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O desembargador Macário Ramos Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), foi preso nesta terça-feira sob a suspeita de vazar informações de inteligência e decisões judiciais sigilosas.

As investigações apontam que o magistrado teria alertado políticos e empresários sobre mandados de busca e apreensão e prisões que estavam prestes a ocorrer.
Segundo as autoridades, foi esse suposto esquema de vazamento que deu origem e embasou a prisão de Rodrigo Bacellar, presidente da Alerj, no início deste mês.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/u8JMX3ZGhC4

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Transcrição
00:00Rio de Janeiro, o desembargador Macário Judici Neto, do TRF da Segunda Região,
00:06é preso pela Polícia Federal.
00:08Mais um capítulo na crise envolvendo o deputado Rodrigo Bacelar.
00:12Reportagem de Rodrigo Viga.
00:14A operação da Polícia Federal, que resultou na prisão em setembro deste ano,
00:19do então deputado estadual no exercício do cargo,
00:22Tiago Santos, conhecido como TH Joias, continua rendendo.
00:25Primeiro foi a prisão do presidente, agora afastado da Assembleia Legislativa do Estado,
00:29Rodrigo Bacelar.
00:31E depois, nesta terça-feira, a prisão de um desembargador do Tribunal Regional Federal
00:36da Segunda Região, Macário Ramos Judici Neto.
00:42Ele foi detido na fase dois da Operação Unicarne,
00:46em sua residência na Barra da Tijuca, zona sudoeste da capital.
00:49A operação cumpriu um mandado de prisão contra o desembargador
00:53e dez mandados de busca e apreensão, aqui no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
00:57Entre os alvos, novamente, o presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro,
01:03Rodrigo Bacelar, do União Brasil.
01:05O desembargador também é acusado de atrapalhar investigações da Polícia Federal,
01:11no caso, TH Joias, e de vazar informações daquela ação.
01:16Inclusive, na véspera da Operação, Bacelar e Macário, Macário e Bacelar
01:22estariam juntos dando informações privilegiadas e orientações a TH Joias.
01:29As investigações contaram também com importantes informações do celular apreendido,
01:34de Rodrigo Bacelar, que esteve detido aqui na Superintendência da Polícia Federal
01:38até a semana passada.
01:41O mandado de busca e apreensão foi cumprido contra Rodrigo Bacelar nesta terça-feira.
01:47A defesa dele não confirma esta informação.
01:51TH Joias foi trazido aqui para a Superintendência da Polícia Federal
01:55no âmbito dessa investigação.
01:58A Operação Unha e Carne 2.
02:00O desembargador Macário Neto é um velho conhecido de Polícia, Justiça e Ministério Público Federal.
02:09Esteve afastado de suas funções por quase duas décadas.
02:12Acusado de vender sentenças.
02:15Mas acabou sendo absolvido e voltou para exercer as suas funções
02:21aqui no Tribunal Regional Federal da Segunda Região,
02:23quando em 2023 foi alçado ao cargo de desembargador.
02:29Os vencimentos de Macário no mês de novembro estão bem além do teto constitucional.
02:35Os dados colhidos junto ao TRF2, que atende Rio de Janeiro e Espírito Santo,
02:41mostram que ele recebeu em novembro 125 mil reais.
02:4690 mil em salário, 35 mil em benefícios.
02:49O teto do salário do servidor público, teto constitucional do Brasil,
02:54hoje é de pouco mais de 46 mil reais.
02:57Do Rio, Rodrigo Vilca.
03:02Bom, Cristiano Vilela, parece um castelo de cartas.
03:04Tudo começa a cair e esse desembargador foi preso com base em informações
03:10que estavam no celular do ex-presidente da Alerje.
03:14Vilela.
03:14Pois é, Tiago, por isso que hoje em dia, nos mandados de busca,
03:19o principal item, de uma forma geral, acaba sendo os aparelhos celulares,
03:23que acabam tendo ali uma série de informações e dão os direcionamentos
03:28que muitas vezes a investigação precisa para poder identificar determinadas participações.
03:34Nesse sentido, nós temos agora um desembargador, uma pessoa do judiciário
03:39e que expõe algumas mazelas que ficam bastante evidenciadas nesse caso.
03:45É um magistrado que passou 18 anos afastado, teve denúncias diversas,
03:51não teve a pena máxima de aposentadoria compulsória,
03:55a falta de votos necessários para que se confirmasse essa aposentadoria compulsória,
04:00mas voltou depois de tudo isso, a magistratura foi promovida a desembargador
04:06e ganha um contra-cheque que é realmente muito significativo,
04:10muito maior do que o teto de remuneração.
04:13O que demonstra um pouco das idiosincrasias que existem hoje,
04:18não só no Poder Judiciário, mas na administração pública,
04:21que acaba comportando ali uma determinada casta,
04:24que muitas vezes se coloca acima do bem e do mal
04:27e que, em relação a essa casta, acaba não tendo limitações
04:31do ponto de vista financeiro e político.
04:34Ora, vindo aí do Rio de Janeiro, alguma coisa ainda te surpreende
04:38e falta o Executivo agora, né?
04:41Porque o Executivo pode estar envolvido em algum tipo de irregularidade
04:46em relação ao Rodrigo Bacelar?
04:48Primeiro, assim, autular com essa história do Rio de Janeiro,
04:54porque, olha só, no âmbito nacional também as coisas não andam muito bonitinhas, tá?
05:00Tudo bem que aqui há uns certos exageros.
05:04Agora, o nome que me chama a atenção, o nome dessa operação Unha e Carne,
05:09ela realmente descreve o que os investigadores estão mergulhados em apurar, né?
05:16Que são as relações de unha e carne entre os poderes públicos.
05:22Eu falo os poderes porque temos o Executivo, o Legislativo, o Judiciário
05:30e, Thiago, não falta o Executivo.
05:33Quer dizer, nesse aspecto, nessa situação específica,
05:37ainda, pelo menos, não surgiu o Executivo de maneira direta.
05:42Porque, vamos lembrar que o Rodrigo Bacelar, ele foi secretário de Estado
05:47e tinha grande, sempre teve grande ascendência, grande influência
05:53nas indicações para a Polícia Civil.
05:56Polícia Civil, que é do Poder Executivo Estadual, tá certo?
06:04Então, e fora outros, fora os governadores, né?
06:09De Poder Executivo preso aqui, a gente tem muita gente.
06:14Então, essa operação, ela, quando ela é denominada Unha e Carne,
06:20ela realmente traduz o que se busca, né?
06:23É tentar desvendar pelo menos um pouco, ou pelo menos puxar um fio
06:29dessas relações tão intrincadas, dessas relações tão inapropriadas
06:35para dizer o mínimo, que a gente sabe que existe,
06:39mas ainda falta, devagar vão surgindo as histórias completas, né?
06:46Porque outro dia mesmo, o relator do PL, do projeto Antifacção,
06:53o senador Alessandro Vieira falava isso, olha, a gente já tem governadores
06:59e parlamentares presos, falta faltando o judiciário.
07:03E com o que a gente viu hoje, nessa República de meu Deus,
07:08não falta mais nada.
07:09Está aí o judiciário em toda a sua, digamos assim,
07:15nesse caso específico, indecência, porque além das ligações,
07:20ainda temos os penduricalhos que fazem esse desembargador,
07:26cujo histórico não recomenda, também, não é só esse caso,
07:32receber mais de 100 mil reais por mês.
07:36Realmente, se isso é algo que possa ser visto como aceitável,
07:41eu não sei o que seria o inaceitável.
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