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Terraviva DBO na TV apresenta análises detalhadas de notícias e situações relevantes para o setor agropecuário, além de entrevistas com personalidades da área. O programa também oferece informações sobre preços e tendências dos principais insumos utilizados por criadores, invernistas, confinadores e produtores de leite.

Outro destaque é a análise abrangente da evolução do preço do boi gordo em 33 praças, antecipando tendências e os rumos do mercado nacional. Com consistência e credibilidade, o programa adota uma linguagem acessível e despojada, transformando as notícias em ferramentas práticas e de uso imediato para o dia a dia do pecuarista brasileiro.

Exibido de segunda a sexta-feira, das 19h25 às 19h55, com reapresentação às 06h00

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#Terraviva #Agronegócio #DBOnaTV

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Notícias
Transcrição
00:00Olá, boa noite para todo mundo. Terra Viva DBO na TV está no ar.
00:04Sejam todos muito bem-vindos ao programa que diariamente leva as informações da pecuária de corte
00:09e de leite para os amigos e amigas boiadeiros de todo o Brasil.
00:13Vem com a gente até 5 para as 8.
00:15E para começar mais uma edição, eu anuncio a recitação da prosa brideira do dia.
00:20Na lida de criar boi, o pecuarista tem uma série de atividades para se preocupar
00:24para garantir a lucratividade da fazenda.
00:26E uma delas que não pode ser deixada de lado é o cuidado com o pasto.
00:31É preciso ter capim em quantidade e de qualidade para alimentar a boiada.
00:36E para ajudar nessa função, eu anuncio então a nossa sessão sobre pastagens
00:40com a zootecnista doutora Janaína Martucelo, colunista convidada aqui do Terra Viva DBO na TV.
00:46E o assunto que vai ser tratado hoje é a importância da altura de entrada e de saída das forrageiras.
01:00Nós já conversamos aqui algumas vezes sobre o manejo de pastagens por altura e não por dias fixos.
01:07Já falamos que planta não responde a calendário humano.
01:10Planta responde a água, luz, temperatura e nutriente.
01:13Quanto mais luz, mais temperatura, mais nutriente e água, até o limite que essa planta suporta,
01:19obviamente nós vamos ter um maior acúmulo de forragem.
01:23Portanto, manejar pastos por altura é aquilo que a ciência tem nos apontado
01:28como uma excelente estratégia para aumento de produtividade na fazenda.
01:32Cada planta forrageira tem uma altura específica.
01:34Então procure saber qual é a altura de manejo da sua planta.
01:39Mas tão importante quanto a gente respeitar essa altura de entrada que é específica para cada planta forrageira,
01:45é também importante a gente respeitar a altura de saída.
01:49Portanto, a gente não pode, em hipótese alguma, permitir que na saída dos animais os nossos pastos fiquem rapados.
01:55Quando a gente rapa os pastos, deixamos os animais rebaixarem muito esses pastos,
02:02o que vai acontecer é que a planta vai ficar lançando mão das reservas que ela já fez
02:06e com o tempo esse pasto vai se degradando, os perfilhos vão morrendo, as tolceiras vão morrendo,
02:12vai dando espaço para plantas daninhas e a consequência disso é a degradação dos nossos pastos.
02:18Por isso é sempre importante que a gente deixe uma área foliar remanescente.
02:24O que é essa área foliar remanescente?
02:27Como vocês estão podendo observar aqui, o nosso lote de vacas está agora em pastejo aqui nesse piquete.
02:35Mas quando a média do nosso piquete estiver em torno de 40 centímetros,
02:40nós vamos retirar esses animais para não deixar que eles rebaixem muito.
02:43Então vocês podem observar que a gente ainda tem muita folha, muita matéria seca de folha disponível nesse pasto.
02:50Essa matéria seca de folha remanescente que está aqui,
02:54ela é suficiente para permitir que elas façam a fotossíntese e esse pasto continue no seu desenvolvimento.
03:02Quanto mais baixo tiver esse pasto na saída dos animais, mais difícil vai ser essa rebrota,
03:07mais lenta vai ser essa rebrota, mais tempo esse pasto vai precisar ficar descansando.
03:12No nosso caso aqui, é um capim mombaça, que é manejado com altura de entrada em torno de 80 centímetros
03:18e altura de saída em torno de 40 centímetros.
03:22Então se a gente deixar esse pasto muito mais baixo do que isso,
03:25nós vamos ter muita dificuldade de rebrota e esses animais vão demorar para voltar para esse pasto.
03:31E aí atrapalha consideravelmente a nossa rotação aqui nesse caso.
03:35Portanto, é fundamental dizer a vocês que tão importante quanto respeitar a altura de entrada
03:41e não colocar o gado com pasto muito alto, porque pasto muito alto tem mais fibra e pouca proteína,
03:47é importante deixar uma área foliar remanescente para que então a gente consiga ter uma rebrota muito mais eficiente.
03:54Muito obrigado, Janaína.
03:56E olha, a menor oferta de bovinos para abate deve encerrar o período de carne mais barata no Brasil.
04:02Analistas prevêem alta do boi gordo em 2026, enquanto a indústria exportadora aposta em estabilidade.
04:09Projeções de mercado indicam valores médios em torno de R$ 340 por arroba,
04:16com alta de 10% no preço da carne ao consumidor, especialmente no segundo semestre de 2026.
04:22A pressão ocorre em um ano eleitoral, quando cresce o consumo de carne com maior circulação de dinheiro na economia.
04:28Ainda assim, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne
04:33diz que não identificou espaço para sobressaltos nos preços
04:37e que há oferta suficiente para manter o abastecimento interno e as exportações.
04:44Ao longo do ano que vem, a gente segue acompanhando esses desdobramentos.
04:47E olha, no próximo bloco, uma entrevista com o Diego Rossin,
04:51médico veterinário e coordenador técnico da Scott Consultoria
04:54sobre a pesquisa expedicionária Confina Brasil.
04:58Terra Viva, DBO na TV, volta já. Não saia daí.
05:00Impresso ou digital?
05:04Se você quer o melhor conteúdo para a pecuária, fique com os dois.
05:09Tenha sempre seus exemplares da DBO à disposição, no escritório, na caminhonete
05:15ou ao alcance de seus colaboradores na fazenda.
05:18DBO é fonte de conhecimento, reportagens de campo, matérias, artigos e análises de mercado.
05:25Entre lá na nossa loja, no portal DBO e faça sua assinatura impressa e digital ou só digital.
05:33O Confina Brasil, uma das maiores pesquisas expedicionárias sobre pecuária de corte no país,
05:38acaba de concluir mais uma edição.
05:41A equipe da Scott Consultoria percorreu diferentes regiões, visitou propriedades,
05:46levantou dados de manejo, produtividade, tecnologia e gestão.
05:50Tudo isso para revelar o retrato atualizado dos confinamentos brasileiros.
05:56Para entender melhor sobre a pesquisa, eu converso com o médico veterinário, Diego Rossin,
06:01que participou diretamente da expedição.
06:03Boa noite, Diego. Seja muito bem-vindo ao Terra Viva, DBO na TV.
06:08Olá, Isaac. Olá a todos que nos acompanham.
06:10Obrigado por esse convite. É uma honra estar aqui participando com vocês.
06:14A honra é a nossa.
06:15Diego, para começar, qual foi o principal objetivo da edição deste ano da pesquisa expedicionária?
06:21Olha, Isaac, a pesquisa já acontece desde 2020, onde a ideia lá atrás foi realmente a gente sair do Brasil afora,
06:29como você bem pontuou, entender de fato, no campo, o que estava acontecendo com o confinamento brasileiro.
06:36Quais eram os desafios, principalmente, enfrentados pelos produtores.
06:39A gente via que os principais países produtores de carne, assim como a gente, Estados Unidos, Austrália,
06:45já tinham uma cadeia, um sistema muito mais intensivo, principalmente na terminação.
06:49A gente sabia que o Brasil ia passar por isso também.
06:51Então, a ideia foi realmente a gente entender isso Brasil afora.
06:55Então, a gente vai desde o pequeno ao grande confinador para ver quais as dores, quais as soluções,
07:01enfim, o que tem de mais atualizado em relação ao confinamento brasileiro.
07:05Perfeito. Diego, qual foi o tamanho da amostragem da pesquisa?
07:09Então, quantos estados, fazendas e animais foram analisados?
07:13Isaac, a gente fala que esse hoje é um ponto forte, assim, realmente do projeto, né?
07:18Para você ter uma noção, desde o primeiro ano, nós já passamos por mais de 700 propriedades
07:24em 17 estados brasileiros.
07:25Se a gente for pegar especificamente esse ano, foram aí 30 mil quilômetros percorridos,
07:30184 propriedades, né?
07:32Entre visitas e pesquisa remota em 17 estados.
07:37Então, cobrindo todas as regiões mesmo, né?
07:39Desde o Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste, Norte, enfim, todas as regiões.
07:44No total, mapeamos 3,1 bilhões de cabeças de bovinos, né?
07:48Sobre alguma utilização intensiva do coxo.
07:51Então, desde a engorda e terminação, de fato, até sequestro,
07:55recria intensiva no coxo, preparo de fêmea para entrada e reprodução,
07:58que é o que a gente tem visto cada vez mais nesses desdobramentos
08:02da utilização da ferramenta do confinamento.
08:04E, principalmente falando em terminação, foram 2,6 milhões de animais terminados, né?
08:10Que a gente acompanhou, que representa aí cerca de 31,7% dos 8,3 milhões
08:16que a Scott projeta que será terminada em confinamento em 2025.
08:19Então, praticamente um terço do confinamento brasileiro, né?
08:22Em relação à terminação, a gente acompanhou a cama.
08:25E como foi o processo de campo, né?
08:27Quanto tempo durou a expedição e quais metodologias vocês utilizaram
08:31para levantar esses dados?
08:33A expedição, ela dura 4 meses, né?
08:35Então, nós saímos dia 2 de junho, é aqui do escritório, né?
08:39Em São Paulo, e a gente passa 4 meses na estrada.
08:41Então, em setembro, até setembro, né?
08:44Então, visitamos todos esses estados.
08:46Normalmente, a gente passa aí uma semana por estado,
08:48onde nós fazemos duas visitas por dia.
08:50E como eu disse, desde confinamentos aí com mil animais de capacidade estática
08:55até confinamentos com 70, 80 mil animais de capacidade estática.
08:59Mas sempre a entrevista, ela segue, né?
09:02Os mesmos critérios.
09:03Então, normalmente, essas pesquisas são feitas ou com os proprietários, de fato,
09:07ou com os gestores dos confinamentos,
09:09sempre coletando aí dados econômicos, produtivos, nutricionais
09:13e verificando em loco, né?
09:15O manejo, a estrutura, a dieta, a instalação.
09:18E tudo isso, depois, é analisado, né?
09:21Aqui pela equipe da Escola de Consultoria,
09:23para que a gente possa divulgar esse benchmarking,
09:25depois, assegurando aí que foram por meio dos mesmos critérios, né?
09:29Para todos os avaliados, né?
09:31E quais foram, então, os principais temas avaliados na pesquisa?
09:34O que vocês priorizaram nesta edição?
09:38Nós temos dois questionários, né?
09:40Que nós aplicamos em relação aos confinamentos visitados
09:43e nós estruturamos entre um questionário estrutural,
09:46que é, de fato, para entender a estrutura do confinamento e tendências.
09:50E outro questionário que a gente fala que é o estratégico,
09:52onde a gente pega desde informações gerais em relação à propriedade,
09:56então, o número de animais que pretende confinar nesse ano,
09:59variação de um ano para o outro,
10:01categorias que estão sendo confinadas,
10:03indicadores isotécnicos, a parte de sanidade,
10:06então, em relação à proporção aí de concentrado volumoso nas dietas,
10:10principais insumos sendo utilizados.
10:12A gente olha também parte de sanidade,
10:15a gente olha gestão, novas tecnologias aplicadas aí dentro do confinamento, né?
10:21Então, software, parte de consultoria também,
10:24se tem alguma consultoria ou não, automação,
10:26se utiliza automação de trato ou não,
10:27se está trabalhando com gestão de risco ou não,
10:29enfim, é um questionário bem extenso aí,
10:32onde realmente a gente tem uma colheta aí
10:35dos mais diversos indicadores,
10:37tentando trazer um panorama geral mesmo da atividade
10:40e para onde ela está caminhando, né?
10:42Como você bem pontuou no começo,
10:45todo ano a gente faz um retrato atualizado
10:47do que está acontecendo com essa terminação intensiva,
10:50mas como já é a sexta edição do projeto,
10:52caminhando para a sétima edição,
10:54a gente consegue olhar para trás
10:56e realmente ver o filme dessa intensificação.
10:59A gente consegue ver esses vários retratos
11:00e acompanhar a evolução do que está acontecendo nesse cenário, né?
11:04E vocês que tiveram em campo,
11:06o que mais chamou a atenção durante as visitas?
11:09Teve algum ponto fora da curva
11:11ou alguma tendência que vocês percebam
11:13que apareceu repetitivamente?
11:16Olha, é difícil a gente pontuar apenas um,
11:19mas assim, eu acho que pontos que nós podemos citar aqui, né?
11:22Primeiro, acho que a gente pode falar em relação à agricultura,
11:25algo que a gente começou a acompanhar mais atualmente
11:28nos questionários,
11:29porque a gente viu que realmente o confinador
11:33tem se aproximado cada vez mais da agricultura,
11:35ou o inverso, né?
11:37A agricultura tem se aproximado cada vez mais
11:39do confinamento, dependendo das regiões aí.
11:41Então, a gente vê que, de fato, tiveram regiões
11:45onde os confinamentos que nós visitamos
11:47tinham uma presença superior a 90%
11:50de agricultura dentro do sistema.
11:53E, em média geral,
11:54acima de 70% das propriedades visitadas
11:56pelo Confina Brasil hoje já trabalham com agricultura.
11:59Quando a gente pega em comparação com 2020,
12:01a gente vê que era cerca de 40%.
12:04Então, realmente, é um número que a gente viu crescer muito.
12:07Hoje, realmente, as atividades aí
12:09estão caminhando de mãos dadas.
12:10A gente vê que o agricultor percebe
12:12muito mais valor na pecuária,
12:14principalmente na categoria de recria, né?
12:16Na integração laboral-pecuária.
12:17Depois, ele tem o confinamento
12:19para destinar esses animais
12:20quando ele precisa tirar dessas áreas.
12:23Fora, também, a segurança dele
12:24estar produzindo o seu próprio alimento,
12:26ele está trabalhando já com a produção de silagem,
12:28até mesmo de um grão úmido, né?
12:30E é o contrário também, né?
12:32A gente vê o pecuarista indo para a agricultura também,
12:35já por conta dessa segurança.
12:37O segundo ponto que a gente pode mencionar
12:38que a gente acompanhou esse ano,
12:40realmente, foi uma participação crescente de fêmeas aí
12:42que a gente viu nos confinamentos.
12:45Então, uma indústria cada vez mais buscando
12:47por uma carne de qualidade,
12:49pagando bonificação para esses animais.
12:51Então, realmente, a gente viu uma presença grande de fêmeas
12:54no confinamento esse ano.
12:55Outra tendência é essa utilização
12:58de maneira cada vez mais abrangente
13:00do confinamento como ferramenta.
13:02Então, a gente vê que hoje
13:03não é só mais para engorda e terminação.
13:06A gente vê muita fazenda utilizando ele
13:07como estratégia também para seco,
13:09para um sequestro, para um resgate,
13:11para um preparo de fêmeas para a entrada,
13:12uma reprodução, principalmente,
13:14quando se trata de precocinhas, né?
13:15E, claro, que vale mencionar também
13:17o avanço da intensificação no Mato Piba, né?
13:19Então, a gente pega esses estados aí,
13:21mais ao norte e nordeste,
13:22realmente, as fronteiras agrícolas hoje
13:24crescendo num volume muito acelerado.
13:27Tem estados aí com Piauí e Tocantins
13:29crescendo mais de 30% o volume de animais
13:31terminados em confinamento.
13:34Diego, quero te agradecer aqui
13:35pela participação no Terra Viva de Biona TV.
13:38Nosso tempo é curtinho,
13:39nem sempre dá para trazer todas as perguntas,
13:42mas eu tenho certeza que foi o suficiente
13:43para o pecuarista que está nos acompanhando
13:46se interessar pelo assunto
13:47e entrar em contato com vocês
13:49e entender um pouquinho melhor
13:50do resultado dessa pesquisa.
13:51Quero te agradecer pela entrevista de hoje, viu?
13:55Eu que agradeço.
13:55Obrigado pelo convite.
13:57Para quem quiser acompanhar,
13:58nós temos o relatório completo, né?
13:59O Benchmarking Conf na Brasil 2025.
14:02É só acessar que todas as informações
14:03já estão disponíveis nas nossas mídias.
14:05Nosso site aí.
14:06Obrigado, Isaac, pelo convite.
14:08Perfeito.
14:09A gente que agradece a sua participação.
14:12Obrigado.
14:12E a seguir, estudo da Universidade de São Paulo
14:16comprova que a ATF pode reduzir em até 49%
14:20a pegada de carbono na pecuária.
14:22Terra Viva de Biona TV volta já.
14:24Continue com a gente.
14:29Impresso ou digital?
14:30Se você quer o melhor conteúdo para a pecuária,
14:34fique com os dois.
14:35Tenha sempre seus exemplares da DBO à disposição,
14:39no escritório, na caminhonete
14:41ou ao alcance de seus colaboradores na fazenda.
14:45DBO é fonte de conhecimento,
14:47reportagens de campo, matérias, artigos
14:50e análises de mercado.
14:52Entre lá na nossa loja no portal DBO
14:54e faça sua assinatura impressa e digital
14:57ou só digital.
14:59Um estudo da Universidade de São Paulo
15:01deixou comprovado que a IATF,
15:04que é a Inseminação Artificial em Tempo Fixo,
15:06também pode ajudar o pecuarista
15:08a reduzir a produção de gases de efeito estufa
15:10na sua propriedade.
15:12Sobre este assunto, Sidney Maschio
15:13conversou recentemente com a médica veterinária
15:16Laís Ângela de Abreu,
15:18pesquisadora da Faculdade de Medicina Veterinária
15:20e Zootecnia da USP.
15:22Confira.
15:23Boa noite, Laís.
15:25Muito obrigado por você ter aceitado
15:26o nosso convite para esta entrevista.
15:28Seja muito bem-vinda mais uma vez
15:30e fique à vontade,
15:31porque aqui na nossa casa
15:32todo mundo gosta mesmo
15:33de simplicidade, alegria e amizade.
15:37Bom, boa noite.
15:38Obrigada mais uma vez pelo convite,
15:40pela parceria.
15:41E a ideia é sempre falar uma linguagem
15:43que todo mundo entende, né?
15:44Eu venho de uma família do campo,
15:45então, para mim, isso é maravilhoso.
15:47E juntar isso com uma tecnologia de ponta,
15:50realmente trazer informações
15:51que a gente possa aplicar no campo
15:52e ver o impacto direto disso.
15:54Muito bom, né?
15:55Ô, Laís, só 25% das matrizes
15:58do Brasil inteiro
15:59inseminadas com IATF
16:01é muito pouco, não é?
16:02O que é que o Brasil precisa fazer
16:04para aumentar mais rapidamente
16:05o uso dessa tecnologia
16:07no rebanho nacional, hein?
16:09Perfeito.
16:10É uma pergunta interessante
16:12e, realmente,
16:13em termos comparativos,
16:15é similar à média mundial.
16:17Então, o Brasil está
16:18numa média parecida,
16:19o que não quer dizer
16:20que nós não possamos evoluir,
16:22como você muito bem comentou.
16:23e esse crescimento,
16:24ele tem sido exponencial,
16:25ele cresceu bastante
16:26desde 2002 até, né,
16:28hoje.
16:29E isso se dá pelo fato
16:30da evolução tecnológica
16:31e também pelo avanço, né,
16:33do custo-benefício do processo.
16:35Então, além de trazer, realmente,
16:36um aumento de produtividade,
16:37de facilidade operacional,
16:39isso é um custo relativamente atrativo.
16:41O retorno ao investimento
16:42é muito positivo.
16:43Então, por isso que a gente fala
16:44que é uma ferramenta
16:45bastante inovadora, né,
16:46e fácil de ser aplicada.
16:47e o número ainda é inferior
16:50ao que nós gostaríamos,
16:52porque ainda há algumas limitações, né,
16:54há uma nova cultura
16:56de ter que explicar
16:58como é possível
16:59otimizar alguns processos.
17:01Então, muitas vezes,
17:01a gente fala de IATF
17:03e algumas pessoas
17:04acabam por não entender
17:05que se não usar a ferramenta
17:06não tem como melhorar.
17:07Ela, na verdade,
17:08é um acelerador,
17:09assim como outras atividades
17:11são possíveis de ser somadas,
17:13né, complementadas,
17:14e isso vai virando
17:14um pacote tecnológico
17:16de uma forma que a fazenda
17:17consiga ser mais eficiente
17:18em vários sentidos.
17:19Então, essa construção
17:21de explicar,
17:21de ver que não é nada
17:23muito complexo,
17:24é possível de aplicar
17:25na propriedade.
17:26Cada propriedade
17:27tem um cenário,
17:28então, algumas vezes,
17:28a gente vai começar
17:29de uma forma mais simples,
17:30você vai evoluir
17:31para uma reinseminação,
17:33uma inseminação
17:33um pouco mais intensiva,
17:35com intervalos menores,
17:37então, há imensas possibilidades.
17:39Então, primeiro, né,
17:39mostrar que é possível,
17:41então, levar essa informação,
17:42fazer um serviço
17:43de extensão mesmo,
17:44o próprio treinamento
17:46para os especialistas,
17:47então, os veterinários, né,
17:48o pessoal dessa área
17:50que se envolve com a técnica,
17:52se especializar cada vez mais
17:53e abranger novos clientes,
17:55novas possibilidades,
17:56então, nós estimamos
17:57que para cada um milhão
17:58de ATFs realizadas,
18:00nós precisaríamos
18:00de mais ou menos
18:01três mil veterinários,
18:02três mil especialistas, né,
18:04a gente tem uma maior possibilidade
18:05de áreas atuando
18:07nesse segmento.
18:08Então, se cada um,
18:09considerando que cada um
18:09faça três mil e quinhentas
18:10ATFs, por exemplo,
18:11que é um número
18:12bastante conservador.
18:13Então, além de levar
18:17esse conhecimento a campo,
18:18colocar uma formação técnica
18:20para esses profissionais
18:22e aumentar a integração,
18:23então, fazer essa conexão
18:24do campo com as universidades,
18:26melhorar as pesquisas,
18:27tudo isso ajuda
18:28com que a gente consiga
18:29aumentar o alcance
18:29da ferramenta a campo.
18:31Quer dizer,
18:31a gente tem bastante espaço
18:32para crescer, né?
18:33Agora, o Leís,
18:34o que foi, então,
18:35que você e o pessoal lá
18:37da USP, né,
18:38descobriram a respeito
18:39da relação entre
18:40a inseminação artificial
18:41em tempo fixo
18:42e a redução na produção
18:44de gases de efeito estufa
18:45na fazenda?
18:48Perfeito.
18:48Essa é uma linha de pesquisa
18:49de cerca de uns cinco anos
18:51que nós desenvolvemos
18:53e nesse trabalho,
18:54que foi um trabalho
18:55em parceria
18:55com algumas instituições,
18:57a gente acha importante
18:58mencionar,
18:58porque através dos parceiros
18:59a gente consegue fazer
19:00um trabalho de maior alcance,
19:02de impacto,
19:03com robustez.
19:04Então, foi em parceria
19:04com um analista parceiro
19:06da Embrapa,
19:06principalmente para o leite,
19:08as informações do gado de leite
19:10e a Global Gen,
19:10o BetScience,
19:11que é uma empresa
19:12de reprodução,
19:14e nós trouxemos dados
19:15de inventários nacionais.
19:18Então, hoje,
19:18existem várias calculadoras
19:20disponíveis
19:21que a gente pode calcular
19:22esses efeitos da emissão,
19:25os gases que são estipulados
19:26dentro desse segmento,
19:27mas há particularidades
19:29para que a gente consiga
19:30trazer uma informação
19:31que seja mais real,
19:32mais tropicalizada,
19:33muitas informações
19:34de fora do país.
19:36Como é que foi feito
19:37esse estudo?
19:38Simplificando assim,
19:38para a gente que não é cientista,
19:40Laís?
19:43Basicamente,
19:43nós criamos uma modelagem,
19:45uma avaliação
19:46que compara
19:47o sistema
19:48que usa a ferramenta tecnológica
19:50com a que não utiliza
19:51e aquilo que foi aumentado
19:53em produtividade,
19:54porque há todo um ganho genético
19:56implementado nessa tecnologia
19:59e aquilo que foi deixado
20:00de ser emitido,
20:01então,
20:01aquilo que foi poupado
20:02nas emissões.
20:03Então, a partir disso,
20:04a gente tem um cálculo
20:04de aumento de produtividade
20:05e de redução de emissões.
20:08E há toda uma metodologia
20:09robusta,
20:10internacionalmente aceita,
20:11que a gente consegue
20:12aplicar esses resultados
20:13em qualquer lugar do mundo,
20:15de forma que garante
20:16a robustez
20:16e a informação
20:17desse resultado.
20:18Agora, Laís,
20:19o estudo chegou
20:20a um número,
20:21digamos assim,
20:21a respeito do tamanho
20:22da redução
20:23da produção de gases
20:25numa propriedade
20:26que usa a IATF?
20:27Sim, nós estimamos,
20:29nós fizemos essa avaliação
20:30tanto para o corte
20:30quanto para o leite
20:31e para o corte
20:32nós verificamos
20:34uma redução
20:34de 37%
20:36e no corte
20:37de 49%
20:38das emissões.
20:39Então, isso para nós
20:40é significativo,
20:41ver que é possível
20:42utilizando algumas ferramentas,
20:43no caso,
20:44esse nosso exemplo
20:45é da IATF,
20:46mas lá na ponta
20:47da cadeia,
20:48então, deixando de emitir
20:49porque a gente se tornou
20:50o sistema mais eficiente,
20:52categorias mais eficientes,
20:53produzindo mais por animal,
20:55então, tudo isso entra
20:56na conta do nosso trabalho.
20:58E o programa de hoje
20:59fica por aqui,
20:59muito obrigado a todos
21:00pela companhia e audiência,
21:01continue com a gente.
21:03Em nome de toda a equipe
21:04do canal Terra Viva,
21:05eu desejo um Feliz Natal
21:06para você
21:06e para toda a sua família.
21:07Amanhã a gente está de volta.
21:08E aí
21:14Legenda Adriana Zanotto

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