O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), foi preso pela Polícia Federal na Operação Unha e Carne. O deputado é suspeito de vazar informações sigilosas. Reportagem: Rodrigo Viga.
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NotíciasTranscrição
00:00Vamos começar já partindo lá para o Rio de Janeiro, porque Rodrigo Bacelar, que é o presidente da Assembleia Legislativa daquele estado, foi preso nesta manhã pela Polícia Federal.
00:08O Rodrigo Viga vai trazer as informações para a gente agora, explicar os motivos e os desdobramentos também de mais essa operação da Polícia Federal.
00:15Conta aí, Rodrigo Viga, bem-vindo.
00:18Tá uma ventarola lá, hein?
00:19Tudo bem, Cine?
00:20Tá uma ventania aí, hein, meu amigo?
00:23É, pois é, rapaz. E cabelos ao léu, ao vento, como eu sempre digo, meu caro Cine.
00:30É, só balança quem tem, né?
00:33Com todo bagunça.
00:35Verdade, Vigar. Tamo junto, meu amigo.
00:38Antes de ficar descabelado com o cabelo balançando, do que não ter nada para balançar.
00:44Exatamente, exatamente.
00:46Depois se me mata uma curiosidade sobre o Piperno, se ele foi consumido lá por Lima, por Matiupita, alguma coisa do gênero, não vejo tão há muito tempo, viu?
00:55Pode deixar que eu te darei sua dúvida.
00:58Vamos lá.
00:59Vamos lá.
01:00É, dúvida que não tem, viu, Cine, com relação ao que aconteceu, que levou à prisão do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Bacelá,
01:09inclusive, na chamada redemocratização, o segundo presidente da LERD, que já foi preso.
01:14O primeiro foi o Jorge Pisciani, no ano de 2017, por conta de uma operação da Lava Jato, batizada à época de cadeia velha,
01:22foi condenado em 2019, chegou a se afastar do cargo, enfim.
01:25Isso são detalhes contados, importantes, diga-se de passagem, contados pela história.
01:30Agora, hoje o Rodrigo Bacelá foi convidado para trocar uma ideia aqui com o superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro,
01:37o Fábio Galvão, e ao tomar conhecimento de que não era uma troca de ideia,
01:42era, na verdade, o cumprimento de uma idade de prisão, ele foi surpreso e todos nós fomos surpreendidos por essa decisão.
01:48Era apenas para ser uma reunião entre o superintendente e o Rodrigo Bacelá, acabou se transformando em uma prisão,
01:54porque a operação Unha e Carne foi deflagrada pela Polícia Federal para cumprir mandado de busca e apreensão,
02:01são oito no total, e um de prisão contra Rodrigo Bacelá.
02:05Os agentes da PF tiveram em vários endereços, na casa do Bacelá, no gabinete, na LERD está tendo sessão normalmente,
02:11e também endereços de outros personagens de toda essa história.
02:15Do que o Bacelá está sendo acusado, meu caro Cine, ouviu espectadores e internautas desse 3 em 1?
02:20De ter vazado informações de uma operação da PF de setembro desse ano,
02:24que levou à cadeia o então deputado em exercício TH Joias.
02:29Segundo as informações obtidas pela Polícia Federal, na véspera da deflagração daquela operação de setembro,
02:35Rodrigo Bacelá entrou em contato com o TH Joias, ligou para ele, trocou mensagens,
02:39e disse que no dia seguinte haveria uma operação da Polícia Federal, tendo o TH Joias como o principal alvo.
02:46O TH Joias foi preso em setembro, acusado de ser um representante do Comando Vermelho no Parlamento Fluminense.
02:53Pois bem, a Polícia Federal cumpriu todos esses mandados nesta quarta-feira.
02:58A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro disse que ainda não tomou conhecimento do andamento dessa investigação,
03:04mas, como eu disse, está rolando a sessão normalmente dentro do Parlamento Fluminense.
03:08Agora, a decisão pela prisão de Rodrigo Bacelá foi tomada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
03:14Chegou a dizer, inclusive, na sua sentença, que há indícios de envolvimento de Bacelá com organizações criminosas
03:21e que o crime está incrustado, está infiltrado no poder político fluminense.
03:27Agora, há pouco, quem esteve por aqui, por pouco mais de uma hora, foi o TH Joias,
03:32o deputado, que foi preso em setembro deste ano.
03:35Ficou em silêncio, não houve uma cariação e o advogado dele, o Rafael Faria,
03:40conversou conosco na saída aqui da Superintendência da Polícia Federal,
03:43garantiu que o cliente não tem qualquer ligação com o crime organizado,
03:47com o Comando Vermelho, que isso vai ser aprovado
03:49e que a relação dele com o Rodrigo Bacelá era apenas profissional no âmbito legislativo
03:55e que não houve vazamento ou antecipação de informação,
03:58como diz a sentença do ministro Alexandre de Moraes.
04:02Vamos ouvir o advogado Rafael Faria.
04:04Não temos ciência disso, não temos ciência disso.
04:06O contato que ele tinha com o Rodrigo era um contato urbano,
04:10era um contato como um colega de parlamento.
04:12Não teve uma informação privilegiada, um estado de informação...
04:15Pela defesa, nós não temos essa...
04:17Não houve a cariação com o Rodrigo.
04:18Não teve a cariação com o Rodrigo.
04:21Esse, então, o advogado do TH Joias, enfim,
04:24não vou nem contar todo o histórico de deputados estaduais e federais
04:27que já tiveram problema com a justiça porque a Lava Jato já fez esse serviço pra mim.
04:32Vou focar exclusivamente nos ex-mandatários fluminenses
04:37porque o Rodrigo Bacelá, esse que aparece aí na imagem,
04:39ele é o primeiro na linha sucessória do governador Cláudio Castro.
04:43Mas os dois não se falam há uns quatro ou cinco meses,
04:46desde aquele episódio em que, quando o Castro estava lá nos Estados Unidos
04:49vindo mundial de clubes, ele é torcedor do Flamengo, né?
04:52Aqui no Rio de Janeiro, o governador exercício, Rodrigo Bacelá, decidiu exonerar
04:55o então secretário de transporte do Estado, o Austin Reis,
04:59uma liderança importante da política fluminense.
05:02Agora, só pra lembrar, viu, Sini, pra fechar,
05:04já tiveram problemas com a justiça e atrás das grades,
05:07casal Garotinho, Antônio Rosinha Garotinho, Luiz Fernando Pesão,
05:11Moreira Franco e o mais emblemático dos emblemáticos,
05:15Sérgio Cabral Filho, mais de quatrocentos anos de prisão,
05:18agora virou influencer no Instagram, contornou-se a ler eletrônica,
05:23cada vez mais seguidores e quando acabar lá aquela proibição de concorrer
05:27a uma eleição, acho que daqui a uns quatro ou cinco anos,
05:31certamente, novamente, vai se lançar a política do Estado do Rio de Janeiro.
05:36Não sei se como deputado, como senador, como governador,
05:40mas tá preparando já o caminho dele, já tá pavimentando a volta
05:43a política fluminense, que é desse jeito aí que eu contei, viu, meu caro Sini?
05:47Muito obrigado pelas informações, viu, seu Rodrigo Viga,
05:50só pra responder você sobre Fábio Piperno, ele tinha sido abduzido lá no Peru,
05:54mas eles receberam o Fábio Piperno, trocaram uma ideia e decidiram devolvê-lo aqui
05:59ao nosso 3 em 1, então eu não sei o que aconteceu nesse meio de caminho,
06:03qual foi a conversa que Fábio Piperno teve com os nossos amigos alienígenas,
06:07mas eu sei que ele foi devolvido aqui pro 3 em 1,
06:11então alguma coisa aconteceu, beleza, Viga?
06:14Beleza, não, tudo bem, só avisa pra ele que no sábado eu comi a feijoada bem gostosa, completa.
06:21Pode deixar, darei seu recado amanhã, meu amigo,
06:25é sempre muito bom recebê-lo no nosso 3 em 1, um grande abraço pra você.
06:28Vamos falar sobre mais esses, bom, brincadeiras à parte, né,
06:31mas é sempre muito bom bater esse papo descontraído com o nosso Rodrigo Viga,
06:34porque não é sempre que ele vem pro 3 em 1.
06:36É só quando tem bucha lá no Rio de Janeiro, porque normalmente ele tá no Jornal da Manhã,
06:40pra ele estender até esse horário da tarde, é porque o negócio pegou por lá.
06:44Mas, mano, eu quero falar contigo sobre mais essa investigação da Polícia Federal,
06:49que coloca uma posição de extremo poder como um presidente de uma assembleia legislativa de um Estado,
06:56não só envolvido, segundo a Polícia Federal, com o vazamento de informações
07:00que poderiam obstruir a justiça numa outra operação,
07:04mas também sobre o suposto envolvimento com o crime organizado,
07:09que hoje, no Rio de Janeiro, é uma das facções que mais atuam em várias das áreas
07:15que são dominadas por elas lá naquele Estado.
07:18Como é que se avalia mais essa informação que chama a atenção,
07:22mas não chega a ser uma novidade?
07:23Infelizmente, não é uma novidade, né, Sine?
07:26Parece que o Rio se acostumou tanto a prender governador
07:29que agora antecipa o serviço, né?
07:31Aí prende o primeiro na linha sucessória.
07:34É muito triste a situação do Rio de Janeiro
07:37e é um retrato do tamanho da infiltração,
07:41do crime organizado nos espaços de poder
07:43e na estrutura do Estado brasileiro.
07:46E essa situação é essencial pra gente entender
07:51como é possível avançar num combate efetivo
07:56às organizações criminosas.
07:58Porque, afinal de contas,
08:00para que elas tivessem conseguido chegar
08:04a ter o controle territorial de vastas áreas do Rio de Janeiro,
08:09como todos nós sabemos que acontece,
08:12isso não se deu no vácuo,
08:14não caiu do céu de um dia pro outro.
08:15Isso se deu com a complacência do poder público
08:19em função justamente do tamanho da infiltração dos criminosos.
08:24Por isso, qualquer política pública de retomada do território
08:29que é essencial pra libertar a população
08:33que vive subjugada pelos quase terroristas do crime organizado,
08:39é essencial que a gente tenha não apenas
08:42um asfixiamento financeiro dessas organizações,
08:47mas também uma limpeza e um escudo
08:50para conter a infiltração do crime organizado
08:54nas estruturas de poder.
08:56Do contrário, é enxugar gelo.
08:58Exatamente.
08:59Mano, eu quero receber também o nosso Zé Maria Trindade,
09:01que já está disponível lá em Brasília.
09:03Zé, nós costumamos discutir aqui no Brasil
09:05o quanto que, pra se ter acesso a essas posições,
09:09sejam facções, sejam grupos que atuam de maneira irregular,
09:14o poder político é essencial.
09:16Então, normalmente, se houve entrada, se houve acesso,
09:21é porque algum político corrupto decidiu abrir a porta.
09:25Bem-vindo, seu Zé. Boa tarde pra você.
09:29Pois é, é isso mesmo.
09:31É igual o cachorro, abriu a porta, ele entra, né?
09:34Muito boa tarde. Boa tarde a todos.
09:37Olha, ontem, a Brasca, que é uma associação brasileira
09:42de empresas de capital aberto, fez um evento aqui.
09:44Eu fui lá na Casa do Parlamento,
09:46que é uma representação muito forte empresarial por aqui.
09:49E lá eu encontrei o Nabil Sayon,
09:54que milita muito na organização dos comércios, né?
09:57E que lança hoje uma frente parlamentar de comércios e serviços.
10:02Por que isso? É, na conversa, e nem sabíamos do que estava acontecendo.
10:07Todos os empresários dizendo, nós temos que participar da política,
10:13nós temos que estar por aqui.
10:15Um grande empresário de São Paulo, da área de serviços e comércio,
10:18me disse o seguinte, eu achava que, ao me aproximar,
10:22andar com deputados e senadores e ir no Congresso,
10:25eu estaria me aliando aos sujos, aos corruptos e tal.
10:28E aí ele, fazendo a minha culpa, estava errado.
10:31Nós temos que fazer exatamente este acompanhamento.
10:34Daí o lançamento hoje de uma frente que será presidida pelo senador Efraim,
10:38que é mais uma das 245 frentes parlamentares que existem no Congresso.
10:44Qual é a lógica da situação?
10:45Todos falaram, Sine.
10:48O crime organizado está infiltrado na política
10:51e daqui a pouco eles dominam a política e nós ficamos fora.
10:55Então, nós, empresários, vamos participar da política cada vez mais.
11:00E através de que forma?
11:01De uma forma lícita, nas frentes parlamentares.
11:05A prisão desse deputado estadual, o presidente da Assembleia,
11:09assustou o Rodrigo Viga e com razão assusta.
11:12Mas daqui a pouco não será mais nenhuma surpresa.
11:16Me dizem, deputados aqui, que existem 12, 12, 12 dos 513 deputados
11:23ligados a facções criminosas.
11:25E eles passam nos corredores, todo mundo sabe, mas todo mundo fica calado.
11:28Não poderia, não poderia ficar calado.
11:31Se um deputado sabe que o colega participa de uma facção criminosa,
11:35deveria formar ali ou não, nós não podemos permitir.
11:38O regimento interno da Câmara permite que essas pessoas sejam expulsas
11:44da Câmara dos Deputados.
11:46Era, sim, antes do Supremo poder julgar deputados.
11:49Quer dizer, os deputados não permitiam que o Supremo,
11:51que a Constituição não permitia a abertura de um processo
11:55ou investigação contra deputado e senador
11:57sem autorização do Congresso.
11:59Mas o Congresso se dava ao respeito.
12:01Quando aparecia alguém que não tinha decoro parlamentar,
12:05era expulso para não deixar o Supremo pedir a autorização,
12:10que já era, o simples pedido já era uma agressão.
12:13Veja como os tempos mudaram.
12:15Então, assim, os empresários estão reagindo
12:18a esta possibilidade forte de domínio político
12:22de todas as instituições.
12:24E é fácil, uma área dominada pelo tráfico e pela facção
12:27entra para fazer campanha quem?
12:29Os aliados deles.
12:30Aí eles ganham.
12:31Fala, Bruno Moza.
12:35Bom, primeiro, boa tarde ao Zé Maria ou a Cássio,
12:37que a gente não tinha cumprimentado aqui.
12:40Veja, enquanto o Zé Maria falava a respeito dos empresários,
12:44e eu como um deles,
12:46fico pensando aqui,
12:48espero que toda a sedução que a política gera
12:52e os incentivos perversos
12:54não acabem corrompendo,
12:57sejam eles quais forem esses empresários.
13:00Em 1974, Hayek foi prêmio Nobel
13:03e ele escreveu um livro no pós-guerra,
13:05nos anos 40,
13:06que chamou O Caminho da Servidão,
13:07e ele dedicou um capítulo.
13:10Por que os piores chegam ao poder?
13:12Basicamente, você não tem incentivo
13:14intelectual ou financeiro
13:16para quem é moral e ético.
13:18Então, aqueles que são morais e éticos
13:19não entram para chegar no topo da política.
13:23Eles param porque há incentivos intelectuais
13:26e financeiros dentro da vida privada.
13:28E aí, os piores vão chegando à cúpula do poder.
13:31Espero, portanto,
13:32que esses empresários
13:33não se seduzam
13:35por todos esses incentivos
13:36e tentem combater, de fato,
13:39todos esses incentivos, como eu mencionei,
13:41perversos da política como um todo.
13:43Agora, veja bem,
13:44tem uma pessoa que eu particularmente gosto muito,
13:47foi convidado aqui,
13:48falou no Pânico outro dia,
13:49que é o Rodrigo Pimentel,
13:50que conhece, talvez como poucos,
13:51o funcionamento da alerje.
13:52E ele menciona,
13:54ele fala claramente
13:56que hoje a alerje
13:57ela é tomada
13:58pelo crime organizado.
14:01E aqui eu vou deixar
14:02uma mera provocação inicial.
14:04Nós costumamos definir a democracia
14:06como aquela que
14:08representa a vontade popular.
14:10De novo,
14:10bem simplista
14:11e bem genérica a definição.
14:13Quando nós falamos que
14:1420% dos brasileiros
14:16moram em territórios
14:17dominados pelo crime,
14:18portanto, o Estado não entra.
14:19Quando a gente já viu
14:20várias práticas
14:21ao longo dos últimos anos
14:23de dinheiro público
14:24comprando políticos
14:26para satisfazer
14:27as suas próprias vontades.
14:29E quando nós vemos
14:30uma assembleia legislativa dessa
14:32tomada
14:33pelo crime organizado,
14:35de verdade,
14:36alguma forma
14:37e alguma esperança
14:38da vontade popular
14:39estar sendo representada
14:40num país como esse?
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