudando de paradigma.
34:08Mudou muito velozmente.
34:10Foi exposta a quatro choques de oferta,
34:13todos eles muito substanciais.
34:15O primeiro deles, a disponibilidade de gás
34:18em formações não convencionais nos Estados Unidos,
34:21o famoso Cheio Gás,
34:23que deu aos produtores americanos acesso à matéria prima etano
34:27muito mais barata do que a náfeta.
34:30O segundo foi a decisão do governo chinês
34:33de se tornar autossuficiente em resinas,
34:36polietileno e polipropileno.
34:38Eles não chegaram ainda na autossuficiência do polietileno,
34:42mas já são autossuficientes no polipropileno.
34:44Depois foi a invasão da Ucrânia pela Rússia,
34:48que elevou o custo da energia na Europa
34:51e colocou em dificuldade as petroquímicas europeias,
34:54mas também as refinarias europeias que são produtoras de náfeta.
34:58E o último grande choque de oferta
35:00foi essa guerra tarifária agora entre os Estados Unidos e a China.
35:04A China não é superavitada em polietileno,
35:08o maior exportador de polietileno para a China
35:10é exatamente os Estados Unidos,
35:12mas a China importa 18 milhões de toneladas de etano
35:15por ano dos Estados Unidos
35:17e 6 milhões de toneladas de propano.
35:19São matérias-primas fundamentais
35:21para fazer o polietileno e o polipropileno.
35:23Se o governo chinês tivesse imposto tarifas equivalentes
35:29àquelas impostas pelos Estados Unidos para produtos chineses,
35:33esses produtores chineses teriam perdido a competitividade
35:37e os Estados Unidos ficariam com 18 milhões de toneladas
35:40de excesso de etano,
35:42que iria gerar uma consequente produção de polietileno,
35:46que seria despejado em que Estado, em que país, adivinhem?
35:51Nós mesmos.
35:52Então, essa guerra toda e esses quatro choques de oferta
35:58atingiram a indústria brasileira
36:00de uma forma muito dramática, por quê?
36:03Os nossos polos petroquímicos foram construídos
36:06no final da década de 70 e início da década de 80,
36:08foram fundamentados no processamento de náfeta.
36:11Náfeta era, naquela época,
36:13matéria-prima petroquímica por excelência.
36:1775% dos produtos petroquímicos no mundo, na época,
36:20eram produzidos através da náfeta.
36:22Então, o estabelecimento da Copenha e da Copessul,
36:25ambos com forte incentivo governamental,
36:29desde a sua concepção até a sua implementação,
36:32e durante muito tempo, durante a sua condição também,
36:35ficaram atingidos pelo fato de perder a competitividade
36:38por essa troca de matéria-prima.
36:40Então, enquanto a indústria americana
36:43se reestabeleceu em torno do etano,
36:48com muito incentivo, como foi falado aqui,
36:50muito subsídio também, e a China com enorme incentivo,
36:54inclusive em termos de custo capital,
36:56que não conseguimos replicar, como o Ricardo acabou de falar,
36:59nós temos uma taxa de juros que, enfim,
37:02acho que não coincida no planeta,
37:05se esses países sustentaram as suas indústrias
37:09e subsidiaram, incentivaram as suas indústrias
37:12para que elas se desenvolvessem dessa forma,
37:14se nós não fizermos uma coisa semelhante,
37:16o nosso modelo original de processamento de náfeta,
37:19que foi criado nos anos 70 e 80, não subside mais.
37:23Mais de 30 empresas já foram fechadas
37:25no Polo Petroquímico de Camaçari,
37:27porque perderam a competitividade.
37:29Se o governo não voltar a ter uma ação muito enérgica
37:34em relação ao reestabelecimento da indústria petroquímica,
37:37como fez na sua criação, ela vai deixar de existir.
37:40Esse é o risco que nós estamos correndo.
37:42E, como a Daniela falou hoje aqui, antes de mim,
37:47nós estamos operando os nossos craques
37:49com menos de 70% de eficiência, com 60 e poucos por cento de eficiência,
37:53e estamos operando as nossas plantas de polietileno
37:56com cerca de, início, 70, 70 e baixo.
38:03Isso, como o Luciano falou, é impossível você,
38:06operar uma planta petroquímica
38:08ou qualquer indústria de processamento contínuo
38:11com um nível de utilização da capacidade instalada
38:14inferior a 80%.
38:16Você não tem margem que consiga compensar
38:19a não absorção dos custos fixos.
38:22Porque você está absorvendo custos fixos
38:24em 70% de capacidade produtiva, e não 80%, 85%, 90%.
38:28É impossível você ganhar dinheiro,
38:30e isso está registrado nos nossos resultados.
38:34A Braskem tem sofrido muito por causa disso,
38:37e ela precisa recuperar a sua saúde financeira,
38:41precisa ser devidamente protegida pelas proteções tarifárias
38:45e também pelos incentivos e subsídios,
38:48sob pena dela desaparecer, e, ao desaparecer,
38:51desaparecer também a indústria petroquímica brasileira.
38:54Roberto, sabe o que eu queria te perguntar ainda?
38:57Nós falamos muito da matriz energética brasileira,
39:01dos recursos naturais brasileiros,
39:04e que vão ser superimportantes
39:06na próxima geração de indústria.
39:09Como é que o Brasil pode fazer
39:12para, novamente, não ser apenas um vendedor
39:16de matéria-prima e commodities para o mundo
39:20e conseguir verticalizar e agregar valor em cima
39:24da matéria-prima que nós produzimos?
39:28O Reinaldo e a Daniela falaram disso.
39:32O futuro da matéria-prima brasileira vai ser o etanol.
39:36Nós estamos num processo de transição de matéria-prima
39:39de náfeta para gás, como eu falei,
39:42mas o Brasil vai ter um segundo estágio nessa transição,
39:47que é de gás para o etanol.
39:50Então, o etanol brasileiro é mais competitivo
39:52do que o etanol de milho americano.
39:54Tem uma pegada de carbono negativa,
39:58mais negativa do que a do etanol de milho americano,
40:02e pode ser a matéria-prima do futuro.
40:05E o Brasil tem uma liderança
40:07absolutamente estabelecida em relação a isso.
40:10A Braskem é a maior produtora de resina verde no mundo,
40:13produz 275 mil toneladas na nossa planta
40:16no Rio Grande do Sul, deputado, com muito orgulho.
40:21O segundo produtor de polietileno verde no mundo
40:24produz 20 mil toneladas, ou seja,
40:26produz um décimo do que a gente produz.
40:28Nós temos 15 anos de experiência no desenvolvimento desse produto
40:31e desenvolvendo a lógica de operar com a matéria-prima renovável.
40:35Esse vai ser, na verdade, a base da Braskem do futuro,
40:39vai ser a base da indústria petroquímica,
40:41a essa altura, alcooquímica, do Brasil no futuro.
40:44E, nisso, nós vamos ter uma posição de liderança
40:48que é inatingível, porque temos uma competitividade intrínseca
40:53no início da cadeia, que é no etanol de cana-de-açúcar.
40:57Bom, a gente vai encerrar.
40:59Alberto, me permite, eu acho que é importante
41:01registrar a presença do presidente da Câmara,
41:03dos deputados, o deputado Hugo Motta,
41:05que nos honra aqui também.
41:11Obrigado, deputado Afonso.
41:13Bom, a gente encerra, então, nesse momento, o painel.
41:18Muito obrigado. Pode, por favor.
41:22Eu queria dizer que o problema aqui, pelo visto,
41:24está muito bem encaminhado com a presença do nosso presidente.
41:28Mas eu só, para comentar o que o Capelli falou,
41:31por óbvio, governos anteriores podem ter tido alguns equívocos
41:35na condição de políticas públicas e industriais.
41:38Mas, como eu falei ao André e à nossa diretora de Relações Institucionais,
41:42da Braskem, Roberto,
41:44há um equívoco também da própria indústria petroquímica
41:47de não ter feito como o agro.
41:49Porque o agro, com o sertanejo,
41:51e com as políticas de comunicação que estabeleceu,
41:54ganhou a sociedade.
41:56E o setor industrial, lamentavelmente, não o fez.
41:59Então, eu só estou querendo fazer esse registro,
42:01porque se tem alguém que manda, inclusive no poderoso Hugo Motta,
42:05é a sociedade brasileira, gente.
42:07Então, nós precisamos do apoio de vocês para fazer coisas como essa,
42:11para convencer a sociedade de que, sem a indústria de base,
42:15não há o restante da indústria brasileira. Obrigado.
42:18Eu vou deixar um minuto para cada um de considerações finais.
42:22Muito obrigado. Por favor, Coutinho.
42:27Muito bom.
42:28Eu vou entrar um pouquinho naquilo que eu deixei antes.
42:34Primeiro, nós temos que olhar o conjunto de ferramentas
42:39de política industrial.
42:42O Brasil tem condições de mobilizar várias outras ferramentas.
42:47E aí, Capelli, a Nibiru foi um grande avanço,
42:52ela já manifestou resultados, como você falou,
42:56nós não temos que abandoná-la,
42:59mas o fato é que nós estamos diante de uma grande guerra de emergência
43:03que surgiu depois do governo Trump.
43:06Nós precisamos reavaliar esse conjunto de medidas,
43:12inclusive para evitar que a Nibiru se frustre.
43:21E nós temos que ver concretamente aqui,
43:26no caso do setor químico,
43:29nós temos que olhar, eu acho que, em primeiro lugar,
43:32a questão do custo dos insumos,
43:34e especialmente o custo de matéria-prima.
43:38E nós precisamos responder,
43:41em termos da política industrial, da própria Nibiru,
43:45qual é a estratégia para o gás.
43:50Nós vamos queimar gás para fazer térmica?
43:53Nós vamos queimar gás para fazer hidrogênio?
43:56Vamos fazer o quê?
43:58Eu defendo que o gás deve priorizar a indústria química
44:05durante ainda um bom período.
44:08Coutinho, eu te agradeço.
44:09Ou bem a gente mantenha a química,
44:13porque a química nafta,
44:16nós vamos precisar que a Petrobras,
44:19que, aliás, é sócia muito relevante na Braskem,
44:22ajude a médio prazo.
44:25Então é uma questão chave.
44:28Além de revisitar,
44:31eu participei muito intensamente da preparação do REIC.
44:36O REIC foi desmantelado,
44:39mas nós precisamos restabelecer minimamente isso.
44:45Naquela época, o problema era inverso,
44:48nós tínhamos um câmbio supervalorizado
44:51e um juro que estava um pouquinho mais...
44:54Até porque nós tínhamos a TJLP,
44:58que facilitava um juro
45:01para a formação de capital do setor privado
45:04muito mais favorável do que o que existe hoje.
45:08Então nós temos que repensar toda a caixa de ferramentas,
45:14nós temos que pensar a longo prazo
45:16e nós temos que endereçar exatamente.
45:20Nós queremos ter indústria química
45:23com adique base de matéria-prima
45:26e isso precisa ter coerência e ter consistência de longo prazo.
45:31Desculpe ter tomado...
45:32Imagina, eu te agradeço muito.
45:33Porque eu acho que esse é um ponto fundamental para o futuro
45:36e, se nós não sublinhá-lo aqui,
45:39eu adoraria falar de descarbonização,
45:43de indústria verde, de inovação,
45:46é uma coisa que me entusiasma muito, mas não...
45:48Muito obrigado, muito obrigado.
45:54Alberto, eu vou usar o meu minuto para minha dirigente,
45:56Hugo Mota.
45:58O nosso presidente,
46:00não tivemos ainda a oportunidade de fazer um diálogo assim,
46:04ele é o Projeto-Lei 382 de 25, de minha autoria,
46:10que eu e o deputado Júlio Lopes compartilhamos o desafio,
46:14estamos lá na Comissão de Indústria e Comércio,
46:16ele é o relator, mas nós gostaríamos,
46:19claro, com todo o respeito e compreendendo a dimensão
46:22da nova direção e nova liderança da Câmara dos Deputados,
46:26que tivéssemos a aprovação da urgência,
46:30que nós avançaríamos,
46:32o Júlio Lopes já chegaria a relator lá no plenário,
46:36e nós pudéssemos ter um novo incentivo em substituição ao REIC.
46:41Teve aqui também o senador Efraim,
46:44que tem uma liderança e participa conosco
46:46na frente parlamentar há muitos anos,
46:49e eu tenho certeza que lá no Senado também
46:51nós conseguiríamos uma tramitação.
46:53Então, deixo esse registro, com todo o respeito à vossa excelência,
46:56a gente sabe bem, como líder de bancada,
46:58como é que funciona a decisão, a deliberação
47:02para que a gente tenha esse regime de urgência aprovado.
47:06Obrigado, obrigado a todos, é um prazer poder participar.
47:09Eu agradeço a todos.
47:11Muito obrigado a todos pela presença,
47:12quero agradecer o deputado federal Júlio Lopes,
47:15do Partido Progressista do Rio de Janeiro,
47:18o deputado federal Afonso Mota, do PDT do Rio Grande do Sul,
47:21o presidente da frente parlamentar da Química,
47:24o professor colaborador do Instituto de Economia da Unicamp,
47:27economista da EM Temporal Capital, Luciano Coutinho,
47:30o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial,
47:33a BDI, Ricardo Capelli,
47:35e o diretor-presidente CEO da Braskem,
47:37Alberto Ramos, agradeço imensamente
47:40a participação do nosso painel
47:42nesse debate tão enriquecedor a respeito da indústria química brasileira,
47:46seus desafios e principalmente as suas oportunidades para o futuro.
47:51E agora, claro, eu quero convidar ao palco
47:53para fazer o seu pronunciamento,
47:55para encerrar esse nosso encontro tão rico,
47:58o presidente da Câmara dos Deputados,
48:01deputado federal Hugo Mota,
48:03do Republicanos da Paraíba.
48:05Seja muito bem-vindo, presidente.
48:07Obrigado pela presença.
48:21De maneira muito breve,
48:24primeiro, cumprimentar aqui todos os presentes,
48:28desejando um bom dia.
48:31Primeiro, agradecer a oportunidade do convite,
48:34aqui pelos debatedores que tivemos nesse último painel,
48:39demonstra a importância desse encontro.
48:42Então, cumprimentar a todos da indústria química,
48:45a própria CNI, o setor industrial brasileiro,
48:50por realizar um debate que com certeza
48:55nos traz uma agenda que eu penso que é fundamental para o país
49:00e que nós precisamos enfrentar
49:03de maneira contundente,
49:05que é o fortalecimento da industrialização do Brasil.
49:09O nosso país, ao longo do tempo,
49:15conseguiu evoluir em muitos setores,
49:17nós tivemos já uma evolução significativa
49:21na nossa política industrial,
49:23porém olhamos para o futuro
49:26na certeza de que podemos fazer mais.
49:29Estive em São Paulo no início dessa semana,
49:32em Nova Iorque na semana passada, julho,
49:35estivemos juntos lá,
49:38e uma coisa é certa,
49:40nós precisamos cada vez mais apostar
49:44na industrialização do país,
49:47porque é de fato isso que fará nós, Capelli,
49:51evoluirmos de uma condição hoje
49:54de um país apenas exportador de commodities,
49:57para que passemos a ser um país exportador
50:00de produtos com valor agregado.
50:03É de fato essa agenda
50:05que vai ajudar na transformação do país,
50:07numa melhor distribuição de renda
50:09e distribuição das nossas riquezas.
50:11É apostando na educação,
50:13numa melhor formação da nossa mão de obra,
50:15que nós vamos poder fazer
50:17com que o país possa evoluir de fato nesse sentido.
50:21Então é por isso que esse seminário
50:23tem essa importância,
50:25nós não podemos pensar o Brasil
50:27apenas para o ano 2025, o ano 2026.
50:31Nós temos que ter uma política de médio e longo prazo,
50:34que independente de quem venha a ser o governante,
50:36independente de quem venha a ser o presidente da Câmara,
50:38o presidente do Senado,
50:40essa política possa estar estabelecida,
50:43e a partir daí as metas serem dadas
50:47e depois serem cobradas para que sejam cumpridas.
50:50Eu penso que o Parlamento,
50:52do ponto de vista legislativo, julho,
50:54nesse projeto que você relata,
50:58eu penso que nós temos sim, Afonso,
51:00que tratar como uma certa prioridade,
51:02porque o Parlamento em si,
51:05nas suas divergências,
51:07é a casa onde se pode fazer esses ajustes
51:10para que o país possa, de certa forma,
51:13deslanchar do ponto de vista industrial.
51:15E a nossa presença aqui, professor Luciano,
51:17é justamente para reforçar esse compromisso,
51:19dizer que a nossa marca,
51:21desde que assumimos a presidência da Câmara,
51:23tem sido a marca do equilíbrio, da serenidade,
51:26mas, acima de tudo, do diálogo.
51:28E esse diálogo tem que se dar cada vez
51:31de forma mais permanente com o nosso setor produtivo,
51:34com quem carrega esse Brasil nas costas,
51:37pagando os impostos,
51:39acreditando no país
51:41e olhando para o futuro,
51:43na certeza de que nós podemos, sim,
51:45ir cada vez mais longe.
51:47E eu quero poder cada vez mais
51:49reforçar essa nossa disposição
51:51de expandir esse diálogo
51:53e de poder, de certa forma,
51:55colaborar com uma agenda
51:57que eu penso que essa sim é a prioridade
51:59para o nosso país,
52:01para os milhões de brasileiros
52:03que querem morar num Brasil mais igual,
52:05num país que se desenvolve economicamente,
52:08que tem oportunidade para todos
52:10e que, de certa forma,
52:12se preocupa em garantir para as próximas gerações
52:15um país mais justo
52:17em todos os nossos pontos de vista.
52:19Então, a nossa presença aqui
52:21é para reforçar a disposição
52:23de colaborar com essa agenda
52:25e dizer que vamos juntos ao trabalho,
52:28vamos juntos construir uma agenda positiva
52:31em favor do Brasil.
52:32Muito obrigado.
52:34Agradeço muito ao presidente da Câmara,
52:36Hugo Mota, pelas suas palavras e pela presença.
52:38Em nome dele, cumprimento também
52:40todos os parlamentares que aqui estão.
52:42Muito obrigado aos empresários que compareceram
52:45e a todos vocês que acompanharam
52:47os debates do Brasil 2030
52:49Perspectivas de Desenvolvimento.
52:51O Brasil está em uma situação
52:53em que o Brasil está em uma situação
52:55em que o Brasil está em uma situação
52:57em que o Brasil está em uma situação
52:59em que o Brasil está em uma situação
53:01perspectivas de desenvolvimento.
53:03O primeiro evento promovido em Brasília
53:05pelo Times Brasil licenciado
53:07exclusivo CNBC.
53:09O primeiro de muitos, tenho certeza.
53:11Excelente dia a todos e até o próximo.
53:31Legendas pela comunidade Amara.org
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