A existência celebra-se Em lapsos de memória Histórias por contar Palcos por encenar Telas por pintar Enquanto as suas cores São escolhidas na paleta De um pintor desconhecido E agora a alma grita-te aos ouvidos O teu corpo cambaleia e tu cais Cais… cais… cais… Cais
Caminhas pela terra com nome de homem Quando deverias ter nome de Deus E agora já nada mais te diz A não ser a tua própria sorte
E agora consomes cigarros à pressa E tomas comprimidos cor-de-rosa Que nem sabes para que servem
E cais outra vez sem saber porque cais
E cais novamente só para cair novamente sem saber por que cais outra vez
E agora guardas tudo Dentro de uma caixa: A tua alma O teu espírito A tua vida A tua morte
E cais outra vez sem saber porque cais
E Deus já não é da tua família E o Diabo já não é o teu próprio Pai E Cais… Cais… Cais… Cais…