Gosto da lua nos flancos da noite
Onde nem os grilos cantam
Só eu.
E ao silêncio peço que me acoite
E ao sol que não venha
Que o sonho é meu
É vasta e funda a intimidade com as azuis raízes do céu
E chovem de todos os poros os fluidos da estupefacção
E ninguém responde
E dos flancos da lua sorvo a prateada solidão das coisas
Na inalação dos detritos antigos do meu vulgar desastre
Negra de cristais de incenso e nua
É a cor deste reciclado espanto
E digo: boa noite meu amor,
Como é bonita a lua!
Valter Guerreiro
Onde nem os grilos cantam
Só eu.
E ao silêncio peço que me acoite
E ao sol que não venha
Que o sonho é meu
É vasta e funda a intimidade com as azuis raízes do céu
E chovem de todos os poros os fluidos da estupefacção
E ninguém responde
E dos flancos da lua sorvo a prateada solidão das coisas
Na inalação dos detritos antigos do meu vulgar desastre
Negra de cristais de incenso e nua
É a cor deste reciclado espanto
E digo: boa noite meu amor,
Como é bonita a lua!
Valter Guerreiro
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