O deputado federal Mauricio Marcon (Podemos-RS), vice-líder da oposição, se retratou publicamente por ter apoiado Hugo Motta (Republicanos-PB) na presidência da Câmara. Marcon afirmou que se arrepende da decisão e criticou a postura de Motta diante da CPI do INSS.
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NotíciasTranscrição
00:00Tem uma notícia que chega de Brasília.
00:02Um dos principais nomes da oposição, vice-líder, deputado Maurício Marcon,
00:08pediu desculpas públicas por votar em Hugo Mota para presidente da Câmara.
00:13Segundo o parlamentar que ganhou apoio de colegas,
00:16eles foram enganados por Mota, que teria prometido cumprir vários acordos feitos
00:21para conseguir o apoio da oposição na corrida pela liderança da Casa Baixa.
00:25Em sua fala, Marcon citou como exemplo a votação do projeto da anistia
00:31que seria votado no plenário da Câmara, mas não foi nem pautado pelo presidente.
00:36O deputado citou a desculpa dada por Mota de receio do judiciário barrar o texto,
00:43afirmando que se nada que o Congresso vota tem valor,
00:47as portas do parlamento deveriam ser fechadas para economizar milhões de reais.
00:52Além disso, o opositor também chamou de teatral a ação da Câmara
00:57que questiona a decisão do judiciário de seguir com a ação da suposta tentativa de golpe
01:02contra o deputado Alexandre Ramagem, mesmo com a decisão do plenário de paralisar.
01:08Por fim, Marcon criticou a postura de Hugo Mota em rejeitar a instalação da CPI do INSS,
01:14afirmando que mesmo com a alegada fila de colegiados,
01:19nenhuma comissão foi instalada neste ano.
01:22Está aí as justificativas de Maurício Marcon e essas desculpas públicas que foram divulgadas.
01:30Você, Luiz Felipe Dávila, o posicionamento do vice-líder da oposição
01:35e esse pedido de desculpas e quase um arrependimento, né,
01:39por ter depositado o voto com o nome de Hugo Mota na caixinha.
01:44Parabéns ao deputado, porque precisa coragem para um líder público,
01:49como foi o caso do deputado Maurício Marcon, vir a público e confessar que fez uma escolha errada.
01:55Não só ele, como o grupo dele.
01:58Porque no parlamento, Caniato, quando há o grupo da oposição e o grupo do governo,
02:05cada um tem que ter o seu candidato.
02:07Essa história de candidatura única, o apoio do governo e da oposição,
02:13não tem chance de dar certo.
02:16Inclusive, a oposição abre mão de uma prerrogativa importante,
02:21que é criar uma candidatura competitiva e ir para a disputa.
02:26Mas essa história da concentração de poder nas mãos do presidente da Câmara e do Senado
02:32cria uma certa força intimidadora, porque lançar uma candidatura que desafie o tal do vencedor
02:41ou aquele que tem mais chance de vencer, acaba em forma de retaliação
02:47para não ocupar cargos importantes em comissões, na mesa da Câmara, etc.
02:52Quando deveria sempre respeitar a proporcionalidade e o tamanho dos partidos no Congresso Nacional
03:00para que essas representações, tanto na mesa diretora como nas comissões,
03:06seguissem esse critério.
03:08E aí não importa quem é o vencedor.
03:10O vencedor vence, a eleição, e aí os cargos serão distribuídos de acordo com um critério claro.
03:17Então, essa forma de aliciamento acabou esvaziando a tentativa da oposição
03:24lançar um nome que fosse aquele nome que faria a oposição, ou seria contrário
03:30à candidatura do então presidente da Câmara, Arthur Lira.
03:35Então, veja só que como abrir mão de uma prerrogativa importante,
03:40que é escolher uma candidatura competitiva, apoiá-la e ir para a disputa,
03:47não pode ser uma forma, depois, de se transformar em punição.
03:53Foi isso que aconteceu.
03:54Tentaram criar uma candidatura única em torno de promessas.
03:58E o que aconteceu é que as promessas não são cumpridas
04:02e a oposição estará a ver navios, porque não tem poder de impor a sua agenda.
04:08Você, Mota, a palavra empenhada de um parlamentar deveria ser respeitada.
04:15A gente observou um apoio maciço do centro, centro-direita e da direita,
04:22em torno do nome de Hugo Mota.
04:24Mas, naturalmente, havia aí algumas sinalizações,
04:27sinalizações de que projetos seriam pautados e assuntos seriam priorizados.
04:33Mas, no fim das contas, teve uma virada impressionante de posicionamento
04:38e, claro, muitas decepções, tanto que o vice-líder pediu desculpas por votar em Hugo Mota.
04:45Não é surpresa nenhuma para quem acompanha a política minimamente.
04:52A política é feita dessas coisas, de acordos desfeitos, de promessas não cumpridas.
04:59A política é feita de escolhas difíceis.
05:02Eu entendo, eu compreendo que muitos políticos preferem uma coisa imperfeita,
05:07mas que é possível, é algo que dá para fazer agora,
05:10do que outra coisa, que é aquela que é 100% correta,
05:15mas que é muito difícil de acontecer.
05:18Eu entendo, mas eu prefiro sempre seguir minhas convicções.
05:24E é essa escolha que eu procuro nos políticos,
05:28a capacidade de tomar decisões baseado nas convicções.
05:33Porque a política, quando é feita sem convicção,
05:37ela se torna rapidamente em um mero instrumento de poder e de ganho pessoal.
05:45E de que adianta o político ser bem-sucedido, ser famoso, ser poderoso,
05:51se nesse caminho ele vai deixando para trás tudo aquilo em que ele acredita?
05:58Ou perguntando de outra forma, de que adianta o homem ganhar o mundo e perder a alma?
06:06Davila, como é que fica a Câmara Federal quando há uma desconfiança de boa parte do parlamento
06:13com a maneira como o presidente se relaciona com eles,
06:20a maneira como ele se compromete com algumas pautas e também com o andamento dessa gestão?
06:25Porque a gente não está falando de uma gestão que deve terminar em três ou quatro meses.
06:31A gente tem muitos meses, bastante tempo, são dois anos de presidência.
06:35Então, bastante tempo pela frente e um relacionamento que vai ter de ser engolido por muita gente.
06:42É verdade, Caniato, mas o problema é que o presidente da Câmara perde a confiança.
06:48Porque como os acordos são rompidos, as promessas não são cumpridas,
06:54fica cada vez mais custoso para se fazer acordo com os partidos em torno de determinadas questões.
07:01Isso começa a esvaziar o verdadeiro poder do presidente,
07:06que é controlar, de certa forma, a agenda ou o consenso político em torno de determinadas medidas.
07:12Então, o que vai acontecer, provavelmente, o presidente da Câmara vai perder esse laço de confiança com a oposição
07:21num momento crucial, mas pode ser que mais à frente ele se recomponha com o novo presidente da República,
07:28depois das eleições e comece aí a mudar um pouco o jogo.
07:33Porque, no fundo, a circunstância política determina muito a ação do presidente da Câmara.
07:40Principalmente, como bem lembrou o Mota, quando essa ação não é baseada em convicção,
07:45mas baseada em oportunidades de curto prazo.
07:49É óbvio que o presidente da Câmara não quer viver as ruscas com o presidente da República,
07:54então, se amanhã mudar o presidente da República, a gente voltar a ter um presidente de direita,
07:58provavelmente o Hugo Mota vai cumprir algumas promessas que deixou de cumprir nesse primeiro mandato.
08:04Então, assim, mas o ruim é que isso esgarça a confiança, esgarça o entendimento político em torno de questões fundamentais.
08:14Nós vamos ter matérias muito importantes a serem votadas esse ano e o próximo,
08:19e a situação, Caniato, vai ficar cada vez mais tensa,
08:23porque quando entra a agenda política no meio, a tensão sobe e a tensão subindo.
08:28Com o comandante da casa, que não conta com a confiança da oposição, é muito ruim para o parlamento.
08:35A gente passar para o Mota, só para a gente arrematar esse aspecto analisado por você,
08:41então, como reconquistar a confiança daqueles que torcem o nariz hoje para o Hugo Mota?
08:48Cumprindo promessas.
08:50Se você fecha um acordo com um partido, ou com um grupo de partidos, você tem que cumprir um acordo.
08:55Olha, eu vou dar um exemplo histórico aqui, que eu me lembro, e eu presenciei até, de certa forma,
09:03foi na época do governo Fernando Henrique, o presidente da Câmara era Luiz Eduardo Magalhães.
09:07Luiz Eduardo fazia um acordo com os partidos, e quando ele comunicava ao presidente da República,
09:11o presidente falava, não, mas isso aqui não dá para aceitar.
09:14Então, ele falou assim, então, eu não sou mais o interlocutor do governo.
09:18Eu vou romper com o presidente da República.
09:20Agora você arruma outro interlocutor, porque eu já dei a minha palavra.
09:23E foi justamente essa história de cumprir palavras e promessas que permitiu o presidente da Câmara jogar duro com o presidente da República
09:32e, ao mesmo tempo, ser honrado pelos seus pares no parlamento justamente porque acordos eram cumpridos.
09:40Então, só tem um jeito, Caniato, começar a cumprir acordos que foram firmados.
09:45Você acha que é um sintoma, talvez, de falta de experiência para a presidência de uma casa legislativa?
09:51Porque o Hugo Mota já acumula algumas legislaturas, né, Mota?
09:56Apesar de ter menos de 40 anos, um jovem parlamentar experiente.
10:01Mas você acha que tem esse ingrediente também, sabe, de flexibilizar a sua própria convicção ou os acordos, né?
10:08A palavra empenhada na hora de você conseguir apoio e você não cumprir meses depois,
10:14isso causa um mal-estar fora do comum.
10:16Tanto que a gente debate isso aqui e analisa a situação de Hugo Mota.
10:22É muito difícil fazer essa análise, Caniato.
10:25Até porque a gente não sabe até onde vai esse mal-estar e quais serão as consequências dele, né?
10:31O mal-estar existe aqui, entre nós, mas e lá nos altos círculos de Brasília?
10:37Qual é a opinião nos círculos do poder sobre isso?
10:43Existe mal-estar junto aos eleitores, mas a opinião dos eleitores parece tão pouco relevante hoje em dia, né?
10:49Quanta coisa acontece nesse Brasil que mostra que a maioria dos políticos ignora completamente a opinião dos eleitores.
10:57A gente falava há pouco tempo da questão da segurança pública.
11:00Se a vontade dos eleitores valesse, esse país teria pena de morte, prisão perpétua?
11:06Qualquer bandido que mata alguém ficaria 20, 30 anos preso?
11:09Nada disso acontece aqui.
11:12Então eu não sei a que atribuir isso, né?
11:15O que eu sei é que a realidade da política é muito dura.
11:18Eu já vi isso acontecer com várias pessoas que entram na política com os ideais mais elevados
11:24e encontram lá uma realidade muito difícil.
11:27Para você ter a oportunidade de ser candidato no Brasil, você já precisa do favor de um partido.
11:37Se você não tiver as boas graças de um partido, nem ser candidato você consegue.
11:43Para você ter uma campanha minimamente bem sucedida, a mesma coisa.
11:48Alguém tem que se interessar pela sua candidatura, tem que providenciar as verbas.
11:54E depois, quando você é eleito e você se torna um único deputado,
11:59na Câmara que tem 513, se eu não me engano, é esse o número,
12:04para você fazer alguma coisa acontecer também, você tem que fechar acordos,
12:08você tem que encontrar apoio.
12:11Então é uma jornada muito difícil.
12:14Por isso, a minha admiração dobrada para aqueles parlamentares que, apesar disso tudo,
12:22não tem nenhum problema em mostrar a sua convicção
12:25e preferem uma derrota cheia de convicção do que uma vitória totalmente comprometida.
12:33Zé, tem umas mensagens interessantes.
12:36Neiva Rabisquim, homem tem que ter palavra.
12:39E o da leite, não canhato.
12:40Isso daí foi falta de caráter mesmo.
12:42Obrigado pelas mensagens.
12:44Daqui a pouco a gente coloca outras, inclusive, na tela.
12:46Mandem as perguntas e comentários com a hashtag ospingos nos is.
12:50No X e também chat do YouTube.
12:52Em ospingos nos is e Jovem Pan News.
12:55Mas você, Davila, olhando para a situação agora da Câmara Federal e do Senado
13:00e o relacionamento com o Executivo,
13:03qual é a mudança na dinâmica desse relacionamento
13:08e de que forma o governo tem ferramentas para melhorar essa relação?
13:16Porque muitos falam, ah, mas o governo consegue interferir na atividade legislativa
13:22por conta dos repasses dos recursos para as emendas.
13:26Isso explicaria as mudanças repentinas de posicionamentos dos presidentes das casas
13:31em pautar ou não determinado projeto.
13:34Enfim, há uma tese que defende essa manipulação
13:39baseada em um dispositivo legal,
13:43mas para o governo conseguir conduzir para lá ou para cá
13:46o posicionamento do Congresso, de deputados e senadores,
13:50acerca de alguma medida.
13:52É só isso ou tem outros ingredientes também?
13:56Cariato, o parlamento é muito dinâmico.
13:58Por exemplo, a oposição está chateada com o presidente da Câmara
14:01porque não colocou em votação o projeto da anistia
14:04e não está dando o devido respaldo à questão do deputado Ramagem,
14:08como bem disse o deputado Maurício Marcon.
14:11Por outro lado, a oposição vai estar votando junto com o presidente
14:16na história de derrubar o IOF.
14:18Esse IOF não vai passar no Congresso Nacional, deixou claro.
14:22E o presidente da Câmara já disse que não vai aprovar aumento de imposto.
14:25Então, tem pautas que a oposição vai estar junto com o presidente da Câmara
14:28e tem pautas que não vai estar.
14:30Então, não é um jogo soma zero,
14:34ou não é um jogo preto e branco,
14:35ai, perdeu toda a confiança.
14:37Não, em algumas matérias vão estar votando junto.
14:38Ou, por exemplo, a própria criação da CPMI,
14:41os nomes a ser indicados,
14:42isso vai ser um ponto importante também, né?
14:45Então, eu entendo que é um momento que algumas questões serão,
14:50evidentemente, focos de tensão
14:52e outras serão focos de apoio.
14:54Eu entendo que essa questão do IOF
14:56vai contar com o apoio maciço da oposição,
14:58que também não quer ver aumento de imposto
15:01e o governo, mais uma vez,
15:03meter a mão no bolso do brasileiro.
15:05Pois é, inclusive essa manifestação
15:07de Maurício Marcon falando que se arrependeu
15:11em ter votado o Inigo Motta
15:13para a presidência da Câmara dos Deputados,
15:17porque havia acordos em relação a várias medidas, né?
15:20Falamos sobre o PR e danistia,
15:23mais recentemente uma investigação
15:25para apurar as fraudes no INSS,
15:29enfim, há acordos que foram firmados,
15:32sinalizações de que determinadas pautas avançariam,
15:36mas que, no final das contas,
15:39houve uma desculpa ou uma sinalização de que não daria,
15:43enfim, a gente vai seguir acompanhando essas movimentações
15:45e também a insatisfação de parte do Parlamento
15:48com o Hugo Motta,
15:49se isso em algum momento vira,
15:52se o Hugo Motta vai conseguir reverter,
15:55dependendo da...
15:57se ele cuida da agenda,
15:59atendendo aos grupos,
16:00enfim, isso a gente vai trazer
16:01ao longo das próximas semanas.
16:03Então, vamos lá.