- há 2 dias
Chamada “dezembrite” descreve o misto de nostalgia, ansiedade e pressa que costuma surgir na reta final do ano, quando muitas pessoas lidam com balanços pessoais, metas não cumpridas e a pressão das festividades.
--------------------------------------
Notícias relacionadas:
--------------------------------------
💻 Confira as últimas notícias do Espírito Santo e do Mundo no nosso portal 👇
https://tribunaonline.com.br
📰 Notícias na palma da sua mão.
Assine A Tribuna e tenha acesso ao nosso app 👇
https://atribunadigital.com.br/assinatura/
🎙️ Assista aos nossos podcasts exclusivos de esporte, negócios e muito mais em
http://tribunaonline.com.br/podcasts
--------------------------------------
Notícias relacionadas:
--------------------------------------
💻 Confira as últimas notícias do Espírito Santo e do Mundo no nosso portal 👇
https://tribunaonline.com.br
📰 Notícias na palma da sua mão.
Assine A Tribuna e tenha acesso ao nosso app 👇
https://atribunadigital.com.br/assinatura/
🎙️ Assista aos nossos podcasts exclusivos de esporte, negócios e muito mais em
http://tribunaonline.com.br/podcasts
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Olha só, você já reparou que essa época parece uma mistura de fim de ano com fim de mundo?
00:06Muitas pessoas ficam estressadas, cansadas, o número de compromissos aumenta, né?
00:12Trabalho, é... festas de fim de ano, confraternização, no trabalho as demandas acumulam também, tem os fechamentos, né?
00:21Tem as providências das festas, você sempre fala, ah, não vou comprar roupa nova, não, não vou comprar presente pra ninguém esse ano,
00:27no dia 24, tá você lá na glória batendo perna, tá você lá na praia do canto, onde quer que seja, caçando presente de última hora,
00:35todo mundo, né, já passou por isso, mas gente, essa ansiedade misturada com tristeza, com alegria, o pessoal tá chamando de dezembrite,
00:44você já ouviu falar? Me conta, como é que você tá passando por isso nesse fim de ano? Vamos ver mais na reportagem? Roda aí.
00:52Karen é uma universitária de 22 anos que anda com uma rotina complicada.
00:59Atoladíssima, cheia de trabalho pra entregar na faculdade, cheia de demanda de trabalho por fora.
01:05Final de período na faculdade, estágio, emprego fixo, freelance.
01:09Tantos compromissos e prazos que no último mês do ano se juntam às demandas familiares para Natal e Réveillon.
01:17Como lidar com tantas obrigações? Acordando antes das 5 horas da manhã.
01:22Eu saio de casa às 5h20, 5h30 da manhã.
01:25Pra voltar que horas?
01:27Pra chegar aqui umas 9 da noite.
01:32Cansada?
01:33Cansada. Cansadíssima.
01:36No quarto da Karen, desenhos, pinturas, ilustrações.
01:40Atividades que ela passou a praticar quando entrou na faculdade de design gráfico.
01:46E desde então se tornou um hobby.
01:48Mas será que nesse período de dezembro, finalzinho de ano, você está conseguindo pintar, desenhar ou ilustrar?
01:57Infelizmente não.
01:59Infelizmente não.
02:00Não sobra tempo, né?
02:02É 16 horas do meu dia ocupado.
02:06Infelizmente não tem no momento.
02:09É minha amiga, que correria danada.
02:12E uma rotina como essa pode afetar a saúde.
02:14Ultimamente eu tenho ficado muito estressada, tenho tido bastante ansiedade e dificuldade pra dormir.
02:20Apesar de jovem, Karen sofre da chamada dezembrite.
02:24Você sabe o que é isso?
02:25Dezembrite é um termo lúdico pra explicar essa ansiedade que acontece no final do ano.
02:30Sete a cada dez pessoas referem neste período do ano estarem mais ansiosas, tensionadas, preocupadas com os eventos das festividades.
02:39E tem muita gente com esse mesmo pavor do final de ano.
02:43Estudos indicam que sete entre dez pessoas ficam mais estressadas nesse período.
02:48E os motivos são diversos.
02:50O principal motivo pra essa ansiedade de fim de ano tem a ver com o dinheiro.
02:55É justamente, as pessoas, ora, tem medo de não ter dinheiro suficiente, ora, tem que pagar mais coisas nessa época do ano.
03:03E aí junta esses gastos, as preocupações, o que comprar, se o presente vai agradar ou não, tudo isso gera muito estresse.
03:10Tem também a falta de quem foi, a saudade, o desejo de estar com alguém e os encontros que às vezes são conflituosos.
03:19Juntou muita gente, a chance de ter briga é maior.
03:21Numa época de confraternizações e festas, até mesmo as próprias celebrações,
03:26tornam o mês comumente associado à alegria e aos presentes ser triste para alguns.
03:32É um momento de muita, de uma vivência emocional intensa, né?
03:37Que você vai ter alegria e tristeza.
03:39A sobrecarga, tanto emocional quanto de tarefa, se associa muitas vezes ao estresse,
03:44mas o encontro faz com que a pessoa tenha aquele momento de alegria, né?
03:48Então é um misto de emoções.
03:49Pessoas mais irritadas ou ansiosas, cansadas e até mesmo doentes.
03:54Dezembro não precisa ser assim, convenhamos.
03:56Por isso, é bom adotar algumas medidas para evitar ou minimizar a tal da dezembrite.
04:02Que medidas são essas, né?
04:05O que a gente pode fazer para espantar esse estresse, essa correria, essa ansiedade?
04:10Deixa eu conversar aqui com a Aline Echler, psicóloga e vai trazer essas respostas para a gente.
04:16Aline, bem-vinda.
04:17Bom dia.
04:18Bom dia.
04:18Aline, dezembrite, ela existe de fato?
04:21E o que a gente pode fazer para a gente não cair nessa correria, nesse estresse, nessa ansiedade?
04:28E adoecer, né?
04:29A gente acaba adoecendo com esse cenário todo.
04:31Sim.
04:32De fato, existe um termo popular aí para a síndrome de final de ano.
04:36E que é onde a gente coloca toda aquela expectativa do balanço, do que a gente fez, né?
04:42Das metas que a gente cumpriu, que a gente faz ali na virada do ano.
04:45E muitas vezes essa sobrecarga faz a gente acumular emoções, porque vai chegando o final de ano,
04:52nessa correria que a gente só vê quando a cidade já está ficando decorada.
04:56É verdade.
04:57E aí você vê que tem os presentes, tem balanço da empresa, tem filho entrando de férias na escola,
05:06os gastos a mais, né?
05:07Como foi dito.
05:08E esse acúmulo de emoções, ele vai trazendo uma perturbação emocional mesmo para a pessoa,
05:13onde ela vai lidando com essa desregulação diariamente.
05:17É aquele conflito onde tem a parte boa, a necessidade de ser feliz, porque o Instagram,
05:23as redes sociais, de uma forma geral, mostram o quanto que a gente tem que estar bem,
05:28aquele pódio pessoal das conquistas.
05:32E para quem não está vivendo esse sentimento real de felicidade e realização,
05:37acaba se tornando pesado e estressante.
05:39Gente, aí muita gente fala, ah, entrei no automático em dezembro, estou aqui na correria.
05:45Mas como que a gente pode identificar que a gente está passando de um limite,
05:49que não está legal para o nosso corpo, para a nossa mente?
05:53É sempre importante fazer uma conexão com o nosso corpo mesmo, né?
05:57Entender que essas festividades, elas fazem a gente sair da rotina, tem muita confraternização.
06:01Então, a pessoa vai dormir num horário diferente, não se alimenta bem, tem o excesso de consumo
06:07de álcool também, que prejudica muito, dependendo se a pessoa exagerar.
06:13Isso tudo vai trazendo um aumento nessa ansiedade e a gente, às vezes, não percebe o quanto está sendo prejudicial.
06:20Então, é importante fazer essa conexão, entender como estão as nossas emoções,
06:25ser empático com o que a gente está sentindo.
06:28Se não está bem, não está bem, respeita, para o momento do dia para respirar,
06:34coloca metas ao longo do ano, para não ficar aquela coisa acumulada de dezembro,
06:39e assim a gente vai conseguindo organizar melhor essa pressão que já é natural mesmo do final de ano.
06:45Agora, essa pressão financeira na reportagem que a gente viu ali,
06:49tudo envolve muito dinheiro também, né?
06:51Sim.
06:51No fim do ano, querendo ou não, gasto extra, aí janeiro já começa com um monte de cobrança,
06:57IPVA, IPTU, renovação de matrícula, enfim.
07:00Como que a gente pode fazer para a gente não cair nessa pressão financeira mesmo, né?
07:07Evitar que o bolso e a cabeça surtem juntos ali, né?
07:10Exato, isso é uma grande preocupação, né?
07:12As pessoas querem estar envolvidas, querem presentear alguém querido,
07:15essas roupas novas, e muitas vezes não tem condições para isso.
07:18Então, é importante você verificar o que é, o que está dentro dos seus limites,
07:24para você não fazer contas a mais do que você pode, né?
07:27Entender que é um momento, sim, especial, mas colocar mais o lado emotivo da situação ali,
07:33não aquela necessidade de algo novo, porque às vezes você pode se prejudicar.
07:37E evitar principalmente comparações, né?
07:40Porque isso daí é o que mata muita gente.
07:42Às vezes vê o que as pessoas estão fazendo ao entorno e se coloca ali na obrigação de acompanhar.
07:48Com certeza, isso pode ser muito prejudicial.
07:51E sintomas físicos, né?
07:53A gente está na correria, é normal você sentir uma dorzinha de cabeça,
07:57mas falar, ah, então não tive tempo de me alimentar direito.
08:01Mas que sintomas, que sinais que o corpo dá que podem indicar estresse demais?
08:06Sim. O prejuízo no sono, né? Às vezes a pessoa começa a dormir mal, alteração no apetite,
08:14essas dores no corpo mesmo, porque o estresse, ele vai enrijecendo mesmo a musculatura,
08:19então às vezes a gente está ali sentindo tensionado.
08:22Às vezes as pessoas que são muito emocionais, porque além de tudo, final de ano,
08:27também vem aquela reflexão das perdas, né?
08:29Que tiveram ao longo do tempo, ou aquela necessidade de ter alguém, relacionamento,
08:35peso que não foi, não conseguiu chegar na meta.
08:38Então tudo isso gera um estresse grande que acumula ali a nossa atenção
08:43e isso faz com que a gente tenha sintomas psicosomáticos,
08:47como dor no estômago, às vezes alguma irritação na pele.
08:51Então qualquer alteração que não esteja habitual ali no seu dia a dia,
08:55é importante observar, né?
08:57Pode ser sinais mesmo de que você está sobrecarregado.
09:01Olha só, a Alexandra, ela trabalha como gestora, Aline, a gente vai conhecer você aí de casa também.
09:07E esse mês de dezembro é muito acelerado para ela também, tem fechamento, férias, funcionário,
09:13muitas demandas, né?
09:14E ela contou para a gente o que ela faz para administrar toda essa pressão
09:18quando chega dezembro na empresa.
09:20Diz aí, Alexandra.
09:21Principalmente dentro das administradoras, é um período onde nós temos um pouco espaço de tempo, né?
09:30Por questão das demandas, ajustes de férias, de funcionários e fechamentos do mês.
09:37E muitas das vezes esse impacto do mês ser tão acelerado,
09:43ele muitas das vezes afeta a nossa saúde mental,
09:46principalmente na questão da pressão, na questão da ansiedade.
09:50Então, assim, por ser um ritmo muito de frenético, né?
09:55Um ritmo bem frenético, em questão de prazos e ajustes com pouco tempo
09:59e também para conciliar as festividades, né?
10:03Do mês de dezembro.
10:04Então, para nós, gestores, nós enfrentamos grandes desafios com tudo isso.
10:09E o que eu, muitas das vezes, faço é dou uma pausa,
10:13a gente é necessário respirar, procurar fazer uma atividade física, né?
10:18Por mesmo que seja um pouco tempo, mas é necessário você ter esse autocuidado
10:24e também priorizar o que é de extrema emergência, né?
10:33Tudo que impacta emergência, a gente tem que dar essa prioridade.
10:36Então, a gente tem esse período do mês, do ano, né? De dezembro.
10:41Então, sempre com esse ritmo muito acelerado.
10:45E que os cuidados que a gente, muitas das vezes, faz,
10:48e é necessário é dar aquela pausa, tomar um café, respirar e voltar novamente para as rotinas
10:54e sempre priorizando o cuidado de si, né?
10:58Obrigada, viu, por compartilhar aí um pouco da sua experiência, do seu dia a dia.
11:04Alexandre, ela falou uma coisa interessante.
11:05Duas coisas.
11:06A pausa para o cafezinho, para a atividade física,
11:09que às vezes a gente acaba deixando de lado,
11:11porque chega em casa mais tarde nessa época do ano, né?
11:14Às vezes não dá tempo de ir para uma academia.
11:17E ela falou também de priorizar, né?
11:20Principalmente demanda de trabalho, vem tudo de uma vez só.
11:23E você tem prazo, você tem que dar conta.
11:26Como é que faz?
11:26É, então é importante assim, dentro do possível,
11:29que a gente sabe que não é tão simples assim,
11:31não sair da rotina, do que você já engajou durante o ano,
11:36principalmente atividade física, sua rotina de alimentação, né?
11:39Colocar metas possíveis para o dia,
11:42porque às vezes a gente coloca coisas que não vai dar conta,
11:45você já sabe que não vai dar conta.
11:47Isso gera uma frustração no final do dia que aumenta o estresse.
11:51Então, eu sei que as metas estão aí, batendo,
11:53que você precisa entregar resultado.
11:56Às vezes você está ali com aquela pendência que está prorrogada ali do ano inteiro,
12:01e aí chega dezembro, quer resolver tudo que não deu conta.
12:05Então, não faça isso, né?
12:07Vai, faça uma organização real ali do seu dia,
12:11dê essas pausas.
12:11A Alexandra colocou pontos muito importantes mesmo.
12:14Essa pausa faz a gente sair do piloto automático
12:17e perceber o que está acontecendo ali,
12:20parar de fazer várias coisas ao mesmo tempo,
12:22porque às vezes acaba não concluindo nenhuma delas.
12:25Então, foca em uma coisa e entenda qual é o limite saudável, né?
12:30E a sua válvula de escape qual que é, né?
12:33Tem gente que é a pausa para um cafezinho,
12:35saborear um cafezinho, é uma atividade física,
12:38não deixar de fazer essas pequenas pausas ao longo do dia,
12:41seja lá o que for, às vezes é até mesmo mexer numa rede social,
12:44quem curte, né?
12:46Fazer uma leitura, não deixar esses hábitos de lado também, né?
12:49E principalmente o descanso, porque nessa correria
12:52a gente esquece de descansar, né?
12:54É aquela culpa, né?
12:56E esse descanso ativo, esse ócio criativo, às vezes, né?
13:01É importante para a gente poder recuperar mesmo, né?
13:05O estresse e conseguir ficar bem para o próximo dia.
13:09Ficar paradinho sem fazer nada é bom também, gente.
13:11Sem fazer nada, assistir um filme, ir à praia, né?
13:14Se permitir ter esse momento de lazer.
13:16Com certeza.
13:17A Raila, a gente vai conhecer também aqui, outra amiga do Tribuna Amanhã.
13:22Olha, ela é universitária, empreendedora,
13:25e a rotina já é normalmente muito acelerada, né?
13:29Mas no fim de ano ela contou para a gente que com tantas entregas, né?
13:33Tanto da faculdade, né?
13:35Tem prazo da faculdade, quem estuda também, quanto do trabalho.
13:38A filha de férias, Raila, também é mãe.
13:41Ela precisa se desdobrar ainda mais para dar conta de tudo.
13:44Diz aí, Raila, como é que você está fazendo?
13:46Quando chega dezembro, então junta com as demandas também,
13:52do que a gente não executou, daquilo que aparece urgentemente, em teoria,
13:57aí a gente só precisa entender.
13:58É urgente mesmo?
14:00Isso cabe dentro do meu checklist e dentro da minha dinâmica que já está pré-estabelecida.
14:05Praticamente a agenda de dezembro já é projetada desde setembro, novembro,
14:12porque sempre tem demandas, muitas reuniões de encerramento.
14:15Então como que a gente lida com isso?
14:17Entendendo que não dá para abraçar o mundo, né?
14:20Esse mês, esse mês não dá para abraçar o mundo,
14:24não é a última chance.
14:27O ano vai virar, a gente vai poder fazer coisas também,
14:31às vezes até melhor do que na correria.
14:34Então, lidar com esse dezembro caótico,
14:39de fato, abaixar as expectativas e entender que
14:44consegui fazer aquilo que deu para fazer durante esse mês.
14:48O que deu para fazer, deu.
14:50O que não deu, está tudo bem.
14:51Ela falou uma coisa interessante.
14:53Às vezes deixa para janeiro, gente, deixa para fevereiro,
14:55você vai conseguir fazer melhor do que na correria.
14:58se der para segurar, né?
15:00Aham, isso aí.
15:01E aí ela falou, né, a questão de filhos, né?
15:03Como que é difícil, às vezes, você incluir a sua rotina
15:07quando a criança é em férias, né?
15:09Exigindo tanta atenção.
15:11Então é importante para essas mães,
15:13cuidadores de uma forma geral,
15:15entender o que é possível também ser feito.
15:18Tirar um tempo para ela, para recuperação pessoal.
15:21E entender que um tempo de qualidade
15:23não precisa ser necessariamente o dia inteiro.
15:25mas é você sentar, deixar o celular um pouquinho de lado,
15:28brincar ali um pouquinho,
15:30entendendo que vai ser 15 minutos, meia hora,
15:32é o que é possível, né?
15:34Porque às vezes aquela pendência fica ali na cabeça
15:37de que eu tenho que dar atenção ao meu filho,
15:39acaba não conseguindo fazer as suas demandas pessoais
15:41e nem dar essa atenção.
15:43Pois é.
15:43Então é estipular essas pequenas pausas, né?
15:46Para a família.
15:46Com certeza.
15:47Agora a gente está falando de muita correria,
15:50confraternização, compra...
15:52Mas tem gente, Aline, que vive o dezembro mais solitário,
15:56mais silencioso, sem família por perto,
15:59sem festa, sem confraternização.
16:02Como lidar com essa solidão
16:04que acaba batendo mais forte nessa época do ano?
16:06Isso daí é uma grande questão, né?
16:09Porque a gente prega o que é família,
16:11aquele momento nostálgico onde todo mundo se reúne.
16:14E para quem não tem essa rede de apoio,
16:17é importante entender que o que pode ser feito, né?
16:21Tem um amigo que você pode passar junto
16:23ou qual é o momento,
16:25o que você gosta de fazer durante o ano
16:27para você colocar esse momento
16:29como se fosse um dia normal, né?
16:31Eu sei que emocionalmente não é tão fácil assim,
16:34mas dentro do possível,
16:35o que você pode fazer
16:36para tornar esse dia um pouco menos doloroso, né?
16:40Se juntando a quem você tem ali mais afinidade
16:43ou entendendo que o seu momento atual
16:46é esse mesmo, um pouco mais solitário,
16:48e escolher fazer uma comida que você gosta,
16:51fazer algum evento ou assistir um filme,
16:55tornar aquele dia um pouco mais habitual,
16:57mais natural ali, né?
16:59Perfeito.
16:59Estão chegando algumas perguntas aqui
17:01de telespectadores.
17:03E a Márcia de Jardim Camburi,
17:04obrigada, Márcia, pela participação,
17:06ela falou,
17:07Aline, eu fico tão preocupada
17:09em agradar a família,
17:11principalmente que vem passar o Natal,
17:13a ceia aqui em casa,
17:15que eu esqueço de mim,
17:17compro presente para todo mundo,
17:19faço parcela para o ano inteiro
17:21e acabo não ganhando coisas legais.
17:24A frustração aí,
17:25até com essa troca de presente mesmo,
17:27porque é real, né?
17:28Obrigada, Márcia,
17:29pela participação,
17:30encontrar esse equilíbrio.
17:32Pois é, Márcia,
17:33isso é muito importante, né?
17:34É uma queixa muito grande
17:36dessa doação, né?
17:38É um autossacrifício muito grande,
17:40onde a gente pensa
17:42como agradar o outro e esquece.
17:44Então, como você já percebeu isso,
17:46tira esse ano para fazer diferente, né?
17:48Comprar algo para você
17:49ou fazer algo por você,
17:51porque essa necessidade de agradar,
17:53se a gente não se policia,
17:54ela é contínua,
17:55ela vem muito de uma necessidade
17:57de validação,
17:58de se sentir especial.
18:00Então, é importante,
18:01já que você percebeu esse excesso,
18:04tomar ali consciência
18:05para que você faça o que for possível,
18:08sem criar uma expectativa,
18:10justamente porque você já percebeu
18:11que, no seu caso,
18:13às vezes,
18:13isso não é correspondido, né?
18:15Perfeito.
18:15Então, para evitar essa frustração.
18:17Perfeito.
18:19Tem uma pergunta aqui
18:19que eu achei muito interessante,
18:21só que a pessoa não se identificou,
18:23só falou que é de carea sica.
18:25Quem viveu perdas recentes
18:27sente dezembro de um jeito mais difícil.
18:29É o meu caso.
18:30Perdi o meu avô e o meu pai.
18:33Como atravessar esse período
18:35sem sentir um peso emocional?
18:38Acredito que foi isso que escreveu aqui.
18:40Então, essa daí é a grande questão, né?
18:42Por que não sentir esse peso emocional?
18:44Às vezes, a gente tem que entender
18:45que tem dias felizes e dias tristes.
18:48E o luto, a gente precisa passar por ele,
18:51por mais que seja doloroso.
18:52Então, respeite seu momento.
18:54É um momento legitimamente triste.
18:56Às vezes, a gente se obriga
18:58a ficar feliz, a ficar sociável.
19:00E pode ser um momento introspectivo,
19:02onde você vai viver essa saudade, né?
19:05Essa nostalgia.
19:06Então, procura fazer algo
19:08que talvez eles gostassem, né?
19:10Uma comida especial, uma homenagem,
19:13onde seja você com esse momento de lembrança
19:15sem se obrigar a uma performance, né?
19:18Existe uma grande ansiedade de performance
19:20onde a gente se obriga o tempo todo
19:23a estar bem, a atender a expectativa das pessoas.
19:26E no caso do luto, a gente precisa respeitar
19:28que é uma dor realmente forte
19:30e que a gente precisa dar uma atenção e carinho, né?
19:35Com certeza.
19:35São muitas coisas nesse fim de ano.
19:38E a gente tem que respirar, pausar e priorizar mesmo.
19:42Senão, a gente fica ali ansioso,
19:45a gente acaba adoecendo.
19:46E não é um período, né?
19:47É um período de festa.
19:49A gente tem que viver da melhor maneira possível
19:51dentro da nossa casa, da nossa família.
19:54Obrigada, Aline, pela participação.
19:56A Aline Ecker, psicóloga,
19:58trouxe dicas valiosas aqui para o nosso fim de ano.
20:00E bom fim de ano para você, amiga.
20:02E para você também, para todo mundo que está nos assistindo.
20:04Obrigada, viu?
20:05Obrigada. Até a próxima.
20:06Até a próxima.
Seja a primeira pessoa a comentar