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O presidente da Câmara, Hugo Motta, enfrentou uma derrota dupla e ficou isolado após fracassar na tentativa de cassar os mandatos de Glauber Braga e Carla Zambelli. A condução das votações irritou governo, oposição e até aliados do centrão, incluindo Arthur Lira, que afirmou que Motta “está perdido” e ouviu “as pessoas erradas”. A avaliação interna é de que o presidente deveria ter adiado as decisões.
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Transcrição
00:00O presidente da Câmara, Hugo Motta, sofreu uma derrota dupla e acabou isolado após não conseguir aprovar a cassação dos mandatos de Glauber Braga e Carla Zambelli.
00:11Apesar da perda de mandatos ser dada como certa, a tentativa dele de limpar a pauta ideológica da casa e dar um exemplo institucional fracassou após a articulação entre os próprios parlamentares.
00:23As votações de ontem irritaram ao mesmo tempo os governistas, a oposição e até aliados do Centrão, como o deputado Arthur Lira, que chegou a dizer que Motta está perdido, foi humilhado e tem ouvido as pessoas erradas.
00:38No caso Glauber, a condução do líder da Câmara derrubou o acordo feito com Lira, que articulava a perda de mandato do psolista e fez o Centrão ter que mudar a estratégia de última hora para evitar derrota no plenário.
00:52Já após Glauber sair apenas com uma suspensão, a oposição viu Motta articular pessoalmente a tentativa de cassação de Zambelli e se irritou, apesar dele não ter conseguido mobilizar o plenário.
01:04A avaliação direta dos aliados de Motta é de que o presidente tinha que ter encerrado a votação e adiado essa votação.
01:13Começar com o nosso Motta, o Roberto Motta, que vai analisar essa situação que envolve o presidente da Câmara dos Deputados.
01:20Hugo Motta virou alvo viu, Roberto Motta, de integrantes da base governista, Centrão e oposição.
01:29Tá bom pra ele?
01:31É curioso porque essa leitura de que ele desagradou as duas partes, meio complicada.
01:40Porque se ele desagradou a um, não caçando o deputado daquele lado, ele agradou aos deputados do outro lado.
01:49Então, eu acho que dá pra fazer a leitura contrária.
01:53Eu tenho uma visão particular a respeito disso, que eu sempre repito aqui.
01:58Mandato é sagrado.
02:00Caçação deve ser o último recurso, inclusive no caso de Glauber.
02:07Tem muita gente deixando o julgamento ser contaminado pelo sentimento.
02:14Não é porque um parlamentar é histriônico, ou incompetente, ou só diz besteira, ou tem um comportamento inadequado,
02:27que ele deve ser caçado.
02:30Nunca esqueçam, esse deputado foi eleito.
02:33O deputado que você considera um bobalhão, que você considera indigno de estar no Congresso,
02:39ele teve uma quantidade de gente suficiente, achando que ele era, sim, adequado e muito apropriado
02:46para estar no Congresso Nacional.
02:48Então, ontem eu li aqui um comentário de um dos nossos espectadores,
02:53que disse que a função do caso Glauber era servir de cortina de fumaça.
02:59Enquanto está todo mundo falando do caso Glauber,
03:02passava-se a caçação de ramagem de Carla Zambelli e de Eduardo Bolsonaro.
03:07Agora, a situação está um pouco diferente.
03:10Eu diria que a manutenção do mandato de Glauber foi uma vitória da esquerda.
03:18Foi uma vitória que seguiu a estratégia típica da esquerda, seguiu todas as regras.
03:23Está no livrinho do Saul Alinsky, Regras para Radicais.
03:27Eles se vitimizaram, partiram para a agressão,
03:31o Glauber fez aquele discurso emocionado, tudo como manda o figurino.
03:37E aí, aconteceu uma coisa que eu acho que foi inusitada.
03:41A combinação da votação do Glauber com a votação da Carla Zambelli
03:48acabou tendo o efeito de preservar o mandato dos dois.
03:53E aí eu volto a dizer aqui o que eu sempre digo.
03:58Caçar mandatos deve ser sempre o último recurso.
04:02Você, Diego Tavares, o que saiu do script para que tanta gente,
04:07para que tanto deputado ficasse frustrado com o resultado de ontem?
04:13Eu acho que faltou justamente um script, Caniato.
04:17E é essa a conduta que tem empregado reiteradamente Hugo Mota
04:22e que o tem prejudicado muito.
04:24Eu concordo com o Mota quando ele disse que o mandato é algo sagrado.
04:27E justamente por ser algo sagrado, exige o máximo respeito do seu detentor.
04:34Ele não está ali agindo em nome próprio.
04:36Ele está ali representando as pessoas que confiaram o voto, direito sagrado a ele.
04:41Justamente por isso, quem mais saiu derrotado ontem não foi Hugo Mota,
04:45foi o povo brasileiro.
04:46Ontem o parlamento deveria ter cumprido sua função e dado exemplo.
04:50Deveria ter caçado tanto Glauber Braga, que expulsou a chutes uma pessoa da Casa do Povo,
04:56quanto Carla Zambelli, que se furtou de responder aqui no Brasil,
05:01a justiça brasileira, pelos crimes que evidentemente ela cometeu.
05:05Nós não estamos falando aqui de uma perseguida política.
05:07Nós estamos falando de uma pessoa que contratou um hacker,
05:10o hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti,
05:12para invadir sistemas do poder judiciário brasileiro,
05:16adulterar documentos, incluir documentos falsos,
05:19e que também apontou uma arma durante a campanha.
05:22O próprio presidente Bolsonaro já fez referência a esse episódio
05:25como a grande cereja do bolo de sua derrota.
05:29Então, o parlamento, ao não caçar o mandato desses dois deputados,
05:35dá um exemplo de que um está permitido, está chancelada a hipótese
05:40de que um deputado, se provocado dentro da Câmara dos Deputados,
05:44pode expulsar, mediante violência, qualquer um do povo.
05:47E dois, que o deputado pode praticar crimes no curso do seu mandato,
05:52que a despeito do texto constitucional,
05:54seu mandato e o dinheiro público empregado em seu mandato,
05:57estará protegido.
05:58Então, como eu disse, o povo brasileiro teve uma grande perda ontem,
06:01e o conceito de decoro parlamentar foi completamente estilhaçado.
06:07Isso não existe no Brasil, é fábula, é só tinta no papel.
06:11Não existe decoro parlamentar,
06:13e a Câmara dos Deputados perde a oportunidade de dar um grande exemplo.
06:16Mas há quem tenha feito a seguinte leitura.
06:18A manutenção do mandato de Zambelli foi muito mais um recado
06:22a um outro poder do que outra coisa.
06:24A gente pode, inclusive, tratar disso daqui a pouco.
06:27Deixa eu só passar para o Bruno Moussa também fazer a reflexão
06:29sobre o dia de ontem, erros e acertos,
06:32e o aparente filme queimado de Hugo Mota.
06:37Veja, eu também sou bastante crítico à atuação da Zambelli
06:40de pegarem armas, mas tem alguma coisa estranha.
06:42Pegarem armas na situação que ela pegou, obviamente.
06:45Mas tem coisas muito estranhas.
06:46Por exemplo, o hacker assumiu a invasão,
06:48acho que isso é indiscutível,
06:50e ele disse que fez tudo a mando da Zambelli.
06:54Contudo, supostamente ele era pago por um assessor da Carla
06:58que sequer foi denunciado.
07:00Isso tem algumas matérias mostrando.
07:01Então, por que não houve denúncia para essa pessoa?
07:04Mas para analisar aqui também o ponto central,
07:08que, na minha opinião, cabe uma crítica não apenas ao Hugo Mota,
07:12mas também à própria centro-direita ou direita,
07:15que eu concordo muito com o que o Mota colocou
07:18dessa vitória da esquerda.
07:19Veja, vamos lembrar rapidamente.
07:21A Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão
07:24e perda do mandato.
07:25Mas a perda do mandato é prerrogativa da Câmara dos Deputados.
07:29Na análise da CCJ, votou pela cassação da Zambelli.
07:32Zambelli, me parece que algo ocorreu ali nos bastidores
07:36que, no plenário, eles reverteram a decisão da CCJ
07:40e peitaram, inclusive, o Supremo Tribunal Federal,
07:43como você falou, mantendo o mandato da Carla Zambelli.
07:47Como a esquerda votou nisso tudo,
07:49100% deles votaram pela cassação,
07:52mesmo sabendo que seu voto poderia e deveria ser perdido.
07:56Mas eles defenderam aquilo que eles consideram
07:58as suas próprias ideias.
07:59Agora vamos virar a página e pensar no Glauber.
08:02A votação pela cassação da CCJ foi parecida também.
08:05Ou seja, decidiram pela cassação.
08:07O plenário não tinha voto suficiente
08:10para manter a decisão da CCJ de cassar
08:12e nós vimos a direita vindo com aquela desculpa,
08:15assim, no sentido de
08:16ah, ora, cabe negociação,
08:19nós não tínhamos os votos suficientes
08:21e preferimos um acordo.
08:23Ora, aí me parece que
08:25esse tipo de atuação abre marcha
08:27para que a esquerda predomine
08:28e faça um discurso
08:31que seja vantajoso para ela.
08:33Então, acho que passou o momento
08:35da centro-direita ou da direita
08:37ser mais estratégica
08:39em todas essas votações.
08:41O Brasil, eu acho que não cabem mais
08:43quatro anos do governo que nós estamos vivendo.
08:45A situação, ela é crítica.
08:46E se não houver, digamos,
08:48uma arquitetura melhor,
08:50um planejamento melhor,
08:51a coisa pode se complicar.
08:53Você, Mota, e essa leitura
08:55que muitos fizeram,
08:56que os resultados,
08:58ou pelo menos um resultado
09:00em relação a um parlamentar,
09:03pode ter sido em função
09:05ou em razão de uma articulação
09:08que tinha o objetivo de enviar recados.
09:11Você aposta numa tese como essa?
09:14Isso dá uma medida
09:16do momento louco
09:18que a gente está vivendo, né?
09:20Como eu sempre digo aqui,
09:21eu não acho que dá
09:23para a gente falar
09:24sobre as coisas
09:25que estão acontecendo no Brasil,
09:26discutir,
09:28no abstrato.
09:30A gente tem que falar
09:31levando em consideração
09:32o momento que a gente está vivendo.
09:35Nós estamos vivendo
09:36um momento
09:37em que já está assumido
09:39como natural
09:40que o parlamento,
09:42antes de fazer qualquer coisa,
09:45peça permissão
09:46às cortes.
09:48não, olha,
09:50essa lei vai passar,
09:53porque já foi agordado,
09:55foi feita a quatro mãos.
09:57Não, isso aqui não vai passar.
09:59Isso aqui é uma afronta.
10:01Como assim afronta?
10:03Não existe afronta
10:04numa república.
10:06Na república existem
10:07três poderes independentes
10:09que se vigiam mutuamente.
10:11se um desses poderes
10:13agora está gastando
10:14o seu tempo
10:15preocupado
10:16porque um outro poder
10:17foi afrontado
10:19com coisas
10:20que o poder legislativo
10:22tem direito de fazer,
10:24para o jogo,
10:26meus amigos,
10:26para tudo.
10:28Não dá para a gente
10:29ficar falando
10:30sobre respeito à lei,
10:32respeito à Constituição,
10:34regras de conduta,
10:36quando o básico
10:37do básico
10:38do básico
10:38que é a independência
10:40e separação dos poderes
10:41não está valendo mais.
10:44Então,
10:44eu tenho que dar
10:45a razão
10:46ao que o Bruno disse.
10:48Eu acho
10:48que tem muita gente
10:50na chamada direita
10:51que eu vou confessar.
10:53Cada dia
10:53eu acho
10:54mais um nome
10:55inapropriado,
10:57mas vamos trabalhar
10:58com ele.
10:59Tem gente
10:59na chamada direita
11:00que eu acho
11:01que não entendeu ainda
11:02o jogo
11:03que está sendo jogado
11:05no Brasil.
11:06O exemplo
11:07foi perfeito.
11:08a esquerda
11:09tem convicções
11:10completamente equivocadas.
11:13É uma ideologia
11:13errada,
11:15é uma ideologia
11:16construída em cima
11:16de erros básicos.
11:19Não entende
11:19economia,
11:20não entende
11:21o funcionamento
11:22da sociedade,
11:23despreza o conceito
11:24de direitos individuais,
11:26mas é uma religião
11:28para eles.
11:29Eles marcham
11:30unidos,
11:32deu o comando,
11:33todos juntos vão
11:34e executam
11:36a guerra política.
11:37A direita
11:38é cheia
11:38de dúvidas.
11:40A direita
11:40fica pensando
11:41será que era melhor
11:42eu pegar esse
11:42biscotinho agora
11:43do que a grande
11:45refeição amanhã.
11:47A direita
11:48troca
11:49as convicções
11:51por um
11:52acordinho
11:53no fio
11:54do bigode
11:55de gente
11:56que não tem
11:56bigode.
11:57você, Diego,
11:59o que é preciso
11:59considerar
12:00sobre o papel
12:01de um líder
12:03de uma casa
12:03legislativa?
12:05A gente
12:05acompanha lideranças
12:06muito fortes,
12:07aquele
12:08presidente de Câmara
12:10dos Deputados,
12:11do Senado,
12:12ao menos de Câmara
12:12dos Vereadores,
12:14que não tinha
12:14somente
12:15a chave
12:16da pauta,
12:17não era somente
12:18aquela pessoa
12:19que decidia
12:20que projeto
12:20seria votado
12:21ou não,
12:22era a pessoa
12:23que determinava
12:24e ditava
12:25o ritmo
12:25das articulações,
12:27enfim,
12:27estabelecia limites,
12:29uma figura
12:29que realmente
12:30acompanhava
12:31todos os processos
12:32e de alguma
12:33maneira prestigiava
12:34todos os grupos,
12:36ainda que
12:36fossem muito
12:37diferentes
12:37daquela sua
12:38convicção
12:39ideológica.
12:41E aí eu queria
12:41trazer essa
12:42manifestação
12:43de Arthur Lira,
12:44o presidente
12:46que antecedeu
12:47Hugo Mota,
12:48fiador
12:48de Hugo Mota,
12:50mas que em uma
12:50mensagem de WhatsApp
12:51com outros parlamentares
12:53escreveu o seguinte,
12:53tem que organizar
12:55a casa,
12:56está uma
12:57esculhambação,
12:58notícia,
12:59inclusive,
12:59informação que foi
13:00publicada hoje
13:01pelo portal
13:02Metrópolis,
13:03por que está
13:04uma esculhambação?
13:05Não passa
13:05somente
13:06pela decisão
13:08de não
13:10caçar
13:11Carla Zambelli
13:12e Glauber Braga,
13:13vai além disso.
13:15Sem dúvida,
13:16Caniato,
13:16esse foi um processo
13:17que foi construído,
13:18teve seu ápice,
13:19acho que nem nesse episódio,
13:20muito antes,
13:21no episódio
13:22da PEC
13:22e da Blindagem,
13:23e o fato
13:24é que o Hugo Mota
13:24não tem mais o respeito
13:26do parlamento
13:27como presidente,
13:28ele se prendeu
13:29justamente nisso
13:30que você colocou
13:31de apenas
13:32dominar a pauta,
13:33negociar ali
13:34com o poder executivo
13:36e pautar os projetos
13:38conforme a conveniência
13:39A, B ou C,
13:40esquecendo-se
13:41completamente
13:42de que o principal papel
13:43do presidente da casa
13:44é ser um grande
13:45articulador,
13:46é ser um grande
13:47condutor do colégio
13:48de líderes,
13:49por exemplo,
13:49e aí é inevitável
13:51que nós não façamos
13:52comparações
13:53porque já ocupou
13:54a presidência
13:55da Câmara dos Deputados,
13:56Michel Temer,
13:57por exemplo,
13:58que goste ou não goste,
14:00se prestava
14:00como um mestre
14:01à articulação
14:03política
14:04junto aos demais
14:05parlamentares,
14:06já ocupou
14:06a presidência
14:07da casa
14:07Aldo Rebelo,
14:08que tem,
14:09com o qual eu tenho
14:11diversas discordâncias
14:12ideológicas,
14:13mas que também
14:14transitava
14:14por todos os setores
14:16do parlamento
14:16no momento de fazer
14:17as construções,
14:18se sentou
14:19na mesa
14:20do presidente
14:21Arthur Lira,
14:22com quem também
14:23guardo diversas
14:24discordâncias,
14:25inclusive sobre a forma
14:26de se fazer política,
14:27mas que tinha
14:29completo domínio
14:30do parlamento,
14:31tanto domínio,
14:31inclusive,
14:32que elegeu
14:32com votação recorde
14:33o deputado
14:34Hugo Mota,
14:35que não tinha
14:35qualquer expressão
14:36até então,
14:37que nem era cotado
14:38quando de sua eleição
14:40como um dos nomes
14:41favoritos
14:42a presidir a casa.
14:44Então,
14:44Hugo Mota
14:45não tem feito
14:46jus
14:47ao posicionamento
14:49que se exige
14:50de um presidente
14:51da Câmara dos Deputados.
14:52E talvez nessa ocasião,
14:54pautando essas cassações,
14:56ele tenha
14:56tido a intenção
14:57de dar algum recado
14:59de que o clima
14:59na Câmara mudaria,
15:01de que seria,
15:02ele seria um presidente
15:03mais pulso firme,
15:04mas o tiro saiu
15:05pela culatra,
15:06como nós estamos
15:07repercutindo aqui,
15:08como consta aqui
15:09do nosso gerador
15:10de caracteres,
15:11ele tomou um banho
15:12pela direita
15:13e um banho
15:14pela esquerda
15:15e não agradou ninguém,
15:16inclusive o seu padrinho
15:18político.
15:18Então,
15:19acredito eu
15:20que a situação dele
15:21enquanto presidente
15:21é irreversível,
15:22porque uma vez
15:23que ele perde
15:23esse respeito,
15:24que ele perde
15:25essa moral
15:25junto aos parlamentares,
15:27o que já deve
15:28estar sendo
15:28costurado
15:29nos bastidores
15:29é a sucessão
15:31de Hugo Mota,
15:31como vão passar
15:33por esse ano eleitoral,
15:34como os deputados
15:35vão se reeleger,
15:36como farão
15:36para garantir
15:37as emendas parlamentares,
15:39como farão
15:39para garantir
15:40as suas reeleições
15:40e quem,
15:41numa próxima
15:42legislatura,
15:43o sucederá,
15:44porque está muito claro
15:45que Hugo Mota
15:46não guarda
15:46as condições mínimas
15:47para ser presidente
15:48da casa.
15:49Pois é,
15:49bom exemplo
15:50de Michel Temer,
15:51foi presidente
15:51da casa
15:52três vezes,
15:53depois quando ele
15:54assume a presidência
15:55tinha o controle
15:56do Congresso Nacional,
15:58tanto que
15:59conseguiu vencer
16:00aqueles pedidos
16:01de admissibilidade
16:02dos casos
16:03de impedimento,
16:04a gente acompanhou
16:05bem esses processos.
16:07Mas você,
16:08Musa,
16:08a figura do presidente
16:09da Câmara dos Deputados
16:10e a avaliação
16:12feita por Arthur Lira,
16:14o seu antecessor
16:15e aquele que lançou
16:16o nome de Hugo Mota,
16:17foi o defensor
16:18e o fiador
16:19de Hugo Mota.
16:21Por que não deu certo
16:22até agora?
16:24Veja,
16:24eu venho mencionando
16:25que,
16:26na minha opinião,
16:26seja em qualquer âmbito
16:27da nossa vida,
16:28no empresarial,
16:29na família,
16:29entre amigos,
16:30você pode exercer
16:31uma liderança
16:32através da admiração,
16:34onde aqueles liderados
16:35te admiram,
16:36ou você pode fazer
16:37sob o ponto de vista
16:38autoritário.
16:39eu particularmente
16:40gosto muito mais
16:41da admiração
16:42como um todo.
16:43Só que nesse caso
16:44ele parece não conseguir
16:45ter nenhum tipo
16:46de liderança
16:47e justamente por isso
16:48os, digamos,
16:50liderados,
16:51aqueles que estão
16:52ali debaixo dele
16:53na casa,
16:54não o respeitam.
16:56E isso mostra
16:57claramente
16:58para fora,
16:59não fica apenas
17:00nos bastidores,
17:01mostra para fora
17:02que ele está perdendo a mão,
17:03que ninguém o respeita
17:05por lá,
17:05o que obviamente
17:06acaba comprometendo
17:07o Arthur Lira,
17:08que é um político
17:08forte,
17:09que é um político
17:10que transita bem
17:11e como você muito bem
17:12falou,
17:12foi ele quem o indicou.
17:14Então me parece
17:15que essa fragilidade
17:17de Hugo Motta
17:18ou essa falta
17:19de pulso
17:20de condução
17:21é mais um problema
17:23ainda
17:24nesse imbróglio
17:25todo que o Brasil vive
17:26e nesse choque
17:27desses poderes,
17:28que eu confesso
17:28que na atual conjuntura
17:29que o Brasil vive,
17:31eu prefiro que tenha
17:31choque entre os poderes
17:33do que eles estejam
17:34numa harmonia.
17:34Afinal de contas,
17:35na minha opinião,
17:36nenhum deles
17:37está funcionando
17:39plenamente.
17:40Então essa desarmonia,
17:41esse choque de placas
17:42tectônicas,
17:43talvez seja importante
17:44para um eventual
17:44amadurecimento,
17:46talvez seja importante
17:47para a gente não perder
17:48mais uma oportunidade.
17:50Então eu acho
17:51que nesse caso,
17:52tanto da oposição
17:52como da situação,
17:54há críticas importantes
17:55quanto à Mota.
17:56Veja,
17:56nós comentaremos ali
17:58depois,
17:59mas o que o Mota
18:00falou hoje
18:00sobre o arcabouço fiscal
18:01mostra um profundo
18:02desconhecimento,
18:04mas um profundo
18:04desconhecimento
18:05sobre a economia básica,
18:07que é o que o Mota
18:07falou.
18:08A esquerda não conhece
18:09nada disso
18:10e tem uma visão
18:10de mundo
18:10completamente deturpada
18:12de tudo,
18:12mas aqueles que se dizem
18:14de centro-direita
18:14e de direita
18:15também mostram
18:16um profundo
18:16desconhecimento
18:17em pautas básicas
18:18como da própria economia.
18:20Tudo isso
18:20vai colocando em choque
18:22e mostrando
18:23uma hiperfragilidade
18:25e quem perde
18:25é sempre
18:26a população,
18:28com instituições
18:28cada vez mais fracas
18:29e degladiando
18:30entre elas
18:31por parasitarem
18:32em cima do orçamento
18:33público
18:33e nós
18:34somos obrigados
18:35a financiar.
18:35Se a gente questionar
18:36pode ficar estranho.
18:39É importante
18:40quando o Musa
18:41menciona
18:42a avaliação
18:44que muitos têm
18:44sobre as instituições,
18:45uma classificação
18:48que ele fez agora,
18:49mas que muitos fazem,
18:50instituições fracas.
18:51Mas havia
18:52uma expectativa
18:53grande
18:53para o papel
18:55do poder legislativo,
18:57porque ao longo
18:57dos últimos anos
18:58se acumularam
19:00críticas
19:00para integrantes
19:02do poder judiciário.
19:03Muitos criticam
19:05a gestão
19:05do presidente
19:06da república.
19:07E havia uma esperança
19:08de que o poder legislativo
19:10pudesse fazer a diferença
19:12nessa legislatura.
19:14E o que se viu
19:14foi uma distância
19:16muito grande
19:16daquilo que as pessoas
19:17projetavam,
19:18esperavam,
19:19torciam
19:20e o que vem sendo feito.
19:22Você acha que
19:22colabora,
19:23inclusive,
19:23essa performance
19:25do legislativo
19:26colabora
19:27para esse cenário
19:28de anormalidade
19:30que você
19:30reiteradamente
19:31destaca aqui?
19:35Acho que o microfone
19:36está fechado.
19:38Eu não acho
19:39que a culpa
19:40seja
19:40do legislativo,
19:42ou pelo menos
19:43a maior parte
19:44da culpa
19:44seja do legislativo.
19:46A gente sempre
19:49tem expectativas
19:50exageradas
19:51em relação
19:52às eleições.
19:53Isso sempre
19:53se repete.
19:55Toda vez que chega
19:55perto da eleição,
19:57muita gente
19:57tem a expectativa
19:58de que essa
19:59seja a eleição
20:00que vai colocar
20:01o Brasil
20:02no rumo.
20:03Ou seja,
20:03você esquece
20:04tudo o que já
20:05aconteceu
20:05e nesta eleição
20:07agora
20:08nós vamos eleger
20:09o congresso
20:10mais conservador
20:11da história.
20:12Não era isso
20:12que a gente
20:13viu na última eleição?
20:14E olha,
20:15vamos ser justos.
20:16Tem acontecido
20:17algum progresso.
20:18Na área
20:19de segurança pública
20:20a gente viu
20:21o projeto
20:22que acabou
20:22com as saidinhas,
20:24o PL
20:25antifacção
20:25que foi mutilado
20:27no Senado,
20:28mas provavelmente
20:28vai ser restaurado
20:30quando voltar
20:31para a Câmara.
20:32A gente está vendo
20:33agora a PEC
20:33da segurança pública
20:35que era a PEC
20:36da insegurança pública
20:37mas agora
20:38foi transformada
20:39pelo Congresso.
20:41Agora não vão
20:42acontecer milagres.
20:44nós vivemos
20:45num ambiente
20:46institucional
20:47em que existe
20:49uma clara
20:50hegemonia
20:51de um dos três
20:53poderes.
20:54Isso foi uma situação
20:55que se construiu
20:56ao longo
20:57de anos
20:58com a complacência
21:00e a participação
21:02ativa
21:03de membros
21:03do Congresso Nacional
21:04principalmente
21:05partidinhos
21:06de esquerda
21:07que não tem
21:07representação
21:09nenhuma
21:09mas que aprenderam
21:10o caminho
21:10de atravessar
21:11a praça
21:12e ir até
21:13um outro
21:13poder
21:14e pediram
21:15ajuda
21:15e se tornaram
21:17um instrumento
21:18para fazer
21:19esse desbalanceamento
21:20dos poderes
21:21da República.
21:22Então eu acho
21:23que a gente
21:23tem que continuar
21:25criticando o Congresso
21:26Nacional sim
21:27o legislativo
21:28brasileiro
21:29está muito
21:30aquém
21:30do que a gente
21:32espera dele
21:33mas é preciso
21:34reconhecer
21:35que tem acontecido
21:36algum progresso.
21:37que tem acontecido
21:39que tem acontecido
21:41no fim
21:42de frente
21:42e
21:42que tem acontecido
21:43que tem acontecido
21:44que tem acontecido
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